With Eyes Closed escrita por Carol, Thata Ferreira


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo corrigido e reescrito ;]
Boa leitura! :D



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Edward

Nasci em um dia chuvoso, no pequeno hospital de Forks. Eu era uma criança aparentemente saudável, meus pulmões funcionavam perfeitamente bem e mostrei-me ser um bebe muito calmo. Em meus primeiros meses de vida nunca dei trabalho para meus pais. Porém, conforme o tempo foi passando, meus progenitores notaram haver algo de errado comigo.

Ao contrário de muitas crianças de minha idade, ao caminhar eu batia em tudo, não era capaz de reconhecer se havia uma mesa ou uma parede a minha frente. Quando alguém me chamava nunca olhava em seus olhos ou sequer para seu rosto. Estes foram os primeiros sintomas que apresentei, apenas por eles meus pais começaram a desconfiar de que eu não poderia ver e por isso me levaram ao hospital. Depois de realizar diversos exames finalmente suas suspeitas foram confirmadas: eu era cego.

Logo após isso meu pai abandonou minha mãe, para ele o fato de seu único filho ser diferente da maioria das pessoas era inaceitável, uma vergonha. Mamãe ficou arrasada, nunca havia pensado que o homem que tanto amou fosse capaz de fazer aquilo, e, ao contrário dele, ela cuidou de mim.

Quando Carlisle foi embora as coisas tornaram-se difíceis para nós. Minha mãe não tinha muita experiencia em nenhuma área e por isso era difícil conseguir um bom emprego. Nossa dispensa ficou vazia e por diversas vezes não tínhamos quase nada para comer, nessas horas rezávamos juntos pedindo a Deus para que ela finalmente conseguisse um bom emprego e assim pudêssemos ter uma vida melhor.

Minha mãe se chamava Esme, era doce, gentil e sempre ajudou-me a passar pelos momentos mais difíceis da minha vida - ela era tudo o que eu tinha. Trabalhava como garçonete perto da nossa casa, o salário era baixo de mais, mal dava para pagar o aluguel de nosso velha casa e comprar um pouco de comida.

Isso sempre a deixava preocupada e por vezes eu a escutei chorando baixinho em seu quarto, aquilo cortava meu coração. Sabia que não fosse por essa maldita deficiência meus pais estariam juntos e provavelmente Esme teria uma vida melhor.

Com o tempo a ideia de acabar com tudo de repente apareceu. Seria fácil afogar-me em nossa velha banheira ou tomar todos os remédios guardados no armário do banheiro, não importava o modo que fosse, tudo o que eu queria era dar um fim a todo esse sofrimento. Porém tão repentinamente quanto esses pensamentos vinham, sumiam ao lembrar da voz doce de minha mãe me dando motivos para continuar a viver.

...

Esme de repente adoeceu, parando completamente de trabalhar. A dispensa voltara a ser vazia, o aluguel estava muito atrasado e provavelmente seriamos despejados se nada fosse feito. Por isso passei a procurar um emprego, mas parecia que ninguém queria um cego trabalhando em seu estabelecimento, nos lugares que fui obtinha quase sempre as mesmas desculpas:

"A vaga já foi preenchida meu rapaz."

"Quem disse que estávamos precisando de trabalhadores? Não há nenhuma placa dizendo isso na porta de nossa loja como pode ver."

"Esse trabalho não é o tipo de serviço que poderá fazer."

No fim não fui capaz de conseguir nenhum emprego o que obrigou-me a pedir esmola nas ruas, porém o dinheiro conseguido não era capaz de suprir nossas necessidades mais básicas. Por mais difícil que toda aquela situação fosse eu não desistia de dar a mim e a minha mãe uma realidade melhor, tentava ser forte como ela sempre fora. Esperava ansiosamente por sua melhora para que voltasse a ser a Esme de sempre, saudável e, apesar de nossas dificuldades, feliz.

Em uma fria tarde de domingo entrei no quarto de mamãe. Perguntei a ela como estava, mas não obtive reposta, provavelmente estaria dormindo. Mais tarde voltei a chamá-la e novamente recebi apenas o silêncio em troca.

Algo deve estar errado, uma pequena voz em minha mente falou.

Entrei novamente no quarto e ao toca-la percebi que sua pela esta muito gelada, o desespero tomou conta de mim quando notei que o pior poderia ter acontecido. Como não tínhamos telefone a única coisa que pude fazer foi correr até a rua e gritar desesperadamente por socorro torcendo para que alguém me ouvisse.

Infelizmente parecia que aquele horário nenhum transeunte passava por ali e nossos vizinhos não estavam em casa. Sem saber mais o que fazer voltei para seu quarto tentando despertar minha mãe de diversas formas, mas para o meu total desespero ela nunca mais acordou...


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Notas finais do capítulo

Se quiserem comentem anjos :3

[ Há erros nesse capítulo? Me avise, por favor ^^ ]