The Human Past Alec Volturi escrita por Gragra


Capítulo 5
4. Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e, talvez eu poste mais um cap. ainda hj se eu tiver reviews.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/122935/chapter/5

4. Perdidos

Uma semana havia se passado desde a morte de nosso pai.

Agora vivíamos de forma monótona, quase nunca sorriamos ou falávamos. Também não saiamos muito.

Os ataques nos chamando de bruxos se intensificaram.  Todo o povo de Toscana nos olhava de modo desconfiado e sussurravam uns com os outros quando passávamos.

Somente Karina passava longe dos olhares e cochichos. Todos pensavam que éramos nós os bruxos e que ela não passava de uma pobre criança.

Bem, a teoria dos bruxos estava certa.

Jane e eu ainda não achamos motivos para nossos poderes, só conseguimos saber que não era nada bom os tê-los.

Eu queria contar a Michaella meus segredos, mas Jane me proibia terminantemente.

— Não podemos Alec. Não podemos, senão vamos para a fogueira se esse assunto se espalhar. E Karina ficará sozinha. - dizia ela enquanto eu lançava olhares para Karina.

Eu sabia que não podia, mas o peso desse segredo estava me matando.

Já não dormia ou comia direito, mas o que mais me machucava era o choro baixinho de Karina à noite.

 Sabia que Jane também chorava, mas tentava esconder a todo custo. Ela nunca gostou de ser vista com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Jane. - chamei-a certo dia. - O que vamos fazer agora?

— Não sei Alec. Estamos perdidos e sozinhos. - seus olhos grandes eram tristes.

E nós vivíamos assim.

Algumas pessoas ao passar em frente a nossa casa atirava pedras ou se benziam.

Karina se assustava com isso e, certa vez uma pedra a atingiu.

Meu sangue ferveu e eu não quase não consegui me controlar. Quase sai correndo para matar o desgraçado que fez isso com ela.

Mas consegui. Consegui me controlar e carregar Karina para dentro, onde Jane já estava pegando os curativos com olhos assustados.

— Alec, por que fazem isso com a nossa casa? - perguntou Karina com lágrimas escorrendo.

— Não sei minha princesa. - fiz uma pausa e lhe dei um sorriso triste. - Não se preocupe, eles não tem nada contra você. - tem contra nós, pensei.

Ela assentiu e passou os bracinhos curtos e magros em torno do meu pescoço.

Olhei para Jane que estava prestes a sair correndo e chorar.

Fui até ela e passei os braços pelo seu corpo magro e pequeno. Ela tremia.

— Não se preocupe. - sussurrei.

Realmente, essa situação não era a pior. A pior viria logo em seguir.

***

Naquela tarde fui até a casa de Michaella. Fazia alguns dias que não a via e eu precisa de uma amiga que me escutasse.

Não, eu não iria contar para ela o segredo que Jane e eu escondíamos, mas tinha outros assuntos que tinha que falar.

Quando passei pelas pessoas perto de um comércio, elas me deram olhares acusadores e até algumas me desafiaram chamando-me de bruxo.

Passei reto e abaixei a cabeça.

Essas pessoas estavam certas, eu era um bruxo. Era esse o motivo de meus poderes, não havia nenhum outro.

Segui com mais fluidez e rapidez para a casa de Michaella, a única pessoa que jamais me julgaria.

Assim que cheguei até sua enorme casa, parei.

Se os pais dela estivessem lá, com certeza não me deixariam entrar. Eles eram contra a nossa amizade.

Um conflito difundia-se em minha mente, mas não tive muito tempo para pensar, pois ouvi um grito.

O grito de Michaella, agudo e cheio de dor.

Rapidamente, pulei o portão e corri até o jardim, onde Michaella estava encolhida no chão, com um garoto de nossa escola gritando em seu ouvido.

— Você também deve ser bruxa! Você só anda com eles! Sabe, o que nós, cristãos fazemos com bruxas?! Nós matamos! - ele riu e deu mais um chute em Michaella.

O sangue em mim ferveu e, antes que eu pudesse correr e espancá-lo, uma coisa pior aconteceu.

Meu poder fluiu até o garoto, que parou e caiu no chão, parecendo morto.

Michaella gritou e, só então viu que eu estava lá e que eu estava usando poderes.

— Alec! O que...? - seus olhos estavam assustados. - O que está fazendo?

Ela olhou para o garoto imóvel.

— Ele está morto?! - perguntou-me ela e eu apenas neguei com a cabeça. Estava concentrado demais.

Ah, como seria bom que eu tivesse o poder de Jane!

— Alec, pare! - ela gritou e percebi que seus empregados chegavam para olhar a cena.

— É o garoto bruxo! - gritou um deles e eu me encolhi.

— Alec, pare! - gritou Michaella novamente e eu parei.

O garoto pareceu confuso por um instante, mas depois me olhou e apontou um dedo para mim, acusando-me.

Depois, começou a baderna.

Gritos e mais gritos dos empregados e, alguns deles foram providenciar estacas e tochas.

Fiquei parado, esperando a morte.

Michaella veio até mim e me tirou da paralisia.

— Corre Alec! Corre! - gritou ela e eu corri.

Pulei de novo o portão e sai correndo.

Tudo estava perdido agora.

Jane e eu estávamos perdidos.

Continuei correndo, não ligando para os olhares que viam até mim.

Quando cheguei a minha Casa, ouvi gritos à distância.

 A caça os bruxos começava agora!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Reviews? Recomendações?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Human Past Alec Volturi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.