Wings Of Destiny escrita por Doracita


Capítulo 8
Capítulo 6 - A primeira visita


Notas iniciais do capítulo

^^ mais um capítulo curto. Tive que apressar as coisas, o 7 também é pequeno. Mas o 8 já vai ser um pouco maior, prometo!

Quero mais reviews ç_ç~



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     As duas semanas seguintes à despedida de Hiroshi passaram mais rápido que Mari esperava. Continuou no hospital por causa das sessões de fono, e finalmente pôde voltar a falar normalmente. A única diferença foi que sua voz ficara um pouco mais rouca, mas Mari havia gostado.

     A parte difícil foi dizer adeus a todos que haviam cuidado tão bem dela. E quando Mari foi se despedir da enfermeira, a senhora disse entre lágrimas:

     -Vou sentir sua falta Mari-chan, mas estou feliz por você ter se recuperado rápido. Fique bem, e mande lembranças ao seu namorado.

    

     O caminho de volta foi rápido, e para Mari a cidade parecia totalmente diferente. Quase chorou de alegria quando entrou em casa, de tanta saudade que sentia.

     Foi até seu quarto com sua mãe para arrumar a cama.

     -O médico mandou você dormir sentada, porque seu braço esquerdo não está completamente bom. Eu sei que você andou tomando banho sozinha, e não é para fazer mais isso ok? Mari, você tem que se mexer o mínimo possível.

     -Tudo bem mãe. Desculpa. – olhando para a escrivaninha, Mari perguntou: - A senhora limpou aqui?

     -Não, foi o Kyo. – vendo a expressão da filha, Mizuki explicou: - Ele veio aqui todos os dias para perguntar de você, e limpava seu quarto três vezes por semana. Eu não consegui negá-lo, ele é muito teimoso. – e riu.

     -Verdade que ele fez tudo isso?

     -Sim. Ele parece muito arrependido. – Mizuki ia saindo do quarto. – Desça daqui a pouco para almoçar.

     Ao ficar sozinha, Mari imaginou Kyo limpando tudo, de cabelo amarrado e mangas dobradas.

     -Será que ele vinha antes ou depois do trabalho?

     Era como se ela pudesse vê-lo ali, arrumando a escrivaninha, limpando o chão, deixando tudo na mais perfeita ordem. Mari começou a se sentir mal por ter ignorado ele por tanto tempo. Os dois sempre foram tão próximos, mas agora parecia que nem se conheciam mais.

     -O que eu poderei falar para ele? – pensou em voz alta.

     -O almoço está pronto! – sua mãe gritou do andar de baixo.

     Mari saiu do quarto, deixando para trás o fantasma de Kyo.

- - -

     Alguns minutos depois do almoço a campainha tocou.

     -Eu atendo! – gritou Mari, correndo para a porta.

     Ao abri-la, deu de cara com um grande buquê de rosas, que escondia o rosto do entregador.

     -Bem vinda de volta Mari-chan. – abaixando o buquê, ele sorria.

     -Naoko-chan! Que surpresa boa! Entre, por favor.

     -Com licença. Isso é para você. – disse, estendendo as flores. – É um presente de boas vindas e meu pedido de desculpas por não ter ido te visitar. O trabalho no café está me matando.

     -São muito lindas Naoko-chan, obrigada. E não precisa se desculpar, está tudo bem. Vamos sentar. – e foram até o sofá. – Quer alguma coisa para beber?

     -Não, obrigado. Não posso demorar muito. Vim numa visita dupla.

     -Como assim? – perguntou Mari, já imaginando a resposta.

     -Bom, assim que soube que você saíra do hospital, Kyo-chan pediu que eu viesse te ver. E eu também queria vir, por isso, aqui estou eu! – disse sorrindo.

     -Ah, entendi. Como ele está?

     Naoko respirou fundo antes de responder.

     -Preciso te contar algumas coisas Mari-chan. Logo depois que você saiu correndo do café aquele dia, eu fui até a cozinha saber o eu estava acontecendo. Sinceramente, eu nunca tinha ficado tão bravo... Estava prestes a despedi-lo, mas não seria justo. A culpa foi daquela garota estúpida!

     Mari nunca vira Naoko tão alterado daquela maneira. Na verdade, era a primeira vez que conversava a sós com ele, mas sabia que o rapaz não era daquele jeito. Então se sentou ao seu lado e, colocando a Mao no ombro dele, disse:

     -Ainda bem que você pensou antes Naoko-chan. Esse emprego é tudo que o Kyo tem para ajudar a mãe.

     O rapaz olhou para Mari com um sorriso fraco.

     -Você é incrível Mari-chan. Consegue pensar no bem dele, mesmo depois de tudo.

     Não esperando ouvir aquilo, ela ruborizou, mas Naoko pareceu não perceber e continuou falando:

     -E quando Kyo-chan soube do acidente e que você estava no hospital... Ele ficou desesperado, não parava de chorar. Tive que fechar o café por um dia. Depois o movimento baixou porque está dando tudo errado. Kyo não se concentra em mais nada. Ele até colocou sal em um chá!

     Ficaram em silêncio por uns segundos, até Naoko quebrá-lo com um pedido.

     -Sei que você ainda está chateada. Mas, por favor Mari-chan, converse com ele. Se Kyo-chan continuar assim, eu terei que despedi-lo.

     -Tudo bem Naoko-chan. Farei isso pelo Lovely Coffee. 

     Ele sorriu enquanto se levantava.

     -Faça isso por vocês dois. Agora eu preciso ir, daqui a pouco o café vai encher e tenho que estar lá para cuidar da cozinha. – e piscou.

     Mari o levou até a porta, em silêncio. Tentando disfarçar o nervosismo, sorriu e disse:

     -Obrigada pela visita e pelas rosas. Vou guardar com carinho!

     -Eu fiquei muito preocupado com você Mari-chan. Obrigado por estar bem. – deu-lhe um beijo no rosto e antes de sair, Naoko comentou: - Aliás, adorei sua nova voz. Está ainda mais bonita! E volte logo ao Lovely!

    Colocou as mãos nos bolsos da calça e foi embora sorrindo. Mari percebeu que ele parecia ter ficado mais leve depois de contar tudo o que estava acontecendo.

     Os problemas de Kyo não saíram da cabeça de Mari pelo resto da tarde.

*

    


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Notas finais do capítulo

Ahá! O que vocês acham que a Mari vai fazer agora??

Nhaaa Naoko, seja meu namorado #surtando

Espero vocês no próximo capítulo! o/



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