Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 29
Voltar á andar - parte 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/29

Chegando ao esconderijo depois de pousar o helicóptero em local seguro, o mascarado, carregando Yura no colo, e Kageroumaru são recebidos por Natsume no local.

NATSUME – Tiveram algum problema?

KAGEROUMARU – InuYasha e o filho apareceram por lá.

NATSUME – Droga! Outro vazamento de informação. (ela olha para o mascarado) – Tem alguma idéia de como isso está ocorrendo?

X – Não tenho a menor idéia, mas é possível que tenham um agente duplo na organização.

NATSUME – Entrarei em contato com meus aliados, mas isso fica para depois. (ela olha para Yura desmaiada) – Já temos o que precisamos. (ela volta a olhar para o mascarado) – Deixe Yura com Kageroumaru e vá para sua sala a fim de esperar novas ordens.

X – Como quiser, senhora Natsume.

O mascarado passa Yura para o colo de Kageroumaru e em seguida se afasta para ir á outro lugar enquanto os outros iam na direção contrária.

KAGEROUMARU – Acha que ele está certo? Será que tem um agente duplo?

NATSUME – Não acho isso. (ela olha o mascarado dobrando o corredor) – Temos que apressar a operação.

Kageroumaru, carregando Yura, e Natsume chegam até outra sala, que era a prisão de Gatenmaru, ao abrirem a porta, o ex. parceiro de Sango sorri ao ver a cena em sua frente.

GATENMARU – Pegaram Yura mesmo.

NATSUME – Nós cumprimos o combinado! Agora cumpra o seu.

GATENMARU – Ah sim! Vocês querem a prova de que Ryukosei está por trás da morte de Myuga, não é?

KAGEROUMARU – Você sabe que é! Agora chega de papo furado e conte onde está essa prova.

GATENMARU – Aí é que está o problema! A prova está em um cofre de banco e só eu posso ter acesso á ele.

NATSUME – Você está certo! Aí está o problema, pois você não sai daqui sem nos dar essa prova.

GATENMARU – Então minha cara Natsume, estamos com um impasse, pois se não sair daqui, nunca vão ter a prova do crime de Ryukosei.

KAGEROUMARU – Ele tem razão, Natsume! Precisamos resolver isso logo.

NATSUME – Eu não confio em você, Gatenmaru. (ela o encara) – Mas vou analisar mais essa proposta sua. (ela se afasta) – Já que está acorrentado, vamos deixar Yura aqui.

Kageroumaru deixou Yura bem em frente á Gatenmaru, que não podia encostar o dedo nela, por estar acorrentado.

MAIS TARDE

Depois de ser examinado por uma junta médica no Hospital Memorial, InuYasha permanecia em uma cadeira de rodas apesar de poder andar, aquilo era uma precaução, pois ele perdia a sensibilidade nas pernas de uma hora para outra.

INUYASHA – Eu tenho mesmo que ficar nessa cadeira, doutor?

MÉDICO – Sim e recomendo que fique sob observação para avaliarmos sua recuperação. (o médico olhava espantado) – Não sei como voltou a andar! Como médico, eu não acredito em milagres, mas essa é a única explicação que vejo.

INUYASHA – É, quem sabe? (massageando as pernas) – Eu posso ver minha esposa antes de ficar sob observação?

MÉDICO – Claro, mas sob duas condições: não sair dessa cadeira e que seja rápido.

INUYASHA – Ok, doutor.

InuYasha liga sua cadeira de rodas motorizada e se afasta do médico e como estava no mesmo andar em que Kagome estava internada, não teve que passar por segurança algum. Quando chegou ao quarto da esposa, viu que ela não estava sozinha, pois Onigumo e Sesshoumaru estavam com ela, mas logo saíram do quarto, pois sabiam que aqueles dois tinham muito que conversar e quando ficaram sozinhos, Kagome se manifestou.

KAGOME – Você está bem?

INUYASHA – Sim! Estou nessa cadeira de rodas só por precaução! Já posso sentir minhas pernas.

KAGOME – Isso é bom! Fico feliz por você, mas não é sobre isso que quero falar. (ela faz uma pausa) - Onigumo e Sesshoumaru me contaram tudo que aconteceu com você e Shippou contra aquele mascarado, mas contaram principalmente o que você fez com a jóia de quatro almas.

INUYASHA – Eu sei! Eu pedi que eles contassem tudo á você enquanto estava passando por uma bateria de exames, pois não sabia o quanto isso ia demorar.

KAGOME – O que você tinha na cabeça, InuYasha? Poderia ter morrido! Sabe muito bem como essa jóia é perigosa.

INUYASHA – Eu me arrependo do que fiz. (ele olha para o lado) – Não pelo motivo principal, que era proteger você, e sim porque eu não acreditei nas habilidades de Shippou. (ele volta a olhar para ela sorrindo) – Você devia ter visto como nosso filho foi bárbaro! Não só na luta, mas também nas decisões em que foi obrigado a tomar.

KAGOME – Está falando da vez que ele preferiu salvar sua vida a capturar o mascarado?

INUYASHA – Sim! Eu pedi á ele que me deixasse morrer! Fiz isso porque aquele mascarado continuaria a ser uma ameaça á você e fiquei bravo com o Shippou porque ele me desobedeceu, mas ele me disse que fez aquilo justamente por você, que você ficaria arrasada se alguma coisa acontecesse comigo. (ele respira fundo) – Eu fiquei sem palavras.

KAGOME – Você ficou sem palavras porque no lugar dele faria a mesma coisa.

INUYASHA – Tem razão, mas não muda o fato de um lunático querer ver você morta.

KAGOME – Sesshoumaru me contou também sobre esse Zuza. (ela fica pensativa) – Não da para entender porque ele quer me ver morta.

INUYASHA – E falando nisso, você talvez leve em consideração a minha sugestão de...

KAGOME – Não InuYasha! Pode esquecer! Eu não vou desistir da minha candidatura.

INUYASHA – Ninguém pode me culpar por não tentar. (ele se aproxima da esposa e a beija) – Tenho que ficar sob observação.

KAGOME – Acho que amanhã sairemos os dois juntos, que tal?

INUYASHA – Por mim está bom.

InuYasha sorri para a esposa e em seguida sai do quarto dela para ir até o seu onde ficaria sob observação médica e enquanto isso, na recepção do mesmo hospital, Onigumo e Sesshoumaru conversavam sobre o que tinha acontecido com InuYasha.

SESSHOUMARU – Isso foi muita loucura da parte do InuYasha.

ONIGUMO – Eu concordo, mas conhece seu irmão.

SESSHOUMARU – Nisso ele é bem parecido com meu pai.

ONIGUMO – Mas você também não fica atrás! Eu fiquei sabendo o que fez com sua colega e que Rin ficou furiosa, isso também não deixa de ser loucura, não é?

SESSHOUMARU – É. (muito pensativo)

ONIGUMO – Sesshoumaru! Tem algo te incomodando? Você me parece meio distante.

SESSHOUMARU – É minha relação com Rin, mas acredito que tudo ficará bem.

Sesshoumaru deu um sorriso meio forçado, pois na verdade ele estava pensando no que houve entre a filha e Shippou e também como absorveria aquela informação e naquele momento seus pensamentos são interrompidos pelo toque do seu celular.

SESSHOUMARU – É Sango. (olhando o numero no visor) – Pode ter alguma novidade. (ele atende) – Sango.

SANGO – Sim, sou eu! Eu vim ao prédio que me falou.

SESSHOUMARU – Descobriu alguma coisa?

SANGO – Nada! O vigia não tem a menor idéia de quem o acertou. (ela olha ao redor) – Mandei uma equipe de peritos até o apartamento de Yura, mas há um problema.

SESSHOUMARU – Qual?

SANGO – Caso não se lembre, Yura recebeu um perdão imperial.

SESSHOUMARU – E o que tem isso?

SANGO – Acontece que nessa situação, o caso do seqüestro ficará á cargo da Agencia Imperial, portanto, não poderei cuidar do caso.

SESSHOUMARU – Acho que não cuidaria mesmo! Já foi um milagre Azuma deixar você sair para ver esse caso.

SANGO – Ele ficou interessado porque a vítima de seqüestro é uma conhecida negociante de informação.

SESSHOUMARU – Pode ser.

SANGO – Como está InuYasha?

SESSHOUMARU – Ele está bem! É provável que saia amanhã mesmo.

SANGO – Ok! Eu passo na sua casa bem cedo para pegar Tamira! Até amanhã.

Depois de falar com a detetive, Sesshoumaru desliga seu celular e volta a dar atenção á Onigumo.

SESSHOUMARU – Isso não vai dar em nada.

ONIGUMO – Estamos ficando sem pistas, mas eu fico pensando se há realmente alguma ligação entre Zuza e Ryukosei.

SESSHOUMARU – Não podemos descartar essa possibilidade. (ele olha ao redor) – Tenho que voltar para casa a fim de ter uma conversa com minha filha.

ONIGUMO – Eu vou ficar mais um pouco! Talvez Kagome ou InuYasha precisem de mim, sem falar que já estou acostumado a dormir tarde.

Sesshomaru se afasta de Onigumo para ir embora do hospital, ele tinha muito no que pensar depois daquela noite, por outro lado, Onigumo pensava na possibilidade de fechar o laboratório á pedido de Kagome, com medo de que InuYasha, louco para voltar a andar, tentasse algo de novo, seus pensamentos são interrompidos pelo som do toque de seu celular, ao ver o numero no visor, ele estranha, pois não o reconhecia.

ONIGUMO – Quem será? (ele resolve atender) – Alô.

ERI – Oi senhor Onigumo.

ONIGUMO – Eri?

ERI – Vejo que não se esqueceu da minha voz, senhor Onigumo.

ONIGUMO – Eu só reconheci quando me chamou de senhor, já disse que pode me chamar pelo nome.

ERI – Ta, Onigumo.

ONIGUMO – Como conseguiu meu numero? Eu não me lembro de ter dado á você e...

ERI – Ah sim! (ela fica corada) - Quem me deu foi Kagome.

ONIGUMO – Ah ta! (ele sorri) – E a que devo essa ligação?

ERI – Eu estou te ligando porque eu vou ficar mais um dia em Tóquio antes de voltar para Yokohama e queria muito andar pela cidade, mas ela mudou tanto esse tempo que fiquei fora e...

ONIGUMO – Você quer que eu te mostre a cidade?

ERI – Sim se isso não for algum incomodo! Eu pediria isso á Ayumi, mas ela vai estar muito ocupada, o marido dela também e...

ONIGUMO – Tudo bem, Eri! Podemos sair. (ele parecia empolgado) – Eu só tenho que resolver um assunto bem cedo, mas estarei livre o resto do dia, então que tal nos encontrarmos á tarde?

ERI – Ta! Eu estou hospedada na nova casa de Ayumi.

ONIGUMO – Claro, eu te pego lá antes do almoço para a gente almoçar fora.

ERI – Isso é ótimo, então até amanhã.

ONIGUMO – Até.

Eri, estando na casa de Ayumi, desliga seu celular e recebe um olhar reprovador da anfitriã.

AYUMI – Acha que se encontrar com esse sujeito é uma boa idéia?

ERI – E por que não?

AYUMI – Por que não?! Por acaso não ouviu o que Kagome falou do passado desse Onigumo?

ERI – Sim, eu ouvi, mas ouvi também que Kagome disse que ele se regenerou.

AYUMI – Eu não sei não! Fico preocupado com esse circulo de amizades de Kagome, tem muita gente com passado nebuloso e...

ERI – Está falando assim por causa daquela detetive que seu marido recontratou. (ela a encara) – Está falando assim porque eles foram namorados no passado.

AYUMI – Isso não tem nada a ver.

ERI – Não mesmo?

AYUMI – Eu não quero falar nisso. (ela olha no relógio) – Não vou esperar o Azuma chegar, pois tenho que acordar cedo para ir até Yokohama e pegar as crianças.

Um pouco contrariada pelas palavras da antiga colega, Ayumi se retira para ir ao seu quarto, mas sabia que Eri estava certa e enquanto isso Sango acabara de interrogar algumas pessoas no prédio quando seu celular começou a tocar.

SANGO – Alô.

AZUMA – Estou te ligando para te informar que não precisa voltar hoje se não quiser, já que esse caso não é mais seu.

SANGO – Ok! Então eu envio amanhã o relatório para a Agência Imperial.

AZUMA – Ta! Descobriu alguma coisa interessante?

SANGO – Se eu descobrisse acha mesmo que iria te contar?

AZUMA – Sempre gentil, não é, Sango? A gente se vê amanhã.

Sango desliga seu celular, ela ainda não confiava em Azuma por ter certeza de sua ligação com Ryukosei e naquele momento ela é abordada por um dos peritos.

PERITO – Detetive.

SANGO – Sim?

PERITO – Nós achamos três tipos de digitais no apartamento de Yura.

SANGO – O que?! Três?!

PERITO – Sim! Uma é da Yura, a segunda é do homem com quem estava e a terceira...

SANGO – Deve ser do seqüestrador.

PERITO – Provavelmente sim.

SANGO – Eu quero que deixe essa evidência em separado do resto da investigação, pretendo investigar isso eu mesma.

PERITO – Mas e quanto ao capitão?

SANGO – Do capitão cuido eu! Agora faça o que pedi e não fale com os outros peritos.

O perito se afasta de Sango, que ficou esperançosa com aquela nova evidência e enquanto isso em sua casa, mais precisamente em escritório particular, Ryukosei, sentado em sua poltrona, estava pensativo até que Elisa aparece na porta do local.

ELISA – Você não vem dormir?

RYUKOSEI – Não consigo pegar no sono.

ELISA – O que está acontecendo, querido? (se aproximando dele) – Está preocupado com alguma coisa?

RYUKOSEI – Sim.  (ele beija a mão dela) – Ainda estou preocupado com a investigação da Segurança Interna! Espero que eles descubram quem matou Jinenji e que também descubram o que aconteceu com Gatenmaru.

ELISA – Não deveria se preocupar com isso e...

RYUKOSEI – Mas é claro que eu deveria me preocupar! Ou já se esqueceu da prova que Gatenmaru tem contra mim?

ELISA – Claro que não, mas se não aconteceu nada até agora, é porque tudo está bem.

RYUKOSEI – Ora minha cara esposa! Você como espiã sabe muito bem que a história não é bem assim. (ele se levanta da poltrona) – O sumiço de Gatenmaru é um mistério e nada surgindo depois disso é algo que não faz sentido, pois se foi o grupo de InuYasha que fez isso, já deveria ter acontecido algo.

ELISA – Acho que Gatenmaru fugiu, mas duvido que ele vá te entregar, pois ele é patriota e não iria querer a destruição da imagem do Japão.

RYUKOSEI – Mas não é só isso, querida! Eu recebi a informação de que Yura foi seqüestrada por um misterioso mascarado.

ELISA – Yura?! Salvo engano era aquela que ajudou Juroumaru e a Ordem da Espada Morta, estou correta?

RYUKOSEI – Sim, mas ela também era namorada de Gatenmaru e o enganou.

ELISA – O que quer dizer?

RYUKOSEI – Não está claro?! Estou dizendo que o sumiço de Gatenmaru e o seqüestro de Yura têm alguma ligação.

ELISA – Ainda acho que está procurando pelo em ovo. (ela da um beijo nele) – Vou dormir. (ela se afasta dele)

RYUKOSEI – Ta! Boa noite, querida.

Elisa sai, mas não sem antes dar uma última olhada no marido e ao sair do escritório e, depois de se certificar de que o marido estava ocupado, Elisa pega seu celular, começa a discá-lo, vai para o quarto do casal, fecha a porta para aí sim, usar seu celular para falar com Natsume.

ELISA – Natsume.

NATSUME – Estou ouvindo.

ELISA – Ryukosei está começando a desconfiar da ligação do sumiço de Gatenmaru e do seqüestro de Yura.

NATSUME – Mas ele não tem provas de nada, não é?

ELISA – Não, mas você sabe que a investigação ficará por conta da Agência Imperial.

NATSUME – Não se preocupe! A arma X não deixa rastros, mas o que fazemos quanto á Gatenmaru?

ELISA – Não tem jeito! Vamos ter que deixá-lo sair para pegar a prova contra Ryukosei.

NATSUME – Mas isso é muito perigoso! Ele pode fugir e não temos nada para segurá-lo.

ELISA – Eu tenho uma idéia! Podemos usar um rastreador.

NATSUME – Eu verei isso.

ELISA – Ok! Falamos-nos depois.

Elisa, que estava envolvida até o pescoço no esquema de Natsume, desliga seu celular e se deita na cama e enquanto isso chegando em sua casa, Sesshoumaru preferiu não fazer barulho por achar que todos estavam dormindo e vai direto ao quarto de Satsuki.

SESSHOUMARU – Saty! Está acordada? (batendo de leve na porta até a filha abri-la)

SATSUKI – Estou acordada, mas podemos conversar amanhã?

SESSHOUMARU – Por mim tudo bem, mas tem uma coisa que preciso fazer agora mesmo.

SATSUKI – O que?
SESSHOUMARU – Entregar isso.

Sesshoumaru pega de dentro de seu bolso a tiara que achou no quarto de Shippou e a entrega para a filha, que fica surpresa e ao mesmo tempo apavorada, pois sabia o que aquilo significava, significava que o pai sabia o que ela tinha feito.

SATSUKI – Pai, eu...

SESSHOUMARU – Conversamos amanhã, querida. (ele começa a se afastar) – Tive um dia cheio hoje.

SATSUKI – Pai! Eu posso explicar e...

SESSHOUMARU – Amanhã, Satsuki!

Sesshoumaru desce as escadas para dormir no sofá sendo observado pela filha, que até ficou surpresa pela reação calma dele, pois imaginou que faria um escândalo, mas agora ela estava preocupada com o que o pai podia pensar dela.

DIA SEGUINTE

Satsuki acordou bem cedo para ir ao trabalho, ela queria se encontrar com Maya no meio do caminho, teriam muito que conversar, mas Satsuki estava com outra coisa na cabeça. Ela ainda estava surpresa e confusa com a atitude do pai e por isso quando foi para a cozinha e viu Sesshoumaru tomando café da manhã sozinho, ela decidiu que deveria falar.

SATSUKI – Bom dia, pai.

SESSHOUMARU – Bom dia querida! Dormiu bem?

SATSUKI – Sim, obrigada. (sorrindo) – Rin ainda está deitada?

SESSHOUMARU – Ah não! Ela saiu bem cedo para levar Tamira para Sango. (ele acaba de tomar uma xícara de chá) – Acho que vão se encontrar no departamento de polícia.

SATSUKI – Ela levou Sara também?

SESSHOUMARU – Sim. (ele olha bem para a filha) – Por que acordou tão cedo? Normalmente não faz isso.

SATSUKI – É que vou me encontrar com Maya para irmos juntas.

SESSHOUMARU – Entendo. (ele acaba de fazer a refeição e se levanta á mesa) – Estou indo para o jornal, pois preciso escrever minha coluna e...

SATSUKI – Pai! Eu queria falar sobre ontem! Queria me explicar e...

SESSHOUMARU – Não tem o que explicar, querida! Você e Shippou transaram no quarto dele.

SATSUKI – Eu não queria que pensasse mal de mim, pai.

SESSHOUMARU – Do que está falando, Satsuki?! (ele volta a se sentar para falar com a filha) – Caso não se lembre, Rin tinha a sua idade quando transamos pela primeira vez. (ele sorri meio conformado) – Não posso dizer que saber como isso aconteceu tenha sido algo agradável, mas a única coisa que quero saber é se ele te forçou á alguma coisa.

SATSUKI – Não pai! O que aconteceu foi porque ambos quiseram.

SESSHOUMARU – Isso me deixa tranqüilo. (ele volta a se levantar) – Então quer dizer que vão voltar a namorar e...

SATSUKI – Isso não!

SESSHOUMARU – O que?! (ele fica surpreso com as palavras dela) – Mas eu pensei que tinham se acertado.

SATSUKI – A única coisa certa é que não quero ver o Shippou nem pintado de ouro.

SESSHOUMARU – Mas o que aconteceu? Ele te machucou?

SATSUKI – Sim pai, mas não fisicamente e sim emocionalmente. (ela nota o olhar incrédulo do pai) – O Shippou não é esse anjo que as pessoas pensam.

SESSHOUMARU – O que ele te disse para te deixar tão triste filha? Ele disse que não gosta mais de você? Se for isso, ele não te merece, filha.

SATSUKI – Eu não quero falar nisso, pai.

SESSHOUMARU – Mas aquele moleque vai me ouvir e...

SATSUKI – Não pai! Não faça nada! Deixe que eu cuido disso sozinha, pois eu também errei nessa história toda.

SESSHOUMARU – Você já tem dezoito anos e não é mais criança. (ele beija a testa dela) – Agora é uma linda mulher.

SATSUKI – A beleza é de família. (sorrindo e depois beijando a mão do pai) – Eu só resolvi falar porque não queria que pensasse o pior de mim.

SESSHOUMARU – Eu nunca faria isso, querida. (ele segura o rosto dela fazendo seus olhos se encontrarem) – Confio em seu discernimento e por isso não vou me intrometer em sua vida.

SATSUKI – Obrigada pelo voto de confiança. (ela da um beijo no rosto dele) – Eu já vou indo.

SESSHOUMARU – Não vai tomar café da manhã?

SATSUKI – Uma maça já está bom.

Satsuki pega uma maça em cima da mesa e sai para ir ao encontro de Maya deixando seu pai sozinho na casa e enquanto isso no Hospital Memorial, Kagome estava trocando de roupa depois de receber a notícia de que teve alta médica e naquele momento Shippou e Genku adentram o local junto com InuYasha, que permanecia em uma cadeira de rodas.

KAGOME – Olha só se não são meus garotos preferidos. (sorrindo e recebendo um abraço de Genku)

GENKU – O papai e o mano disseram que a senhora já pode voltar para casa.

KAGOME – Já posso. (ela olha para Shippou) – E você, rapaz? Não vem dar um abraço na sua mãe?

SHIPPOU – Claro. (ele a abraça) – Que bom que está melhor. (ela sussurra no ouvido dele)

KAGOME – Eu soube o que fez ontem. (ela da um beijo no rosto dele) – A cada dia tenho mais orgulho de você.

SHIPPOU – Obrigado.

Shippou ficou meio sem graça com as palavras da mãe, pois achava que não era merecedor daqueles elogios, Kagome estranhou um pouco aquele olhar, mas não teve tempo para entendê-lo porque ela nota que o marido estava em uma cadeira de rodas

KAGOME – Deixe-me adivinhar! O médico obrigou a ficar na cadeira?

INUYASHA – Sim, mas isso não é o pior. (ele se aproxima mais da esposa) – Devido ao ‘milagre’ da minha recuperação, terei que passar por exames diários durante uma semana para garantir que minha recuperação é total.

KAGOME – Isso não é tão ruim assim, InuYasha. (ela da um beijo nele) – Vou achar que está com medo de levar injeção. (sorrindo)

SHIPPOU – Genku! Vamos na frente.

GENKU – Ta, mas a mamãe vai voltar para casa com a gente, não é?

INUYASHA – Claro que vai! Agora vá com seu irmão.

Genku sorri e em seguida sai do quarto junto com Shippou e assim deixando InuYasha e Kagome á sós, a jovem vereadora percebeu o que estava acontecendo.

KAGOME – O que quer falar comigo que não pode ser dito na frente do Genku?

INUYASHA – Simples! Eu vou explicar porque é ruim para eu ter de ficar uma semana fazendo exames diários. (ele fecha a porta) – Eu queria viajar para a China.

KAGOME – China?! Mas para que?

INUYASHA – Quando lutei com aquele mascarado conclui que Shippou estava certo em sua analise preliminar, ou seja, aquele mascarado, seja quem for, tem o estilo de lutar igual ao meu e ao de Shippou.

KAGOME – Espere aí! Está falando que esse mascarado foi aluno daquele seu mestre, o Mestre Zhi?

INUYASHA – Isso mesmo! Isso me fez lembrar que quando iniciei os treinamentos com Mestre Zhi, ele me disse que já havia expulsado alguns alunos rebeldes, que usavam seus ensinamentos para o mal.

KAGOME – Então acha que esse mascarado é um desses alunos expulsos?

INUYASHA – Exato! E é por isso que preciso ir á China e falar com o Mestre Zhi.

KAGOME – Se ele ainda estiver vivo, pois você mesmo disse que ele já era um senhor idoso quando voltou da China. (ela respira fundo) – Paciência! Terá que esperar uma semana então.

INUYASHA – Mas Kagome...

KAGOME – Não InuYasha! Vai seguir as recomendações médicas e isso está decidido. (ela olha ao redor) – E quanto á jóia de quatro almas?

INUYASHA – Shippou a levou com ele ontem e guardou no mesmo lugar de antes.

KAGOME – Não gosto daquele objeto em casa! Essa jóia já nos deu muita dor de cabeça. (ela sorri) – Mas resolvemos isso depois! (ela ia se afastando para sair do quarto) – Agora vamos embora e...

INUYASHA – Espere Kagome.

KAGOME – O que foi, amor?

INUYASHA – Contar sobre a viagem não foi o único assunto que queria falar com você sem a presença de Genku.

KAGOME – Tem mais alguma coisa? (ela nota o olhar sério do marido) – Você está me assustando, InuYasha! O que houve?

INUYASHA – É melhor você se sentar. (ela volta até a cama de hospital e se senta nela)

KAGOME – O que foi que houve?

INUYASHA – É sobre sua família, mais precisamente sua mãe e seu irmão.

InuYasha acariciava o rosto da esposa que não estava entendendo aquela situação, mas logo entenderia, pois InuYasha iria contar a verdade sobre a infertilidade da esposa e também a participação do pai dela nesse processo e como também sua mãe e seu irmão fizeram de tudo para deixá-la longe da verdade.

 

Próximo capítulo = Revelações – parte 1


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.