Me Ame escrita por Lúcia Hill
Notas iniciais do capítulo
Enfim Dr. Jensen faz o pedido, mais será que Lilian vai aprovar esse casamento?
As leves brisas que sopravam naquela manhã anunciavam o início de verão e, aos poucos, Ellen ia se recordando de sua antiga vida. Ela permaneceu sentada, observando o pequeno Dylan brincar no colo de sua Abuela, ambos estavam felizes e sorridentes.
Jensen estava sentado ao seu lado, calado e meio pensativo.
— Fico aqui, me lembrando das coisas, mas... — pausou.
Jensen se voltou para encará-la, aguardando a resposta, temia que fosse negativa ou talvez uma mágoa que ela ainda guardava dele, após aquela noite que ambos discutiram e tudo começou.
— Mas? — questionou-a.
Ela se voltou sorridente para ele, aliviando-o. Daquele ângulo o rosto da jovem parecia ser uma daquelas bonecas de porcelanas pintadas à mão, delicadas.
— Estou começando a entender as coisas, pois, toda vez que está perto, me sinto segura e... — pausou, voltando a fitar Abuela e o pequeno Dylan.
Jensen sorriu.
— Eu te amo. — disse.
Ambos ficaram ali, parados, encarando o belo jardim, sentindo as leves brisas de verão. Talvez precisassem de algo mais para descobrir que amar é confiar e se entregar.
Jensen abraçou-a, como se quisesse dizer "sempre te amei".
— Preciso muito te dizer uma coisa. — disse, afastando-se da jovem.
Ele pediu para que ela se levantasse apenas um minuto. Abuela parou de brincar com o pequeno Dylan e ficou observando. Aquilo é sempre esperado pelas mulheres apaixonadas. Ellen levou a mão solta até o peito e ficou encarando-o.
— Por tudo que já passamos até agora, sei que você é a mulher da minha vida, aceita se casar comigo? — pediu, olhando fixamente para ela.
Ellen se ajoelhou juntamente com Jensen e agarrou-o, as lágrimas que escorriam dos olhos castanhos da moça eram de pura emoção, enfim, seu sonho estava se concretizando. Abuela cobriu a boca com ambas as mãos e sorriu de emoção ao ver a bela cena que ambos proporcionavam no maravilho jardim.
— Temos que comemorar. Viva! — disse Abuela.
Aquilo só poderia ser um sonho. Mas é bem real para todos os abraços de felicidades e os sorrisos compartilhados, talvez fosse à passagem para uma felicidade eterna, porém, talvez, ainda tinham que ficar de olhos bem abertos com Lilian Pheterson.
Assim que Luke recebeu a maravilhosa notícia, foi compartilhá-la com James, que estava trancado naquele pequeno escritório da mansão. Assim que ouviu alguém bater na porta, retirou os finos óculos de grau e, com a voz educada, pediu para que entrasse. Seu pai estava com um sorriso radiante no rosto.
— Mas a devo essa felicidade? — questionou risonho.
Luke adentrou a pequena sala, fechando a porta trás de si, logo se sentou na cadeira de frente a James, que mantinha uma expressão de curiosidade no rosto.
— Seu irmão acabou de me falar que, enfim, eles irão se casar. — disse.
James mostrou um largo sorriso.
— Que ótimo! — disse se levantado para abraçar o pai.
Antes que pudesse terminar, Lilian abriu a porta e os encarou com uma feição nada amigável, parecia ranger os dentes e seus olhos estavam vidrados. Luke e James ficaram perplexos com aquela reação.
— Vamos, me digam a bela notícia, o bastardo vai se casar com a putinha latina? — vociferou.
James tomou a frente e cruzou os braços, desprezando-a.
— Pelo menos, ele será feliz. — grunhiu.
Lilian mostrou um largo sorriso debochado, caminhou alguns passos até perto de ambos e aplaudiu sarcástica. Era evidente que a reação dela deixou todos novamente boquiabertos.
— Pelo amor de Deus, Lilian, é nosso filho, será que não se alegra por ele, mas que tipo de mãe é você? — questionou-a.
Lilian arqueou a sobrancelha.
— Não me diga que está feliz por esse casamento, Luke Pheterson, te conheço bem, por dentro está se roendo. — acusou.
Luke ficou paralisado com aquela resposta tão sem vergonha da parte dela, ele sempre apoiou seus dois filhos em tudo que planejavam. James tomou as dores de seu pai e rebateu.
— É fácil acusar os outros, com falsas calúnias, mas tomar a coragem em dizer que está se corroendo por dentro, é outro departamento, não é, mãe? — ele pausou, recuperando a respiração. Logo prosseguiu. — Aliás, nunca foi digna de ser chamada de mãe, já que sempre me colocou em segundo plano.
Lilian rosnou furiosa.
— Ambos são uns merdas, não servem pra absolutamente nada. — grunhiu, apontando o dedo na direção de ambos.
— Vamos parar com essas acusações, agora. — ordenou Luke.
Lilian forçou uma risada nervosa.
— Ora essa! Retirando sua responsabilidade da reta, Luke?
A forma que ela pronunciava as palavras era de fato bem abusiva, deixando-o cada vez mais furioso e deixando o clima mais pesado e tenso.
— Mas guarde bem minhas palavras, irei dar um fim nisso tudo.
Antes que um dos dois pudesse questionar, Lilian se retirou, deixando-os a sós. Luke encostou-se a mesa e respirou fundo.
— Deve tomar uma providência, ou ela vai fazer uma grande besteira. — disse James.
Luke balançou a cabeça negativamente, era fato que Lilian iria fazer algo que a deixaria em maus lençóis, mas nada poderia retroceder o pedido, já estava feito, e, mesmo que algo de ruim acontecesse, Ellen e Jensen continuariam se amando de forma surreal e envolvente, pois o futuro se modifica conforme cada ação, tudo caminha para um final, seja qual for, feliz ou triste, apenas a satisfação de ouvir um “sim”, deixava-o completo. Amar é arriscar.
Entre tantas estrelas brilhando no céu, te encontrei bem ao fundo brilhando para mim.
(F. Bernardes)
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Boa Leitura!