Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 48
Agonia do terror - parte 1




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SANGO – E aí, Azuma? Vai me contar ou não?

AZUMA – Não posso. Não estou autorizado a falar, mas o que o seqüestro do neto de um secretário do prefeito te interessa?

SANGO – Tudo que tiver relação com Ryukosei me interessa. Devia saber disso, ou melhor, você sabe e por isso não quer me contar.

AZUMA – Pense o que quiser, mas isso não muda o fato que devia estar concentrada em descobrir quem é o estrangulador que está aterrorizando essa cidade.

SANGO – Fique sabendo que vou descobrir e...

Sango para de olhar ao perceber que Zakira, seu noivo, acabara de chegar ao departamento de polícia.

AZUMA – Melhor falar com seu noivo.

SANGO – Com licença. Eu já volto.

Sango sai da sala para ir até onde estava o noivo a fim de recebê-lo com um singelo beijo, segura sua mão para guiá-lo até Soten a quem o apresenta.

ZAKIRA – Então a filha misteriosa de Miroku apareceu? (pergunta retórica) - Deve ter ficado chateado com a notícia de que seu pai adotivo se tornou um bandido.

SOTEN – Eu não quero falar nisso.

SANGO – Vamos mudar de assunto. (ela olha para o noivo) - Soten vai no meu lugar, pois tenho que continuar uma investigação. Isso aqui está uma loucura.

ZAKIRA – Ok, mas espero que não se chateie com papo de médico.

SOTEN – Claro que não.

SANGO – Depois de acabar, quero que leve Soten para meu apartamento. Ela vai morar lá por enquanto.

ZAKIRA – Ok, mas tenho que fazer uma ligação para a clínica.

Zakira vai para um canto mais isolado deixando Sango, Soten e Tamira.

SANGO – Você não ficou chateada quando ele falou do Miroku, ou ficou?

SOTEN – Claro que não. Até porque ele disse a verdade. (ela olha Zakira falando no celular) – Ele parece legal.

SANGO – É.

Soten notou que Sango não falava do noivo com muito entusiasmo. Nem parecia que estavam prestes a se casar e enquanto isso Zakira continuava falando com Natsume, pelo celular.

ZAKIRA – Estou falando, vai ser melhor essa jovem vir comigo em vez de Sango, que vai estar muito ocupada tentando pegar o tal estrangulador.

NATSUME – Ótimo, mas lembre-se que Tikaru não é médico e sim cientista. Não pode deixar que a tal Soten desconfie.

ZAKIRA – Pode deixar.

NATSUME – Ótimo. Falamos-nos depois.

Zakira desliga seu celular para depois ir até onde estavam Sango, Soten e Tamira.

ZAKIRA – Vamos então? (olhando para Soten)

SOTEN – Ta. (pegando na mão de Tamira) – Vamos lá, irmãzinha.

TAMIRA – Que bom que tenho uma irmã. Agora estou igual á Sara.

SOTEN – Sara?! Eu me lembro desse nome de algum lugar.

SANGO – É o nome da primeira esposa de Sesshoumaru. Quando você esteve na China, aqui Rin deu a luz á outra filha de Sesshoumaru. O nome dela é Sara. Você a viu com Rin no aeroporto.

SOTEN – Estou recordando.

SANGO – Eu tenho que ir, mas sabem, qualquer coisa me ligam e eu vou correndo para lá.

ZAKIRA – Pode deixar.

Zakira da um beijo em Sango e depois acompanha Soten e Tamira para fora do departamento e enquanto isso na sede do partido trabalhista, mais precisamente em uma sala de reunião, Kagome estava reunida com a direção municipal do partido a fim de discutir aquela situação tão inusitada á respeito de Miroku. Na sala estavam presentes Gakusajin, Botan, Tanuki e Benji, presidente municipal do partido.

BENJI – Agora que Kagome está conosco, queria saber a opinião dela sobre o assunto. (olhando para Kagome)

KAGOME – Se está pedindo minha opinião se devemos ou não divulgar que Miroku está vivo e se tornou um bandido, a resposta é não.

BENJI – Concorda com ela, Gakusajin?

GAKUSAJIN – Concordo. Pelo menos por enquanto, pois a polícia é subordinada é Ryukosei. Uma hora essa notícia será divulgada em beneficio dele. Devemos discutir também a desfiliação de Miroku de nossos quadros.

BENJI – Isso já foi providenciado. Devido á situação inusitada, vai demorar alguns dias para confirmar a desfiliação.

KAGOME – Ótimo. (ela se levanta da cadeira) – Se é só isso, eu...

BOTAN – Melhor ficar, Kagome. Devemos discutir um outro assunto e ele é de seu interesse.

KAGOME – Outro assunto?! (ela olha para Tanuki) – Do que ela está falando?

TANUKI – Melhor se sentar, Kagome.

Diante daquela frase de seu assessor, Kagome se senta novamente esperando a manifestação de Benji.

BENJI – Como sabe, Kagome, essas revelações aconteceram quando você estava na China e nesse meio tempo, ontem houve uma reunião extraordinária para definir as diretrizes do partido na eleição e...

KAGOME – Com todo respeito, senhor presidente, pare de me enrolar e conte logo o que quer me contar.

BENJI – Ok. (ele se levanta e vai até Kagome) – A direção nacional do partido acha que você deve renunciar sua candidatura em favor de Gakusajin e em troca você seria indicada á vice dele. (Kagome estranhou tal proposta e olhou para Tanuki)

TANUKI – Escute Kagome! Os vereadores leais á você, são favoráveis á esse acordo.

KAGOME – Então eles não foram tão leais assim. (ela olha para Gakusajin) – Você tem algo a ver com isso?

GAKUSAJIN – Claro que não, mas eu concordo com ela. Isso será para o bem do partido.

TANUKI – Todos vocês! Poderiam nos deixar á sós?

Gakusajin, Botan e Benji atendem ao pedido de Tanuki a fim de que ele conversasse com sua chefe para explicar a situação.

KAGOME – Você concorda com essa proposta?

TANUKI – Não é que eu não concorde, mas ela é a melhor saída.

KAGOME – Melhor para quem? Eu disse á todo mundo que não renunciaria. Se eu fizer isso, estarei traindo muitos ideais e...

TANUKI – Kagome! Escute a voz da razão. (ele a segura pelos ombros) – A campanha que fez para o partido foi maravilhosa. A sua idéia de apoiar o projeto de Ryukosei também foi uma jogada de mestre que te fez ficar ainda mais conhecida. O partido respeita isso, mas agora é uma questão de sobrevivência. Esse ressurgimento do Miroku é uma espada nas nossas costas.

KAGOME – Acha que devo aceitar ser vice de Gakusajin?

TANUKI – Isso é com você, mas nossa obrigação é mostrar união nesse momento difícil. Se você diz que é uma mulher de partido, chegou a hora de provar. Sacrifícios são necessários e acredite, Kagome. Esse não será o último que irá fazer.

Depois de dizer aquelas palavras tão contundentes, Tanuki saiu da sala deixando Kagome sozinha para pensar nelas. Ela parecia resignada e no fundo no fundo sabia que seu assessor estava certo. Aquele era o momento de mostrar união, de provar que era uma mulher de partido, cujo o sucesso do partido estava acima do sucesso pessoal e quando ia sair da sala, Botan entra nela.

BOTAN – Kagome! Tem um minuto?

KAGOME – Claro! Agora que decidiram que eu não tenho direito a me candidatar.

BOTAN – Primeiro saiba que isso não é pessoal. Segundo eu quero dizer que Gakusajin não tem nada a ver com isso. Eu falo sério.

KAGOME – Por que está me dizendo isso?

BOTAN – Você me conhece há cinco anos e sabe que não costumo mentir.

KAGOME – Eu sei disso, Botan.

BOTAN – Eu peço que aceite seja vice de Gakusajin. (ela olha para a janela) – Se fizer isso, fique sabendo que o partido será grato e não esquecerá esse sacrifício. Nem eu e nem Gakusajin deixaremos que esqueçam.

KAGOME – Realmente você é muito fiel á Gakusajin, não é?

BOTAN – Sou mesmo. Sigo a carreira política dele á anos. Saiba que ele pretendia encerrar a carreira política depois que se reelegesse, mas infelizmente Ryukosei ganhou á quatro anos atrás e Gakusajin adiou a aposentadoria.

KAGOME – É por isso que ele decidiu se candidatar? Para encerrar sua carreira política?

BOTAN – Sim. Segundo as pesquisas, ele está subindo e tem chances de ganhar de Ryukosei. E terá mais chances ainda se você for a vice dele. (ela volta a olhar para Kagome) – Caso ele seja eleito, cumprirá apenas um mandato, sem reeleição, portanto a vaga para daqui á quatro anos estará em aberto. Você seria o primeiro nome.

KAGOME – Quatro anos?

BOTAN – Sim. Você será mais conhecida do que é hoje e contará com o apoio de grande parte do partido. E aí? Vai renunciar e apoiar Gakusajin?

KAGOME – Não prometo nada. Prometo apenas que vou pensar

BOTAN – Já é um avanço. (ela se curva) - Obrigada por me escutar e... (ela para de falar ao ver que Tanuki entrou subitamente) – Não entre assim, Tanuki.

TANUKI – Esquece isso! Vocês duas precisam ver uma coisa.

Depois de dizer isso, Tanuki voltou por onde veio e assim Kagome e Botan o seguem até ao setor que tinha um telão o qual estava passando um noticiário onde Momiji falava sobre o seqüestro de Akin e de que o prefeito Ryukosei libertou Ryoma como resgate. Kagome, Botan e Tanuki observavam com atenção. Assim como todo mundo no local.

TANUKI – Isso é perfeito! Vai abalar as estruturas da campanha de Ryukosei.

BOTAN – Tem toda razão. (sorrindo) – Não sei como minha irmãzinha com seguiu essa informação, mas ela veio bem a calhar.

KAGOME – Isso me fez lembrar que preciso falar com ela.

BOTAN – Agora isso vai demorar um pouco. Momiji estará muito ocupada. (ela olha para Kagome) – O que quer falar com minha irmã?

KAGOME – Desculpa Botan, mas não posso falar. (ela respira fundo) – Já que tenho um tempo livre, vou cuidar do meu discurso de renúncia.

Tanuki e Botan olharam Kagome indo para outra sala e enquanto isso no departamento de polícia, Azuma, que também estava vendo o noticiário da TV, falava com Ryukosei, pelo telefone. O prefeito estava furioso com o que estava vendo na TV.

RYUKOSEI – Você tem que descobrir como essa informação vazou. Isso é uma ordem, capitão.

AZUMA – Mas senhor prefeito. As únicas pessoas que sabiam que Ryoma seria uma moeda de troca era eu, o senhor e Rakusho. Nem mesmo os policiais envolvidos sabiam dos detalhes.

RYUKOSEI – Então como me explica aquele jornalistazinha de pasquim soube disso?

AZUMA – Com todo respeito, senhor prefeito, mas se houve vazamento de informação, não foi da minha parte, mas farei uma investigação interna para averiguação.

RYUKOSEI – Certo. Farei o mesmo aqui na prefeitura. Mantenha-me informado se descobrir algo.

AZUMA – Sim, senhor prefeito.

Depois de receber uma bronca do prefeito, Azuma coloca o telefone de volta no gancho sob a observação de Koharo, que ouviu tudo.

KOHARO – Ele está bravo mesmo.

AZUMA – A campanha dele vai sofrer um forte abalo com essa notícia. Por isso está daquele jeito.

KOHARO – Já estou indo, senhor Azuma, mas depois eu volto. Ainda vai querer algo de mim?

AZUMA – Não! Não! Pode ir, Koharo.

KOHARO – Obrigada, capitão.

Koharo sai da sala e quando Azuma pensou que ia ter sossego, o telefone da sala tocou de novo e desta vez era Sango, que queria explicações sobre a libertação de Ryoma.

SANGO – Então era isso, Azuma. Você e o prefeito libertaram Ryoma, um homem que ajudou a colocar meu irmão na cadeia.

AZUMA – Calma aí! Primeiro eu não libertei ninguém. Essa decisão foi única e exclusivamente do prefeito.

SANGO – Eu sei que você apoiou essa atitude para me irritar e...

Azuma desliga na cara de Sango, deixando-a ainda mais irritada com aquela situação. Guy, que estava do lado dela, tentava acalmá-la.

GUY – Não devia se irritar assim, Sango. Tenho certeza que o capitão não concordou com isso e não se esqueça que havia a vida de um jovem em jogo.

SANGO – Eu queria saber quem seqüestrou o neto de Rakusho.

GUY – Não devemos pensar nisso, Sango. Nossa obrigação é encontrar o estrangulador. Temos que fazer isso antes que ele volte a atacar.

SANGO – Tem razão. (ela olha para o parceiro) – Vamos logo com isso.

Sango e Guy teriam a árdua tarefa de falar com dezenas de homens para tentar descobrir qual deles era o estrangulador e enquanto isso, já em sua casa, InuYasha conversava com Onigumo, a quem tinha chamado para saber sobre a conta secreta que financia a conspiração de Natsume.

INUYASHA – Essa conta não tem como ser broqueada?

ONIGUMO – Tem sim, InuYasha, mas isso é inútil, pois todo dinheiro que estava lá, não está mais.

INUYASHA – Mas você pode seguir o dinheiro e ver seu destino?

ONIGUMO – Eu até tentei, mas a pista acaba quando chego á uma corporação que pertence á outra corporação que pertence a primeira. E está criado um circulo vicioso e ficamos sem saída. Essa informação já foi passada para as agências de investigação.

INUYASHA – Em outras palavras, o que está me contando, todas as agências de investigação já sabem?

ONIGUMO – Correto.

INUYASHA – Então isso não é nada, pois se tivesse alguma prova substancial, já teriam pegado Natsume.

InuYasha e Onigumo conversavam na sala quando Shippou desce correndo do quarto dele, chamando a atenção deles.

SHIPPOU – Eu descobri algo, InuYasha. Venha.

Depois desta manifestação vinda do filho, InuYasha, seguido por Onigumo, sobe as escadas para ir ao quarto do jovem e ao entrar nele, vê Shippou mexendo no computador.

SHIPPOU – Tome. (ele dá o celular para o pai) – A ligação que recebeu na China veio mesmo de um celular usado aqui no Japão.

INUYASHA – Descobriu o numero dele.

SHIPPOU – Infelizmente não. Só sei que foi de um celular. Não dá para definir nem a região. Desculpe-me, mas foi o Maximo que consegui.

INUYASHA – Bom trabalho, Shippou. Agora vá na casa do meu irmão e vê o que Satsuki quer falar com você.

SHIPPOU – Ta! Eu vou.

Shippou se levanta da cadeira para sair do quarto deixando InuYasha e Onigumo a sós e eles ficam observando a tela do computador tentando imaginar de onde teria vindo aquela ligação. Naquele momento o celular de InuYasha começa a tocar e ao ver o numero no visor, ele sabe que era a esposa no outro lado da linha.

INUYASHA – Oi amor.

KAGOME – Que oi o que?! Por que estava com o celular desligado?

INUYASHA – Ora Kagome! Sabe muito bem que tinha pedido ao Shippou para verificar de onde veio aquela ligação. Ele só faria isso com o celular desligado.

KAGOME – Ok! Que seja.

INUYASHA – O que foi? Parece aborrecida.

KAGOME – Você nem faz idéia do que aconteceu.

INUYASHA – Me conta, amor.

KAGOME – O partido quer que eu desista da campanha por causa do Miroku.

INUYASHA – Mas o que o Miroku tem a ver com isso?

KAGOME – Miroku é filiado ao partido e quando a notícia de que ele não só não morreu mais também se tornou um bandido logo será divulgada e prejudicará o partido e por isso eles querem mostrar que estamos unidos. Por isso querem que eu desista para evitar as prévias.

INUYASHA – Eu não sei o que dizer, meu amor. Sabe minha opinião sobre a política. Mas e você? O que pensa em fazer?

KAGOME – Eu estou escrevendo meu discurso de renúncia de candidatura. Ela será lida pouco antes do início da convenção. (ela joga o papel fora) – Isso é tão frustrante.

INUYASHA – Quer que eu apareça aí?

KAGOME – Não precisa se sacrificar e...

INUYASHA – Do que está falando? Não é sacrifício nenhum ficar ao seu lado. Mesmo no meio de tantos políticos.

KAGOME – Poxa InuYasha! Eu precisava ouvir algo assim. (ela sorri) – Já ganhei meu dia.

INUYASHA – Eu não sei se esses motivos são fortes para que renuncie, mas eu sei de uma coisa. Se você não for candidata, quem perde é a cidade e não você.

KAGOME – Assim você me faz chorar. (ela enxuga uma lágrima em seu rosto) – Onde está o Shippou?

INUYASHA – Ele acabou de ir para a casa de Sesshoumaru.

KAGOME – Por quê?

INUYASHA – Ah! É mesmo! Você já tinha saído do aeroporto quando Rin falou para Shippou que Satsuki queria falar com ele. Talvez seja á respeito do vestibular ou do fato dela ter estado com o tal de Akin quando ele foi seqüestrado e...

KAGOME – Está falando que Satsuki estava com Akin ontem?

INUYASHA – Sim! Ela estava até no hospital, mas já está em casa e bem de saúde.

KAGOME – Eu dou uma ligada para eles depois. Eu tenho que desligar. Te amo, ta?

INUYASHA – Não mais do que eu amo você. Um beijo.

KAGOME – Outro.

Depois de falar com o marido, Kagome desliga seu celular e ficou imaginando o que Satsuki teria para falar com Shippou depois de eles terem rompido relações e enquanto isso já em sua casa, Akin tentava parar a discussão entre seu avô Rakusho e seu pai Itobi.

AKIN – Vocês querem parar com isso, por favor?

RAKUSHO – O seu pai não tinha nada que ter ido procurar aquele jornalista.

ITOBI – Eu estava preocupado com meu filho. Não quero saber de política.

RAKUSHO – Então porque não quer saber de política é que nos prejudicou. Viu o que apareceu na TV? Como aquela jornalista soube de Ryoma?

ITOBI – Primeiro que eu nem sabia que esse Ryoma estava na jogada, portanto a informação de que ele seria usado como moeda de troca não partiu de mim.

AKIN – Ele tem razão, vovô. (ele se aproxima do avô) – Eu agradeço pelo que fez por mim.

RAKUSHO – Eu faria tudo de novo, meu neto querido.

AKIN – Eu agradeço, mas não vou admitir que brigue com meu pai, pois está sendo injusto com ele. (ele olha para o pai) – Vou sair.

ITOBI – Onde pensa que vai?

AKIN – Sair, já disse. Preciso ver alguém.

ITOBI – Não acha que devia ficar em casa depois do que houve?

AKIN – Não pai! Eu preciso sair. Ficar aqui não está me ajudando.

Depois de dizer essas palavras, Akin sai de casa deixando Itobi meio triste. Rakusho se manifesta.

RAKUSHO – Pelo menos ele não ficou traumatizado.

ITOBI – E se ele ficar a culpa é sua e de sua maldita política que só nos traz desgraça.

RAKUSHO – Agora é você que está sendo injusto comigo.

ITOBI – Melhor ir embora.

Rakusho preferiu não discutir, pois viu que Itobi estava descontando sua raiva nele. Era compreensível que o fizesse, pois o filho quase morreu e enquanto isso em seu quarto, Satsuki assistia, pela TV, mais reportagens sobre o seqüestro de Akin e de sua ligação com a soltura de Ryoma. A filha de Sesshoumaru fazia enquanto falava com Rin, pelo celular.

SATSUKI – Olha Madrasta! Apesar de não gostar dela, tem que admitir que essa Momiji consegue fazer grandes furos de reportagens.

RIN – Mas que lindo. (sendo irônica) - Só foi ela ter te levado para o hospital, e já está de bem com ela?

SATSUKI – Espera aí! Você está com ciúmes de mim? (sorrindo) – Ciúme de madrasta é um pouco demais, não acha?

RIN – Está muito engraçadinha, hein?

SATSUKI – Deveria esquecer a Momiji. Meu pai te ama. Pensei que já tinham esclarecido isso.

RIN – Sim, mas a verdade é que você tem razão. Estou com um pouco de ciúmes do modo como está tratando essazinha.

SATSUKI – Não se preocupe, Rin. Você será sempre a minha madrasta preferida. (sorrindo)

RIN – Ah bom! Fala assim porque sou a única e quero continuar sendo. (ela esboça um sorriso) – Com uma enteada como você, eu preciso mesmo é de terapia. (ela sai do carro com a filha) – Já estou chegando ao consultório da doutora Nodori.

SATSUKI – Depois sou eu é que tenho a língua afiada, mas mudando de assunto, você deu o recado para Shippou, não?

RIN – Dei sim.

SATSUKI – Então por que ele não apareceu até agora?

RIN – Ele e InuYasha iam ver uma coisa com o Onigumo. Só sei que é algo á pedido de Sango.

SATSUKI – Espero que não demorem muito. Vou ter que esperar. Fazer o que?

RIN – Ah sim! Me lembrei de uma coisa que vai te surpreender.

SATSUKI – Fale.

RIN – Durante a viagem á China, InuYasha e os outros encontraram Soten.

SATSUKI – O que?! Isso é sério?

RIN – Sim. Ela veio junto com eles. Parece que ela estava no templo onde seu tio treinava na adolescência.

SATSUKI – Então Soten está de volta?

RIN – Sim. Isso te incomoda.

SATSUKI – Me incomodar? E por que me incomodaria?

RIN – Então não vai se importar em saber que ela e Shippou pareciam bem íntimos no aeroporto.

SATSUKI – Eu até imagino. A gente se fala depois, querida madrasta.

RIN – Então até mais, querida enteada.

Rin sentiu que Satsuki ficou meio chateada com aquela notícia e de fato isso era visível até para Maya, que estava no quarto da amiga e tinha escutado toda a conversa.

MAYA – Eu ouvi direito? Soten voltou? Não é aquela que namorou o Shippou antes de você?

SATSUKI – Ela mesma e parece que a encontraram na China. Eles devem ter reatado o namoro. (meio aborrecida)

MAYA – É impressão minha ou está com ciúmes?

SATSUKI – Eu com ciúmes? Não fala besteiras, Maya.

MAYA – Isso seria natural, pois foi seu namorado e...

SATSUKI – Eu não quero falar disso. Para mim pouco importa.

MAYA – Mesmo?! E quando á sua gravidez? Vai desistir de dizer que o filho é dele?

SATSUKI – Claro que não. Para ser sincera se for verdade que ele e Soten reataram, isso vai ficar mais fácil. Shippou não terá como se recusar a me ajudar.

MAYA – Espero que esteja certa.

Satsuki sorria para Maya, mas no fundo estava irritada com a volta de Soten e mais irritada ainda em saber da possibilidade dela e Shippou terem reatado e enquanto isso o carro que Miroku guiava, o qual também estava Zuza, tinha acabado de chegar á um parque industrial abandonado.

MIROKU – Chegamos.

ZUZA – Então vai ser aqui? (ele sai do carro) – Aqui será o fim de Kagome.

MIROKU – Vamos entrar logo ou se esqueceu que somos procurados pela justiça?

ZUZA – Vamos entrar então. Sala sete, não é?

MIROKU – Sim.

Miroku e Zuza entram na sala sete que era uma das inúmeras salas daquele parque industrial. Já estando lá dentro, Zuza imediatamente usa seu celular para ligar para Natsume.

ZUZA – Já chegamos. Estamos na sala sete.

NATSUME - Ótimo! Fique aí e deixe que Miroku faça o resto. Passe para ele.

ZUZA – Ta. (ele dá o celular para Miroku)

MIROKU – Estou ouvindo.

NATSUME – É bom mesmo que consiga fazer seu trabalho. Sabe muito bem o que está em jogo.

MIROKU – Eu já sei. Eu disse que vou conseguir e vou conseguir.

Miroku desliga o celular na cara de Natsume, depois joga o aparelho para Zuza e sai da sala. Depois Miroku vai até o carro que guiou, entra nele, mas antes de sair, usa o celular com o filtro obstrutor para não ser rastreado.

MIROKU – Alô, Koharo.

KOHARO – Ainda bem que ligou. Aconteceu um imprevisto.

MIROKU – O que foi?

KOHARO – Você sabe que InuYasha e os outros encontraram Soten, não é?

MIROKU – Sim, mas o que tem isso?

KOHARO – Acontece que Sango pediu que Soten cuidasse de Tamira, portanto não estou mais com ela. E tem mais. O noivo de Sango as levou para ver um médico.

MIROKU – O noivo. (meio resignado) – Tudo bem. Já entrou em contato com o médico de que falei?

KOHARO – Ainda não! Estava meio atarefada no departamento por causa dessa confusão do seqüestro do neto de Rakusho.

MIROKU – Você tem que arranjar um jeito de pegar minha filha e levar para esse médico sem chamar a atenção dos homens de Natsume.

KOHARO – E como vou fazer isso?

MIROKU – Eu não queria arriscar, mas vou ter que criar uma distração. Algo que vai fazer eles se preocuparem com outra coisa. Quero que envie uma nova mensagem para Shippou em nome de Soten.

KOHARO – Miroku! Essa idéia era boa quando Soten estava segura no templo do seu mestre, mas agora ela está aqui. Se algum dos homens de Natsume souber dessas mensagens, ela correrá perigo eminente.

MIROKU – Acha que não sei disso, Koharo? Eu sei, mas eu tenho que me arriscar. É a vida da minha filha que está em jogo.

KOHARO – Soten também é sua filha, Miroku.

MIROKU – Eu sei, mas como ela é grande, pode se defender, mas Tamira só tem quatro anos. (ele olha para o relógio de pulso) - O tempo está acabando, Koharo.

KOHARO – Ok! Que mensagem quer que eu envie?

MIROKU – Instituto Petros.

Depois de dizer isso, Miroku desliga o celular, pois o tempo de broqueio do filtro estava acabando e assim ele liga seu carro para ir ao seu destino. Matar Kagome.

 

Próximo capítulo = Agonia do terror – parte 2


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