Garota irritante, só Sakura me faz perder a cabeça! É somente eu me ausentar um instante que ela simplesmente evapora!Será que vou ter que trancá-la para poder saber que esta segura?

Buscá-la fui perto da fronteira dos Uzumaki e a encontrei calma, como se fosse comum estar por lá e deixar os outros preocupados.

No momento ela está aqui, dormindo, já que desmaiou ao ver meus dentes. Vamos ver se agora a faço acreditar.

–Hum... Minha cabeça... -Reclamou num murmuro audível aos meus ouvidos apurados.

–Você está se sentindo melhor?-Perguntei sem alterar meu tom de voz.

–Você... Você...

–Acreditas em mim?

–Hãn? Ah! Sim... Como vocês conseguiram viver por todo este tempo e o povo não desconfiou? Vocês, nunca mudam não... É?- Parei-me ao lado dela e continuei.

– Não aparecemos muito para o povo. A não ser em ocasiões especiais, então muita gente não conhece a família pessoalmente. Isso nos dá uma vantagem.

– E os que viram? Há várias famílias nobres que entram e saem do castelo.

– A maioria delas é vampira, não temos que nos preocupar muito com as poucas que não são.

–Você não está mentindo não é?Sobre tudo...

–Não.

–Então por que se escondem se desde que me lembro vocês nunca apareceram?

–Tem gente querendo nos matar Sakura. Querem acabar com a nossa raça, livrar a população de um mal maior que, segundo eles, somos nós.

–E quem são eles?

–Os Hitori, também conhecidos como caçadores de vampiros.

– E por que isso é perigoso para mim?

–Tu serás minha esposa e logo, vampira. Se te pegarem será como uma isca para nós.

–Então irás me transformar?-Percebi o medo em suas palavras, mesmo que ela tentasse não demostrá-lo.

–É o que queremos. -Intrometeu-se Mizuki ao entrar no quarto, seguida dos outros. - E esperamos que fosse rápido, não temos muito tempo. Acabamos de receber uma carta dos Nara e eles estão se posicionando.

–Vai começar uma guerra. -Itachi tem razão, do jeito que o rumo desta historia está indo com certeza logo seremos atacados.

–Como é que Mizuki irá lutar se ela está grávida? Ela não iria ficar sob os cuidados da Mikoto-san?-Perguntou a rosada inocentemente, arrancado um pequeno sorrido da okaa-san.

–Mizuki não irá nem ela nem nenhuma outra vampira. -Respondeu Itachi. Sakura indignou-se.

– Sasuke-sama!Sasuke-sama!-Chamou-me Kiba, parado no portal. –Um pergaminho dos Hyuuga, é importante. -Entregou-me.

Lendo o conteúdo ali escrito, cheguei à conclusão que aquilo era bom e ruim ao mesmo tempo. Teremos que ir para o reino Hyuuga imediatamente!

– O que diz na carta, filho? Leia para nós. –Perguntou Haha

“ Prezado Rei Uchiha, a situação está critica. Analisamos os vampiros atacado com essa nova arma e as noticia não são nada boas. Ela tem a capacidade de deixar a nossa raça com menos velocidade, o bastante para eles cravarem estacas em nosso corpo enquanto estamos vulneráveis.
A duração dos efeitos dessa arma em nós é de, pelo menos, três horas, pois apesar do barulho inicial ter diminuído ainda há um zunido que atrapalha a audição. . Não conseguimos achar uma proteção para isto. O máximo que conseguimos é um pequeno remédio que aumentará até o triplo de nossa velocidade normal. Porém até que isso aconteça continuaremos fracos. A velocidade voltará aos poucos, se formos atacados com a arma.
A boa notícia é que após três horas não deixa nenhum efeito colateral, contudo este assunto está sendo estudado com o devido cuidado.
Peço que mande todos os vampiros de seu reino para cá para que possamos dar-lhes o remédio o mais rápido possível e observar se neles há algum efeito colateral. Já testamos na maioria dos vampiros em meu reino e com eles não há problemas.
Vemos-nos em breve,
Hyuuga Neji, Rei da Água.”

–Três horas é muito tempo! Nossa velocidade talvez não volte com tamanha rapidez!-Exclamou Mizuki desesperada.- E se houver um problema e o remédio não tiver efeito na hora e continuarmos sem velocidade? Estamos em desvantagem!

–Temos que nos preparar imediatamente. Mikoto, tu ficarás responsável pelo reino. Estaremos partindo ainda esta semana.

– E quanto ao casamento?

– Será adiado para depois dessa guerra. - Depois disso, todos seguiram meu pai para fora do quarto, restando aqui somente eu e Sakura. A rosada estava com a expressão confusa, esperando explicações.

– Por onde quer que eu comece? –Perguntei.

–Quero saber o que é essa ama e por que estão caçando vocês.

– Os Hitori, como falei antes, querem acabar coma nossa raça. Eles acham que somos seres do inferno que nunca deveríamos ter existido. Eles só existem para nos livrar desse mundo. Há muitos séculos, exterminamos uma boa parte do clã deles, sobrando apenas alguns focos que se esconderam jurando vingança.

– E agora eles voltaram à ativa... -Concluiu.

–Hai, desde o ano passando eles vem matando pequenas famílias vampiras que se passavam por camponeses. De alguns meses pra cá eles vem atacando famílias de mais importância. Dependendo da localização o rei mandava investigar. Sabíamos que eram eles entretanto não tínhamos como rastreá-los. Os caçadores confundiram seu cheiro com outros animais.

–Mataram muitos?

–Sim, mas não o bastante para nos deixar em desvantagem.

–Eram eles que... Tentaram me avisar de algo?

–Sim, eles foram tentar te impedir a casar-se comigo. Só não iriam lhe contar a verdade até por que esse não o objetivo deles. Então minha mãe interveio.

–Lembro-me bem... Mas como é que vós morrestes? Quero dizer, você sai na luz do dia e não lhes acontecem nada!

–Usamos um protetor solar por precaução. - Vendo sua cara de confusão resolvi explicar. - É um liquido que passamos no corpo para sair de dia, porém ele dura pouco e depois temos que passar novamente.O sol não fere-nos ao ponto de virarmos pó, mas incomoda bastante. E morremos com estacas em nossos corações, mas não assim tão facilmente.

–E como é o método certo?

–Está querendo me matar, Sakura?

–Não!- Corou. - Só queria saber...

–Isso não vem ao caso. Nós temos que nos preocupar com o que eles criaram, ela reduz nossa velocidade e assim ficamos vulneráveis.

–Não quero que morra. Fico preocupada e agoniada só de imaginar.

–Não se preocupe, ficaremos bem.

–Não vá para a guerra, fique aqui que és mais seguro!-Pediu-me suplicante, já com os olhos marejados.

–Nunca mais peça isso. É o meu povo Sakura, meu dever como rei.- Olhei seriamente. Sakura desviou o olhar.

–Me desculpe.

*~*~*~*~*

Seguimos até a biblioteca onde todos normalmente se encontram. Resolveremos lá quando partiremos e como ficarão os assuntos no castelo.

–Entre Sasuke. -Disse meu pai.

Mal adentrei o cômodo e fui abordado pelas perguntas de Mikoto. - Quando Sakura se tornará uma de nós?Irá transformá-la antes de ir ou vai deixar para depois?

–Em breve. -Limitei-me a responder. -Quando partiremos?

–No meio da noite de amanhã. Iremos nos encontrar com outros vampiros na fronteira. Escolhemos à noite para podermos correr e nos esconder melhor. -Respondeu Itachi

–Quando voltarão?-Perguntou Sakura.

–Não temos previsão, mas é certo que não demorará muito tempo.

–Eles levarão mais armas?-Perguntou Mizuki

–Provavelmente, mas levaremos os remédios de Neji conosco também.

–Vamos Sakura, está na hora das suas aulas. -Agradeci mentalmente por Haha tirá-la daqui, provavelmente ficaria assustada com o que vamos planejar.

Ficamos na biblioteca até tarde planejando a proteção do reino dentre outras. Meu aniki reunirá o máximo de civis o mais rápido possível para se juntar ao batalhão real. Provavelmente teremos que treinar alguns, mas deixarei isso por conta dos próprios soldados.

Segui para meus aposentos para relaxar e tomar um bom banho. Não que eu realmente precise de um banho, mas serve para desestressar. Fiquei um bom tempo ali. Arrumei-me calmamente afinal não tinha pressa.

Estava saindo do quarto de banho quando Sakura entrou no dormitório. Ela continuava com a mesma expressão preocupada de antes.

–Você já está indo?-Perguntou vendo minhas malas já prontas.

–Não, só irei observar os preparativos para a proteção do castelo.

–Posso ir contigo?

–É melhor você ficar e descansar.

–Olha... Eu sei que pode parecer estranho, mas eu acho que eu te amo e não suportaria perder você. É cedo pra eu ter certeza, mas o tempo que passamos juntos me ensinou a gostar muito de você. -Declarou-se e me abraçou. Correspondi.

–Eu... Sinto o mesmo. -Kuso!Mesmo ela se declarando eu não consigo dizer aquela bendita frase!-E é por isso que preciso fazer isto.

–O ...AH!