Olor escrita por Nara


Capítulo 3
Segundo Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanta espera mais um capítulo pra vcs!!!!
Espero que gostem.
Até lá em baixo!



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A porta a sua frente era a única ali, então seja o que for que houvesse neste lugar estava atrás daquela porta.

Com seu instinto caçador ele não correria risco se acaso houvesse algum perigo de fato. Facilmente, assim como abriu a porta no chão de seu quarto, abriu a sua frente.

Diferente do que pensou que haveria ali, aquela sala parecia com um quarto de estudos. No canto havia uma mesa com um grande livro e uma bolsa, nas paredes mais tochas apagadas. Ele aproximou-se da mesa e tocou o livro. As primeiras páginas ele não entendia nada, pois era escrita em uma língua que ele desconhecia, porém as ultimas já eram um pouco mais legíveis. Algumas escritas em latim, romeno e híndi. O pouco que ele entendia pareciam ser ensinamentos. Avistou a bolsa, no entanto achou melhor não mexer.

Ele inalou o ar do local. Não parecia haver nada de mais, no entanto ele sentiu um cheiro adocicado, floral. Algo incomum para um lugar fechado e abaixo da terra. Vasculhou com os olhos mais uma vez o cômodo e impressionou-se com o que viu no canto mais afastado. Uma espécie de cama, nela havia um volume coberto de branco.

“Edward?” ouviu Alice chamando-o.

Será que ela havia visto algo de anormal em seu futuro? Estava tão envolvido em suas descobertas que nem se deu conta de que sua irmã e sua mãe já deviam ter voltado.

Achou mais prudente sair dali antes que sua irmã decidisse vir atas dele. Saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Subiu com sua velocidade inumana as estreitas escadas. Em poucos segundos já estava de volta no quarto. Fechou a passagem oitavos de segundo antes de sua irmã adentrar o quarto.

“Onde você estava?” perguntou ela.

“Eu... só estava vendo este quarto” mentiu.

“E isso é motivo para você não me ouvir chamando?” perguntou novamente desconfiada.

“é que tem tanta coisa aqui. Eu estava lendo esses cadernos e há tanta informação” mentiu um pouco melhor desta vez.

“claro que sim. Bem nós já terminamos com o material necessário, agora Esme está separando as coisas. Logo os outros devem chegar com os outros carros. Vai ficar com este quarto? Eu já escolhi o meu. É lindo, terá um closet enorme” tagarelou ela, provavelmente na intenção de mudar de assunto.

Ele sabia que ela provavelmente desconfiava que ele estivesse escondendo algo. Em troca ela também escondia algo, no entanto perguntar iria delatá-lo.

“Edward. Sumiu de novo é?” disse irritada pela distração do irmão.

“desculpe-me, eu estava pensando” pediu ele.

Alice era boa em esconder seus pensamentos do irmão. A convivência não era tanta, porém a afinidade era grande, sem contar que viviam juntos há muitos anos. Isso sempre deixava Edward irritado. Muitas vezes ele quis não poder ler mentes, porém gostava de saber o que as pessoas pensavam sem edição. A verdade.

“vamos logo, os outros devem chegar logo e ainda temos que ajudar Esme” Alice falou.

Assim os dois desceram para o primeiro andar. Ajudaram sua mãe nas coisas que ela pedia como limpar, organizar, tirar móveis dos lugares e substituí-los por outros. Até que a tarefa de reconstruir a casa na seria assim tão difícil já que era uma bela construção e Esme optou por manter inúmeras coisas.

Por mais que se passassem as horas, Edward não conseguia esquecer-se de tudo que passara tudo o que viu naquele quarto. As lembranças e a curiosidade vinham com força total. Ele queria muito voltar àquele local e ver o que tudo aquilo significava, o que representava toda a ‘magia’ que envolvia aqueles cômodos.

Pouco tempo passou, porém a reforma já estava praticamente acabada, só faltava a garagem. Cada um fazia um pouco sempre sob os comandos da ‘decoradora da família’, no entanto hoje Rosálie, Emmett e seus pais tiraram o dia para caçar o que fez com que ficassem em casa somente Jasper, Alice e Edward.

Ele no fundo sabia que não haveria uma chance melhor de ele voltar àquele lugar, mas seria quase impossível tendo uma irmã vidente.

Novamente um impasse. Ele queria muito saber qual era a historia daquela casa, mas tinha apenas duas opções: contar a sua irmã de livre e espontânea vontade ou ter que dar explicações mais tarde. Claro que ele sabia que ela já havia visto algo, porem não podia confirmar suas suspeitas. Ou melhor, podia se contasse a verdade.

Era o que ele teria que fazer, querendo ou não. Além do que, ele próprio não entendia o porquê de querer saber sobre aquilo sozinho, afinal de contas, todos moravam naquela casa, não somente ele. Um dia eles saberiam sobre tudo, ou se ele não contasse residências não duram para sempre. Um dia eles se mudariam novamente, talvez nem voltassem para aquela casa, e provavelmente, ela seria demolida.

Assim que terminou sua linha de pensamento sua irmã baixinha já estava ao seu lado puxando-o para o sofá da sala.

“você não estava com seu marido? Devia deixar de abandoná-lo pelos cantos e me deixar em paz” disse ele.

“primeiro, eu não abandonei ele pelos cantos. Segundo, você pode ter paz outra hora. agora temos uma caça ao tesouro” piscou e o levantou, da mesma forma que o tinha feito sentar.

“Alice, eu ainda não tinha decidido...?” gesticulou

“não se preocupe maninho, eu vi que você iria até esse lugar escuro, depois que você me contaria algo logo depois de resolver seu impasse. Creio que estivesse com muito medo para ir lá sozinho” a baixinha sorriu.

“medo... Só ia te contar porque você também mora aqui, no entanto eu posso muito bem ir sozinho” Edward retrucou nervoso.

“desculpe” disse sinceramente “mas...” já que ia me contar porque eu moro na casa, posso chamar o Jasper? Ele está um pouco irritado por ser excluído. Completou em pensamento.

“virou festa é?” disse cinicamente.

Alice fez aquela cara com olhar pidão que ninguém resistia. Edward suspirou derrotado. Logo Jasper já estava em seu quarto também.

“esses dias eu encontrei algumas coisas nesse quarto...” começou Edward para os dois irmãos. “eu entrei aqui e vi uns livros, talvez cadernos de anotação, porém todos muito antigos. Alguns são escritos em latim e os outros, os mais antigos, em línguas que eu não conheço provavelmente línguas mortas. Quem escreveu isso foram pessoas muito antigas, com certeza de mais de mil anos” os dois ouviam atentamente.

“depois, eu abri as janelas e toda a luz que entrava batia em num único ponto do chão, ali naquele canto” apontou “eu fui até lá e percebi que havia uma espécie de passagem, sei lá” ele fazia o caminho enquanto falava.

Levantou a tampa no chão e seus irmãos já estavam próximos agora.

“lá em baixo tem uma escadaria enorme, maior do que a da sala leva para uma espécie de câmara no subsolo” completou.

“uma passagem para o subsolo no segundo andar da casa?” Jasper pronunciou-se pela primeira vez.

“também achei estranho, porém é bem original” disse Edward.

Ambos desceram as escadas. A mesma escuridão de sempre, porém não os afetava.

Alice e Jasper achavam tudo muito curioso, assim como o irmão achou da primeira vez que foi lá. Ao fim da escada avistaram a porta. Jasper sabia que devia ser a sala que Edward havia comentado já Alice sabia por outros motivos.

Edward abriu a porta deparando-se novamente com aquela sala que há muito atraía sua atenção.

Diferente de Edward da primeira vez que veio ali, Alice e Jasper olharam diretamente para a cama no canto mais afastado da sala. Sua irmã como está sempre um passo a frente de tudo, já se encontrava ao lado da cama em um piscar de olhos, literalmente.

Alice ficou pasma com o que viu. Ninguém sabia, mas há algum tempo já andava tendo visões estranhas, em ambas estavam presentes essa bela mulher. Ela não sabia o que isso significava ao certo, suas visões meio turvas, no entanto sua intuição lhe assegurava que nada de ruim aconteceria.

Ela tocou o rosto perfeito da mulher, tinha a pele muito branca e suave como porcelana, os lábios rosados assim como as bochechas. As sobrancelhas eram perfeitas, escuras e marcadas naturalmente, seus cabelos eram compridos e escorridos, muitos lisos e muito escuros. Era uma mulher impecável, não como Rosálie ou Esme, mas de uma forma exótica, mística. Alice podia dizer que era a pessoa mais linda que ela já havia visto.

Assim como ela os dois que agora haviam se aproximado também ficaram impressionados com a figura ali parada.

“ela estava aqui da ultima vez que veio?” indagou Jasper.

“não, bem, talvez, eu ainda não tinha analisado de perto.” Edward confuso, abismado com a visão.

Ele tocou o braço da mulher. Sua pele era quente, macia, com certeza não estava morta, sem contar seu cheiro de fresias. Edward se perguntou pó que não havia visto isso antes e o porquê de a moça ainda estar no mesmo lugar de antes.

“não está morta” balbuciou perplexo.

Alice avistou um papel na mão da moça, rapidamente tomou-o. Tentou ler, porém estava em latim. “o que significa?” perguntou ao irmão.

Ele pegou o papel entre as mãos e decifrou a língua morta.

“algo como ‘está tudo acabado’” disse.

Neste momento, Alice teve uma visão. Nela ela via a mulher rindo ao lado dela, é como se fossem melhores amigas. Edward pôde ver isso também com seu poder.

“o que significa?” perguntou à ela.

“vejam” Jasper conseguiu pronunciar nervoso.

Aos poucos as mãos da mulher iam se movendo como se ela estivesse revivendo. Logo depois a mulher abriu os olhos.

Edward se perdeu na profundidade daqueles olhos castanhos. Não era o marrom habitual que as pessoas tinham. Mesmo no escuro ele podia ver que aquele castanho era mais claro, mais envelhecido e o contorno da íris era negra como carvão.

Naquele momento, Edward esqueceu até mesmo de qualquer presença, ele só conseguia ver aqueles olhos castanhos.

Apesar de ser o único que aqueles olhos tanta influência ele não foi o único que se chocou. Ambos ali presentes não conseguiam sequer mover-se.

Todos se afastavam um pouco de onde ela estava deitada. Em um movimento ela sentou-se sem nada dizer. Ela sabia que havia tido sorte, a sorte que ela pensava que não teria.

A mulher olhou para as três figuras paradas ali, claro que imediatamente ela percebeu o que eram, no entanto, pareciam diferentes, diferentes na energia, no aspecto... O olhar acima de tudo, não era de crueldade e sim de espanto. Se fossem os mesmos de anos atrás ou se viessem a mando não estariam espantados e sim contentes por terem pegado-a desprevenida e em menor numero, não que isso fosse um problema.

A mulher não sentiu medo de nenhum deles. Seus olhos analisaram os rostos de um por um, começando com um loiro que aparentava ter muitas marcas. Automaticamente ela imaginou o que havia acontecido com ele, permitiu-se até mesmo sentir um pouco de pena. Este franziu o cenho por algum motivo que ela desconhecia. Depois avistou uma linda garota, ela parecia um ser mágico, uma princesa. Seu rosto agora já não expressava mais o espanto anterior e sim muita simpatia. Ela, mesmo sem ter trocado uma palavra se quer com Alice, sentia que era um ser maravilhoso.

O ultimo era Edward. Quando a mulher fitou-a seu corpo inteiro se acendeu como ha séculos não se acendia. Ela sentiu um misto de felicidade, apologia, encanto... Amor. Algo dizia a ela que nunca seria capaz de deixar de olhar para aqueles encantadores olhos dourados. Tão misteriosos tão místicos.

A mulher não tinha palavras, até porque, ela estava perdida no tempo. Não tinha noção da data nem da hora, porém ao menos, ela tinha do local. Era o mesmo de quando ela caiu naquela terrível maldição. Quantos anos haveriam passado? A julgar pelas roupas que os três vampiros trajavam ela sabia que em bom tempo havia passado.

“qual é o seu nome querida?” perguntou Alice tocando a mão da mulher. Ela não se esquivou do toque.

Um impasse atingiu-a. Que nome ela deveria falar? Ela possuía o nome que sua mãe biológica lhe dera e o nome que sua mãe adotiva lhe dera.

Na verdade ela sabia que qualquer um dos dois serviria. Se fosse perigoso os dois seriam.

“Olor”.



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Notas finais do capítulo

Olá minhas flores de lótus, Saudações!!!Sei que a maioria de vocês deve estar querendo me apedrejar não é?Sinceramente peço desculpas por todo esse tempo que fiz vocês esperarem.
Meus motivos foram os seguintes:
* Eu e minha beta estamos tendo certo desencontro, quando ela está disponível eu não estou e vice versa (Tanto é que o post está sendo feito por mim hoje), sem contar que o pc dela deu problema e ela perdeu todos os capítulos que ela já tinha betado :(
* Eu consegui uma bolsa no melhor colégio de São Paulo (uhu!!!). Depois de muito esforço e estudar muito eu consegui uma bolsa integral e além disso estou fazendo monitoria (uhu!!! 2x). Para quem não sabe o que é monitoria eu explico: é quase como ser professora só que eu só dou aulas uma vez por semana. Qual matéria? PRODUÇÃO TEXTUAL! E o melhor de tudo é que isso vai pro curriculo!! Consequencias? Só abandono vocês um pouquinho :(
Peço que tenham paciencia comigo, pois vai ficar um pouquinho difícil, mas não se preocupem, eu nunca vou abandonar a fic e muito menos qualquer uma de vocês!!!Muito obrigada. Mil Beijos... Nara Rosa.
PS.: Viiih Cullen/ Corujinha Smart diz: "Olá" e "Beijos"



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