Dark Curse: Dawn Of a New World escrita por CanasOminous


Capítulo 17
Capítulo 17 - Você perdeu.


Notas iniciais do capítulo

Yow leitores! Saiu um novo capítulo de Dark Curse, peço desculpas pela demora, mas tenho certeza que esse capítulo vai compensar! *-* Tudo feito na medida certa, desde um pouco de comédia até cenas de luta bem importantes. Eu demorei pra postar o capítulo pois eu estava trabalhando em uma outra fic minha, agora pretendo voltar a escrever Dark Curse e terminá-la de uma vez. Bom, vou deixando aí com vocês um dos últimos capítulos de nossa fic. Capítulo 17 - You lost, loser! :D kkkkkkkk



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Capítulo 17 – Você perdeu

Na torre central, Ash, Brock e Cresselia continuavam seu caminho para chegar na sala principal de Darkrai, eles subiam rapidamente escadas na tentativa de chegar ao local, mas elas pareciam não acabar nunca. Os salões eram vastos e tinham milhares de corredores, mas não havia sinal de sequer um único soldado inimigo, o que os levava a pensar que as duas torres haviam sido dominadas com sucesso.

— C-Cresselia, vamos parar um pouquinho, minhas pernas já estão doendo. — reclamou Ash, encostando-se na parede de um salão para tentar descansar um pouco.

Mas Ash, precisamos ser rápidos. Assim como os outros, nós não temos tempo para descansar, nossa missão é muito mais importante do que a deles, e se não formos capazes de completá-la seus esforços terão sido em vão. — disse Cresselia.

— Ainda falta muito tempo para salvarmos a Dawn? — perguntou Brock.

Acredito que não, faltam apenas alguns andares para chegarmos à sala de Darkrai. — respondeu Cresselia.

— Ás vezes eu me pergunto se os outros estariam bem... Quero dizer, não só a Dawn, mas a Kat e o Steven também, o Poochy, o Takeru, a Erika, até aquele crocodilo bobo que eu não lembro o nome... Nesse tempo que ficamos nesse mundo eu ganhei certa confiança em todos, é como se fossemos amigos há muito tempo... Até em você Cresselia, sinto como se eu conhecesse você há muito tempo. — disse Ash.

A pequena Cresselia andou lentamente na direção de Ash e encostou sua cabeça lentamente em seu ombro, tentando dizer palavras de conforto.

Eu também tenho essa sensação, sinto como se você fosse meu amigo de longas jornadas. Mesmo que nosso tempo junto tenha sido tão escasso, eu sinto que posso confiar em você. — sorriu ela — Vamos Ash, precisamos continuar seguindo em frente.

Ash assentiu e levantou-se para continuar, os três seguiram pelos corredores e continuaram seguindo as longas escadarias que pareciam nunca terminar. O cansaço continuava aumentando mais e mais, quando Ash interrompeu-os novamente para descansarem.

— Impossível, você disse que já estávamos nos aproximando, mas essas escadas parecem nunca acabar!

Algum tipo de magia está nos prendendo na mesma sala, e de fato, estávamos andando na mesma sala o tempo todo. — afirmou Cresselia, dando conta de algum tipo de magia que os prendia ao mesmo local.

— Como assim? Eu nunca andei tanta escada na minha vida, é impossível nós ainda estarmos no mesmo andar! Que tipo de pokémon possuiria poderes desse tipo? — reclamou Ash, encostando-se na parede.

Cresselia olhou em sua volta e procurou por qualquer criatura que pudesse estar fazendo aquilo, mas não encontrou nada. De repente, uma forte luz emanou fazendo com que os três se encontrassem em um estranho salão negro em um piscar de olhos.

Humanos são burros, nem mesmo têm a capacidade de perceberem quando estão sendo enganados. — disse uma voz feminina que não podia perceber-se de onde vinha.

De repente, uma pequena fada verde surgiu flutuando em meio à estranha sala, o local tinha inúmeros quadros, no qual cada um parecia lembrar formas misteriosas e sem nexo, em que todos pareciam confundir e iludir a mente humana.

Vocês parecem assustados, não gostam de arte? Prometo que essa batalha lhes renderá um espetáculo! — ria a fada.

— Quem é você? — perguntou Brock.

Oh, onde estão meus modos. Eu sou Jenny, Terceira Capitã dos exércitos do Conde das Trevas. Bem vindos ao meu mundo, que logo será o de vocês eternamente.

As formas do quadro pareciam entrar na mente de cada um provocando estranhas alucinações. Sua vida podia passar por seus olhos como se o tempo voltasse lentamente para os piores momentos. Jenny era um Celebi que tinha o poder te controlar o tempo, e usava isso como uma forma de conhecer seus inimigos e confundi-los com alucinações, mas o ataque não parecia surtir efeito em Cresselia, que reagiu.

Não pense que vou cair em um truque barato como esse. — disse Cresselia, que rapidamente atacou Jenny com uma bola psíquica, fazendo-a distrair-se por um momento de modo que perdesse controle sobre as alucinações utilizadas em Ash e Brock. Assim que os dois puderam se livrar das alucinações, eles pareciam confusos e temerosos com o que acabaram de ver.

O poder de Jenny afetava todos aqueles que não estavam em harmonia com sua mente, mas Cresselia não poderia ser enganado por um ataque psíquico como o Trick Room.

Kya, hah, hah! Aposto que continua tão fraca e indefesa quanto era antes Cresselia. — disse Jenny — O que você acha que o Medalhão da Luz mudou em você? Do que você acha que ele lhes servirá?

O Medalhão da Luz é o único capaz de impedir o Medalhão Negro. — explicou Cresselia.

Errado. Tanto o Medalhão Negro quanto o Medalhão da Luz possuem o mesmo poder de destruição. Ambos são capazes de realizar um desejo, não importa quem o tem em mãos. Tudo depende da pessoa que o manuseia e de suas intenções. — disse Jenny — É por isso eu sigo os ideais do mestre Conde, ele vai construir um mundo perfeito sem pessoas inúteis como esses humanos desprezíveis!

            — Cala a boca sua fadinha ridícula, quem esse Conde de merda pensa que é para decidir o destino dos humanos? Pikachu, utilize o Thunderbolt! — disse Ash, que ordenando que seu Pikachu lançasse um Thunderbolt em direção da fada que se esquivou com destreza.

Isso foi perigoso garoto, melhor ter mais cuidado com damas. Vou fazer você pagar por isso, Leaf Storm!! — disse Jenny, preparando um ataque que foi interrompido por Cresselia que o impediu de ser desferido.

Sua batalha é comigo Jenny. Psychic!!

O ataque de Cresselia acertou Jenny que ficou atordoada pelo golpe por um tempo, mas por ser do tipo psíquico ela também sabia como evitar esse tipo de ataque com sua mente.

Você é um problema Cresselia. Acho que terei que matá-la, mesmo que isso seja contra as ordens do Conde. Ele a amava tanto e é assim que você retribui? Tentando matá-lo?

— Cresselia, você amava o Conde? — perguntou Brock confuso.

Não tente me confundir Jenny, suas palavras não possuem efeito em mim. — disse Cresselia — Eu não amava o Conde, eu ainda o amo. Mas Kraion sofre de um problema conhecido como dupla personalidade. Ele nunca soube dessa segunda personalidade, mas no dia em que a descobriu ela começou a tomar posse de sua mente. Ele iludiu todos os seus amigos e os deixou contra os humanos. Eu amo Kraion, mas o Conde vem tomando posse de sua mente obrigando-o a fazer o mal. É por isso que eu preciso impedi-lo! E não será você que ficará em meu caminho Jenny, Psychic! — disse Cresselia, lançando o poder que acertara a pequena fada em cheio, fazendo-a cair no centro do salão.

Ugh, você está mais forte do que costumava ser. — murmurou Jenny — Nossa batalha só está começando querida.

Enquanto Jenny e Cresselia preparavam-se para uma árdua batalha, um enorme pássaro branco explodiu uma das paredes do salão entrando violentamente na sala. Agora o céu podia ser visto, junto da forte chuva que caía sobre o chão do salão.

Chegaste longe demais Cresselia, você e seus amigos não saíram daqui vivos. — disse a ave branca com sua voz manipuladora.

Doom?! O que faz aqui? Eles são meus adversários não ouse roubá-los de mim, pois esta é minha tarefa! Posso muito bem derrotar Cresselia sem sua ajuda. — retrucou Jenny, irritada pela presença do primeiro capitão.

Acabo de presenciá-la quase sendo derrotada, como terei confiança em uma criatura fraca como você? És desprezível, não és digna de receber o cargo de terceira capitã.

O que disse seu filho-da-mãe? — reclamou Jenny irritada.

Estás fora do grupo. — respondeu a ave branca — Aeroblast!!

Doom sabia que Jenny seria fraca contra ataques do tipo voador, ele logo tomou posição de combate e então lançou um enorme tornado em direção da pequena fada. Jenny foi atingida em cheio sendo lançada contra uma das paredes quase que inconsciente. Até mesmo Ash e os outros foram atingidos pelos fortes ventos do tornado, mas eles tentavam entender porque um inimigo havia atacado seu próprio aliado.

Que tipo de capitão é você? Você atacou seu próprio aliado! — disse Brock.

Não admito a existência dos fracos. Os próximos serão vocês. — retrucou Doom.

A ave branca rapidamente voou na direção de Cresselia e segurou-a bruscamente contra as paredes do salão, despertando a ira em Ash que não queria ver sua amiga machucada.

— Solta ela!!

A criatura revidou com o forte bater de suas asas que quase derrubou o jovem da imensa fortaleza, Ash segurou-se por pouco nos escombros da sala, pois cair daquela altura seria mortal.

Quem você acha que pode derrotar-me? Ninguém pode, nem o Conde pode. Sou a criação suprema de Arceus, vou derrotar o Conde quando eu tiver a chance e mostrarei para o mundo do que sou capaz. — vangloriou Doom encarando Cresselia que estava prensada contra a parede.

Ugh... O Conde realmente está tendo azar para encontrar subordinados, você é só mais um que pretende passar a perna nele. Eu preferia o tempo que o Kraion não tinha amigos como você. — riu Cresselia — Você não vai encostar um dedo no Kraion, porque eu vou acabar com você.

Doom ficou irritado com a provocação de Cresselia, prendendo-a ainda mais forte contra a parede. Ash não conseguia mover-se direito pelo poderoso golpe que recebera, sua mochila jazia caída ao lado e seu Pikachu não conseguia levantar-se.

Cresselia percebeu as carcaças dos medalhões caídas ao lado da bolsa de Ash. Era o Medalhão do Mar, o Medalhão da Terra e o Medalhão do Céu. Com os poderes mágicos dos medalhões eles foram capazes de criar o Medalhão da Luz, mas eles ainda poderiam ser usados se necessário. Cresselia abriu um sorriso quando viu os pequenos objetos caídos ao seu lado, pois ela sabia do que eles eram capazes.

Então, ninguém aqui é capaz de derrotá-lo? Eu conheço uma garota que consegue acabar com a sua raça. — riu Cresselia, lançando um golpe em Doom que o obrigou a soltá-la. Ela rapidamente agarrou o Medalhão do Mar e da Terra e começou a pronunciar palavras estranhas em uma língua desconhecida. Era como uma serenata para a lua, a doce voz de Cresselia ecoava por todos os salões da fortaleza como melodia.

            Doom não tinha certeza do que os medalhões eram capazes, mas ele temia o pior. Assim que Cresselia terminou a canção a fortaleza inteira foi dominada por um silêncio. Ash e Brock olhavam a sua volta para ver se algo mudara, quando puderam perceber duas figuras surgindo por entre as neblinas das montanhas.

Um ensurdecedor rugido pôde ser ouvido do lado de fora, os soldados inimigos pareciam temer que fosse como o anúncio de trombetas que chamavam por reforços. De repente, de dentro do salão em que Cresselia estava os dois medalhões pareceram invocar algo realmente poderoso. Pouco a pouco um enorme brilho branco começou a tomar forma de um imenso dragão revestido de uma armadura vermelha, enquanto a outra criatura parecia uma baleia mística que flutuava em meio ao local.

Esse era o poder dos Medalhões mágicos, ambos os seus guardiões haviam sido invocados pelo pronunciamento das palavras sagradas por Cresselia. Era Leeca, a Kyogre guardiã dos mares, e Zacks, o Groundon guardião dos das terras.

Doom parecia não acreditar que os dois mais poderosos guardiões do reino haviam sido invocados pelos medalhões. Ash e Brock olhavam para Leeca e Zacks surpresos por saber que na hora em que eles mais precisaram os guardiões surgiram para o auxílio.

Ora essa, parece que nos encontramos novamente Doom. Obrigado pelo recado Cresselia, cheguei o mais rápido que pude querida. — disse Leeca que acabara de ser invocada pelo medalhão do Mar.

QUEM OUSA ACORDAR O TEMÍVEL GUARDIÃO ZACKS?? Com minha força vocês serão obrigados a presenciar a fúria dos continentes! — gritou Zacks — AAH! Leeca-chan!! Eu não sabia que você também estava aqui!

O dragão fizera uma aparição triunfal, mas assim que se deu conta da presença da Leeca ao seu lado, ele rapidamente perdeu o controle.

— Zacks?! Meu Arceus, faz tanto tempo que não nos vemos, como vai querido?

— E-Eu vou bem, como vai você minha princesa...? — respondeu o dragão timidamente.

Ora essa, parece que serei obrigado a derrotar os dois grandes guardiões de Moonlight Realm! Assim que eu derrotá-los todos reconhecerão minha força e então eu passarei a ser o verdadeiro guardião do mundo! — disse Doom.

Leeca-chan, você está muito linda hoje. — elogiou Zacks.

Obrigada Zacks, você é um fofo. — respondeu ela — Sempre foi.

EI!! Não me ignorem como se eu fosse um inimigo qualquer!! — retrucou Doom furioso.

Nossa, mal educado!! Você sempre foi muito chato Doom, é por isso que eu nunca gostei de você. Faz muito tempo que eu não vejo meu amigo, pode dar um tempinho, por favor? Não está vendo que estou ocupada? — disse a guardiã dos mares.

Não se preocupe Leeca-chan, eu não vou deixar que nada lhe aconteça!! Vou protegê-la a qualquer custo!! — continuou Zacks.

Aaaaah Zacks!! Não começa, eu odeio quando você gruda em mim e não deixa eu fazer as coisas!!

Ash rapidamente correu para acudir Cresselia que jazia caída no chão, ela explicou que os medalhões sempre tiveram aquele poder, bastasse saber utilizá-los da forma correta. Três pokémons extremamente poderosos estavam reunidos, e no momento não havia nada que Ash e seus amigos pudessem fazer, a não ser observar.

            — Não vou poupar meu tempo com comentários ridículos de um casal de namoradinhos como vocês dois, eu vou derrotá-los agora mesmo. Eu até pensei que seria um grande desafio enfrentar Zacks, o guardião dos continentes, mas vejo que ele não passa de um dragão bobo e sensível. — provocou Doom.

            — EPA, EPA!! Não somos namorados não!! Pelo menos não ainda. — gritou Leeca —E tem mais, quem você pensa que é pra falar mal do meu Zacks? Eu não permito que ninguém fale mal dele, ouviu Doom?? Só eu posso falar mal dele.

            — Meu Arceus Leeca, você é muito chata. — respondeu Doom.

O QUEEEEE??? CHATA?! COMO OUSA ME CHAMAR DE CHATA?! Só uma pessoa no mundo pode me chamar de chata Doom, e pode ter CERTEZA que não é você!! — gritou a Kyogre furiosa.

Hum, quem seria essa pessoa Leeca-chan? — perguntou Zacks timidamente.

Não, Zacks. Não é você. Você é meu fofo e não pode me chamar de chata; afinal, você nunca conseguiria me chamar de chata. Agora não importa quem é essa pessoa, eu só quero acabar com o Doom para ele deixar de ser folgado.

A ave branca tomou distância e posicionou novamente para lançar seu Aeroblast, com o bater de suas asas um enorme vento foi lançado na direção de Leeca, mas subitamente Zacks entrou em sua frente para protegê-la.

— O que você está fazendo Zacks?? — gritou Leeca.

Eu não vou deixar que o Doom te machuque, Leeca-chan. — afirmou o dragão, que recebera todo o dano causado pela ave.

Ah não, primeiro você me chama de chata e depois você machuca o meu Zacks!! Você está pedindo pra morrer, né Doom?! — gritou Leeca furiosa — Vou te ensinar uma lição que você jamais vai esquecer. Water Spout!!

Eruption. — acompanhou o dragão.

Os dois guardiões uniram seus poderes e lançaram uma poderosa combinação, a fúria dos mares e a força dos continentes foram lançadas na direção de Doom. As defesas da ave branca eram extremamente fortes, mas mesmo assim ele não foi capaz de agüentar a pressão exercida pela combinação de golpes. O dano fora imenso, lançando a ave para fora do salão. A figura da criatura pôde ser vista sendo jogada para fora da torre e caindo como uma estrela cadente. O mais forte capitão do Conde das Trevas estava derrotado.

Hump. Bem feito, otário. Nunca mexa no que é meu por direito. Né Zacks?— sorriu a guardiã.

— S-Sim, Leeca-chan. — respondeu o dragão.

Cresselia rapidamente correu em direção dos grandes guardiões que agora pareciam mais calmos por terem acabado com Doom. Ash e Brock também fora até os dois para agradecer a ajuda, pois sem eles teria sido impossível derrotar Doom.

Leeca!! Vocês chegaram na hora certa. — disse Cresselia.

Minha nossa, como você está machucada, meu bem. Aquele Doom é um babaca mesmo, eu sempre quis encontrá-lo no campo de batalha só pra acabar com ele. Mas você está bem querida? — perguntou a guardiã dos mares.

Oh sim, graças a vocês dois! Obrigada Leeca, obrigada Senhor Zacks! —agradeceu Cresselia.

— Ei Zacks, que bom que você apareceu na hora certa!! — disse Ash, dirigindo-se ao grande dragão que eles encontraram no deserto há algumas semanas atrás.

Oh, são os pequenos aventureiros do deserto. Vejo que já conseguiram chegar bem longe em sua aventura. E vocês também entregaram o Medalhão da Terra para a minha Leeca-chan! Eu nem sei como agradecer. — disse o dragão.

— Heh, heh... Que coincidência. O importante é que agora vocês estão juntos! — disse Ash aliviado.

Leeca, Zacks, nós agradecemos imensamente a ajuda, mas precisamos continuar nosso caminho. Temos que alcançar a sala do Conde antes que seja tarde de mais! — disse Cresselia.

O tempo de invocação de nosso medalhão é limitado, então é uma pena nós não podermos ajudar mais. Estaremos torcendo para que vocês consigam derrotar o Conde meu bem. Boa sorte querida! — disse Leeca.

            — Obrigada pessoal. — agradeceu Cresselia, retomando seu curso até a sala do Conde das Trevas.

            Agora que praticamente os três capitães do Conde estavam fora de combate, tudo que eles precisavam fazer era chegar há tempo e salvar Dawn que seria fornecida como sacrifício para o Medalhão Negro, mas agora era uma luta contra o relógio. Será que já era tarde demais?

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O vento vindo do oeste trazia uma fina camada de chuva vinda das montanhas, o céu começava a ficar escuro sem a presença de sequer uma única estrela no céu, o ar era coberto pelas cinzas e pela fumaça exalada da fortaleza; a guerra continuava e nenhum dos dois lados estava disposto a render-se.

A torre oeste estava sob controle dos exércitos de Kat após a árdua batalha de Lino contra os três capitães de Regigigas, mas Erika e os outros haviam falhado na Torre Leste sendo derrotados por Doom e Ignus. Agora, Cresselia e os outros corriam perigo por não ter proteção total na Torre Central, Steven e Kat precisavam ser rápidos e procurá-los para que nada de ruim acontecesse, mas tudo ainda era uma luta contra o tempo, pois nos calabouços da Fortaleza das Sombras Darkrai lutava contra seu servo Mewtwo.

William não hesitara em abandonar Lino na Torre Oeste, pois sabia que o pequeno general era capaz de manter o controle da situação. A ave voou rapidamente para a mais alta torre na tentativa de salvar sua mestra que se encontrava em algum lugar da fortaleza. O pássaro elétrico conhecia cada esconderijo do local por ter pertencido ao grupo de Darkrai, por vários anos ele fora o espião do Conde, logo, ele sabia perfeitamente onde Dawn poderia estar presa.

William partiu na direção da sala de Darkrai encontrando um enorme buraco em uma das paredes, a ave entrou cautelosamente no cômodo, pois sabia que algo se escondia na escuridão. Uma figura ominosa rastejava por entre as paredes apenas esperando sua vítima distrair-se para lançar seu veneno em sua presa.

Bem vindo ao meu império Will. — riu a serpente, enrolando-se lentamente no trono que pertencia à Darkrai — Ops, eu havia esquecido que você não pode mais entrar nessa fortaleza, pois traidores são punidos pela eternidade.

— Prefiro viver como um traidor a submeter-me à uma criatura imunda como você. — respondeu William de modo seco.

Oh, que modos ruins de tratar o anfitrião da casa, acho que serei obrigado a expulsar-te de minha residência. — disse Ciel — Mas quer saber, eu gosto de sua companhia, poderíamos sentar e conversar um pouco. O que acha?

— Eu não estou disposto a argumentar com você Ciel, onde está minha mestra?

— Sua mestra está bem, acho que com melhor companhia do que com você. Mas seja rápido para encontrá-la antes que só encontre um cadáver utilizado como sacrifício. — riu Ciel — Oh, ela estava tão linda há alguns minutos, eu podia ouvir seus gritos de dor e sua lamentação daqui de cima. Foi espetacular, um verdadeiro show! Aquelas lágrimas rolando e não tinha ninguém para confortá-la, onde estava o fiel servo da garota? — riu Ciel, continuando a provocar William aumentando ainda mais sua fúria.

— Você é o cruel Ciel, é como uma serpente que consegue envenenar até mesmo as outras cobras. — respondeu William — Depois que eu acabar com você, eu nunca mais deixarei uma lágrima de dor rolar pelo rosto de minha mestra.

— Ei, ei. Olha só no que eu estive pensando: Eu gosto desse nome: Ciel, o imperador da crueldade. Poderiam até mesmo criar uma música com isso, canções que falem da criatura mais maldosa que o mundo já viu. Meu nome será para sempre lembrado nos livros como o imperador do mal, eu serei uma criatura imortal.

William encarou a serpente com um semblante sério como alguém que não havia gostado nem um pouco do que acabar de ouvir. Ciel parou de rir por um momento e retribuiu o olhar para a ave.

    — É por isso que não quero ser como você Will. Quem se lembrará de William nos contos? Somente mais um soldado na grande guerra da Fortaleza das Sombras, você morrerá como um nada Will, seu nome cairá no esquecimento e seus restos serão varridos pelo vento. — disse Ciel em um tom sério.

— Você está errado Ciel, tenho certeza que vão lembrar-se de meu nome nas histórias. “William, aquele que matou o Imperador da Crueldade.”

A serpente não gostara nem um pouco do que ouvira e rapidamente atacou William que se chocou contra uma das paredes da sala. Antes que Ciel pudesse aplicar um segundo golpe William rapidamente paralisou-o por alguns segundos para poder escapar.

William voou rapidamente para fora da sala sendo acompanhado pela serpente logo atrás, ambos eram extremamente rápidos e os pingos da chuva pareciam canivetes quando caiam sobre seus corpos.  Na fumaça negra exalada no céu tudo que se podia ver eram clarões imensos, relâmpagos que saíam vorazmente das nuvens. Zapdos fora muito esperto em sair da sala, o céu era seu próprio ambiente, e ele poderia usar da chuva como benefício próprio.

Ah, você também não adora a chuva Will? Para mim é como a lamentação de Arceus, suas lágrimas caem sobre a terra pela tristeza com toda essa guerra e matança. Não é lindo? Adoro essa tristeza. — riu Ciel, voando por entre as nuvens negras como se brincasse numa montanha russa.

Você vai pro inferno seu desgraçado. Arceus não choraria por pessoas imundas como você. — respondeu William.

Ciel parou novamente e encarou a ave.

Tome cuidado com o que fala pequeno, você não conhece Arceus, não sabe se lutará pelo bem ou pelo mal. As coisas são estranhas... — disse Ciel agora num tom sério — Diga-me Will, o que é certo e o que é errado? Você consegue me explicar? Não seja tão rápido para julgar alguém que não conhece, você não sabe do que Arceus é capaz.

William jã não queria mais ouvir os desaforos de Ciel, ele rapidamente voou contra a serpente lançou toda eletricidade que conseguira. A chuva aumentara ainda mais sua potência fazendo com que Ciel fosse lançado contra as muralhas da fortaleza.

A serpente não desistia, parecia que ele gostava de sofrer, Ciel ria enquanto encarava a fúria no rosto de William, pois parecia que ele gostava de ver a ira sendo exalada do olhar da ave.

— Ei Will, ainda estou vivo. — provocou Ciel, caído entre os destroços da muralha.

    — A morte é muito boa para você Ciel. Você será punido da pior forma que uma criatura pode sofrer. — respondeu William.

    — Se eu continuar vivo, vou continuar tirando vidas e recuperarei minhas forças. Acho que você deve aproveitar o fato de que eu já estou cansado e sem energias. Me mata. — provocou ele novamente.

Sua hora ainda não chegou Ciel. — retrucou a ave.

William sentou-se ao lado de Ciel que continuou caído entre os destroços da muralha, os dois estavam muito machucados, mas pareciam amigos conversando calmamente lado-a-lado em meio àquela grande guerra.

Você não lutou sério comigo, não o vi usando nem sequer um por cento de sua verdadeira força. Perdeste a vontade de lutar? — perguntou William.

Heh... Mesmo que eu morra, nós já ganhamos essa guerra. Mesmo que o Conde morra, nós já ganhamos... Mesmo que a fortaleza seja destruída e nenhum soldado tenha forças para continuar de pé, nós já ganhamos. Você perdeu William. O Medalhão Negro e um sacrifício... Nem mesmo Cresselia pode nos parar agora. — riu Ciel com sua voz sarcástica, fechando seus olhos e descansando um pouco da batalha que tivera — Você perdeu.

Nesse mesmo instante William percebeu o que acontecia, e finalmente as palavras de Ciel fizeram sentido. Agora poderia ser tarde demais para salvar sua mestra. Talvez agora já fosse tarde demais para salvar o mundo.


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