Amor Maroto escrita por Duda Monteiro, CassyDeschamps


Capítulo 13
Capítulo 13




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Diário...

Mamãe e pai se beijado ali, Vic e Teddy brigando acolá, tia Mione e tio Rony discutido para aqueles lados, e tia Gina e tio Harry se pegado para os outros, um típico dia de férias na Toca, os piralhos brigando por ali, os bebes chorando por acolá, aiaiaia, eu acho que sou a única normal dessa casa diário, o que eu fiz pra merecer isso? Me diga? Eu sou uma garota tão boazinha. Ok, nem tão boazinha assim.

Bem, agora tenho que ir. A vovó me chama. Saco.

Olá diário da Duda.

Querida prima, eu sei que você provavelmente vai tentar me matar quando ler isso, mas eu juro que não vou ler as outras coisas que você escreveu, só esta pagina, está bem?

Bem, um pequeno comentário sobre o que você escreveu. Eu percebi que você falou, ou melhor, escreveu, algumas mentiras, então vamos lá corrigi-las.

Primeiro: É a tia Kess e o tio Gui estão se agarrado, e isso não é uma cena legal de se ver.  Idem para os meus pais.

Segundo: A parte da Vic e do Teddy brigando é mentira... Eles brigando? Que nada! Eles estão é quase se matando. Idem para o tio Rony e a tia Mione.

Terceiro: Esse não é um típico dia na Toca, tá até mais calmo do que normalmente é.

Quarto: Você, a mais normal daqui? Tá tirado uma com a minha cara, né? Se você é a mais normal nem quero ver os mais loucos.

Quinto: Nada não, só para fazer o quinto mesmo.

Eu agradeceria se você não me matasse querida prima.

Beijos, do seu primo mais normal.

Oi diário da Duda?

Ei, por que eu dou oi para uma coisa que não vai responder? Isso é estranho. Mas continuado.

Bem, se o Thiago pode escrever aqui, por que eu não posso? Já que eu sou o seu primo mais maravilhoso, perfeito, lindo e inteligente é minha obrigação escrever aqui.

Pode ficar segura Duda, eu não lerei o que você escreveu nas outras paginas. Não lerei o que você escrever sobre a sua paixão platônica por mim, até porque eu já sei disso.

Vamos colocar a mão na massa, ou no diário, e corrigi os erros dos dois.

Primeiro de tudo: É, eles estão se agarrado mesmo, e admito, isso não é uma cena legal para crianças tão inocentes como nós vermos.Será que eles nunca ouviram falar de quarto?

Segundo: Alguém tem que ir separar lá os dois! Coitados dos filhos deles, ficaram traumatizados. Ainda bem que o tio Rony e a tia Mione pararam de brigar, senão.

Terceiro: Concordo com o Thiago, para um dia na Toca, hoje até que tá calmo.

Quarto: Duda admita, você não é normal, nem aqui, nem na China.

Quinto: E muito menos você Thiago. Você é tão ou mais maluco que a Duda.

Bem, era só isso que eu queria dizer. Agora eu irei me esconder, pois prezo pela a minha vida.

Do seu primo mais lindo, gato, seduzente, inteligente, maravilhoso e normal.

Fred.

-TIAGO SIRIUS POTTER! FRED WEASLEY!  EU VOU MATAR VOCÊS! -Falou Duda, depois de ver o seu querido diário.

-Corremos, ou conversamos com a fera? -Perguntou Tiago para Fred, na sala.

-Corremos! -Falou Fred, quando viu os pés da ruiva descendo as escadas.

-Voltem aqui suas pestes!!!! -Falou ela correndo atrás dele.

-Quanta raiva priminha!-Falou Tiago sem parar de correr.

-Idiotas! Voltem aqui seus imbecis! -Falou parado de correr, e se sentando no chão ofegante.

-Já cansou prima? -Perguntou Fred, parado a uns 20 metros longe da ruiva, ao lado de Tiago.

-Idiotas! Se preparem que isso não vai ficar assim. -Falou ela se levantado.

-Crianças! Venham comer! -Falou Molly gritado da porta.

-Já vamos vó. -Gritou Duda de volta.

-AGORA!

-Calma, calma. Já tamo indo. -Falou Tiago andando em direção a casa.

-Vocês me pagam. -Falou ela entrando na casa, sendo seguida por Fred.

-Estamos morrendo de medo. -Fred falou irônico.

Narração Victoire

Daqui a alguns minutos será véspera de natal. Estou sentada do lado de fora da’ Toca.  Sim, estou na’ Toca. Meus pais estão trabalhando, e... acharam melhor nos deixar aqui, pelo menos essa noite. Acham melhor do que deixar todos para mim cuidar... se bem que seria um bom teste pra mim, afinal daqui a menos de quatro meses eu terei meu próprio filho pra cuidar. Vou terminar Hogwarts mais cedo, pra poder cuidar dele... Minerva já ajeitou tudo... vou fazer meus N.I.E.W’s mais cedo... Vovó disse que não entende o porquê de eu fazer os N.I.E.W’s, se só vou poder trabalhar mesmo quando a criança ficar um pouco maior... nem sei o que será de mim... Teddy sumiu... não vejo ele desde que meu pai quase o... matou. Onde será que ele está?

Foi assim, perdida em pensamentos que adormeci nos jardins.

Acordei com um barulho de alguém aparatando. Ai que dor nas costas... isso que dá dormir... na grama?

Abri os olhos lentamente. E vi um vulto distante me observando. Quem será? À uma hora dessas da noite... que estranho. Esfreguei meus olhos e abri-os novamente, o vulto estava cada vez mais próximo.

-Quem está ai? –perguntei. Sim, imagina se fosse um assassino... ou um ladrão... ia responder muito mesmo.

-Sou eu –oh céus.... não... não pode.... como...

-Teddy? –perguntei tremendo.

-Eu mesmo –ele vinha caminhando na minha direção, olhando diretamente para mim, sua expressão era estranha... não sei o que se passava... medo... angustia... mas ao mesmo tempo... carinho... amor...

-O que você quer aqui? –perguntei me endireitando. Céus, porque diabos eu não pedi a McGonagall que colocasse o feitiço durante as férias também... mesmo que minha barriga ainda não esteja grande... ela já pesa... imagina então quando estiver lá pelo... sétimo mês.... eu não vou me aguentar em pé!

-Eu... eu... –ele travou, literalmente olhando pra mim. A única coisa que se mexia em seu corpo eram os olhos, que iam do meu rosto para minha barriga.

Senti uma tontura muito forte, me apoiei nas mãos e mal tive tempo de pensar duas vezes, e já estava colocando meu jantar todo fora. Ainda meio abaixada ouvi passos em minha direção, logo em seguida meus cabelos saíram de perto do meu rosto. Continuei olhando para o chão por uns instantes, tentando me recuperar.

Tentei levantar, mas a tontura voltou, me larguei no chão de novo.

Senti braços me levantarem, me pegarem no colo. Teddy foi andando em direção ao barracão de ferramentas do vovo, e me colocou de pé na frente da pia. Lavei meu rosto. Já me sentia bem melhor.

-Melhor? –ele me perguntou, enquanto eu ainda secava meu rosto.

-Um pouco –respondi me sentado- obrigada.

Ele não respondeu, só ficou me olhando.

-O que foi Teddy? –perguntei estranho. Geralmente ele falava até demais.

-Eu... me desculpe Vic –ele abaixou a cabeça.

-Pelo que? –perguntei confusa.

-Por... tudo que eu fiz... por ter te magoado... por... não ter ido te ver em Hogwarts, não ter visto como você estava, como estava o bebe... –ele ia falando- eu fui um idiota Vic, nunca devia ter te deixado sozinha, eu... perdi quase toda a gravidez... do meu filho.

Aquelas palavras me tocaram... meu filho.

Lágrimas começaram a cair pelas minhas bochechas. Me joguei em seus braços e o beijei apaixonadamente.

Diário da Duda.

E aqui estou eu, mais uma vez... Em vez de estudar, estou escrevendo. aiai.

Esses meses tem sido um saco! Serio. Aulas, deveres, gravidez da Vic... Tudo isso é muito estressante! Sério. Tudo bem que ninguém a não ser, o pessoal da família, que eu não vou escrever aqui, porque é muita gente, sabe da gravidez dela. Porque a tia Minnie a ajudou com o feitiço para esconder a barriga.

Mas mesmo assim... A garota tem tido cada desejo estranho! Serio! Assusta às vezes. E adivinha quem tem que buscar isso? Eu e os garotos.

Você tem noção de como está às aulas? Péssimas! Parece que os professores querem acabar com a gente, serio. Se o terceiro ano é assim, não quero imagina o quarto. Serio. To quase sem tempo de respirar. E ainda tem o chato do Damon me seguindo, por todos os lugares.

“E é chegada a tão esperada final o quadribol!” a voz de Zoy Jordan ecoou pelas arquibancadas. “Sonserina contra Grifinória!”

As arquibancadas enlouqueceram.

“Madame Hooch se encaminha para o meio do campo, e a goles é lançada! Sonserina consegue a goles, passe perfeito da Crawford! Ela recebe a goles de volte, encaminha-se para os aros, Potter se prepara e... DEFESA! Uma bela defesa de Potter... ele lança a goles para o meio de campo, diretamente nas mãos de Duda Potter! Duda passa para Marcela, ela voa em direção aos aros arremessa e... não foi ponto. Defesa da Sonserina!”

As arquibancadas verdes e pratas vibraram enquanto as douradas bufaram em desaprovação. Marcela mexeu a cabeça indignada com o ponto que perdeu.

“E Sonserina está novamente em posse da goles! Tanner avança passa para Crawford e... é ponto! Ponto da Sonserina! 10 X 0!” Zoy apertou o botão do placar, mudando-o.

“E Grifinória vem com tudo pra cima!”

Narração Victoire

Gritos, berros, vaias por todos os lados. Ou seja, um típico jogo de quadribol. Eu tenho que admitir, eu nunca gostei muito de quadribol, só estou aqui porque a Duda me arrastou. E agora ela está em cima de uma vassoura. Saco. Eu estou praticamente viajando aqui, serio. Eu não to prestado atenção nenhuma no placar, vou saber depois de um jeito ou de outro

E lá estava eu viajando nos meus pensamentos... Sem ligar a mínima para o jogo, quando sinto algo molhado no meio das minhas pernas, como se eu tivesse feito xixi, a não ser o fato que eu não fiz xixi.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAH!  -Eu gritei quando percebi o que estava acontecendo.

 -Que foi Vic? -Domi me perguntou.

-A bolsa rompeu!  -Falei desesperada. Fazendo ela se desesperar também.

-Louis!  -Gritou ela para Louis, que está com uma garota ali do lado.

-Que foi?

-VEM CÁ! LOGO! -Ela gritou, fazendo ele se assustar, e vim correndo para cá.

-Que foi? Que foi? -Ele perguntou ofegante.

-A BOLSA ROMPEU! DROGA! -Falei com lagrimas nos olhos. Não me pergunte por que.

-COMO ASSIM?

-ROMPEU! VAI NASCER DEBIL! -Gritei com raiva. -Dá para vocês me ajudarem a sair daqui?

-Ok, ok, calma. Louis, segure a Vic por um lado, e eu seguro pelo outro, vamos levá-la para a enfermaria.

-Ok, vamos maninha. -Ele falou me pegando por um lado, e depois a Domi pegou o outro, e começamos a andar, com as pessoas desviando os olhos do jogo para nós. Bem, parece que elas ouviram meu pequeno chilique, e que minha gravidez não é mais segredo. Ops.

Narração Olívia Malfoy

Ótimo aqueles dois estão em cima de uma vassoura, e me deixaram aqui sozinha nas arquibancadas.

Não entendo nada de quadribol, o contrário dos meus pais que sempre foram fãs. Não entendo qual a graça de ficar em cima dessa máquina mortal chamada vassoura, passando a bola de um pro outro, escapando de outras bolas voadoras, e tentando acertar um dos aros. O pior é o apanhador, que fica que nem louco atrás de uma bolinha dourada minúscula!

Ok, ficar aqui olhando eles, ta muito sem graça. Vou me distrair com outra coisa. A Káh ta gritando aqui do meu lado. Acho que fiquei surda com esse ultimo grito!

Resolvi que olhar as arquibancadas era uma boa distração. As quatro colunas em volta do campo, eram uma para cada casa. Três delas estavam com as cores grifinórias, e somente um com a sonserina... pois é a nossa fama não é muita por aqui...

Me concentrei por um tempo em uma das colunas. Um amontoado de ruivos em um local, os Weasley claro. A tal de Victoire estava sentada, parecia com tédio, como eu. A mais nova Dominique estava animada, assim como o irmão Louis, pareciam estar aproveitando o jogo. Voltei minha atenção a Victoire, ela parecia incomodada. Em menos de um minuto, ela passou de incomodada para desesperada, chamou apressada a irmã, falou algo, e a mesma desesperada chamou o irmão, estranho. Os dois pegaram Victoire pelos braços e começaram a levá-la para fora das arquibancadas.

-Ei, Káh – quase gritei para ela.

-Que foi fia? –ela perguntou sem menos olhar para mim. Preciso comentar que ela não tirava os olhos do MEU irmão?

-Olha lá –apontei- o que será que aconteceu com a Weasley?

-Desde quando você se preocupa com os Weasley? –ela me perguntou, finalmente me olhando, incrédula por sinal.

-Não me importo –respondi dando de ombros- só que chamou a atenção.

-Poupe-me Olívia! –ela riu- em um jogo de quadribol, obvio que vamos ficar olhando para as arquibancadas –ela respondeu irônica.

-Eu odeio quadribol – respondi dando de ombros novamente.

-Então o que faz aqui?

-Se não se lembra, VOCÊ me arrastou até aqui, pra ver O MEU IRMÃO, jogar quadribol!

-Ok, ok, faça o que você quiser Malfoy – ótimo, me levantei e sai dali o mais rápido possível.

Fui para os jardins, mas logo desisti e voltei em direção ao castelo. Vi os três Weasleys entrando apressados. Que diabos aconteceu?

Como sempre minha curiosidade falou mais alto e acabei seguindo-os.  Eles seguiram apressados pelos corredores. E pararam de frente a porta da ala hospitalar. Abriram-na e entraram. Certo, nenhum deles se tocou que a Madame Pomfrey está no jogo? Caso alguém se machuque ela tem de estar lá para dar os primeiros socorros!

Fui até lá e parei na porta, somente observando. Victoire se contorcia na cama. Dominique e Louis discutiam. Certo, ainda não faço ideia de que diabos está acontecendo aqui.

-Vai nascer – berrou Victoire.

-JÁ SABEMOS! –responderam os dois em resposta.

-Então façam alguma coisa!  -ela retrucou.

-Somos praticamente crianças Vic! Não sabemos o que fazer! –Louis respondeu quase tendo um treco.

-Que tal começarem chamando a Madame Pomfrey? –perguntei irônica.

-O que faz aqui Malfoy? –o Weasley me perguntou rispidamente.

-Se não percebeu ainda Weasley, estou tentando ajudar, mas se não querem ajuda, tudo bem, deixem que a criança nasça sozinha – respondi dando de ombros e me virando para sair.

-MALFOY! NÃO SE MEXA! –Victoire berrou- Louis, vá atrás da Madame Pomfrey! Nick, chame nossos pais, vão! –ela respirou enquanto os dois saiam apressados da sala- Malfoy, se não se importar, me faz companhia? Como já deve ter notado, estou prestes a ter o meu filho, e acredite, estou muito desesperada, e com muito medo.

Suspirei e me virei para ela.

-Respira... –comecei tentando acalmá-la.

Narração Autoras

Louis saiu correndo em direção ao campo de quadribol, onde a final ainda acontecia. Ele correu o máximo que podia, passou por muitos alunos, esbarrando e recebendo reclamações. Tudo parecia ter sumido naquele momento. Victoire precisava dele, era isso que importava, e nada ali impedi-lo-ia de levar Madame Pomfrey até a irmã. A vida da sua futura sobrinha, ou sobrinho, estava nas mãos dele agora.

-Saiam da frente – ele berrava enquanto corria, podia ser um primeiranista, baixinho e magro, mas na hora se sentiu maior que um adulto, com uma força de leão, se surpreendeu quando derrubou por acidente um setimanista- Desculpe! –gritou em resposta, mas continuou sem olhar pra trás.

Finalmente conseguiu chegar à parte reservada aos professores.

-Madame Pomfrey!  -ele chamou ofegante- Madame Pomfrey!

-Céus Weasley! O que aconteceu de tão grave assim? –Minerva perguntou estranhando a atitude do rapaz.

-Vic... Vic vai... ter o bebe... –ele respondeu ainda ofegante.

-Meu Merlim! –as duas exclamaram.

-Onde ela está? –Madame Pomfrey perguntou seguindo apressadamente Louis que ia mais a frente.

-Na Ala Hospitalar! –ele berrou em resposta abrindo caminho.

-O que vocês tinham na cabeça para levá-la a ala hospitalar se eu estava aqui? –ela perguntou incrédula.

-Foi a Vic que mandou irmos a ala hospitalar! Só obedecemos!

Foi nesse ritmo de perguntas e respostas que os três deixam as arquibancadas. Zoy parara de narrar a partida, somente observando os três correndo, uma cena hilária diga-se de passagem. Afinal não era todo dia que víamos um baixinho segurando os óculos desengonçadamente na cabeça; uma senhora segurando com uma mão a saia, para não tropeçar, e com a outra a túnica, ou seja lá o que ela tinha na cabeça, para não sair voando; e por ultimo Minerva McGonagall com suas vestes quase levantando vôo atrás de si, vermelha como pimenta pelo esforço físico que estava fazendo para acompanhá-los.

-Nossa o assunto deve ser sério pra conseguirem fazer Minerva correr daquele jeito – Zoy deixou escapar num sussurro, mas como estava falando no microfone todos acabaram ouvindo. Foi possível somente ouvir um “Jordan!” vindo da professora, fazendo com que todos rissem.

Enquanto isso no ar...

Ao ouvir a frase de Zoy, Duda distraiu-se e procurou a que ela estava se referindo. Viu Minnie correndo, um pouco mais a frente Madie, e por ultimo o baixinho e irritando, também conhecido como Louis, seu irmão. Mas que diabos eles estavam fazendo? Direcionou seu olhar as arquibancadas, iria perguntar a Vic... Vic... VIC! O desespero a possuiu quando não encontrou nenhuma das irmãs nas arquibancadas. Viu somente Rose nas arquibancadas, observando a cena, com expressão confusa.

Empinou a vassoura pra baixo. “Céus, que horas que essa criança resolveu nascer! Bem no meio de uma final de quadribol!” pensou incrédula.

-Duda! O que está fazendo? –Fred perguntou estranhando a atitude da prima.

-A Vic! -ela respondeu somente continuando.

Não precisou de mais nada para ele se tocar.

-TIAGO! A VIC! –ele berrou, e começou a descer a vassoura.

-FRED! ISSO NÃO É HORA PARA... –ele parou- Vic? –pensou- CÉUS A VIC!

-O que tem a Vic? –Alvo perguntou parando de voar também.

-A VIC VAI TER O BEBE ALVO!  -Tiago respondeu saindo voando, Alvo arregalou os olhos, mas o seguiu.

-E parece que a metade do time grifinório se distraiu, e nesse meio tempo, Crawford encontrou o pomo, Christiane tenta alcançá-lo ainda, mas não consegue! Crawford Apanha o pomo de ouro! Vitória da Sonserina! E metade dos jogadores saiu do campo antes de eu falar isso! Como assim? –ela parou- EI ME ESPEREM, TAMBÉM QUERO SABER DA FOFOCA... –o microfone caiu no chão, quando Zoy largou e saiu correndo atrás dos outros.

Enquanto isso, do outro lado do castelo...

Dominique finalmente chegara ao salão comunal da Grifinória, ela correu para o seu dormitório. Vasculhou por todo malão, e finalmente encontrou o que procurava, seu saquinho de pó de flú. Correu novamente para o salão comunal, jogou o pó nas chamas e colocou a cabeça dentro da lareira. Sentiu-a como se saísse de seu pescoço e em segundos observava a sala de sua casa.

-Mãe? Pai? –ela chamou. Chamou novamente. Nada. Ninguém em casa.

“Trouxe” sua cabeça de volta a Hogwarts e jogou novamente o pó na lareira, desta vez murmurando “a’ Toca”. Colocou a cabeça novamente dentro da lareira, e sentiu-se viajar de novo. Abriu os olhos e deu de cara com sua avó cozinhando alguma coisa.

-Vovó! –ela chamou fazendo Molly Weasley dar um salto de susto.

-Dominique! Que susto! O que faz aqui?

-Estou procurando os meus pais

-Estão trabalhando querida, mas o que há de tão urgente?

-O bebe da Vic tá nascendo! –ela sentiu como se seu pescoço estivesse queimando- vovó tenho que ir, avise eles, por favor!

E dizendo isso ela foi trazida a força de volta pra Hogwarts.

-ARTHUR!  -Arthur Weasley caiu da cadeira ao ouvir a voz da mulher ecoar pela sala. “Céus! O que ela faz aqui?” pensou voltando a se sentar em sua cadeira. Olhou para a lareira e lá estava o rosto de sua mulher, parecendo bem nervosa.

-Molly, o que aconteceu? –perguntou ainda se recuperando do susto.

-Nosso bisneto está nascendo Arthur!

-É o que? –ele se levantou de um salto.

-Rápido, avise Keissy e Gui! Anda! –e dizendo isso o rosto dela sumiu.

Arthur saiu apressado do escritório, passou na frente de todos que estavam na fila para pegar o elevador e pegou o ultimo lugar disponível, ouvindo varias reclamações enquanto o elevador fechava as portas.

Assim que as portas se abriram ele foi o primeiro a passar por elas. Nunca imaginou que um velho como ele correria tanto. Keissy e Gui estavam em uma reunião sobre o torneio tribruxo. Ele não sabia se conseguiria entrar, mas faria de tudo para conseguir.

Virou o ultimo corredor e viu a porta fechada. Ele abre-a apressado. E entra. Logo na entrada havia aurores, que não o deixaram entrar.

-É uma reunião sigilosa! O senhor não pode entrar! –um deles urrou.

-MEU BISNETO VAI NASCER! TENHO QUE AVISAR O MEU FILHO! SAIAM DA MINHA FRENTE! –ele berrou desesperado.

Sua voz ecoou pela sala e a voz que antes falava cessou.

-Pai? –ele ouviu a voz de Gui.

-GUI! Victoire vai ter o bebe! –ele respondeu passando pelos seguranças e “entrando” na sala da reunião.

Keissy se levantou do nada.

-Céus! –ela somente exclamou.

-Rápido, ou querem perder o nascimento da criança? –Arthur reclamou.

-Vamos – Gui chamou e começou a pegar suas coisas, seguindo pela mulher.

-Onde pensam que vão? Não podem sair no meio da reunião! –urrou um dos homens.

-EU NÃO VOU PERDER O NASCIMENTO DO MEU NETO! –Keissy exclamou nervosa.

-A senhora não pode se retirar! –dessa vez era o seu chefe falando, ele sempre a tratava por senhora, isso a irritava, ela nem era tão velha! Tudo bem que estava prestes a ser avó, mas não era velha!

-Estou pouco me lixando para o que eu posso ou não fazer! O Senhor não pode me impedir! –ela retrucou se encaminhando para a porta.

-Se sair por aquela porta... não precisa mais voltar! –ela parou. Ele deu um risinho cínico. Keissy se virou

-Eu sou uma das melhores aurores desse ministério, quem vai estar perdendo, será o senhor! Passar bem! Vamos Guilherme! –e dizendo isso ela saiu da sala.

-Incrível, eu nem sabia que os dois eram casados! –exclamou uma mulher do nada.

-Eles são tão profissionais que nem notamos – concordou um homem.

-Pois se me dão licença –Percy levantou-se- minha sobrinha está dando a luz!

Ele saiu da sala apressado deixando todos boquiabertos.

Molly Weasley ainda não tinha acabado sua missão. Ainda faltava avisar a uma pessoa sobre o nascimento da criança. Teddy Lupin. Todos haviam esquecido do coitado.  Lembrou-se que ele estava trabalhando na loja de Jorge em Hogsmeade, ele não estava tão longe de Hogwarts, ainda tinha tempo para chegar antes do nascimento.

Jogou o pó de flú novamente na lareira chamando dessa vez pelo seu filho Jorge. Ela estava muito nervosa.

-Mãe? –Jorge se surpreendeu ao ver o rosto da mãe na lareira.

-Jorge! Victoire está dando a luz! Avise o Teddy!  Keissy e Gui há essas horas já devem estar a caminho de Hogwarts!

Ele não pensou duas vezes antes de aparatar em sua loja em Hogsmeade.

-Teddy! –ele chamou. Não ouve resposta.

Começou a andar pela loja e o encontrou com a cabeça apoiada no braço, roncando alto.

-Bonito senhor Lupin! Muito bonito! –riu-se ele.

Teddy levantou no mesmo segundo.

-Eu.. eu não estava dormindo... é... é só sabe... pra enganar os ladrões –ele respondeu encabulado.

-Enganar os ladrões? Sei – ele riu mais ainda.

Teddy se largou novamente na cadeira.

-Porque veio até aqui... deixou a loja sozinha? –ele perguntou a Jorge, esfregando os olhos.

-Fechei a loja, tenho uma emergência – ele respondeu dando de ombros.

-Emergência? –espantou-se- o que aconteceu?

-Ah, nada demais –Jorge deu de ombros novamente- É só a Victoire que está dando a luz...

-É O QUE? –dessa vez ele já estava bem acordado.

-Vamos logo, ou você quer perder o nascimento do seu filhote Lupin – riu-se ele segurando no ombro do rapaz e aparatando nos portões de Hogwarts.

Teddy só se viu correndo o máximo que podia. Ele já estava subindo as escadas do andar da ala hospitalar, quando ouviu um berro de Victoire, isso só fez com que ele corresse ainda mais rápido.

-Um, dois, três, força... –ele ouvia a voz de Madame Pomfrey, e logo em seguida o arfar de Victoire.

Apressou mais ainda o passo.

Já podia ver a porta da ala hospitalar. Ela estava entreaberta. Nem ligou para os seus parentes que estavam meio desesperados do lado de fora. Simplesmente entrou apressado empurrando a porta da ala hospitalar, ainda a tempo de se ouvir um choro começando a se iniciar.

Madame Pomfrey se levantou com algo muito pequeno nas mãos. “Meu filho” ele pensou.

-É um lindo menino – ela sorriu para Victoire.

Só então ele começou a olhar em volta.

Viu que sua sogra, Keissy, estava ao lado do leito segurando uma mão tremula. Ele olhou para o leito e lá estava ela. Victoire.  Ela arfava e olhava sorrindo para o pequeno embrulho que chorava nos braços de Madame Pomfrey.

Ele se aproximou lentamente dela. Quanto notou sua presença, ela sorriu.

-Teddy – ela suspirou com a voz fraca.

Ele se aproximou e segurou sua mão. Deu um beijo em sua testa, e ficou ali, sentado ao lado dela. Ambos ficaram observando Madame Pomfrey ajeitar a criança. Keissy saiu para avisar os outros sobre o nascimento, mas logo voltaria para estar ao lado da filha naquela hora tão importante para todos.

-Ah – Victoire arfou.

-O que foi? –Teddy perguntou assustado.

-Eu... eu não sei... senti uma dor forte... –ela respondeu arfando- uma... contração.

Teddy fez cara de espanto. Madame Pomfrey se aproximou apressada e começou a examiná-la. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro da ala, muito nervoso.

-Teddy... pare de andar assim, esta me deixando nervosa! –Victoire reclamou.

-Deve ser porque eu estou nervoso... –ele respondeu- como assim uma contração? Nosso filho já nasceu! Que diabos está acontecendo Madame Pomfrey? –ele perguntou sem parar de andar.

-Bom... ao julgar pelo tamanho da barriga, e os fatos dela ainda estar tendo contrações... A coisa está meio óbvia, Victoire está grávida de gêmeos – ela respondeu correndo de um lado para o outro pegando mais panos e água. Teddy que até então a seguia, agora estava caído no chão, desmaiado.

-TEDDY!

Minutos antes, do lado de fora...

Keissy abriu a porta da ala hospitalar, chorando.

-Meu amor o que aconteceu? Victoire está bem? –Gui perguntou quando viu o estado da mulher.

Keissy só soluçou mais alto.

-Mãe! Mãe! Responde!  -Duda começou pular do lado dela.

Keissy parou de chorar imediatamente. Abriu um sorriso.

-É um menino! –ela soluçou, ainda sorrindo, abraçou Gui, ele estava meio... paralisado.

-Não acredito que já sou tia... –Duda começou.

-Não acredito que já sou avó... –concordou Keissy.

-Não acredito que já sou bisavó! –exclamou Molly, fazendo com que todos rissem.

-Teddy! –ouviram Victoire chamar desesperada de dentro da porta. Keissy voltou apressada lá para dentro sendo seguida por Duda e Molly.

-O que ouve... Céus Teddy! –Molly foi até o garoto desmaiado.

-O que aconteceu com ele? Filha, o que está acontecendo com você? Parece até que ainda está em estado de parto! –Keissy exclamou vendo o estado da filha.

-Na verdade ela está! –respondeu Madame Pomfrey enquanto ia colocando um pano enrolado na boca de Victoire para que ela o mordesse.

-O que?! –Keissy também começou a se desesperar.

-São gêmeos – Pomfrey respondeu andando de um lado ao outro da ala hospitalar pegando mais suprimentos para vinda da segunda criança.

-Então eu vou ser tia ao... quadrado? –Duda se perguntou enquanto todos faziam alguma coisa na sala.

-Duda faça alguma coisa! Não fique ai parada! –Keissy pediu.

-Ok, mas o que?

-Avise seu pai do que está acontecendo, por exemplo! Ele deve estar tento um troço lá fora!

Duda saiu em disparada para a porta. Mal abriu-a e encheram-na de perguntas.

-O que aconteceu?

-Teddy está bem?

-Porque Vic berrou?

-Pra que essa pressa toda?

-Cadê a mamãe?

-Aconteceu alguma coisa com a criança?

-Porque não responde as nossas perguntas?

Duda ainda tonta com tantas perguntas fez uns gestos com os braços pra que todos ficassem quietos.

-Céus assim vocês me deixam tonta com tantas perguntas! –ela exclamou- ok ok, começando com as explicações... Na verdade não foi nada não... só o Teddy que desmaiou quando descobriu que na verdade a Vic está grávida de gêmeos...

-O que? –todos exclamaram.

-Gêmeos –Gui também já estava meio cambaleante.

-Pai, não vá desmaiar também! –Louis já estava o segurando.

-Não se preocupe, foi só o choque mesmo –ele se sentou.

-Vou voltar lá pra dentro e ver como as coisas estão –Duda começou, empurrou a porta e entrou novamente na ala hospitalar.

Tudo que ela conseguia ver era sua avó cuidando de Teddy em um leito e Madame Pomfrey correndo de um lado ao outro da enfermaria.

-E então? –ela simplesmente perguntou.

-Como Gui reagiu? –Keissy perguntou enquanto ajudava Victoire a se ajeitar melhor.

-Melhor do que esse ai – ela respondeu indicando um Teddy desmaiado.

Keissy apenas riu.

-Pronto, vamos lá – Madame Pomfrey voltou ao seu lugar de minutos atrás.


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Notas finais do capítulo

Primeiro
quero pedir desculpas pela demora
segundo
postei bastante até humm
terceiro
talvez hoje mesmo eu termine a segunda temporada *-*
e dai teremos posts mais rapidos aqui
tipo toda semana
e o próximo capitulo é o ultimo dessa temporada

espero que estejam gostando

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