Sentimentos de Um Arrancar. escrita por thammy-chan


Capítulo 1
O dia de Las Noches.


Notas iniciais do capítulo

Bom, a fic é escrita por duas autoras, Thammy-chan, e HondaTohru. Cada capítulo será escrito por uma. Espero que gostem ^^



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Era dia em Las Noches. Mais um em que Inoue passara em claro, esperando alguém subitamente aparecer para salvá-la daquele lugar horrível.

Como todas as manhãs dessa longa semana, Ulquiorra foi até o quarto em que Inoue estava, – se é que dava pra ser chamado assim, tendo em vista que nem uma cama tinha – para levar o café-da-manhã para a prisioneira.

Inoue estava esperando que o homem de aparência triste fosse embora sem dizer uma palavra, como sempre fazia. Mas ele a surpreendeu.

— Você já não tem serventia para Aizen-sama. –disse de repente. — Não tenho ordens sobre isso ainda, mas creio que ele irá matá-la já que mandá-la para seu mundo seria altamente trabalhoso e desnecessário. –completou ele.

Orihime apenas deu de ombros. Estava a sete dias naquele quarto escuro. Sem ver a luz do dia, seus olhos se adaptaram a escuridão – e seu coração também.

Como era possível que ninguém iria salvar ela? Todos – inclusive ela – foram até a Soul Society pela Rukia, porque não vem até Las Noches por Inoue?

Inoue Orihime era menos importante que Kuchiki Rukia? – A raiva que Inoue sentia agora, a fez cerrar os punhos. Morrer não era nada perto de ser traída por todos os seus amigos.

Porém, era uma reação diferente da que o Arrankar esperava da garota.

— Não liga para o fato de que vai ser morta? –perguntou ele.

Inoue balançou a cabeça para o lado e para o outro, dizendo que não.

Esse gesto chamou a atenção de Ulquiorra.  — Isso tudo é pelo Kurosaki Ichigo e seus amiguinhos não terem vindo te salvar?

Já com lágrimas escorrendo pelo rosto, Inoue assentiu lentamente. Ainda sem olhar na direção do rapaz.

— Interessante. –concluiu ele.  — Aizen gostará de saber disso. –disse mais para si mesmo do que para Inoue, enquanto saía e fechava a porta do quarto.

•••



A moça mal havia tocado em seu café-da-manhã, e já era hora do almoço. Novamente, Ulquiorra veio trazer a refeição para ela, mas dessa vez, ele estava acompanhado.

— Me disseram que você está triste. –Disse Aizen, num tom irônico. — Que pena.

Inoue permaneceu quieta, como se não houvesse ninguém além de si mesma ali.

— Eu não gosto de ser ignorado. –Aizen chegou perto de Orihime, segurando firme o rosto dela com a mão direita. — Então é melhor não me ignorar.

Inoue estava com medo, mas não demonstrou. Olhou com desdém para Aizen, que com um suspiro, largou o rosto dela e disse:

— Eu ainda tinha esperanças em você, garota. Ulquiorra, eu estarei fora para resolver uns assuntos pendentes, assegure-se de que até eu voltar, Inoue esteja morta.

— Hai, Aizen-sama. –Ulquiorra curvou-se, e permaneceu assim até Aizen sair do quarto e fechar a porta atrás de si.

Inoue estava tremendo – não de frio, nem de susto, mas de medo. Talvez morrer seja melhor do que viver eternamente aqui, fazendo favores à Aizen. Disse uma voz em sua cabeça. Inoue tentou escutá-la, e concluiu que estava certa.

Levantou-se enquanto Ulquiorra aproximava-se com a espada empunhada em uma das mãos. Inoue olhou no fundo dos olhos dele, esperando encontrar alguma faísca de bondade no Arrankar. Mas algo dentro dela não queria, então Inoue desviou o olhar.

— Antes de qualquer ação minha. –começou ele. — Me responda uma coisa: Como se sabe que você gosta de alguém? O que é isso?

Inoue se lembrou de Ichigo. De seus cabelos alaranjados assim como os dela, de seu sorriso doce; do quanto seu sorriso se alargava quando via Rukia...

Inoue estremeceu.

— Eu já não sei mais. –disse Orihime. — Não sei como saber se está gostando de alguém, já não sei nem mesmo o que é gostar de alguém. A única coisa que sei, é que gostar e amar, são sentimentos. E ambos te levam à ruína.

— Entendo. –Ulquiorra estava curioso. — Já me disseram isso, que sentimentos são medíocres, que enfraquecem uma pessoa. É por isso que os humanos são fracos, eles têm sentimentos... Mas, se nem você e nem eu sabemos o que é. –disse ele, pensativo. — O que acha de descobrirmos juntos?

Novamente, Inoue deu de ombros. Iria morrer mesmo, porque não ajudar mais uma pessoa antes disso? Bom, talvez por que essa pessoa era Ulquiorra... Mas Inoue tentou não pensar nisso.

Ulquiorra guardou sua espada e abaixou, sentando no chão e pressionando os ombros de Inoue para que fizesse o mesmo.

Seus rostos estavam bem próximos. A respiração de Orihime ofegante, enquanto a de Ulquiorra estava tranquila.

Os olhos verdes e tristes do Arrankar a encaravam com curiosidade. Prestando o máximo de atenção possível em todos os simples movimento que Inoue fazia. Inicialmente, ela estava com medo. Mas não agora.

Inoue segurou a lateral do rosto de Ulquiorra com uma das mãos, hesitando, com medo de que o que faria a seguir assinasse o passaporte dela direto para a Soul Society, antes do previsto.

— Continue no comando. –disse ele. — Eu não sei o que fazer.

— Apenas me imite. –respondeu a ruiva, se aproximando e tomando os lábios do Arrankar para si.

Como se já tivesse nascido sabendo fazer aquilo e só precisasse lembrar, Ulquiorra passou as mãos pela cintura dela, puxando-a para mais perto, enquanto entreabria a boca para dar passagem à língua ávida de Inoue.

Ao contrário de Ulquiorra, Inoue precisava de ar, então parou o beijo.

— Isso foi... Diferente. –Concluiu Ulquiorra, como se não soubesse qual palavra usar. — Acho que cheguei a uma conclusão.

— Qual? –perguntou Inoue, sem ter decidido se ela se importava ou não.

— Que eu gosto de você. –Disse ele. — E quero continuar gostando, mesmo que isso me torne um fraco.

Inoue estava surpresa, Ulquiorra gostava de alguém? Ulquiorra gostava dela? Inoue ainda não sabia se isso era ou não uma boa coisa, mas uma coisa ela sabia:

Viveria um pouco mais.


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Notas finais do capítulo

Capítulo escrito por: Thammy-chan. :) O próximo será escrito pela HondaTohru. Espero que tenham gostado.

Peço aos que leram para deixar reviews por favor ^^ Aceito críticas, sugestões, elogios, pedradas, rs.



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