Behind The Tour Justin Bieber escrita por branstark


Capítulo 6
06.


Notas iniciais do capítulo

Oei, gente.
Novo capítulo pra vocês (:
É o seguinte, esse capítulo explica o que acontece de verdade entre a Leslie e o Justin, e eu resolvi postar hoje porque estou de castigo e computador pra mim, só aos fins de semana, e pra não deixar vocês sem atualização, aqui está.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/125718/chapter/6

Eu conseguia ouvir claramente as fortes pancadas na porta, mesmo com o volume do som no máximo.

–Justin, abre essa porcaria de porta ou eu vou... O seu traseiro! – eu não escutava direito, a música atrapalhava. Mas eu não queria ouvir.

Cara... Porta! Ela é... Você sabe que é dema...!

Eram meus amigos. Chaz, Ryan e Christian. E Leslie.

Quando chegamos ao hotel, eu fui direto para meu quarto, e Leslie me seguiu. Logo depois veio minha mãe, Scooter, Usher, Kenny, Ryan (Good), e meus amigos.

Minha mãe, Usher, e todos os adultos da tour já haviam desistido. Eles me conheciam, sabiam que eu não ia abrir a porta de jeito nenhum. Eu queria ficar sozinho, pensar um pouco.

Como Selena poderia ficar brava por um motivo tão estúpido como aquele? Era completamente ridículo pensar naquilo, eu era fiel, ela sabia disso. E eu a amava, demais. Doía de mais pensar que ela duvidara disso.

Quando voltei à realidade, notei que todas as três vozes haviam se calado. Talvez eles tivessem desistido como os outros... Mas uma última voz fina e alta ainda falava:

Droga, Justin! Abre isso logo!

Leslie. Ela ainda estava lá. Isso fez com que um sorriso involuntário aparecesse em meu rosto. Ela era assim, persistente. Não desistia de nada até conseguir o que queria. Fui até o aparelho de som e abaixei o volume:

–Não vou abrir, Leslie – minha voz saiu rouca e baixa, por falta de uso nas últimas horas.

Beleza, eu vou ficar aqui, até você abrir, Dr. Bieber.

–Falou – respondi.

Tenho uma coisa aqui, que você não vê há muito tempo – e ela só disse isso. Quando perguntei o que era, ela não respondeu. Resolvi me deitar, Leslie iria sim sair de lá, até porque eu não abriria a porta de jeito algum.


22h35min.

Marcavam isso no meu relógio. Eu estava morto de fome, não comia desde a tarde. Ou eu abria a porta e ia até o restaurante do hotel, ou ia morrer de fome. Eu tinha certeza que Leslie não estava mais no corredor. Então levantei-me da cama, coloquei meu tênis e fui até a porta. Ao abri-la dei um salto para trás. Leslie estava ali. Mas não estava acordada. Ela estava sentada no chão, com a costa descansada na parede paralela a porta do meu quarto, os fones pendurados no ouvido e a cabeça tombada para o lado. Ela estava dormindo.

Um sentimento de culpa tomou conta de mim. Ela ficou me esperando lá, desde quatro horas da tarde, até agora, deveria estar exausta. Mas uma coisa chamou minha atenção: o notebook em seu colo. Era o notebook que eu havia dado de presente para ela no Natal. O mais caro que eu havia encontrado na loja em que comprei. Era vermelho, a cor favorita dela. E bem ali, na entrada USB um pen-drive do Bob Sponja. Me perguntei quantas pessoas viram aquela garota, usando coturnos, dormindo ali, no correndo e não a acordaram. Por reflexo, fechei a porta do meu quarto e sentei-me ao lado de Leslie. Eu sabia que ela tinha um sono de pedra, e eu poderia fazer o barulho que fosse, ela não acordaria – isso não era por causa dos fones em seu ouvido.

Peguei o notebook em seu colo e coloquei no meu, ligando-o em seguida. Seria o notebook a coisa que ela dissera que eu não via há muito tempo?

A tela de inicialização apareceu, e pedia a senha. Ah, que legal, e agora?, pensei. Mas então eu lembrei de quando ela disse que ficaria lá na porta até eu abrir, e deu ênfase no dr. Bieber. Seria...?

Digitei: drbieber. Senha incorreta. Aquela era mesmo a senha, eu tinha certeza. Era o nome da música que ela havia composto para mim... Resolvi ver a “dica de senha”. E era: “Hora de nascimento.” Hora de nascimento? E isso existia? Então eu digitei a primeira coisa que veio a minha cabeça: drbieber1256.

E o notebook inicializou normalmente, a área de trabalho tudo.

A senha dela era o horário que eu havia nascido.

O pen-drive estava conectado, então eu fui até a pasta onde ele estava. Computador>LESLIE (H:).

De todas as pastas que tinham ali, eu me perdi.

Justin Vídeos, Minhas Fotos, Chaz Chris Ryan... Uma pasta chamou minha atenção: Biebs Antigas.

Cliquei.

Arregalei os olhos ao ver o que era. Eram as fotos mais antigas que eu já vira! Quer dizer, não tão antigas, digo, parecia séculos que aquelas fotos foram tiradas. Era eu... E Leslie, quando nos conhecemos. Não exatamente quando nos conhecemos, mas na mesma época que Scooter a havia adotado. Quando nós éramos como irmãos. Nós decidimos nunca tocar no assunto, mas... Na época em que eu e ela, quase... Hm, “ficamos”. É, acho que é essa a palavra. Éramos próximos até demais.

E as fotos... Deixavam isso mais claro do que nunca.

Justin&Leslie

Era loucura. Leslie era quase minha irmã, mas na época... Ah, éramos adolescentes normais que só estavam conhecendo um ao outro, foi só... Uma paixonite, como Leslie disse no dia que conversamos sobre isso.

Les segurou minha mão e entramos na sala. Scooter e Usher haviam saído, Kenny estava fazendo alguma coisa por aí, então podíamos ficar a sós.

–Senta – ela disse apontando para uma poltrona, e sentou-se em outra. Ela já estava mudada, havia feito a tatuagem, as roupas estavam ficando mais rebeldes, e eu nunca sentira tanta falta da antiga Leslie do que agora. Eu não queria ter aquela conversa, poderíamos simplesmente fingir que nada aconteceu e que nunca fomos tão unidos assim. Tudo o que acontecera fora importante para mim um dia, e eu não queria estragar, mesmo que não sentisse mais borboletas no estômago quando ela me tocava nem nada parecido.

–Les, a gente não precisa... – fui dizendo, mas ela me interrompeu com um gesto. Encostou o cotovelo no joelho e ficou pensativa, e não olhava fixamente para mim. Depois de um bom tempo, ela resolveu falar algo:

–Tá legal... Justin, nada aconteceu, ok?

–Não fala is...

–Eu estou falando sério! – nunca vi os olhos de Leslie tão sérios, nunca. – Que droga, Justin! Eu sei que pra você significou alguma coisa, mas pra mim... Foi coisa de momento! Uma paixonite que passou rápido demais para que eu sentisse alguma coisa de verdade. Eu te amo, sério. Mas eu te amo como um irmão! Um grande irmão se quer saber. E eu não quero estragar isso, você acabou de ser indicado para o Grammy, cara! O Grammy! E nós convivemos juntos todos os dias... Ia ser estranho! Ou nós esquecemos essa coisa, ou vamos carregar esse fantasma pro resto da vida e nunca mais agir normalmente. Pronto falei.

Ela tinha razão... Há muito eu não via Les como apenas... Ela, uma grande amiga.

Mas eu não queria fingir que nada havia acontecido.

–Mas, Les...

–E ah, se vamos esquecer isso tudo, é melhor parar de me chamar de ‘Les’, Scooter está desconfiado.

Agora ela havia pegado pesado. Parar de chamá-la de...? Ah, fala sério.

–Isso é absolutamente sem noção – reclamei cruzando os braços – Por mim, esquecemos tudo, eu não ligo, mas eu não vou tratar você com frieza!

–Você precisa, pelo menos por um tempo... Por favor.

–Não.

–Seu cachorrinho, mimado! – ela ficou de pé – Escuta, eu não ligo se você lotou o Madison Square Garden e que vai ter um filme, mas...Isso não significa que...!

–Eu não estou sendo mimado! – protestei – É só que... Ok, amigos – estendi a mão para ela, e Leslie apertou.

–Falou, amigos. E exclui aquelas fotos nossas do seu celular, pode ser?

–Todas?

–Não, só as... Principais, você sabe.

–Ah, ok.

Fechei os olhos, reprimindo a lembrança. Parecia que séculos se passaram... Será que Leslie achou que aquelas fotos me animariam? Bom, conseguiu. Um pouco. A foto em que eu estava de olhos fechados, e Leslie bem a minha frente... Tiramos na frente do meu notebook... A que sua cabeça estava encostada no ombro, foi no dia em que conheci a Taylor Swift... Eu olhava as poucas fotos repetidas vezes. Ao meu lado, senti um movimento. Eu quase esquecera que Leslie estava ao meu lado, e quando olhei para ela, vi que seus olhos estavam abertos.

–Hmm... Acho que descobriu minha senha, né? – disse ela bocejando e esfregando os olhos. Não respondi. – As fotos eram ótimas.

–Sim,eram... Pensei que as tivesse excluído.

–Quê?... – perguntou ela sonolenta. – Não. Eu até excluí, mas fui na lixeira e recuperei.

Sorri.

–Você mudou... Bastante.

–Verdade, né? Você também mudou... Não digo só na aparência.

–Eu sei que mudei – minha voz saiu baixa – Eu sei que às vezes pareço focado demais na minha carreira.

–É, parece. Mas... Eu, e mais nove milhões de garotas te entendemos.

Minhas beliebers – suspirei.

–Sim, suas. E assim como elas, eu vou estar aqui pra te apoiar, ok?

Assenti.

–O que aconteceu? Com a Selena, digo.

Esperei um pouco até tomar coragem para contar:

–Selena está com ciúmes.

–Do quê? – Leslie riu, e percebi que foi uma risada nervosa.

–Hmm... De você. Ela pensa que estou tendo um tipo de “caso” com você.

–Como é que é hein?!

–É. Selena é muito ciumenta, você sabe...

Pela primeira vez, Leslie estava sem palavras.

–Ela... Ela tá doida? Você é... É o namorado que todas as garotas gostariam de ter, e ela está com ciúmes justo de mim?

–Exatamente.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram, beliebers?
Ah, os manips foram feitos pela Ronnie_Smile (thatshouldbebieber), os créditos vão todos pra ela.