POV BELLA

Alice nada perguntou me deixou chorar em seu colo, isso era tudo que eu precisava, não sei o que fazer, tenho que admitir que e loucura, mas quem disse que o amor e feito de razão.

- Quer me contar Bella? – perguntou minha amiga suavemente.

Sentei-me limpei as lagrimas que ainda caiam e lhe contei tudo, toda intensidade que aquele sonho me provocou, todas as sensações por mim nunca sentidas antes, contei todos os detalhes e também lhe falei como fiquei desesperada quando o sonho acabou. Ela ouviu tudo atentamente.

- Já passou pela sua cabeça que isso pode ser fantasia?

- Se é fantasia porque me apaixonei? – perguntei chorosa.

- Como pode estar apaixonada por alguém que só viu em sonho Bella?

- Da mesma forma que você ama o Jasper sem ele nem perceber que você existe. – eu sei que isso doeu nela, mas algo em mim me fazia querer defender esse amor de tudo e todos.

- Ta certa, você tem razão, mas o que vai fazer?

- Orar, orar e pedir a Deus que eu possa sonhar com ele de novo, só pra saber o nome dele, ou somente pra ver seus lindos olhos de novo. – pensar em não contemplar sua imagem me doía de uma forma incalculável.

- E se não sonhar Bella?

- Para Alice, eu vou sonhar com ele hoje amanhã e pra sempre, ele vai ser o dono de todos os meus sonhos.

- Ta bom, mas e o resto? Edward, seus pais.

- Eu não vou pensar em nenhum deles agora.

- Mas Bella...

- Mas nada Alice, você sabe o jeito que eu estava não tinha alegria, e o único beijo que eu dei no moreno pecado valeu muito mais do que qualquer pegada do Edward.

- Se você esta dizendo Bella. – disse ela saindo pela porta.

Eu sei que não vai ser fácil, mas como posso deixar de lutar, foi real, ainda sinto o saber dos seus lábios nós meus, a forma que eu me senti, foi como seu estivesse completa pela primeira vez, já esta decidido não vou deixar o medo de ser feliz me atrapalhar, não vou mesmo busquei tanto a felicidade que agora que a achei não vou joga - lá fora.

A linda melodia que Edward fez pra mim encheu o silencio do quarto, eu não queria atende-lo, mas não tinha desculpa pra não o fazer.

- Alô?

- Oi meu amor te liguei pra saber se esta com saudades de mim? – que gay ta ele e meu namorado, mas que homem faria isso? Fala sério, acho que o sonho mexeu mais com minha cabeça que o previsto.

- Edward. – respondi de vagar quase parando.

- Muito ou pouco meu bem? – respirei fundo, e respirei de novo.

- Muito Ed. – menti descaradamente.

- Que bom, meu chuchu. – era só o que me faltava.

- Pode me dizer por que ta me chamando de verdura?

- Não e isso bebê e só uma forma carinhosa, neném.

- Para Edward eu já tenho dezoito anos, nada de bebê ou neném.

- Nem chuchu?

- A Edward faça-me o favor, depois nós falamos.

Desliguei sem nem ao menos deixa-lo terminar, será que ele sempre foi assim?

 Sim ele sempre foi assim, e como pode me restar duvidas de que e aquele moreno que eu quero pro resto dos meus dias, pelo menos eu acho que ele não ia me chamar de uma verdura que nem gosto tem aonde eu ia me meter Deus? Tentei me imaginar casada, velha e com netos ao lado do Edward, que iria passar o resto da vida me chamando de chuchu? Eca.

Depois de colocar uma roupa e pentear meus cabelos desci pra tomar café da manhã.

Sorri sem nenhum motivo aparente somente por lembrar aqueles lindos olhos de ônix puro, fechei meus olhos pra me concentrar em sua imagem, aquele sorriso altamente sexy que combinava perfeitamente com a pele avermelhada, realmente é um pecado, vou tentar descobrir o que me deixou tão ligada a ele, porque eu me sinto totalmente ligada a ele.

Ao chegar à cozinha me deparo com Alice e Kelly nossa empregada, com uma linda mesa de café da manhã, meu estomago roncou, estava tão distraída pensando no moreno pecado, que nem reparei que estava com fome.

- Esta mais calma Bella?

- Estou sim, Kelly obrigada, apesar de que era pra mim estar altamente irritada, mas estou bem.

-Irritada? Por quê? – perguntou Alice.

- Edward me ligou e me chamou de chuchu, de chuchu, acredita?

- Mas ele sempre te chamou assim Bella. – disse Alice revirando os olhos.

- Eu tenho cara de chuchu Kelly?

- Pode ter certeza que não minha pequena.

- Ta vendo Alice.

- Você ta doida. – sorri, eu não podia estar mais lúcida.

- Sabe qual e a nova da Bella Kelly?

- Não senhorita Alice. – respondeu Kelly sorrindo.

- Acredita que ela sonhou com um homem ontem e disse estar completamente apaixonada por ele, aquele chororó todo foi porque acordei ela.

- Para Alice, não esquece que é dos meus sentimentos que você esta falando.

- Ah, por favor, Bella, isso só foi um sonho.

- E como foi seu sonho pequena? – perguntou Kelly visivelmente interessada.

- Vou te contar tudo, mas sente-se e tome café conosco. – ela sorriu e sentou se a mesa.

Contei tudo pra Kelly desde minha frustrada vida até a hora em que achei minha felicidade, Kelly apesar de velha, prestou bastante atenção em tudo que eu disse.

Depois da historia terminada ela me fez uma pergunta:

- Sabia que minha mãe era índia?

- Não Kelly, mas o que isso tem haver? – perguntei curiosa.

- Os índios minha querida, tem muitas lendas lembra-se da lenda da vitória-régia?

- Sim me lembro. – disse sorrindo sem saber onde ela queria chegar.

- A lua e poderosa meu amor, ela pode fazer coisas que você nem imagina. – tinha algo em seu olhar que eu não soube decifrar, ela sabia de algo que eu tinha certeza que por ela eu nunca saberia.

- Ai essa historia toda me deu arrepios. – sorri debochada.

- Alice, com medo de historias? O que você fez com minha amiga? Me devolva ela agora!

- Para Bella, mas eu tive uma sensação estranha só isso.

- Ta bom, o que acha de passarmos o dia na cachoeira?

- Sozinhas? – disse com o rosto banhado de medo.

- Alice para com isso, ninguém merece, e se sentir melhor ou posso chamar o Mike e seu adorado Jasper. – vi pelo canto do olho ela suspirar. Patético.

Jasper tem vinte e quatro anos, nem olha pra Alice, e eu vejo a tonta suspirar por ele desde que tinha quinze anos agora ela já tem dezenove e ainda suspira por ele, não que ele não seja bonito, longe disso, mas ele realmente nem olha pra ela.

- Ok, mas só chame o Mike. – disse com uma cara hilária.

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Cheguei super cansada da cachoeira afinal passei o dia todo lá, subi direto tomei um banho e fui jantar depois que comi algo subi pro quarto, escovei meus dentes coloquei uma camisola branca e fui pra sacada do meu quarto.

O céu estava limpo sem nenhuma nuvem me dando uma visão privilegiada das lindas estrelas, sem contar que a lua estava cheia, e tinha uma beleza imensurável, e pra completar tinha algo nela que me chamava, fiquei um bom tempo a admirar sua beleza, se foi ela mesma que me mostrou o caminho por onde devo caminhar porque não agradecer?

Sussurrei um abrigado isso me deixou mais leve fui andando até a cama, depois que me deitei pedi pra Deus pra sonhar com o meu moreno pecado.

Eu estava de novo no mesmo lugar do sonho passado, mas dessa vez não fazia sol, fazia o típico frio de uma noite de verão, eu estava com um vestido longo e branco que tinha rosas douradas por todo seu comprimento, senti o vento frio beijar minha pele, meu coração acelerou só de sentir aquele cheiro amadeirado que ficou gravado em minhas narinas, me virei lentamente, pois sabia que ele estaria lá, e ele estava lá, ele não sorria, mas eu via que estava feliz por me ver e diferente dele eu não pude conter o sorriso, a me ver sorrindo pra ele, ele retribuiu automaticamente.

Fui caminhando em passos lentos até ele, assim que parei em sua frente toquei seu lindo rosto, ele fechou os olhos pra desfrutar melhor o meu toque, ele e irresistivelmente quente, me perguntei como ele anda por ai só de bermuda nesse frio e ainda consegue ser quente.

Ele abriu os olhos e ficou um bom tempo a me fitar.

- Posso te beijar? – perguntou com sua voz rouca que me causou arrepios.

- Esteja à vontade.

E ele me beijou o melhor dizendo me tirou desse planeta, seu gosto, seu corpo, sua temperatura, tudo me fazia crer que ele me levava ao infinito, depois que meu ar acabou e eu tive vontade de não precisar dele pra viver, me separei do meu moreno pecado, enquanto tentava normalizar minha respiração ele acariciava meu rosto.

- Posso saber o seu nome?

- Isabella, mas me chame de Bella. – sussurrei.

- Esse nome combina perfeitamente com você.

- E posso saber o seu?

- Jacob.

- Pra mim será Jake. – ele sorriu pra mim.

Nós sentamos no chão um de frente pro outro.

- Você e de verdade? – perguntei temendo a resposta.

- E você e de verdade? – eu te perguntei primeiro.

- Eu creio que eu sou. – disse sorrindo tenho certeza que o sorriso dele podia mandar qualquer treva embora. – Mas você e real?

- Também creio que sou.

- E que direito você tem de roubar todos os meus sonhos? – disse ele sorrindo.

- Como assim? – perguntei pra lá de curiosa.

- Eu sonho com você a mais de dois anos Bella. – não pude conter minha expressão fiquei confusa com essa expressão.

- Como assim.

- Bom há dois anos eu sonhei um sonho louco, eu via cenas, pessoas, mas essas pessoas nunca me viam e você estava em cada sonho todos os dias, mas só me viu ontem, não sei porque só me viu ontem, mas quando te olhei nós olhos tive a certeza que cada sonho valeu a pena.

Meu coração parecia que ia parar a qualquer momento, seus batimentos estavam tão elevados, que juro que o Jake podia esculta-lós.

- Mas me fala de você Bells. – sorri bobamente com o apelido que recebi.

Hoje quando acordei, eu decidi não vou sofrer mais não
Eu não tenho medo de perder o meu coração pra você
Tantos dias sofri sem saber o porquê

- Bom minha vida poderia ser perfeita pra muitas mas não pra mim, eu sempre senti que me faltava algo, não algo que eu tenha perdido, mas algo nunca achado e pra falar a verdade nunca fui feliz, esse algo que me faltava, me fazia uma falta tão grande que estava ficando dificil viver sem isso, mas hoje quando acordei eu me dei conta do que estava faltando, e esse algo que eu tanto procurava é você Jake, pode parecer loucura, mas eu me sinto ligada a você de uma forma absurda e por mais que possa não passar de sonhos eu não vou entregar meu coração a ningém por que ele e seu você o ganhou apartir do momento em que meus olhos encontraram os seus, e nunca mais eu vou sofrer, eu tenho você nem que seja em meus sonhos, mas eu tenho você.

Eu quero ver flores no campo
Os raios do sol
Eu quero que passem as nuvens negras
Eu quero você nos meus olhos na luz da manhã
Eu quero o reflexo do nosso amor

Ele me beijou, um beijo ardente, um beijo do estilo que somente ele possuia, me deixou sem ar, me fez ver o céu, me fez sentir como se estivesse no céu, tinha certeza que nenhum eclipse existiria, somente pra não acabar com a luz que ele irradiava.

Hoje quando acordei eu prometi quero viver mais
Já te olho sem ter que sofrer pra me entregar a você
Tantos dias perdi sem saber o porquê

- Antes quando somene eu te via, eu ficava louco, eu não queria mais sonhar com você, mas não conseguia nem pensar em não te ver, mas agora eu tenho certeza que você e a minha vida e nunca mais nunca mais vou pensar em não sonhar com você, agora quero sonhar com você até acordado.

Eu quero ver flores no campo
Os raios do sol
Eu quero que passem as nuvens negras
Eu quero você nos meus olhos na luz da manhã
Eu quero o reflexo do nosso amor

Dessa vez eu que o beijei, eu sentia que não precisava ter pudores com ele, eu podia ser eu mesma, eu podia realizar todos os meus desejos mostrar o meu verdadeiro eu, assim o fiz, sentei em seu colo  e apertei mais seu corpo contra o meu, sua mão passeava livremente em toda extensão de minhas costas, sua boca deixou a minha pra fazer um rastro de fogo em meu pescoso arranhei suas costas quando ele despositou um chupão em meu pescoço, eu já estava pra lá de animada, mas não queria minha primeira vez assim, mesmo por sonho, fui parando lentamente, escondi meu rosto na curva de seu pescoço, ele beijou o topo da minha cabeça, se deitou na areia da praia me puxando pra deitar ao seu lado e contemplar a lua e as estrelas.

Eu te quero como tem que ser
Eu te espero não vou mais sofrer
Eu te quero como tem que ser
Tantos dias eu perdi
Tantas noites sem saber o porquê

- Bells? – perguntou baixinho.

- Diz.

- Acreditaria se eu falasse que te amo?

- Lógico – sorri – porque eu te amo bem mais que minha própria vida.

Como eu sempre digo, o destino traz surpresas nas quais a gente nunca espera viver, aquilo que é o mais improvável se torna provável. E é isso que eu quero viver do impossível.