Antes do Final Feliz escrita por Evvy, Lari-cullen, Yvve


Capítulo 12
XII - Primeira Caçada




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Edward deixou suas mãos caírem, sem respirar enquanto eu escutava

mais e mais longe na teia de vida verde, peneirando os cheiros e

sons por algo que não fosse totalmente repelente à minha sede.

Havia uma pista de algo diferente, um rastro fraco para o leste...

Meus olhos se abriram num flash, mas o meu foco ainda estava em

sentidos mais apurados enquanto eu me virava e disparava

silenciosamente para o leste. O terreno inclinou abruptamente para

cima, e eu corri em um agachado de caça, perto do chão, me

esgueirando pelas árvores quando isso era mais fácil. Eu senti

Edward comigo em vez de ouvi-lo, flutuando quieto pela floresta, me

deixando conduzir.

A vegetação ficava mais esparsa conforme nós escalávamos mais

alto; o cheiro de piche e resina ficava mais poderoso, assim como o

rastro que eu seguia - era um cheiro quente, mais agudo que o cheiro

do alce e mais atraente. Poucos segundos depois e eu pude ouvir as

pegadas abafadas dos pés imensos, muito mais sutis do que o bater

dos cascos. O som vinha de cima - nos galhos em vez de no solo.

Automaticamente eu disparei para os galhos das árvores também,

ganhando a posição estratégica mais alta, subindo até a metade de

um pinheiro prateado muito alto.

As pegadas suaves continuavam furtivas abaixo de mim agora, o

cheiro rico estava muito perto. Meus olhos perceberam o movimento

que acompanhava o som, e eu vi a pele amarelo-tostado do grande

gato esquivando-se pelo galho largo de um abeto diretamente abaixo

e à esquerda do meu poleiro. Ele era grande - facilmente quatro

vezes o meu tamanho. Os seus olhos focavam o chão abaixo; o gato

estava caçando também. Eu senti o cheiro de algo menor, misturado

com o cheiro da minha presa, escondendo-se em uma moita abaixo

da árvore. O rabo do leão se retorcia espasmodicamente enquanto

ele se preparava para dar o bote.

Com um salto leve, eu deslizei pelo ar e pousei no galho do leão. Ele

sentiu o estremecer da madeira e se virou, guinchando surpresa e

desafio. Ele andou se agarrando pelo espaço entre nós, seus olhos

brilhando de fúria. Meio enlouquecida com a sede, eu ignorei as

presas expostas e as garras de gancho e me atirei sobre ele,

derrubando a nós dois no chão da floresta.

Não foi uma grande luta.

As suas garras de foice podiam ser dedos carinhosos no que dizia

respeito ao impacto que elas fizeram na minha pele. Os seus dentes

não conseguiram de firmar no meu ombro ou na minha garganta. O

seu peso não era nada. Os meus dentes cerraram infalivelmente a

sua garganta, e a sua resistência instintiva foi lamentavelmente

medíocre contra a minha força. Minhas mandíbulas travaram

facilmente no ponto preciso onde o fluxo quente se concentrava.

Era tão fácil quanto morder manteiga. Meus dentes eram navalhas de

aço; eles cortavam através da pele, da gordura e dos tendões como

se eles não existissem.


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