Lies escrita por San Costa
Fortes emoções
Ness
15:00 - Dia da festa
Quando o sinal tocou minhas best e eu saímos animadas, iríamos passar a tarde comprando e nos arrumando pra festa de hoje a noite. Pedro Filipe tinha passado a semana toda dando indiretas pra cima de mim, eu me fiz de difícil, mas até que ele é um gatinho e todo gostoso.
- Pra onde iremos? – Bia perguntou.
- La Shawns. – Falamos todas juntas, essa era a nossa butique preferida, além de ser a mais cara de toda Califórnia.
- Acho que teremos alguns privilégios hoje à noite. – Isa falou sorrindo.
- Por quê? – Perguntei arqueando uma sobrancelha.
- Por que o anfitrião esta doidinho com você. – Quem respondeu foi a Bia.
- E ele é tudo de bom. Se você não quiser eu quero. – Nanda completou, e mesmo se eu não quisesse agora eu passaria a querer. Esse é mais um defeito que eu tenho, não aceito dividir o que é meu, neste caso, algo que poderia vir a ser.
- Ei Ness, não tem música nesse carro? – Bia perguntou ironicamente, estiquei a mão e coloquei uma música, e logo começamos todas a cantar.
Quando entramos na rua da La Shawns comecei a procurar por uma vaga, pois ali era sempre lotado.
- Ali! – Isa gritou mostrando uma vaga pouco a frente da loja. Outro carro manobrava pra entrar na vaga e eu acelerei passando o carro e entrei na vaga antes dele. Todas rimos e batemos a mão no ar. O senhor que estava no carro acelerou resmungando e foi pegar a outra vaga.
Descemos e fomos pra loja. Ela era uma loja fina e não tinha tantas pessoas, entramos e começamos a escolher, Luiza somente olhava as roupas sem experimentar, eu sabia que era por que ela não poderia comprar.
- De qual você gostou? – Perguntei me aproximando dela.
- Não Ness, você não vai comprar de novo.
- Ei, nem vem ok? Anda escolhe qual você quer. – Ela me olhou por alguns segundo e pegou um vestido branco e curto lindo. Sentei-me na área VIP e fiquei esperando que as meninas terminassem de escolher as roupas.
- Posso servi-la senhorita Black? – Um dos atendentes perguntou trazendo uma jarra de água, ele era um gatinho. Afirmei com a cabeça e fiquei o olhando enquanto ele me servia. – Posso lhe oferecer mais alguma coisa? – Eu queria dizer sim, você. Mas era melhor não. Então as meninas saíram e começaram a desfilar pra que eu vesse, eu sempre fui quem dava a palavra final. Luly’s ficou com o vestido branco, Nanda com um vestido vermelho com várias camadas, Bia com uma calça saruel e uma blusa apertada e com um decote grande e eu havia escolhido um vestido roxo curto, ele era justo ate a cintura e rodado a partir daí.
Fomos pra loja de sapatos e compramos sapatos combinando com as roupas.
- Eu já tinha olhado. – Falou uma mulher pegando o sapato que a Nanda tinha escolhido.
- Desculpe, mas eu já o peguei. – Nanda falou educada. Por isso eu odiava ir a lojas como essa.
- Algum problema Nanda? – Bia perguntou e eu logo soube que isso não iria prestar.
- Eu tinha escolhido esse sapato e ela disse que o viu primeiro. – Nanda respondeu.
- É melhor irmos comprar em outra loja. – Luly’s falou.
- Não mesmo. – Falei me juntando a elas, a mulher ao ver nós quatro juntas abriu mão do sapato rapidinho e nós gargalhamos.
Deixei as meninas em casa e fui pra minha casa me arrumar.
- Mãe, pai cheguei. – Gritei sabendo que eles ouviriam onde estivessem. Subi para o meu quarto e fui logo pro banheiro, enchi minha banheira e pus vários sais e depois me deitei. Ouvi a porta do meu quarto ser aberta e depois mamãe perguntou próximo a porta do banheiro.
- Posso entrar?
- Claro Mamis. – Ela entrou e se sentou na beirada da banheira, eu fiquei olhando pro rosto perfeito da minha mãe, ela não se parecia uma mãe convencional.
- É hoje a festa na casa do seu amigo, não é querida? – Afirmei com a cabeça, ela estendeu a mão e começou a ensaboar meus cabelos. – Que horas você volta pra casa? Não gosto de você andando sozinha muito tarde.
- Er mãe! A Bia pediu pra que eu ficasse na casa dela.
- Ah. – Ela sorriu. – Ok, então. – Ficamos em um silêncio confortável, era muito bom ficar assim com minha mãe.
- Acho melhor você terminar seu banho. – Mamãe falou quando eu comecei a cochilar. Sorri e me enrolei na toalha que ela me estendeu. Ela saiu me dando privacidade e eu me fui me arrumar.
- Estou indo. – Falei dando um beijo em meus pais.
- Você esta linda querida. – Mamãe falou sorrindo. E eu me curvei agradecendo.
- Esse vestido não está...
- Não. – Falamos mamãe e eu o interrompendo e depois gargalhamos. Peguei meu bebê e fui pra casa da Luly’s a quem eu havia oferecido carona. Eu sempre dirigia com muito cuidado, pois já havia dormido duas vezes no volante. Era sempre assim, eu dormia nos momentos mais inoportunos e meus sonhos eram os mais loucos que alguém poderia ter. Buzinei em frente a casa da Luly’s e ela logo saiu, trazendo com ela uma bolsa com sua roupa de dormir, nós todas dormiríamos na casa da Bia.
- Oi more. – Ela falou me beijando e eu retribui ao beijo sorrindo.
- Pronta pra balada? – Perguntei.
- Sempre. – Colocamos uma música no DVD do carro e começamos a cantar. Enquanto esperávamos o semáforo ficar verde eu o vi, era o mesmo gatinho do sonho, eu sabia que era ele mesmo ele estando do outro lado da rua. Quando nossos olhos se cruzaram o sorriso em seu rosto aumentou e eu sorri de lado. Luly’s percebendo meu sorriso acompanhou meu olhar.
- Pra quem você esta sorrindo? – A olhei arqueando uma das minhas sobrancelhas.
- Como pra quem? – Olhei novamente pra onde ele estava e ele não estava mais. – Oh. Não era ninguém. – Ela me olhou por um tempo e depois olhou para frente, aff era só o que me faltava. Não demorou muito e chegamos à casa do Felipe. Do lado de fora tinham vários carros e o som alto se ouvia da esquina. Entramos na porta que estava aberta e logo vi a Nanda e a Bia. Ambas vieram em nossa direção, elas estavam com bebidas na mão e percebi que a Bia já estava alta.
- Helo girls! – Ela falou sorrindo e beijando a Luly’s e eu. Logo elas pegaram mais duas bebidas e entregaram uma pra mim e outra pra Luly’s, mas eu hoje estava tranquila e não preciso beber, e a da Luly’s fica sempre de enfeite na mão dela.
- Oi princesas, se divertindo? – Felipe perguntou vindo até nós. Todas sorrimos e afirmamos, ele cumprimentou a Luly’s e eu, porém continuou com a mão na minha cintura. Depois de um tempo perguntou. – Quer dançar?
- Mais tarde. – Falei sorrindo e ele sorriu de volta.
- Vou cobrar... Com juros. – Ele se inclinou e deu um selinho em meus lábios e eu não rejeitei. Ele saiu sorrindo e cumprimentando a todos. Quando olhei para as meninas a Nanda não estava mais perto de nós e sim dançando com um carinha no centro da pista.
- OMG!! – Luly’s exclamou e só foi preciso seguir seu olhar pra saber o motive, Jim sorria e vinha em nossa direção. – E agora o que eu faço? – Ela perguntou em pânico.
- Beija muuitoo na boca! – Bia falou sorrindo, eu gargalhei e depois falei.
- Não fica assim e não gagueja.
- Oi garotas. – Ele deu sorriso tímido que fez a Luly’s suspirar. – Quer dançar Luisa?
- Siim. – Ela conseguiu gaguejar em uma única palavra. Revirei os olhos enquanto eles iam pra pista. Bia e eu ficamos olhando o pessoal da festa e admirando os gatinhos, eu sabia que não demoraria muito e ela também sairia com algum carinha. E então começou a tocar uma de nossas músicas, nós éramos fãs de músicas e arriscávamos em cantar juntas no karaokê, e essa era uma das nossas preferidas. E quando vi, nós quatro estávamos dançando juntas.
Tradução
Dançamos, cantamos e rimos juntas. Quando a música acabou, senti braços fortes me abraçarem e senti o perfume do Felipe. Sorri e comecei a dançar a próxima musica com ele.
- Hora de pagar. – Ele falou sorrindo e me beijando, o beijo era quente e ele tinha gosto de cerveja na boca. Nossos lábios dançaram sensualmente junto com nossos corpos, sua mão desceu para minha cintura e eu a fiz ficar ali. Quando a música acabou ele me perguntou confuso.
- Não vai beber princesa?
- Não, tô na boa hoje.
- Ok. – dançamos algumas outras musicas, e só então percebi que tanto a Bia quanto a Luly’s não estavam mais na festa. – Já volto. – Felipe falou saindo e eu senti a Nanda me puxar, ela estava com outra bebida na mão e não demoraria ficar alta também.
- E ai, ele é tudo o que as meninas dizem?
- Yeah, ele beija muito bem. – Felipe não demorou muito e voltou com outra vasilha de ponche dizendo que o outro já estava choco. Entrou novamente e voltou com um pratinho com salgados.
- Já que não quer beber nada, que tal comer? – Sorri e peguei um dos salgadinhos, ele comeu e passou o outro pra um garoto que estava dançando ao nosso lado. Voltamos a dançar e Felipe voltou a me beijar. O beijo começou a esquentar e eu também comecei a sentir calor.
- Acho que aceito a bebida. – Falei sorrindo amarelo. Ele saiu rápido e pegou uma cerveja para mim. A bebi rápido e percebi que eu realmente estava com sede. Voltamos a dançar e a nos beijar, puxei seu cabelo o trazendo para mais perto de mim. Senti uma de suas mãos subir para o meu seio e olhei em volta com medo que alguém notasse, mas todos estavam se pegando, como se de repente todos os feromônios tivessem sido liberados. Não prendi muito minha atenção a isso e logo busquei a boca de Felipe novamente. Ele desceu sua outra mão e subiu por dentro do meu vestido, tocando minha intimidade por sobre a calçinha. Parte de mim se sentiu incomodada por ele estar me tocando assim na frente de todos, porém outra parte, a maior, não viu por que se incomodar.
Todo o meu corpo tremeu e meu baixo ventre pegou fogo, logo minha calçinha encharcou. Ele retirou a mão, me fazendo gemer, o que o fez sorrir rouco próximo a minha orelha.
- Calma. – Quando ele chegou à beirada da minha calcinha, ele a ergueu e abaixou a mão novamente, porém dentro dela. Senti seus dedos me tocarem e achei que fosse cair diante de todo o desejo que me consumiu, minha pernas ficaram bambas e eu me apoiei em seus braços fortes. Ele acariciou meu clitóris com o polegar e introduziu um de seus dedos em mim e eu gemi alto. Alto suficiente pra que alguém ouvisse, mas pra minha total surpresa tinha garotas já até sem a blusa na sala, sorri ao ver o quanto eu era tola. Felipe retirou seus dedos e eu senti meu corpo todo vibrar e minha cabeça rodar. Estranho, pois eu só bebi uma cerveja, eu era acostumada a beber bem mais. Quando ele o colocou novamente eu esqueci o que eu estava pensando, ele voltou a me beijar com luxúria, alguns minutos depois eu senti meu corpo tremer e gozar.
- Vem. – Felipe chamou me puxando para a escada. Eu não lembrava se devia ou não ir. – O que? – Ele perguntou quando eu não o segui, antes que eu o respondesse ele voltou a me beijar, seus lábios desceram pelo meu pescoço, enquanto sua mão descia um pouco o meu vestido, e então seus lábios alcançaram meus seios. Ele refez o caminho e falou em meu ouvido. – Vem.
♥♥♥
Acordei sentindo a seda fria do lençol e o vento frio em meu rosto, com certeza a Bia deve ter deixado a porta aberta. Eu havia tido um sono tranquilo e sem sonhos estranhos. Virei-me e percebi algo incomodo entre minhas pernas, uma ligeira dor em minha intimidade, só então percebi que estava sem roupa. Sentei-me abruptamente na cama e percebi que não estava na casa da Bia.
Felipe adentrou o quarto somente de boxer, ele sorriu de lado e veio até mim, se sentou ao meu lado e me beijou, sua mão desceu tocando minha intimidade, meu corpo reagiu ao seu toque. Mexi-me puxando o lençol e me tampando.
- Bom dia, princesa. – Ele falou com a voz doce. tentei lembrar o que tinha rolado na noite passada, mas nada vinha em minha mente, porém eu tinha uma noção do que tinha acontecido .
- Acho melhor eu ir nessa.
- Esta cedo ainda amor. – Algo estava me enojando e eu não sabia o que era. Sem falar mais nada me levantei e corri para o banheiro, pegando antes minha roupa. Em menos de cinco minutos eu me vesti e sai. Pensei em ir pra casa da Bia, mas eu não queria ver as meninas agora, então fui pra casa. Quando parei em minha garagem vi o mesmo gatinho subindo a ladeira, enquanto ele passado por mim vi que seu olhar estava triste e ele abaixou a cabeça quando me viu. Em vez de entrar em casa, atravessei a rua.
- Ei. – Gritei correndo para alcançá-lo.
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