The Human Past Alec Volturi escrita por Gragra
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem e, talvez eu poste mais um cap. ainda hj se eu tiver reviews.
4. Perdidos
Uma semana havia se passado desde a morte de nosso pai.
Agora vivíamos de forma monótona, quase nunca sorriamos ou falávamos. Também não saiamos muito.
Os ataques nos chamando de bruxos se intensificaram. Todo o povo de Toscana nos olhava de modo desconfiado e sussurravam uns com os outros quando passávamos.
Somente Karina passava longe dos olhares e cochichos. Todos pensavam que éramos nós os bruxos e que ela não passava de uma pobre criança.
Bem, a teoria dos bruxos estava certa.
Jane e eu ainda não achamos motivos para nossos poderes, só conseguimos saber que não era nada bom os tê-los.
Eu queria contar a Michaella meus segredos, mas Jane me proibia terminantemente.
— Não podemos Alec. Não podemos, senão vamos para a fogueira se esse assunto se espalhar. E Karina ficará sozinha. - dizia ela enquanto eu lançava olhares para Karina.
Eu sabia que não podia, mas o peso desse segredo estava me matando.
Já não dormia ou comia direito, mas o que mais me machucava era o choro baixinho de Karina à noite.
Sabia que Jane também chorava, mas tentava esconder a todo custo. Ela nunca gostou de ser vista com lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Jane. - chamei-a certo dia. - O que vamos fazer agora?
— Não sei Alec. Estamos perdidos e sozinhos. - seus olhos grandes eram tristes.
E nós vivíamos assim.
Algumas pessoas ao passar em frente a nossa casa atirava pedras ou se benziam.
Karina se assustava com isso e, certa vez uma pedra a atingiu.
Meu sangue ferveu e eu não quase não consegui me controlar. Quase sai correndo para matar o desgraçado que fez isso com ela.
Mas consegui. Consegui me controlar e carregar Karina para dentro, onde Jane já estava pegando os curativos com olhos assustados.
— Alec, por que fazem isso com a nossa casa? - perguntou Karina com lágrimas escorrendo.
— Não sei minha princesa. - fiz uma pausa e lhe dei um sorriso triste. - Não se preocupe, eles não tem nada contra você. - tem contra nós, pensei.
Ela assentiu e passou os bracinhos curtos e magros em torno do meu pescoço.
Olhei para Jane que estava prestes a sair correndo e chorar.
Fui até ela e passei os braços pelo seu corpo magro e pequeno. Ela tremia.
— Não se preocupe. - sussurrei.
Realmente, essa situação não era a pior. A pior viria logo em seguir.
***
Naquela tarde fui até a casa de Michaella. Fazia alguns dias que não a via e eu precisa de uma amiga que me escutasse.
Não, eu não iria contar para ela o segredo que Jane e eu escondíamos, mas tinha outros assuntos que tinha que falar.
Quando passei pelas pessoas perto de um comércio, elas me deram olhares acusadores e até algumas me desafiaram chamando-me de bruxo.
Passei reto e abaixei a cabeça.
Essas pessoas estavam certas, eu era um bruxo. Era esse o motivo de meus poderes, não havia nenhum outro.
Segui com mais fluidez e rapidez para a casa de Michaella, a única pessoa que jamais me julgaria.
Assim que cheguei até sua enorme casa, parei.
Se os pais dela estivessem lá, com certeza não me deixariam entrar. Eles eram contra a nossa amizade.
Um conflito difundia-se em minha mente, mas não tive muito tempo para pensar, pois ouvi um grito.
O grito de Michaella, agudo e cheio de dor.
Rapidamente, pulei o portão e corri até o jardim, onde Michaella estava encolhida no chão, com um garoto de nossa escola gritando em seu ouvido.
— Você também deve ser bruxa! Você só anda com eles! Sabe, o que nós, cristãos fazemos com bruxas?! Nós matamos! - ele riu e deu mais um chute em Michaella.
O sangue em mim ferveu e, antes que eu pudesse correr e espancá-lo, uma coisa pior aconteceu.
Meu poder fluiu até o garoto, que parou e caiu no chão, parecendo morto.
Michaella gritou e, só então viu que eu estava lá e que eu estava usando poderes.
— Alec! O que...? - seus olhos estavam assustados. - O que está fazendo?
Ela olhou para o garoto imóvel.
— Ele está morto?! - perguntou-me ela e eu apenas neguei com a cabeça. Estava concentrado demais.
Ah, como seria bom que eu tivesse o poder de Jane!
— Alec, pare! - ela gritou e percebi que seus empregados chegavam para olhar a cena.
— É o garoto bruxo! - gritou um deles e eu me encolhi.
— Alec, pare! - gritou Michaella novamente e eu parei.
O garoto pareceu confuso por um instante, mas depois me olhou e apontou um dedo para mim, acusando-me.
Depois, começou a baderna.
Gritos e mais gritos dos empregados e, alguns deles foram providenciar estacas e tochas.
Fiquei parado, esperando a morte.
Michaella veio até mim e me tirou da paralisia.
— Corre Alec! Corre! - gritou ela e eu corri.
Pulei de novo o portão e sai correndo.
Tudo estava perdido agora.
Jane e eu estávamos perdidos.
Continuei correndo, não ligando para os olhares que viam até mim.
Quando cheguei a minha Casa, ouvi gritos à distância.
A caça os bruxos começava agora!
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