Ainda tentando entender do por que da minha tristeza após meu término com o Bill me encaminhei ao carro do Tom e deitei no banco traseiro tentando parar de chorar.

- Calma meu amor, por favor, não fica deste jeito – falou Tom passando a mão na minha cabeça tentando me acalmar. Eu não sabia por que estava tão desesperada daquela forma por que foi sempre o Tom que eu quis e de repente me vejo chorando pelo Bill, eu me odiava por não me entender, por não conseguir uma resposta concreta e racional. Tom ficava me olhando perguntando se eu estava bem e quando parei de chorar olhei para ele e falei:

- D-descu-culpa – pigarreei e tentei de novo – Desculpa Tom é que ... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah eu não sei o que está acontecendo comigo – falei me sentando e olhando fixamente em seus olhos.

- Não precisa pedir desculpas, o Bill entrou em uma parte da sua vida em que você estava vulnerável é aceitável que você sinta isso, não irei julgá-la e de modo algum estou com ciúmes, eu te entendo, pode ficar tranquila! – afirmou apertando minha bochecha e sorrindo. Eu sorri também ainda com o rosto do Bill em minha cabeça, então para não chorar novamente adormeci e novamente tive um pesadelo.

(Pesadelo)

Estava no mesmo estacionamento que estive com o Tom para conversar com o Bill só que nenhum dos dois estava lá; Procurei, gritei, chamei e nada, a única coisa que eu conseguia ver era uma porta entre aberta com a luz refletindo em meu rosto ofuscando a minha visão. Então coloquei a mão sobre meus olhos para proteger da luz e quando cheguei na porta a abri e a cena que vi lá dentro era a mais horrível:

- B-B-B ... – tentei dizer seu nome mas não conseguia. Estava horrorizada com a cena que estava diante dos meus olhos – BILL – finalmente consegui gritar – O que você se fez? – perguntei me ajoelhando ao seu corpo. Muito sangue estava espalhado pelo chão branco e os dois pulsos cortados do Bill não paravam de sangrar, procurei um pano para amarrar em seus pulsos mais não consegui encontrar nenhum, aliás, meus pés nem saiam do chão parecia que tinham tacado cimento neles. Eu comecei a balançá-lo para tentar acordá-lo mais nada foi feito, senti uma mão pegando na minha e me puxando para fora da sala, comecei a me debater, gritar e chorar pedindo que está pessoa o ajudasse.

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO BILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL, POR FAVOOOOOOOOOOOOOOOOOOOR – acordei gritando e olhei para os lados estava em meu quarto. Peguei o celular dentro da minha bolsa e liguei para o Bill e quem atendeu foi o Tom.

- Tom posso falar com o Bill por favor? – perguntei tentando parecer calma em vão ele percebeu na hora – Tive um pesadelo com ele, eu preciso escutar a sua voz, passa para ele por favor ... como não vai dar, por quê? – perguntei tateando os moveis para tentar chegar sem nenhuma lesão até a interruptor para acender a luz – O QUE? – gritei me sentando no chão – Droga eu sabia que algo tinha acontecido com ele, mais como foi isso Tom? – perguntei chorando – Como você me pede calma Tom ... eu quero ir ai, vem me buscar por favor? Não eu não vou ficar aqui em casa enquanto o Bill está internado por minha culpa – disse com raiva – Claro que é, enfim você vai vir me buscar ou eu terei que ir a pé até ai? – perguntei e ele respondeu que já estava a caminho. Eu me arrumei da melhor maneira possível e quando cheguei na escada vi que os meus pais não estavam, provavelmente estariam no hospital, minha mãe é muito amiga da Simone e não a deixaria sozinha neste momento;

Quando abri a geladeira para pegar a jarra de água escutei alguém bater na porta, larguei a jarra de qualquer jeito na pia e fui correndo abrir a porta e quase levei um susto:

- Sara? – disse de olhos arregalados.

- Olá, como passou esses meses sem mim? – perguntou me abraçando.

- Não muito bem ... mas o que houve com você? – perguntei passando a mão em seu cabelo que estava loiro e curto.

- Eu sei que te faço falta amiga, mais não precisa chorar eu estou aqui agora – disse rindo entrando em casa – Respondendo a pergunta, férias, isso que aconteceu comigo, precisava de um tempo para mim, então resolvi ir para o Caribe e voltei linda, loira e luxuosa! – afirmou dando gargalhadas, eu comecei a rir junto com ela quando ouço novamente alguém bater na porta fui abrir ainda me recuperando do acesso de riso:

- Oii meu amor! – cumprimentou Tom me abraçando e me dando um selinho. Retribui o beijo e o abraço e pedi para ele entrar.

- Olá Sara! – cumprimentou Tom e isso me deixou surpresa por que deu a impressão de que eles já tinham se visto antes, mas não dei muita importância, devia ser só impressão.

- Olá! – ela parecia um pouco indiferente ou eu é que estava ficando paranóica.

- Enfim, Sara adoraria ficar aqui com você mas eu estou indo para o hospital – disse bebendo o copo d’água e voltando para a sala.

- Hospital? Por quê? – perguntou se levantando.

- O Bill, bom nem eu sei direito o que aconteceu com ele – disse voltando o olhar para o Tom e ele fitava a Sara intensamente e admito que senti muito ciúmes. Ela olhou para ele e fez uma cara de repreensão e Tom desviou o olhar, eu pensei em perguntar o que estava acontecendo, só que deixei passar se aquilo continuasse eu iria tirar satisfação.

Fomos nós três para o hospital e quando chegamos lá Simone estava com uma expressão péssima, mas logo seu rosto se iluminou ao me ver chegando.

- Olá – disse ela fingindo um sorriso – fico feliz que vocês tenham se acertado! – falou pegando na minha mão e sorrindo novamente. Eu automaticamente olhei para o Tom só que ele não retribuiu o olhar, dava a impressão de que ele estava distante e aquilo me deixou intrigada.

- O que houve com o Bill Simone? – perguntei me soltando dos braços do Tom e indo se sentar junto com ela.

- Nada que você deva se preocupar querida – disse. Eu cruzei os braços e ela olhou para o Tom que novamente estava olhando para Sara – Tom – chamou e ele se virou para encará-la – fique com a Sindy eu vou ver como o Bill está – parece que ela percebeu que eu não gostei do modo que ele estava olhando para a Sara então quando ela saiu ele veio e me puxou bem perto dele:

- O que aconteceu meu amor? – perguntou sussurrando em meu ouvido. Eu odiava quando ele me tratava daquele jeito quando eu estava brava:

- Nada – ironizei – Só os seus olhares para a Sara, o que houve está tendo recaída? – perguntei olhando para ele. Ao ver seu sorriso eu dei uma cotovela na sua costela e fui atrás da Simone, quando eu a encontrei ela estava de frente com um vidro chorando.

- Simone – chamei colocando a mão em seu ombro e apertando carinhosamente – ele vai sair dessa, fica tranqüila! – afirmei me virando para o vidro. Bill estava deitado na cama ereto sem fazer movimento, o único barulho que se escutava era do monitor que mostrava sua respiração e seus batimentos cardíacos. Olhei diretamente para os seus pulsos e nenhum estava cortado e isso me aliviou um pouco – O que houve? – perguntei novamente e como ela viu que não iria conseguir me enganar se sentou em um bando e começou a me contar:

- Ele chegou muito perturbado em casa, eu e Gordon tivemos que tirar a faca da mão dele varias vezes – aquilo caiu como uma bomba em cima de mim, me senti pequena e egoísta não conseguia nem olhar para Simone.

- Ele disse o que estava acontecendo? – perguntei querendo que a resposta não fosse a que eu estava pensando.

- Quando ele se acalmou eu perguntei o que havia acontecido e ele falou ... – ela hesitou e aquilo só confirmou o que eu já imaginava – Olha não se culpe pelo Bill estar aqui, não é culpa sua minha querida! – afirmou levantando o meu rosto.

- Ele falou? – perguntei sem dar muita atenção ao que ela falou. Ela respirou e continuou.

- Ele falou que tinha acabado de perder a mulher da vida dele e que achava que nunca iria conseguir alguém que o amasse de verdade – eu comecei a chorar – Era por isso que eu não queria te contar eu sabia a forma que você iria ficar – disse me abraçando.Eu pedi desculpas e sai correndo, só parei quando vi que estava fora do hospital. Me encostei a uma arvore e comecei a chorar freneticamente. Tudo de desgraça que aconteceu a família Kaulitz esses meses era tudo culpa minha, depois que eu me envolvi com o Tom eles não tiveram mais sossego e agora Bill estava internado por minha culpa.

- Droga – xinguei dando um soco na arvore e a única coisa que senti foi uma dor imensa – Que legal agora eu quebrei a mão, o que me mais falta acontecer? – perguntei ironizando olhando para o céu. Eu não suportava mais aquela dor e quando entrei de novo dentro do hospital todos me fitaram horrorizados, Tom veio correndo ao meu encontro:

-O que você se fez? – perguntou com raiva.

- Soquei uma árvore e minha mão eu acho que está quebrada – disse, ele me jogou um olhar de repreensão e me levou a enfermaria – Onde você estava? – perguntei enquanto a enfermeira estava fazendo um curativo.

- Fui ao banheiro e quando voltei minha mãe disse que você tinha saído correndo após ela contar o que houve com o Bill – disse sem olhar para mim.

- Da para você parar de ficar olhando deste jeito para a Sara – disse com ferocidade. Aquilo já estava me deixando com muito ódio e já que ele não me dizia o que estava acontecendo eu iria perguntar a ela.  

- Você ... – ele começou mais não terminou ou não quis terminar. A enfermeira finalmente tinha terminado o curativo eu agradeci e levantei – Aonde você vai? – perguntou segurando meu braço.

- Tirar satisfação – disse me soltando da sua mão.

- Sindy – chamou, eu me virei e o encarei – Ok eu te conto – falou. Ele pegou em minha mão e me levou até um corredor vazio e me pediu para eu não falar nada até ele terminar – Tudo começou na festa, sim a mesma festa que aconteceu tudo aquilo com nós – quando ele começou eu já estava imaginando mil e umas coisas mas tentei ficar calma – Quando você foi embora eu fui tirar satisfação com a Kimberly e a Sara ouviu tudo e disse que me ajudaria a te conquistar de novo – tudo agora fazia sentido, ela bem arrumada de manhã, no hospital quando o Tom resolveu ir embora – Só que agente não contava com o seu desmaio, quando ela me falou o que havia acontecido com você eu resolvi ir embora e te deixar viver em paz sem interferência minha só que eu não agüentei ficar muito tempo longe de você, toda noite eu vinha e ficava em frente a sua casa ... – eu fiquei de boca aberta.

- Como, você ... você não estava em outro país? – perguntei.

- ... não – sorriu – eu estava na cidade vizinha só que não podia dizer isso ao Bill por que ele iria contar para você e iria estragar tudo – ele voltou a ficar sério – Só que teve uma noite que eu vi você chegando com ele então achei que você já tinha me esquecido então resolvi sair da Alemanha, para tentar te esquecer e foi ai que eu e a Sara nos encontramos – disse e ao perceber a minha cara ele se aproximou e me beijou – Eu não tive nada com ela, eu juro, agente só ficou juntos. Ela me contou à forma que você ficou quando eu fui embora e implorou que eu voltasse só que a cena de você e o Bill juntos não saia da minha cabeça e eu não podia voltar e terminar com o namoro de vocês! – afirmou acariciando meu rosto – Por isso que eu não estranhei quando a vi na sua casa, eu sabia o dia que ela iria voltar e como iria voltar – disse dando gargalhadas ao ver minha cara de surpresa.

- Nossa então quer dizer que tudo isso foi planejado por vocês? – perguntei em tom magoado.

- Não, nem deu tempo de nós dois fazer um plano você resolveu passar mal e ficar no hospital – disse fazendo cara de deboche – Como eu disse naquele dia não iria suportar ver você naquela cama de hospital por minha culpa e foi ai que liguei para a Sara e disse que para mim não ia dar mais – quando ele terminou eu estava totalmente atônita sem saber o que fazer ou dizer.

- Eu não sei o que dizer – disse e ele parecia estar se divertindo daquela situação.

- Aqui está vocês dois, procurei pelo hospital inteiro! – eu reconheceria aquela voz até de olhos fechados. Sara vinha sorridente em minha direção e quando viu a minha cara parou e olhou ao Tom.

- V-você contou a ela? – perguntou nervosa. Tom balançou a cabeça positivamente que sim – Coitada da Simone terá um filho internado e outro enterrado. Tom Kaulitz eu vou te matar! – afirmou. Eu comecei a rir dos dois por que a Sara começou a correr atrás do Tom e não conseguia relar um dedo nele, eles só pararam quando a enfermeira apareceu e pediu que parecem por que aquilo era um hospital – Por que você contou? – perguntou sem ao menos me olhar.

- Por que eu pedi! – era a primeira vez que eu conseguia falar algo – O meu namorado ficava jogando olhares para a minha melhor amiga e não iria tirar satisfação, por favor Sara, você sabe como eu sou – ela sorriu.

- Isso foi idéia dele! – afirmou.

- Como? – perguntei sem entender nada.

- Isso tudo que aconteceu foi idéia dele. Na sua casa ele ficava me olhando e eu não entendia o porquê então quando você foi falar com a Simone ele chegou em mim e disse que queria um favor e pediu para eu retribuir os olhares dele para ver qual seria sua reação e quando ele percebesse que você estava ao extremo contaria tudo! – afirmou se sentando no chão.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah seu cachorro – disse socando ele no braço – Você achou que a minha reação seria como? Ficar rindo. Torça para você não estar aqui quando a minha outra mão estiver boa por que se não ... – ele não deixou eu terminar. Ele se aproximou passou o braço na minha cintura e me puxou para bem perto do seu corpo.

- Se não o que? – perguntou aproximando a sua boca da minha. Aquilo já era tortura, não agüentei, passei o braço no seu pescoço e o beijei como se hoje fosse nosso ultimo dia juntos. Percebi que alguém estava se afastando e deduzi que era Sara, ela vivia me dizendo que odiava ser vela – Eu te amo muito seu idiota, você me conquistou por completa! – afirmei dando um selinho em sua boca. Ele sorriu e falou:

- Eu também te amo meu amor, obrigado por aparecer em minha vida e mudar meus pensamentos em relação ao amor! – eu sorri e o abracei. Ficamos ali por um bom tempo. Uma onda de medo passou pelo meu corpo me fazendo tremer e ele me abraçou ainda mais forte – Nunca te deixarei novamente, isso é uma promessa! – afirmou percebendo a minha reação.