O Demônio Veste Armani escrita por EveF


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez não demorei muito para postar.
Este capitulo está meio curto, mas o próximo será maior e cheio de história. Aguardem!
Obrigada por todos os comentários! Adorei receber o carinho de vocês ♥
E semana que vem tem capitulo novo!



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_É uma grande surpresa ouvir sua voz, senhorita Granger.

_Não imagino o porquê, senhor Potter. Afinal, se me deu o seu cartão é porque esperava que eu ligasse, ou não?

_Realmente, mas não imaginei que fosse assim tão cedo. Qual a razão de tão doce prazer?

_Eu sei sobre Aimée, e, não precisa desconversar. Sei que tanto você quanto Draco olham para mim tentando encontrá-la.

_Não é verdade!

_Ah, por favor, não minta. E nem quero ouvir nenhuma desculpa sobre isso agora, pode me encontrar mais tarde em algum lugar?

_Te encontrar? Isso é bem estranho, Granger.

_É preciso e urgente. Precisamos conversar a sós.

_Neste caso poderia vir ao meu escritório depois das 18h, dispensarei minha secretária mais cedo.

_Obrigada. – e desligou.

Potter ficou segurando o telefone sem conseguir entender qual teria sido o motivo que levara Hermione Granger a pedir uma conversa a sós. O tom da voz dela parecia duro e inflexível, algo que não parecia combinar com a imagem que tinha dela. Ou talvez apenas estivesse tentar encontrar Aimée em outra mulher.

Hermione sentia seu coração apertado e uma vontade imensa de chorar. Sabia o quanto estava arriscando apenas por uma intuição, mas não podia ignorar. Ela tinha alguém que a amava, alguém com quem queria ficar mais do que qualquer coisa, mas não podia ignorar a sombra da culpa sobre Draco.

Ele sentia culpa pelo que aconteceu com Aimée, e isso a deixava triste.

Porém, o que poderia fazer? Fingir que não havia acontecido nada e tocar a vida não daria certo, ambos saberiam que aquela culpa estaria ali. E o quanto isso poderia influenciar a vida deles? Já bastava ela ser a cara da falecida.

Draco se aproximou sorrindo, ela balançou a cabeça suavemente e retribuiu o sorriso.

_Parece triste, Granger. – ele disse passando sua mão pelo rosto dela.

_É só cansaço. O dia está sendo cheio. – ela mentiu.

_Bem, é o trabalho, sinto muito. Mas não faço distinção entre os meus funcionários.

_Eu sei, - disse se levantando e pegando uma pasta – e eu brigaria com você se fizesse. Meu trabalho é meu trabalho.

_Onde vai?

_Tenho que entregar estes recortes para Nott, acredite ou não, você não é o único que me explora aqui.

_Uma pena, - ele chegou perto do ouvido dela – pois eu queria ser o único a te ter por perto.

Ela sorriu com malicia:

_Quando fizermos hora extra, seria só sua. – e saiu.

Draco passou a mão seu queixo e mordeu seu lábio inferior, Hermione sabia bem como provocá-lo.

Pansy entrou na sala segundos depois:

_Uau, se eu já não fosse comprometida, pularia em cima de você agora. Está muito sedutor.

_Espero que certa pessoa não tenha te ouvido, já devo ter sido assassinado diversas vezes só nos pensamentos dela.

_Ah, nem me fale. – ela jogou-se em sua cadeira. – As vezes isso me cansa, esse ciúme sem sentido.

_Isso é falta de confiança, passa com o tempo.

Pansy olhou para ele de soslaio:

_E você confia na Granger?

_Sim, acredito que sim. Agora me ligue com o setor de esportes, preciso falar urgentemente sobre o artigo horrível que recebi hoje! – ele voltou a seu humor normal e foi para seu escritório.

Pansy apenas riu.

Ali estava ela, caminhando em direção ao escritório de Harry Potter. Chegou até o escritório dele e hesitou um segundo antes de bater, a partir dali teria que ir até o fim.

_Entre. – disse ele. Estava em pé, encostado em sua mesa. Quando ela abriu a porta, indicou uma poltrona onde poderia se sentar.

Hermione reparou que ele estava sério, mas sentou-se e começou a falar:

_Vim aqui pedir um emprego.

Harry não imaginou que seu queixo pudesse cair tanto. Era uma surpresa inesperada, até cogitou se beliscar para ver se não estava sonhando, mas pensou bem e esperou para ver no que ia resultar.

_Não me escutou?

_Escutei sim, só não entendi bem. Porque quer um emprego? E logo aqui? Você já não trabalha para aquele crápula?

_Não posso mais ficar lá. – ela iria mentir e torcia para parecer convincente. – Não agora que sei sobre Aimée. Consegue entender?

_Não sei... O que pode te incomodar?

_Como assim?

_Pensei que você estivesse a fim dele, parecia haver um tipo de eletricidade estática entre vocês.

_E você ainda acha que não existe nada que possa me incomodar? Acha mesmo que eu gosto de ser secada pelo meu chefe só porque me pareço com sua falecida esposa?

_De certo modo, você tem razão. Ela abaixou a cabeça, parecendo cansada.

_Não posso ficar perto dele.

_E porque veio pedir logo para mim?

_Porque sei o quanto o detesta e...

_E o quanto fui apaixonado pela Aimée. Ai achou que poderia vir aqui e brincar com a lembrança dela para conseguir o que quer.

Ela levantou-se exasperada:

_NÃO! Não quero ganhar nada usando a lembrança de uma morta. Me enganei quanto a você, não deveria ter vindo, foi um erro.

Ela virou-se para ir embora, mas ele a deteve:

_Espere, por favor.

Ela sorriu. Quando voltou-se para ele, não havia mais sorriso.

_O que mais quer jogar na minha cara, senhor Potter.

_Não quero jogar nada na sua cara, na verdade, peço desculpas. Eu detesto mesmo o Malfoy, e acho que entendo o que quer dizer sobre tudo. Se eu puder te ajudar, e ainda deixar o Malfoy com raiva, bem, vale a pena.

_Então, isso quer dizer que vai me contratar?

_Sim, vou. E não será porque é a cara da Aimée. Saiba ou não, andei investigando sobre você, e soube que tem uma formação e tanto. Ser secretária é pouco para você.

Pela primeira vez desde que entrou naquela sala, Potter viu Hermione sorrir, mesmo que discretamente.

_Obrigada. É bom saber que posso contar com alguém de verdade. Vim porque Molly me indicou, mas agora não sei em quem posso confiar.

Harry estendeu a mão para ela:

_Pode confiar em mim.

Draco achou estranho não encontrar Hermione em sua mesa. Tentou ligar para seu celular, mas não conseguiu. Saiu do escritório e dirigiu direto para seu apartamento. Ao abrir a porta, teve uma surpresa: ali estava Hermione, o esperando com um sorriso no rosto.

Ele correu para abraça-la, e beijaram-se intensamente.

_Não sei o que deu em você, mas gostei de te encontrar aqui.

_Queria que essa noite fosse especial.

_E tem algum motivo para isso?

_Motivo algum, a não ser que estou feliz por estarmos juntos.

_Acho um motivo válido.- e a beijou mais uma vez.

Se amaram ali mesmo no sofá, de um jeito que não haviam feito até então. Tempos depois, ela estava deitada com a cabeça apoiada no peito dele, e ele parecia dormir. Ela olhou seu rosto calmo, os cabelos loiros espalhados, o peito dele subia e descia devagar, e novamente sentiu vontade de chorar. No fundo do coração desejou que quando acordasse no outro dia não houvesse nenhum mundo lá fora para onde voltar, não queria deixar aqueles braços que a apertavam.

_You're in the arms of an Angel; may you find some comfort here.

_Sua voz é bonita cantando. – ela tremeu um pouco. – Te assustei? – ele disse de olhos fechados.

_Pensei que estivesse dormindo.

_E você aproveitou para me secar.

_Claro que não. – ela se aconchegou em seus braços.

_De todo jeito, não me importo. Sou bonito demais para que você consiga afastar seus olhos.

_Convencido.

_Só o suficiente. Se eu não fosse do jeito que sou, não teria te conquistado.

_Talvez sim, talvez não.

Ficaram em silêncio por um tempo.

_Você confia em mim, Draco?

Ele abriu os olhos e a encarou: _Sim, mas porque está me perguntando isso?

_As vezes as pessoas fazem coisas estranhas, mas sempre deve haver confiança. Prometa que sempre vai confiar em mim, por favor.

Ele a olhou, seu rosto estava apreensivo, seus lábios estavam contraídos, de repente teve a sensação de que ela estava com medo de algo. Ele beijou os cabelos castanhos e disse:

_Prometo. Mas tem que me prometer algo em troca.

_Eu prometo.

_Prometa que não vai me deixar.

_Eu jamais poderia fazer isso. Não vou te deixar. Nunca. Eu te amo, Draco Malfoy.

_Também te amo, Hermione Granger.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?