Thoughtless. escrita por envy


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic do SHINee, peguem leve, tá? ~ x3
Qualquer erro, me avisem pra que eu possa arrumar.



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Seu corpo se encontrava sentado displicentemente no chão frio da biblioteca, num canto isolado. Sentia-se frustrado com tais lembranças recentes. Sua respiração ainda era falha e seus cabelos se bagunçavam, vez ou outra, pelos dedos trêmulos; mas logo o arrumava. Quase chorava de puro nervosismo. Vez ou outra se batia de raiva e de frustração e amaldiçoava a si próprio com palavras rudes.

Ele não devia ter ido falar com o capitão do time de futebol da escola e muito menos dito aquelas coisas. Foi um impulso descontrolado! Quando se viu já estava dizendo...

Respirou fundo e resolveu encarar a realidade: Havia se declarado para o garoto mais bonito e popular de todo o colégio. O pior de tudo? Eles mal se conheciam.

Vez ou outra se esbarravam, mas nada de um contato muito íntimo. Agora Choi Minho – o capitão, antes mencionado – deveria estar rindo e achando uma extrema ousadia um garoto magricela e desajeitado (ainda por cima mais novo do que ele) estar apaixonado por sua pessoa. Ha Ha, um garoto.

- Que merda! O que eu vou fazer agora? – Murmurava para si próprio.

Mudar seu nome, mudar de faculdade e casa. Sim, era uma boa ideia. Não tinha amigos – Kim Kibum não era seu amigo? – Ah, foda-se, iria com ele! E sua mudança seria calma e tranquila. Ninguém sentiria falta do nerd quieto e precoce; Taemin foi aceito em uma das melhores faculdades de música do país dois meses após ter completado dezessete anos.

Taemin respirou profundamente, encolhendo-se atrás do balcão e colocou seus fones de ouvido. Esperou seu Ipod começar a música que havia parado após a última execução.

What's wrong with my tongue

These words keep slipping away

I stutter

I stumble

Like I've got nothing to say

Seus fones de ouvido queriam lhe amaldiçoar pela besteira que fez, lhe dizendo tais palavras acusadoras? Bufou e passou para a próxima música rapidamente.

The world would be a lonely place

Without the one that puts a smile on your face

So hold me 'til the sun burns out

I won't be lonely when I'm down

AH! Que droga!Por que toda música que eu tenho fala de amor? Pensou. Decidiu desligar o objeto e encarar os livros que a bibliotecária guardava no balcão. Queria fazer parte de um livro em que estaria à mercê de uma escritora bem boazinha que lhe daria um fim digno. Um final feliz com Choi Minho.

Ele riu fraco e seus olhos apavorados o alertaram para um ser humano alto e de cabelos pretos que adentrava o local, procurando por alguma coisa com o cenho franzido. Era ele.

Taemin soltou um barulho estranho pela boca – talvez por medo e se amaldiçoou nos eternos dois segundos que foram necessários para o garoto alto encontrar seu esconderijo e sorrir estonteantemente.

- Finalmente te encontrei! – O capitão do time fechou a porta silenciosamente atrás de si e foi ao encontro do menor. Sentou-se à sua frente e os dois se encararam por um momento. Taemin com as bochechas coradas e Minho parecia alheio à situação e tentava pôr os pensamentos em ordem. – Ahn... Bem, Taemin... Eu, eu queria... – Ele fechou os olhos, irritado por não ter conseguido dizer algo coerente. Sem falar que quase se bateu com a mão livre. – Eu achei muito corajoso da sua parte ter dito aquelas coisas. A gente mal se conhece. – Ele sorriu divertido, mas ternamente.

- Fo... Foi sem querer, tá bem? – Taemin resolveu se desculpar. – Se quiser eu nem olho mais na sua cara, sério, eu posso me mudar daqui e ver se me aceitam em outra uni–

- Não! – Pediu, com urgência. – Você não pode fazer isso! – Parecia sério. – Você mal me deixou terminar. – Minho riu, nervoso.

- Qual vai ser a diferença? Eu nem devia ter lhe dito aquilo! Me desculpa, tá bem? Eu... Eu sou um idiota! Já sei o que veio fazer aqui e estou lhe poupando de vir com desculpinhas esfarrapadas. Posso viver sem um fora apropriado. – Ele sorriu ironicamente e se prontificou a levantar-se, mas foi bruscamente interrompido.

Ele percebeu algo macio tocar seus lábios - interrompendo seu falatório desnecessário e nervoso. Seus lábios estavam colados e seus olhos se fecharam lentamente, com medo de observar os olhos serenos do mais velho se abrirem. O beijo começou-se rápido e terno, seus lábios se movimentavam numa dança harmônica e proibidamente doce. Sentiu dedos macios tocarem-lhe a pele e seguirem lentamente até seus cabelos, fazendo leves carícias com os fios, fazendo-o gemer timidamente.

Taemin sentiu algo úmido movimentar-se entre a divisória de seus lábios, pedindo timidamente uma passagem e adentrando àquela cavidade quente e úmida. Era estranha e extremamente prazerosa a sensação daquele músculo curioso movimentar-se em sua boca instigando-o a participar; mas o loiro sempre fora um total inexperiente, o quê o deixava à mercê do mais velho, deixando-o guiar o beijo para onde quisesse.

Era uma sensação nova, uma mistura de medo e felicidade mesclando-se perfeitamente num beijo simples e demorado. O que ele sempre queria estava acontecendo bem ali e não queria que acabasse ou, talvez, tinha medo do que viria depois. Ele sabia que o mais velho podia muito bem estar aproveitando de sua falta de experiência ou de sua declaração impensada. Talvez os dois! Só sabia que tinha medo.

O capitão do time foi quem rompera o beijo, ambos tentando respirar fundo e manterem o controle.

- Eu... Eu não entendo. – Um sussurro inaudível escapou de seus lábios quase imóveis.

- Eu sei... – O mais velho riu, mas não havia graça alguma. Era o nervosismo. – Se me permite roubar sua fala... Eu sou um idiota. – Sorriu fraco. – Eu venho guardando isso a muito tempo. Muito, muito tempo. Desde que eu descobri seu rosto novo por aqui. Observar cada movimento seu virou rotina, das primeiras vezes foi apenas coincidência, uma passagem de olhos, eu confesso. Mas eu o achei incrivelmente adorável. Tudo em você me chamava atenção. Mas o quê eu poderia fazer? Pensei que por um milagre você sentisse o mesmo por mim. – Ele sorriu e abaixou o rosto, meio absorto em lembranças. – Meus amigos eu não sei, mas o quê o campus inteiro iria pensar do Capitão do Time de futebol? Tentei afastar esse sentimento, mas... É impossível pra mim agora. – Encarou Taemin. - E eu lhe juro que eu não estou mentindo pra você. Juro pela minha vida que nada do que eu disse é mentira.

- Mas... É impossível. Impossível. – Repetiu consigo e encarou Minho. – Isso é um sonho?

O mais velho riu, aproximando seu rosto do menor e beijando sua testa.

- Não, seu bobo, não é um sonho. É tudo real. – Apertou Taemin em seus braços.

- De qualquer forma, - O menor suspirou, encostando seu rosto no peito do mais velho. – não quero acordar tão cedo. – Ele sorriu.

- Nem eu, meu pequeno. – Suspirou. – Nem eu.

Os dois garotos ficaram ali por um tempo – quase uma hora – vez ou outra proferindo pequenas palavras, mas na maioria das vezes apenas ouvindo um a respiração do outro.

Minho levantou-se primeiro, segurando na mão do menor, enquanto saíam pela porta da biblioteca. Os olhos dos dois reconheceram duas figuras ao longe: JongHyun, que era o Sub-Capitão do Time e melhor amigo de Minho e Key que parecia não agüentar mais a presença do outro. O garoto parecia andar rapidamente com um olhar de desgosto a cada vez que o Sub-Capitão lhe dirigia a palavra com um sorrisinho bobo no rosto.

- Taemin! – Disse Key, apressando o passo e finalmente fazendo JongHyun calar-se. Quando chegou mais perto, ele sorriu abertamente. – Eu nem vou dizer muita coisa, pela cara dos dois as coisas finalmente se resolveram. – Ele suspirou, feliz. Virou a cara para o garoto de cabelos pretos e ficou sério. – Choi Minho! Faz esse seu amigo calar a boca, pelo amor de Deus! – Franziu o cenho, enquanto Minho levantava uma sobrancelha, visivelmente confuso, mas logo entendendo.

E falou, antes que JongHyun começava a dizer mais alguma coisa.

- É que quando o meu amigo aqui, - Colocou um sorriso divertido no rosto e apontou para Jjong. – tá apaixonado por alguém, ele fica impossível.

JongHyun parecia irritado, muito, muito irritado.

- Mas o quê? – Sibilou Jjong. – Você é louco? – Gesticulou, com o cenho franzido.

- Que maravilha! – Key revirou os olhos. – Tanta gente nesse mundo e você me arranja isso? Eu sou tão feio assim, meu Deus? – Começava a reclamar sozinho, olhando supostamente para o céu e dando meia volta. – Eu não agüento não, meu cabelo tá ficando oleoso com tanta gente assim, tenho de ir. ~ Boa sorte aí, tô torcendo pra vocês. – Mandou um beijo, já de costas e andando devagar. – E você, garoto dinossauro, não ouse me seguir!

JongHyun olhou para o garoto que se ia e para o casal à sua frente, visivelmente indeciso.

- Vou ter de resolver a merda que você acabou de me enfiar. – Resmungou para Minho.

- Não adianta mentir, eu sei que você tá caidinho pelo punk. – Sorriu divertidamente.

- O nome dele é Key, Key.

- Que seja, vai atrás dele logo.

Jjong bufou, correndo atrás de Key.

- Mas Key, volta aqui! – JongHyun gritou. – Eu juro que não sei do que ele está falando!

- Fica longe de mim! – Vociferou.

- Você sabe que eu não vou desistir de... Nossa amizade!

Eles viraram o corredor e, dessa forma, não era possível enxergá-los.

- Morre diab- AAAAAAAAAAAAAH! Seu tarado! Me solta!

- Eu nem lhe beijei ainda, diva. ~

- Pervertido! – Dava pra imaginar perfeitamente o olhar estreito que Key lançou ao outro. - POLÍCIA! – E o desespero também.

Os gritos e ameaças eram ouvidos por praticamente todo o campus, mas Minho quebrou a gritaria no mundinho dele e do menor para observá-lo ternamente e proferir algumas palavras.

- Acho que vai ser divertido. – Ele riu, abraçando-o pela cintura.

- E como! – Sorriu. – De primeira impressão o Key é assim mesmo. – Riu baixinho. – Não acho que Jjong vá se arrepender da ‘amizade colorida’ deles.

Eles riram e se aproximaram para um beijo calmo.

Poderia estar frio e escuro lá fora, mas dentro de seu coração a luz brilhava clara e calorosamente, trazendo-o conforto a cada toque do maior em sua pele. Naquele pequeno momento ele percebeu que talvez uma atitude impensada pode trazer grandes surpresas.


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Notas finais do capítulo

Sério, HATER GON’ HATE, mas eu não tive culpa se saiu assim. u_u Juro que saiu do nada, no meio da noite. /cryAs letras das músicas que eu sou usei foram: Avril Lavigne – Things I’ll Never Say E McFly – I’ve Got You. São letras FUCKING CUTE. ;3;E quando eu disse – nas traduções – que iria postar uma de minha autoria... Eu não falava dessa. G_G' A que eu tinha em mente, já terminei, mas achei tão bobinha que desisti de postar. ;^; -srslyNão espero muitos reviews pra essa fic, mas tá aí. x3Reviews? LOL