Fiquei estática. Partir? Mas tão cedo? Sempre fugi desta hipótese de deixar Forks e agora ela batia a minha porta. Um filme se passou rapidamente pela minha mente e tudo se cercava em torno daqui, da minha casa, da casa da vovó, vovô Charlie. E agora tudo isso se fazia em cinzas, teria de deixar para trás.

- Nessie! Nessie! – me chacoalhava Tia Alice.

- Hã?! O que foi? – respondi um pouco atordoada. Olhei ao redor todos me cercavam apreensivos.

- Você de repente... Querida vai ficar tudo bem. – papai agora abraçava-me fortemente.

- Eu apenas quero sair daqui... – sussurrei.

- Claro, claro. - disse mamãe.

Chegamos em casa, que em um mês não seria mais minha casa, só seria uma página virada. Todos ficaram me olhando hesitados. Pareciam que estavam aguardando uma bomba explodir ou um vulcão entrar em erupção. Não tinha muito gás para isso, o que me restava era o conformismo, afinal não há birra e choro que façam alguém ficar. E nem eu gostaria pouparia da visita desagradável dos Volturi novamente. Respirei fundo antes de abrir a boca para dizer algo.

- Sabe, eu não vou ter nenhum chilique, não adianta de nada mesmo. – dei nos ombros e corri para o meu quarto.

- Eu vou lá falar com ela. – ouvi Jake se pronunciar.

Ouvi batidas na porta.

- Ness! Sou eu... – disse Jake.

- Quero ficar só Jake, por favor. Não insista.

Daí veio o silêncio. Deitei na cama fitando o teto, tentando me concentrar na cor rosa dele. Caindo profundamente na inconsciência.

* * *

P. O. V. Alice

Todos nós ouvimos o “bate-papo” breve de Nessie e Jacob. Bem se nem para o lobo ela deu atenção. Eu é que não me atrevo a subir lá.

Jake desceu as escadas com uma cara triste.

- É os Volturi foram bem previsíveis. – suspirei.

- Realmente. – concordou Edward.

- E agora? Temos que ver tudo... Onde recomeçar, casa... – começou Rosalie.

- É essa questão onde? – perguntou Esme.

Um silêncio se estabeleceu por sei lá quanto tempo.

- Já sei onde. Ora por que não pensei nisso antes! – exclamou Bella.

- Sim e onde? – perguntei.

Bella sorriu olhando distante parecia estar lembrando de algo distante.

- Bella, diga logo está me matando de frustração. – implorou Edward.

- Lembra de quando era humana você me obrigando a preencher todos aqueles formulários para as universidades? – questionou Bella para Edward.

Edward então entendeu.

- Hanover?

- Lá seria uma boa, com bastante verde, pouco sol, neve e chuva. – argumentou Bella.

Eu gostei lá é bonito tem Darthmouth não precisaríamos pensar em sair de lá logo.

- Bem pensado Alice. – comentou Edward.

E Nessie? - pensei comigo.

- Bem... Vai ter que entender não é? – respondeu ele novamente.

E o Jacob? Você sabe...

Edward deu nos ombros em resposta.

- Então todos concordam com Hanover? – perguntou Carlisle.

Ninguém se opôs. Jacob estava no canto com os ombros encolhidos.

- Ora Jacob você sabia que um dia isso ia acontecer, não posso fazer nada, isso é por mim e minha família também. – disse Edward.

- Eu sei. – respondeu ele azedo.

- Você vai se quiser cãozinho. Não sentirei nenhum pouco da sua falta. – disse Rosalie.

- Sinto muito te decepcionar loira oxigenada, mas eu irei. – retrucou Jacob.

Rosalie grunhiu para ele.

Revirei os olhos não nasci para ver isso. Resolvi expor minha opinião abertamente. Sinceramente estou amando isso. Reformas e guarda roupas novos, recomeçar de novo, tudo isso me fascina.

- E o mais importante agora é nos organizar. Afinal vida nova, casa nova, móveis novos, roupas novas. Tanto trabalho em tão pouco tempo. – suspirei.

- Então mãos a obra. – disse Esme sorrindo um pouco. Claro que ela estava feliz, uma reforma sempre a deixou feliz.

Por sorte a alguns anos quando ainda Bella tinha planos de ir para a Universidade de Darthmouth providenciamos uma casa. Agora era só readaptá-la. Uma reforma ali outra aqui e ela vai ficar deslumbrante.

- Então podemos ir para lá e organizar algumas coisas. Que tal Jazz? – sugeri. Aos saltos, adoro mudanças estávamos precisando agitar essa família.

- Ótimo! – Jazz sorriu em resposta.

- Perfeito então vou providenciar as passagens. Duas então. – conclui.

- Quatro. Carlisle e eu também vamos. Não perco uma reforma por nada. – disse a Esme agora super animada.

- É e eu tenho que já sair em procura de um emprego. Afinal eu sou o chefe da família. – disse Carlisle.

Todos riram, exceto um lobo zangado que ainda estava ali.

- Um médico como você consegue emprego em qualquer lugar. – disse Bella.

Todos estavam muito animados com a mudança. Ficamos tempo demais em Forks, claro que eu gostava muito daqui. Foi aqui que conhecemos quem completaria nossa família e trazendo de quebra um pacotinho chamado Renesmee. E por falar no pacotinho... Ela está tão triste, isso me desanima um pouquinho, mas eu seria capaz de comprar um shoppping inteirinho, fazer uma festa gigantesca a maior de todas se isso a deixasse feliz, mas não faria.  Ela me mataria, se pudesse. Preciso me concentrar em fazer um quarto para ela bem bonito com tons rosa, lilás... Um closet novinho em folha.

- Mas e alguma novidade com relação a Nessie? – perguntei a Edward.

- Ela dormiu, sem sonhos. Ela não fez nada porque entende a situação, mas ela não está feliz. Isso me preocupa. Não sei o que fazer. – ele suspirou.

- Nem eu. – respondeu Bella.

Jake fuzilou Bella.

- Ei eu não sou a culpada disso. – retrucou Bella. – Não me olhe assim, você acha que eu gosto disso?

- E o Charlie? Já parou para pensar nisso?

Bella se encolheu.

- Ele é forte, além do mais ele já sabia que mais ou menos dia isso ia acontecer. – respondeu Bella.

- Isso foi a sua opção, veja só o que aconteceu, você está fazendo a Ness sofrer! – Jake tremia em suas mãos.

- Minha opção não é algo que lhe interesse e muito menos lhe diz respeito. Eu não me arrependo. E você está aqui porque quer ninguém te obriga a isso. – agora Bella estava gritando.

- Você sabe que eu não fico por causa de vocês! É a Ness sempre foi ela que me manteve aqui! – gritou Jake.

- Você e esse estúpido impriting! – retrucou Bella. – Com ou sem você essa mudança vai acontecer e tenho um bom conselho para você cãozinho sua opinião não tem sido de muita importância, se estiver incomodado saia daqui andando ou então se continuar aqui com a sua lamentação sairá voando! – Bella disse friamente, parecia mesmo uma caçadora.

Ela assustava as pessoas quando queria. Jacob não teve muitas opções ele preferiu sair andando com os seus membros inferiores e superiores em perfeitas condições. Mas nem ele acabava com o meu bom humor.

- E agora as passagens! – vibrei como se nada tivesse acontecido nada ia atrapalhar minha felicidade.

Fim P. O. V. Alice

P. O. V. Bella

Criei um apego com Forks que jamais imaginei criar. Até porque odiava o verde e as chuvas contínuas. Fiquei longe da minha mãe. Até hoje nosso contato se dá pelo telefone e emails, tudo para não assustá-la e também pela Renesmee. Não teria como esconder isso dela, e a Renée com a ótima percepção que tem, enfim.

Aqui conheci o amor da minha existência, casei aqui, tive minha filha aqui, é como se aqui tivesse lembranças e provas vivas da minha fase humana.

Mas havia muitas coisas acima disso a opção, como Jacob disse, que escolhi é assim. Lamento pelo Charlie que entendeu a tudo até então com muita fibra. Minha mudança física e surgimento inexplicável de Renesmee, a garota que é a divisão perfeita entre mim e Edward.

Agora é partir sem olhar para trás. Conversar com o Charlie e colocar as cartas na mesa. O Jacob, que com certeza não ficaria longe da minha filha, e agora?

E o mais importante de tudo isso. Minha filha, que mais estava sofrendo no momento, ela ama Forks e eu amo Edward para mim qualquer lugar onde ele estiver está perfeito. Temos que conversar.

- Bella, amor... – Edward sussurrava ao meu ouvido me provocando aquelas ondas elétricas.

- Hummmm? – E lá se foi a minha linha de raciocínio.

- Esse seu silêncio está me matando. Diga-me o que está pensando. – ele me olhava com aqueles olhos dourados insoldáveis.

Concentrei-me um pouco e o toquei me concentrando para que ele pudesse ler afinal não queria dizer.

- Ah. – e foi só o que ele disse.

- E ela como está?

- Dormindo como um anjo.

- Temos que pensar em algo para ela. Me dói ver ela assim. – disse por fim. Ela infeliz eu também.

- E o Jacob?

Meus músculos se enrijeceram. No momento tinha vontade de mandar ele para o espaço, mas além de que com certeza me arrepender pelo resto da minha existência a minha pequena também não ficaria satisfeita. Ele é um grande amigo. Mas colocar a mesa aquilo que eu já decidi é injusto e desnecessário. Isso nunca vai mudar.

- Não sei, mas ele vai repensar bem. Por um lado isso que estamos fazendo é pelo bem dela.

Edward concordou com um aceno e agora me olhava da cabeça aos pés.

- E agora qual é o problema? – indaguei.

- Nenhum problema muito pelo contrário. É que você está totalmente desfrutável este tom de azul lhe cai bem. – ele agora beijava meu ombro.

Olhei o vestido. E refleti a Alice nem criticou desta vez minha opção, um milagre. E quando levantei o rosto para lhe dar uma resposta não pude. Ele estava perto demais totalmente desfrutável como sempre é. Toquei meus lábios aos seus, no começo uma coisinha leve, mas ai, porém... Ouvi um pigarro.

- Ei me poupem desta cena e vão demolir o chalé de vocês! – resmungou Emmett.

Afastamos-nos rapidamente.

- Fracamente Emmett. – revirei os olhos. – Não se esqueça da aposta que você perdeu.

Emmett franziu o cenho, se concentrando.

- Rá! – Edward agora ria.

Emmett em resposta ficou carrancudo.

- Amor, a Nessie acordou. – Edward disse.

Fiz uma careta. As pessoas insistem em chamar minha filha de monstro do lago inclusive seu próprio pai. Eu não desisto.

- E como ela está? – minha pergunta se referia aos seus pensamentos se estavam organizados e os nervos controlados.

- É na medida do possível. – ele respondeu um pouco apreensivo.

Soltei-me dos braços de ferro do Edward e me levantei. Tinha algo a fazer.

- O que foi? – perguntou Edward sem entender.

- Vou preparar o café dela. – reprimi uma careta.

- Ah. – Edward respondeu somente. No fundo ele entendeu.

Fui para a cozinha, ressuscitar os dotes culinários que havia em mim.

Acordei. Mas ainda me mantive de olhos fechados, me senti como se estivesse despertado de um longo e pesado sonho, porém não foi, tudo foi real. Tenho um mês em Forks, apenas um mês, com um tempo limitado assim sinto como se eu não tivesse feito e muito menos aproveitado tudo o que este lugar havia me oferecido.

Levantei-me e fiquei na janela, admirando a bela paisagem, as árvores e o verde sem fim. Os primeiros raios de sol surgiam ainda tímidos no horizonte. Respirei fundo saboreando o ambiente.

Água, folhas, algumas flores, e... Franzi o nariz. Aght! Comida humana, eles não desistiam de mim.

Olhei-me no espelho e percebi que adormeci com o belo vestido e a produção que a tia Alice me dera. Agora a maquiagem estava disforme e horrível. Se a titia me visse assim me mataria. Corri até ao closet para buscar opções. Peguei uma calça de moletom (única sobrevivente das reformas da titia Alice) e uma blusa de algodão preta. Desfiz a trança e prendi o cabelo num desajeitado rabo-de-cavalo. Fui ao banheiro e retirei o resto de maquiagem que ainda restava. Olhei-me no espelho, com certeza quando a titia vier aqui e me ver ela vai me recriminar incessantemente. Partindo para uma produção de resgate. Suspirei.

Ouvi batidas na porta e o cheiro de comida humana bem próxima. Com certeza era tia Alice com o café em mãos e alguma idéia mirabolante se passando por sua cabeça. Eles querem mesmo acabar comigo.

Fui derrotada abrir a porta. Para minha surpresa era a mamãe com uma bandeja na mão.

- Bom dia mamãe! – mesmo com esta bandeja horrível de café da manhã era impossível sentir raiva dela.

- Bom dia querida. – Ela beijou a minha testa e colocou a bandeja sobre a cama. – Bem eu queria te pegar na cama, mas...

Sentei-me rapidamente na cama revezado o meu olhar entre a mamãe e a bandeja.

- Hummmm... Você sabe que eu não gosto de fazer isso com você. Mas sabe como seu pai é. – ela disse se desculpando.

- E qual é a razão de tudo isso? – Mamãe com uma bandeja a beira do meu quarto às 6 horas da manhã era algo com o qual ainda não havia lidado.

- Bem, a sua avó viajou alguém tinha que preparar o seu café. – Isso não era desculpa, conheço-a. – E também porque queria saber... Está tudo bem com você?

Em resumo: ela queria saber como me sentia com relação a nossa partida. Com certeza não está tudo bem, mas...

- Eu estou bem, conformada. – dei nos ombros.

- Os ovos vão ficar frios é melhor comer logo. – após um longo tempo me observando.

Fiz uma careta. Não havia como fugir. Engoli os itens da bandeja em silêncio.

- E então para onde a vovó foi? – perguntei quando terminei o café.

- Eles foram ajeitar as coisas para nós, por sorte já temos uma casa, faltam as reformas, quando formos não há com o que se preocupar. – mamãe agora usava as palavras com muita cautela.

- Eles? – indaguei.

- É, Esme, Carlisle, Alice e Jasper. Você sabe que a Alice não perde uma reforma por nada. – Mamãe disse revirando os olhos.

- Então já foi decidido o nosso destino. – conclui.

- É bem discutimos sobre isso esta noite, concluímos que seria melhor Hanover. É um lugar muito bonito, tem neve, chuva e a Universidade de Darthmouth. Podemos ficar instalados lá por um bom tempo.

Fiquei em silêncio olhando para a janela. Senti uma mão fria tocando minha mão.

- Renesmee. Sei que você não está feliz, e isso me magoa tanto... Fico sem saber o que fazer e o seu pai também. È como se estivéssemos com mãos e pés atados, se soubéssemos ou pudéssemos fazer algo para aliviar isso. Eu e seu pai faríamos sem hesitar. – mamãe estava sofrendo e eu era o motivo. Senti um peso na consciência.

- Desculpa mamãe eu não queria fazer isso. – choraminguei. Caindo em seu colo. – É que eu vou sentir falta do vovô e do Jake também... – lágrimas teimosas rolavam em minha face.

- É vou sentir falta do meu pai, e do Jacob bem... Receio que ele deva ir com a gente. – ela dizia enquanto acariciava meu cabelo.

- E por que o Jake iria? – perguntei incrédula, não havia nada o obrigando a ir, não há motivos consistentes. Isso é um problema nosso não dele.

- Ele não ficaria em um lugar onde não tivesse você. – ela grunhiu baixinho.

Tinha a impressão de que aconteceu algo durante meu sono. Mamãe e Jake devem ter se desentendido. Suspirei.

- E cadê ele? Ele está aqui? – perguntei hesitante.

- Não, na verdade seus comentários eram irrelevantes por isso sugeri que ele fosse dar uma volta. – ela grunhiu novamente.

Estremeci. As sugestões da mamãe quando brava são para serem levadas a sério.

- Não fiz nada com ele. Ele está bem. Correndo por ai como o cão que é. – ela respondeu azeda.

Engoli uma resposta mal-criada. Mamãe me assusta quando fica brava. Afastei-me do seu colo limpando as lágrimas com as mãos. Jake se cura rápido, pelo menos assim eu esperava, além do mais tínhamos providências a tomar.

- Mamãe como tenho pouco tempo em Forks, quero aproveitar tudo intensamente.

Mamãe sorriu radiante.

- Isso é ótimo! – ela disse animada.

- Preciso ver o vovô.

- Precisamos ver o seu avô. - Ela agora já estava de pé.

- Uma visita agora não seria nada mal. – sugeri.

- Parece uma idéia perfeita. – mamãe ainda estava no mesmo lugar. Não éramos para estar na garagem no carro?

- E então? Vamos? – disse sem entender.

- Você não quer o seu avô assim não é? – ela me olhou da cabeça aos pés. – Sabe mesmo sem a Alice estar aqui, tenho que mantê-la em ordem. Sou mãe.

Olhei para o rosto impecável da mamãe de 18 anos, mesmo tendo eu com o rosto tão novo quanto o dela, sempre via a experiência nela que eu ainda não tinha.

- Mamãe você não era assim. Titia fez lavagem cerebral em você? – reprimi uma careta.

- Não. – ela fez uma cara chocada. – Mas você realmente está horrível vestida assim. Vem comigo.

Mamãe me arrastou para o closet achei que fosse me livrar da titia.

- Ah mamãe não acredito que você vai fazer isso comigo. – resmunguei.

Ela olhava de um lado para o outro. Até que alguns segundo se passaram e ela estava com um casaco rosa nas mãos, uma calça jeans, uma blusa de algodão branca, um par de tênis.

Respirei aliviada. Ela me olhou chocada.

- Não achou que eu iria torturar minha própria filha não é? Vamos se vista, daí ajeitamos esse cabelo. Depois tenho que ir em casa colocar uma roupa mais pesada. Apesar de não sentirmos, está fazendo frio. – mamãe agora parecia pensativa. Talvez ela esteja tão chateada quanto a mim por deixar o vovô Charlie, pelo menos ele tinha a Sue, tornava as coisas mais fáceis.

Fui me vestindo rapidamente. Mamãe me levou ao banheiro, penteou os meus cachos deixando-os soltos e retirou o restante de maquiagem do meu rosto.

- Prontinho. – ela cantarolou. Toda essa produção a moda dela durou uns 15 minutos, se fosse com a tia Alice os 15 se multiplicariam por N vezes. – E agora a minha vez. Espere-me na garagem. – ela me deu um beijo e foi se arrumar.

Fui para a sala. Papai tocava minha canção de ninar no piano. Dei-lhe um beijo no rosto.

- Bom dia papai! – disse radiante.

Ele interrompeu a canção, me olhou da cabeça aos pés e sorriu.

- Que foi? – agora eu me olhava. Tinha algo errado.

- Você está vestida à moda Bella. Ficou lindo. – ele disse ainda sorrindo.

Sorri radiante.

- Tirando umas férias do glamour da titia Alice. – disse revirando os olhos.

- Vou contar tudo pra Alice! Eu estou ouvindo! – ouvi tio Emm dizer.

- Continue assim e eu comecei a dar palpites no seu guarda roupa. Tia Alice com certeza iria amar as sugestões que tenho em mente. – comentei.

Ouvi tio Emm gemer.

Papai ria, ele parecia feliz, a mudança parecia fazer bem a todos.

- Você não faz idéia, filha com o tempo nos acostumamos com isso. Mande lembranças ao Charlie por mim. – papai voltou a tocar o piano novamente. – Sua mãe está te esperando lá na garagem.

- Tchau papai. – corri rapidamente para a garagem.

Mamãe já estava dentro do carro me esperando, seu rosto se mesclava entre a tensão e a felicidade, mas não tínhamos muito o que pensar, e sim aproveitar o tempo que nos resta.