Tanya Denali escrita por AnnaJoyCMS


Capítulo 4
Capítulo 3. Melodia


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oi Ana! Minha chará e única leitora nesta fic! ahsuahsuahsuah
Espero que vc esteja gostando, pq vou continuar postando ela só pra vc!!! ;D
Desculpe a demora, mas aí está o capítulo de hj!
Boa leitura! ;*



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3. MELODIA

Com o passar de dez séculos de existência nesta segunda vida, algumas necessidades físicas e instintivas podem ser adquiridas em nossa espécie. Sem dúvida, a principal necessidade, a mais primária e selvagem de todo e qualquer vampiro, é a sede. Ela nos acompanha eternamente a partir do momento em que abrimos os novos olhos escarlates, após a derradeira batida do coração. É o instinto primordial e básico. Que irá mudar nossa natureza para sempre. Entretanto, este instinto não muda nossa essência, nosso temperamento, nossos gostos, aversões e sentimentos inatos. A humanidade se torna uma lembrança nublada, borrada, no meu caso, quase nula; mas as habilidades, as potencialidades, os dons e talentos aumentam exponencialmente. Então, aquilo que fazíamos bem e inconscientemente se torna ainda melhor, perfeito.

Isso, de certa forma, aconteceu comigo ao me tornar vampira. A jovem naturalmente fogosa, que gostava de frequentar a palha do celeiro do castelo feudal, na região da Grande Morávia, do século XI, acompanhada dos homens mais bonitos e fortes, originaria a lenda de succubus. Com o passar dos séculos, o prazer sexual que venho proporcionado às minhas conquistas – mais do que um talento – tornou-se também uma necessidade física para mim, tal qual a sede.

Embora eu precise caçar com muito mais frequência, também preciso, ocasionalmente, saciar este outro instinto. É mais forte do que eu e independe do lugar onde me encontro, do luto, do meu objetivo nesta viagem. É apenas... Irresistível...

Principalmente quando se está em um país com um povo naturalmente sensual, como o Brasil.

Com a pista do lobisomem da Antártida perdida, só me restou seguir para cá. Desembarquei em São Paulo de madrugada, dois meses após ter partido de volta para a América do Sul. Tinha sede, meus olhos deveriam estar negros como o ônix. Eu precisava caçar. Caçar animais e homens... Havia muitas necessidades a serem saciadas aqui...

Assim como em Buenos Aires, tratei de encontrar hospedagem, mais para deixar a maior parte da minha bagagem. Aluguei um carro, não tão veloz quanto eu gostaria, mas bom o suficiente para me levar em direção à região central do continente sul-americano.

Dirigi por um dia e meio sem parar em direção à Cuiabá. Não queria me arriscar a sair do carro com tanta sede. Segui diretamente para o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, deixei o carro e a mochila em uma pousada na cidade e depois segui a pé, como se fosse praticante de esportes ao ar livre. Aliás, precisei realmente ter cuidado com os verdadeiros montanhistas espalhados por toda a área. A região era mais movimentada do que eu imaginava e acabei gastando algumas horas para conhecer e me afastar dessas trilhas.

A fauna era bastante diferente da que eu estava acostumada: veados campeiros, onças pintadas e pardas, lobos-guará... Foi interessante! Levei um dia inteiro caçando e conhecendo toda a extensão da chapada. Não conhecia esta região do Brasil, eu e minhas irmãs estivemos somente na Floresta Amazônica e no Rio de Janeiro. Bom, agora, saciada a sede, as lembranças de nossa visita, especificamente, ao Rio de Janeiro reacenderam em mim as outras necessidades que estavam me incomodando...

Mantive o foco e resolvi voltar à pousada, para me lavar e trocar. Minha aparência estava um completo caos após a caçada.

Saí novamente à noite, tentando ser o mais discreta possível, embora não fosse fácil. Eu, quer dizer, nossa espécie chama muita atenção. Então, inconscientemente, me afastei, novamente, em direção à região do parque. Não tão dentro da mata de acesso mais restrito onde estive caçando, mas nos arredores onde há lindas quedas d’água e grutas com sítios arqueológicos.

Encontrei a entrada de uma gruta encravada em um paredão rochoso, e resolvi explorá-la. Estava muito escuro, mas é claro, isso só seria problema para os olhos humanos. Eu poderia aproveitar o passeio!

Eu não corria. Observava tudo cuidadosamente e me distrai contemplando tanta beleza e quietude. As formações rochosas milenares, esculpidas à água na rocha, eram de uma perfeição surpreendente. Os pequenos animais da área escapuliam rapidamente, em resposta à minha presença.

Eu seguia em direção ao interior mais profundo da gruta, desci com facilidade um pequeno declive no chão rochoso e comecei a ouvir muito distante o som de uma voz acompanhando uma melodia ao violão. Paralisei, inconsciente e instintivamente, em sinal de estresse. Depois farejei e, imediatamente, senti o delicioso cheiro do sangue humano. Agradecendo interiormente por já ter caçado, e bastante; continuei me aproximando para ver quantos eram. Devia ser um grupo de montanhistas acampando no interior da gruta.

À medida que me aproximava sorrateiramente, percebi que havia uma fogueira e a iluminação simples de um lampião.

Não havia outras vozes; então, me escondendo na última curva de parede rochosa antes do local do acampamento improvisado, vi que era somente um jovem rapaz, com um saco de dormir, uma mochila, uma fogueira, um violão e alguma comida. Ele estava de costas tocando muito concentrado; neste momento sem cantar, só entoando uma melodia muito doce nas cordas do violão.

A fogueira ao seu lado ardia, iluminava e aquecia o ambiente, e brilhava nas águas turvas de um lago subterrâneo, para o qual o jovem músico estava de frente.

Ele recomeçava a cantar baixo e em português; depois, parava para rabiscar, freneticamente e a lápis, algo em um bloquinho de papel. Depois entoava novamente a canção. Estava compondo, com toda certeza.

Analisei com mais atenção o dono daquela voz suave e sensual, e percebi que se tratava de um homem viril. Apesar de estar sentado no chão, aparentava ser mais alto do que eu; tinha os ombros largos e definidos, os braços eram fortes e torneados, e se retesavam imperceptivelmente com os pequenos movimentos necessários para arrancar som das cordas do violão. Usava calça e uma camiseta regata, expondo o tom de pele do típico moreno brasileiro. Os cabelos negros eram cacheados e curtos.

A familiar corrente elétrica percorreu todo meu corpo quando percebi a sensualidade em toda essa cena e situação. Isso não poderia ser mais perfeito, após as últimas horas de caçada. Respirei profundamente e apreciei seu buquê com mais atenção. Hum... Um toque amadeirado muito peculiar... Priprioca talvez, com notas suaves de eucalipto... Por que o sangue dos homens latino-americanos tinha que ser tão perfumado? Mas minha garganta não queimava, graças aos séculos de experiência me relacionando com os machos humanos. Quando o instinto acendia a eletricidade pelo meu corpo, o desejo era outro. Não era pelo sangue. Não mais. No início, quando meus olhos ainda ardiam em rubi, sim. Mas, agora. Não mais.

Quantas vezes eu drenei totalmente, algum macho que acabara de me proporcionar prazer? Depois do segundo século, a culpa começou a me consumir e passei a abolir essa prática e, juntamente com minhas irmãs, experimentar viver com sangue de animais. Achávamos que assim estávamos oferecendo amor aos nossos homens humanos...

Quando dei por mim já estava me aproximando lentamente. É claro que ele ainda não havia percebido minha aproximação; eu me movia como uma felina.

A expectativa intensificando a corrente elétrica que subia e descia pelo meu corpo sem parar.

Estaquei bem atrás dele. 

– Bela melodia, estranho! – disse suavemente.

Ele saltou com o susto, girando o corpo e agachando-se de frente para mim e rapidamente me fitando. Eu ainda estava de pé, com as mãos na cintura. Ele acabou tombando para trás aos meus pés, apoiando-se no chão com os cotovelos, completamente apavorado e fascinado.

O quê? Q... Q-Quem é você?! – ele arfou. Sempre a mesma pergunta... Eu amava isso! Amava essa expressão de misto de pavor, surpresa e deslumbre. Minha beleza devia estar especialmente magnífica por causa da iluminação rústica do ambiente. Eu devia estar parecendo irreal, como uma quimera, um sonho bom e fugaz que pode desaparecer, inoportunamente, a qualquer momento.

– Eu?! – respondi. Minha voz ainda suave, com um toque de ironia.

Como será que minha voz de sinos de ventos e o leve sotaque soariam aos ouvidos dele? E me aproximando lentamente até estarmos face a face, continuei:

– Eu sou a personificação de todos os seus melhores sonhos. – ele inspirou meu hálito perfumado, seus olhos brilhavam e o meu corpo pulsava.

Era um belo espécime. Parecia ter seus vinte e poucos anos; com traços másculos, lábios cheios, profundos olhos castanhos bem escuros... Eu podia sentir no ar o perfume de seus ferormônios...

Rocei nossos lábios muito levemente, ele manteve os olhos abertos, mas quando me afastei, passou a língua rapidamente pelos próprios lábios, experimentando meu sabor. Eu sorri levemente em resposta a este gesto, a corrente elétrica espalhada por todo meu corpo se intensificou com este toque e o gesto dele em resposta. O medo em seu olhar deu lugar ao fascínio e ao desejo; afinal, meus olhos não eram aterrorizantes rubis...!

Então, aproximei nossos rostos novamente em um beijo mais arrebatador. Ele arfou desesperadamente, até que conseguiu recobrar o equilíbrio e suas mãos puderam voar ao meu rosto para me afastar, lutando por ar. Olhei em seus olhos, um pouco arregalados e sorri maliciosamente. Deixei que ele respirasse e processasse o que estava acontecendo, beijando seu pescoço e tocando pontos tradicionalmente sensíveis, erógenos, com uma lentidão dolorosa. Ele gemeu e pareceu ter perdido as forças e os sentidos, quando caiu deitado no chão de terra batida de seu pequeno acampamento. Eu o acompanhei neste movimento, serpenteando por todo seu corpo, em carícias e toques muito sutis. Eu usava habilmente, não só as mãos, mas minha língua, nariz e cabelos.

Ele estremecia, sibilava e exalava desejo.

Os séculos de prática permitiam a pressão correta aos meus carinhos, nem me lembro a última vez que deixei uma mancha roxa sequer em meus parceiros!

No instante em que senti seu corpo pronto para me proporcionar prazer e calor; já era tarde demais para suas roupas. Afastei-me e ele fitou seu próprio corpo nu chocado, sem saber como aquilo havia acontecido tão rápido. Então, comecei a me despir lentamente. Os olhos dele de arregalados, vacilaram e tornaram-se sedentos, vorazes; quando vislumbraram o meu próprio corpo despido.

Voltei a estimulá-lo usando minha língua e quando alcancei sua boca, nossos corpos naturalmente se encaixaram provocando gemidos loucos dele, e silvos agudos meus, que ecoavam pelas paredes da gruta, pareciam subir em espiral e reverberar em todo o território da Chapada.

O calor do corpo dele me abraçava totalmente e quase me aquecia... Quase... Sua pele era tão... Macia e oh!... Sua extensão era tão profunda...

Vez por outra, ele balbuciava um “é tão fria...” ou “tão cheirosa...” E eu precisava distraí-lo destes detalhes, mudando nossas posições tão rápido, que o deixava confuso, tonto.

Mas a confusão não impedia que suas mãos calejadas corressem pelo meu corpo freneticamente.

A confusão não impediu que fossem várias rodadas e horas de prazer.

A confusão não impediu que aquele glorioso espécime saciasse todas as minhas necessidades mais selvagens.

Por fim, ele desmaiou adormecido e exausto. Eu o coloquei cuidadosamente no saco de dormir. Olhei para o lago subterrâneo – cujas águas agora começavam a ganhar um tom belíssimo de turquesa, por causa da mudança de posição da luz que vinha do exterior da gruta – e por um milésimo de segundo considerei explorá-lo, mas temi não encontrar outra saída e não queria que ele me visse ao acordar. Além disso, a luz exterior indicava que logo amanheceria. Pensando nisso, me vesti, deixando a gruta silenciosamente, assim como eu havia chegado. De fato, já alvorecia. Apressei-me para o quarto da pousada, seria uma manhã ensolarada... Completamente ensolarada...

~~~~~~~~~~~

Quando a porta do meu quarto na pousada bateu atrás de mim, esse contentamento momentâneo já havia se esvaído. O vazio voltou com força, devastando minha determinação na vingança, meus planos com o Filho da Lua, meu bom humor depois das caçadas.

Percebi que o que acabou de acontecer foi somente mais uma conquista. Era a necessidade sendo saciada. O desejo de provar para mim mesma que eu não precisava de amor, que o prazer sexual me bastava, como sempre bastou. Era a necessidade de manter o mito: a succubus que enlouquecia os homens ainda existia.

Era mais uma mentira!...

Andei mentindo para mim mesma por tanto tempo... Tanto tempo...

O que acabou de acontecer está muito longe de se comparar ao momento de amor de Kate e Garret que eu presenciei.

Suspirei profundamente. Desnecessário, mas afastou estes pensamentos. Eu precisava me manter focada no que vim fazer aqui. O fato, porém, era que eu não fazia a menor ideia de como encontrar um Filho da Lua aqui. Não farejei nada parecido com o rastro da Antártida por aqui, e andei percorrendo toda a extensão da Chapada.

Preocupada com o total insucesso de minha excursão, resolvi ligar para Eleazar. Já fazia alguns meses que nos despedimos, talvez ele tivesse alguma novidade. Procurei meu celular na mochila, mas não o encontrei. Que estranho! Tenho certeza que ele estava pendurado no zíper da mochila que levei para a exploração na Antártida... Como meu celular pôde cair na neve e eu nem sequer percebi?...

Eu devia estar muito concentrada no possível rastro de lobisomem que eu estava seguindo...

Sem me deixar abater por isso, liguei o netbook e satisfeita conectei a internet, utilizando a rede local da pousada. Disquei para casa e em alguns minutos a imagem de Kate invadiu a tela.

Tanya?! Onde você está? – ela soava agitada e aliviada em me ver. Garret apareceu atrás dela, por sobre seus ombros, em um átimo.

– Acalme-se irmã! Estou bem. Estou no Brasil. Acabei de perceber que perdi meu celular; a última vez que...

Você perdeu seu celular?! – ela me interrompeu, gritando incrédula. – Tanya, você não pode estar bem... Por favor, irmã, volte para casa...

– Kate, me escute... – agora foi minha vez de interrompê-la. – Sei que não ando muito normal desde o que aconteceu com Irina, mas não vou desistir. Por favor, eu preciso da sua ajuda, não que você me desestimule!

– Ok! Está bem. – ela respondeu mais calma. – Diga o que aconteceu.

– Bom, acredito que tenha perdido meu celular na Antártida. Pendurei-o no zíper da mochila que levava comigo, mas ele deve ter caído e não percebi, porque peguei um rastro muito peculiar por lá, que só pode ser do lobisomem que estou procurando. O cheiro é muito próximo dos metamorfos de La Push, só que ainda pior! Estive rastreando tão concentrada, que só fui dar pela falta do celular agora, quando resolvi ligar para Eleazar para saber de suas novidades. Ele tem feito contato com você?

– Tem sim. Ele me ligou ontem; está muito preocupado com você e arrependido por tê-la deixado ir sozinha caçar um lobisomem... – ela parou como se lembrasse de algo óbvio e perguntou – Você não levou outros aparelhos?

– Mas é claro que sim, Kate – revirei os olhos – estão em São Paulo, no hotel onde deixei a maior parte da minha bagagem. Eu estou na região da Chapada dos Guimarães, atrás daquelas lendas sobre lobisomens daqui, mas não tenho ideia de como começar a procurar; então, pensei em entrar em contato com Eleazar.

Kate processou por um segundo o que eu disse. Garret saiu rápido discando seu próprio celular, provavelmente, para avisar Eleazar do meu contato, e Kate acrescentou:

– Tanya, sabe do que acabo de me lembrar: que os Cullen andaram investigando muitas dessas lendas brasileiras e sul-americanas, quando Bella ainda estava grávida, e mesmo depois que Nessie nasceu. Talvez eles tenham alguma informação interessante para você... Eleazar também não foi muito bem sucedido com as pistas que ele e Carmem foram buscar na Ásia. Faz o seguinte, continue online que vou ligar para Carlisle e pedir que ele contate você.

– Tudo bem, vou aguardar.

– Então, cuide-se irmã e, por favor, não passe mais tanto tempo assim sem fazer contato conosco.

– Não se preocupe comigo, Kate. Eu, realmente, estou bem. Enquanto estiver ocupada fazendo alguma coisa, qualquer coisa que possa nos ajudar a vingá-la, eu estarei bem. Diga a Eleazar que meus planos continuam os mesmos. Dependendo do que Carlisle disser, vou continuar por aqui ou seguir para Volterra.

Depois que Kate desligou, segui as orientações dela e me mantive online. Enquanto esperava pelo contato de Carlisle resolvi tomar um banho e me trocar. Eu ainda cheirava ao meu delicioso estranho!...

Saí do banheiro alguns minutos depois, já trocada, quando a tela piscava com a chamada de Carlisle. Apressei-me para frente do computador e o cumprimentei rapidamente:    

– Olá, Carlisle. Como vocês estão?

– Tanya! Nós estamos muito bem! Eu fiquei surpreso com a ligação de Kate dizendo que você está no Brasil, querendo falar comigo. O que houve? Kate não quis entrar em detalhes.

– Carlisle, vou direto ao assunto: estou aqui a procura de um legítimo Filho da Lua, um lobisomem. Há uma possibilidade que nem todos estejam extintos, afinal, e eu preciso encontrar um. Pelo menos. Kate lembrou-se de que vocês andaram investigando mais a fundo algumas lendas sul-americanas e brasileiras, para tentar compreender melhor a gestação de Bella; então, pensamos que talvez você pudesse ajudar...

– Um lobisomem? – perguntou ele, incrédulo e surpreso. – Mas por quê...

– Não. Não pergunte. – acabei por interrompê-lo, acanhada e um pouco agitada, tagarelei. – Por enquanto, não vou comentar o que está acontecendo. Quero te contar tudo, quando já tiver algo mais consistente. Agora, estou somente pesquisando algumas lendas e manchetes sensacionalistas que ofereçam alguma pista. Vim para esta região no Brasil, atrás de uma lenda muito forte de lobisomens. Já estive na Antártida também. Então, vocês conseguiram levantar alguma informação a respeito disto por aqui?

– Bom Tanya – Carlisle pausou entre o constrangimento e a diversão – Emmett e Jasper estavam atrás de lendas sobre mulheres que tenham dado à luz filhos de criaturas míticas... Hã... Mas... Edward comentou algo sobre um “lobisomem” que na verdade seria nossa própria espécie... Nenhum deles encontrou nada sobre possíveis Filhos da Lua, ou teriam comentado comigo, com toda certeza.

Ele deve ter notado meu desânimo imediato, porque no fundo meu instinto me dizia que não encontraria nada aqui. Assim como, este mesmo instinto gritava que o rastro da Antártida era o que eu procurava, mas que cheguei tarde demais...

– Bom, Tanya, talvez seja melhor eu viajar até o Brasil para encontrar você... – ponderou Carlisle, agora, visivelmente preocupado. Ele deve estar pensando que eu estou enlouquecendo.

– Não será preciso, amigo. Até porque estou de partida. – afirmei decidida.

– Ótimo, minha cara, iremos encontrá-la em Denali...

– Não vou para casa, Carlisle – interrompi – volto para São Paulo agora mesmo, e depois, tenho outro destino. Não se preocupe comigo. Ficarei bem! – tentei acalmá-lo, forçando um falso sorriso.

Despedi-me de Carlisle e imediatamente preparei meu retorno a São Paulo. Comprei a passagem para a Itália pela internet e fui embora ao cair da noite. Não considerei perda de tempo vir até aqui, não depois desta noite.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então, Ana! O que achou! *-*
Ah! próximo capítulo, as coisas começam a ficar mais interessantes, ela chega à Volterra!!! ;)
posto ele amanhã (ainda é domingo!) *-*
Obrigada por ler!
bjokas'