As Leis de Victoire escrita por keemi_w


Capítulo 4
A macumba das azeitonas.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, PENÚLTIMO CAPÍTULO :((((( OMG! OMG! OMG! ESPERO MESMO QUE VOCÊS GOSTEM!
ALDV II ESTÁ SENDO PREPARADA, E PRETENDO ACABÁ-LA ANTES DE POSTAR O FINAL NA I :D
ENTÃAAAO, APROVEITEM *-* DE VERDADE...



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— Victoire! Teddy! Desçam! — Mamãe gritou lá de baixo.

Não sei o que ela deve ter pensado no que nós estávamos fazendo, com certeza algo muito maligno ou então nos comendo. No bom sentido! Nos devorando tipo... brigando tanto que não sobraria nem uma unha quebrada para contar história. 

Afinal, nós sempre nos odiamos e o único motivo pelo qual eu me aproximei de Teddy foi a vingança da vovó. Descemos e ela falou que vovó estava chegando a qualquer instante. Nós colocaríamos nosso plano brilhante em ação no jantar. E tenho certeza que mamãe nem papai se importariam com isso. Afinal, eles a odeiam tanto quando eu e Teddy nos odiávamos. Agora estávamos amigos para sempre... ou não. Talvez até a próxima briga nós seríamos amigos. Mas dane-se. 

— Limpa seu dente, Victoire — Louis falou. 

Ah droga! Tem um pedaço de espinafre no meu dente. Droga. Então era esse o motivo pelo qual Teddy ria sempre que eu abria a boca lá no quarto. Por que diabos esse desgraçado não me disse logo? Se for contar com a minha sorte... eu estava ferrada. Ah, já sei! O pedaço de espinafre deveria ter ficado muito sexy no meu dentinho branco. No meu sorriso colgate 360. 

— Você sabia, não é? — Perguntei voltando do banheiro. 

— Com certeza — respondeu sorrindo. Cruzei os braços e me sentei na poltrona.

Eu era uma vergonha para papai e mamãe, eles sempre me viram como "a garota rebelde que apronta muito". E meu comportamento com Teddy comprovava isso. Agora eles deveriam estar orgulhosos de mim por eu ter dado uma chance à amizade dele. E talvez... sei lá, algo mais? Não, Victoire, isso é só atração pelo cabelo normalmente despenteado. 

Aí bateu uma dúvida, Teddy era metamorfamago? Porque eu nunca presenciei o cabelo dele trocando de cor. Acho que ele escondia os sentimentos até de si próprio. 

— Eu quero que tentem se controlar se ela disser algo que nos ofenda. Por favor, tentem! — Mamãe dizia sem parar andando de um lado para o outro. 

— Mã-ã-nhe-e! — Exclamei prologando as sílabas. 

— Calma, Victoire — ela falou e virou de costas, lembrou de algo no último instante e ficou de frente novamente — E principalmente você, mocinha. Tente não se estressar. 

— Meio impossível — murmurei.Só recebi um cutucão de Teddy. Outra pessoa que deveria me chamar de dissimulada pelas costas era ele. Mas tudo bem, Teddy até tinha motivos para achar que eu era uma garota problema, uma garota que só se encontra em encrenca vinte e cinco horas por dia, oito dias por semana, cinco semanas por mês e treze meses por ano. 

— Não me cutuque! — Sussurrei. 

— Não resisti. 

— Argh, melhor você parar antes que eu me rebele aqui...

— Parei, parei! Ele levantou as mãos em sinal de rendição. Meio minuto depois a campainha tocou e eu quis morrer. Vovó estava com um casaco verde fluorescente e uma touca de rabo de raposa.Será que ela tem noção de quantos animais morreram para ela usar esse casaco verde fluorescente (Verde fluorescente!) e essa touca ridícula? Não, porque ela é mais burra que eu. Eu acho isso. Mas ela não restaria muito tempo. Ficaria para o jantar e depois teria que ir embora pelo pequeno incidente. Cara, ela não sabe que não é bem vinda aqui? Como é insistente, meu Deus! Seria o quinto ano consecutivo que ela não ficaria para a ceia de Natal no dia seguinte. Será que ela era um aborto brasileiro que insistiu tanto em usar magia que a escola teve que deixá-la estudar senão ela começaria a terceira guerra mundial? Porque não é possível, só brasileiro é tão insistente assim! 

— Começou o inferno — sussurrei para Teddy e me levantei para cumprimentar a vovó. 

— Será? Eu acho que será divertido — ele comentou com um sorriso maroto. 

— Victoire, querida! — Vovó veio me abraçar e apertar minhas bochechas — Não acredito que você ainda usa esse tipo de roupa... não é adequado para seu padrão de vida. 

— Ah, vovó... que bom revê-la! — Fui o mais falsa possível — Então a senhora poderia me doar umas roupas, não é? 

Ahá! Eu sou interesseira, mano. Ninguém fala mal das minhas roupas e sai ileso disso. 

— Com certeza. Da próxima vez eu trago como presente de Natal roupas para a minha Viczinha! 

Ela olhou para Teddy, mediu-o da cabeça aos pés e depois impinou o nariz, saiu andando sem ao menos dizer: olá. Ou então: te odeio. Metida dos infernos! Eu já disse que eu não gosto da vovó? Então, eu não gosto da vovó. Nenhum pouquinho. Sério. 

— Nem liga, ela é assim mesmo — falei revoltada.

— Eu não ligo. Ela não é da minha família mesmo — olhei para ele cruzando os braços diante do peito —, ok... ela é, mas é uma parente muito distante mesmo. 

— Mas você é um Lupin! Os Lupin fazem parte da família desde os marotos. 

— Parece que a vovó não acha isso. 

— Ah, Ted — falei me lembrando do dia em que eu falei para ele ir com a família dele e nos deixar em paz — Desculpa por falar dos seus pais. 

— Você me chamou de Ted? — Ele perguntou incrédulo.

É, eu chamei! Qual o problema? Você vai deixar de ser meu amigo por isso? 

— É... eu posso? — Pode. — Então... desculpe por aquele dia. Eu não queria lembrar que seus pais... bem, estão mortos. Ele assentiu e rapidamente desviou o olhar. Não se se foi impressão minha ou aconteceu de verdade, mas a raiz de seu cabelo ficou levemente cinza. E se eu não me engano, cinza quer dizer... 

— Venham jantar! — Mamãe gritou da cozinha. Nós comemos conversando sobre quase nada interessante, eu queria muito colocar meu plano em prática. Mas a vovó parecia desconfiada por isso ficava olhando por cima do ombro e verificando o cheiro da comida para ver se não colcamos veneno ou coisa do tipo. Até que Teddy começou a contar uma piada de loiras. E piada de loiras em uma família quase toda composta por loiras pode ser interpretada maléficamente. 

— Quando uma loira morre — começou ele — o cérebro dela infla tanto, mas tanto, que fica do tamanho de uma azeitona. 

Lembrei-me rapidamente do pote de azeitonas que entrou clandestinamente no meu quarto. O pote de azeitonas que servia como confessionário dos meus sentimentos em relação a tudo. E por incrível que pareça, toda a mesa, inclusive eu, riu. Mamãe, papai, meus irmãos, vovó e Victoire Weasley que simplesmente odeia que falem mal das loiras. Mas Teddy? Vamos dar um desconto.

— Onde você aprendeu essa piada? — Vovó perguntou pela primeira vez olhando para Teddy como um humano, e não como um cachorro. 

— Ér, digamos que James adora contar piadas quando estamos na casa dele. Vovó aplaudiu. 

E um minuto depois todos estavam contando piada de loiras. Até eu conhecia algumas. Por incrível que pareça. Afinal, a convivência com o pessoal de Hogwarts me fez lembrar de algumas piadas que contaram logo que eu entrei. É raro alguém conhecer uma loira natural igual a mim. Todos estavam se divertindo tanto que eu e Teddy até esquecemos que vovó é chata e velha então não colocamos nosso plano para funcionar. 

— Bom, eu realmente não poderei ficar para a ceia amanhã. Os seus tios, Fleur, estão lá em casa. Eu só passei para desejar feliz Natal e entregar os presentes. 

— Ah, fique mais um pouco — mamãe reclamou. 

— Realmente não posso.

As azeitonas em conserva devem ter feito muita macumba para isso acontecer, eu sinto! Então vovó foi embora e deixou para mim uma flauta. Com certeza ela pensou que eu iria brigar com ela por isso, mas estava com um bom humor tão grande que até comecei a tocar uma música imaginária. O que resultou em piadinhas de Teddy como: "Acho que você fica melhor tocando Os três ratos cegos no piano". A questão é que vovó me dá muitos instrumentos musicais. Uns até que eu nem sabia da existencia. E teve uma vez... ... que ela me deu um piano. E para acabar com a felicidade dela eu toquei "os três ratos cegos" em ritmo de balada eletrônica. Mamãe me deu muita bronca por eu ter brincado com os "sentimentos" da vovó. Mas nem liguei, continuei quebrando a cara daquela velha.Desde quando uma adolescente vai querer tocar piano? Ela poderia ter me dado um celular, seria bem mais proveitoso do que um piano que está mofando com pó no sótão. 

— Tchau, vovó. Volte mais vezes — falei sinceramente. 

E mais um ponto para as azeitonas macumbeiras! 


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Notas finais do capítulo

É isso, agora só posto quando terminar de escrever o capítulo 3 e 4 da segunda temporada. Beiiijos.