O Despertar de Um Coração escrita por EPG


Capítulo 4
Confissões


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo promete grandes emoções!



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“Ninguém pode me ajudar.”

         Meio desnorteada Bela seguiu para seu quarto, como de costume foi checar Elisabeth, parou na porta ao perceber Edward acariciando o rosto da filha, e mais uma vez ficou deslumbrada com sua beleza. Ele vestia uma calça de moletom, sem camisa, pés descalços, seus cabelos que ficam sempre escondidos pelo chapéu estavam expostos, poderia ficar ali o resto da madrugada contemplando-o, com relutância saiu não querendo interromper seu momento.

         Bella rolou na cama o resto da noite, não conseguia dormir, olhava o relógio inconformada, as horas pareciam se arrastar. Depois de um tempo desistiu pulando da cama. Vestiu-se saindo para sua corrida matinal. Do jardim pode ver a luz do quarto de Edward estava acesa, através das cortinas via sua sombra passeando pelo quarto. “esse homem nunca dorme”, − disse para si mesma colocando seus fones. Correu mais de duas horas àquela manhã tentando colocar seus pensamentos no lugar, tudo estava tão confuso em sua cabeça, sentimentos que nunca havia experimentado tomava conta de seu corpo, sentia uma vontade imensa de chorar, um vazio tomava conta de seu coração. Faltava alguma coisa em sua vida e não conseguia saber o que era. Suor banhava sua pele, suas pernas reclamavam o excesso obrigando-a voltar para casa caminhando. Se aproximando da casa percebe Edward na janela. Bella parou olhando-o, ele havia puxado toda a cortina, estava com a mesma roupa da noite passada, via-se claramente a pele branca de seu abdome. Esperou que ele fugisse, mais ele não o fez, ficaram longos minutos parados imóveis olhando um para o outro, Edward percebia que o olhar de Bella sempre acalmava sua alma e dispersava o vazio de seu peito, ela por sua se sentia reconfortada ali, os olhos dele a atraia como uma imã, mesmo que lutasse contra não conseguia se desvencilhar era mais forte do que ela.

− Bella está tudo bem? – Laura perguntou quase a derrubando de susto. Edward se afastou com rapidez.

− Estou bem, só corri mais do que o normal hoje, minhas pernas estão me matando.

– Bella disse entrando na casa. 

Laura ficou intrigada com o que viu, seu coração se alegrou. −Esme estava certa

– murmurou.

       Edward caiu em sua cama. Adormeceu sentindo uma tranquilidade imensa tomar conta de seu corpo, Bella correu para seu quarto se despindo e entrando no chuveiro, mil coisas passavam pela sua cabeça, tudo era tão novo e estranho. Elisabeth logo se se levantou enchendo a casa com seus risos estava animada faltavam poucos dias para o natal e apesar de seu pai nunca participar das festividades é uma das suas datas preferidas, a tarde entrou no carro que a levava para escola alegremente, sempre reclamava que não queria ir, aquele dia ela não falou nada, partiu cantarolando.

        Bella estranhou Edward não descer para alimentar os cavalos e almoçar com sua filha, intrigada subiu as escadas parando na porta de seu quarto, estava tudo muito silencioso, girou a maçaneta devagar se surpreendendo ao vê-lo dormir profundamente, foi até a cama jogando a coberta sobre seu corpo, se pegou sorrindo sozinha, estava feliz por ele finalmente poder descansar, seus dedos pareciam ter vida própria ansiavam por tocar seu rosto, estendeu a mão e acariciou sua face saindo do quarto logo em seguida, o jantar foi à mesma coisa Edward não desceu. Laura comentou que não era normal ele não almoçar ou jantar com sua filha, os outros empregados também se surpreenderam dele não alimentar seus cavalos.

− Bella você podia subir lá e dar uma espiada, vai que aconteceu alguma coisa. – Laura disse.

Ela entrou no quarto sorrindo ao ver que Edward continuava dormindo tranquilamente, na sala estavam todos esperando na expectativa, contou que ele dormia deixando todos alegres.

− Faz muito tempo que ele não dorme tanto! – Leôncio disse com uma emoção na voz.

          Bella subiu para o quarto com Elisabeth pensando em quanto às pessoas que trabalham aqui gostavam de seu patrão, mesmo ele sendo grosso, eles o amava, isto era surpreendente. Colocou Elisabeth na cama indo a cozinha pegar agua para a menina, se assustando ao ver Edward no escuro procurando algo na geladeira, ele também se assustou ao vê-la, ela ficou sem ação por alguns segundo logo percebendo que ele devia estar com fome, caminhou até o forno ligando-o e saindo, Edward fechou a geladeira vendo um prato feito girando dentro do micro-ondas.

- Obrigada. - Ele disse antes de Bella sumir pelo corredor.

          Os dias se passaram, Edward e Bella começaram a se comunicar através de bilhetes, ela sempre fazia uma pergunta e deixava sobre a mesa da biblioteca pegando a resposta de manhã antes de sair para correr, naquela quinta ela se surpreendeu, pois ele não só respondeu a pergunta mais fez outra a ela:

O que posso fazer por você em agradecimento a tudo que tem feito pela minha filha?

Bella se emocionou.  − Ele esta progredindo – Falou para si mesma. Passou o dia pensando em algo que queria muito fazer, lembrou que tinha vontade de ir a cidade fazer compras de natal. À noite depois que Elisabeth dormiu foi para a biblioteca respondendo a pergunta de Edward e fazendo outra a ele.

Gostaria muito de ir a cidade comprar algumas coisas.

Porque você vive tão distante de sua família?

        Na manhã seguinte Edward saiu de seu quarto sentando a mesa para tomar café, surpreendendo Laura que servia a mesa, Bella e Elisabeth logo chegaram parando na porta surpresas.

− Chama o James para mim Laura. – Edward disse.

− Bom dia Sr, Cullen. – Bella disse sentando a mesa ao lado de Elisabeth.

− Isabella, você sabe dirigir? – Edward perguntou.

Bella não sabia o que era mais impressionante, se era ele não tê-la chamado de senhorita ou o fato de dirigir a palavra a ela.

− Sim senhor. – Ela disse encontrando seus olhos não deixando de perceber que seu rosto estava sereno.

− O senhor me chamou. – James disse entrando na sala.

− Não precisa se preocupar em levar minha filha na escola hoje, a senhorita Isabela vai à cidade e Elisabeth irá com ela.

      A garota olhou seu patrão em choque não acreditando com que estava ouvindo.

− Pode ir agora James. − Edward disse voltando seu olhar para Bella e Elisabeth que se entreolhavam surpresas.

− Pode pegar minha camionete na garagem a hora que precisar deixei chave na mesa da biblioteca. − Elisabeth você esta dispensada da escola hoje para fazer compras de natal com Isabella.

− Obrigada papai!

− Isabella junto com a chave tem um cartão de credito use-o para o que precisar, vá à casa de minha mãe, Alice vai adorar ir às compras com vocês. – Edward disse deixando a mesa, do seu quarto escutava os gritos de felicidade de sua filha. Antes do almoço Bella foi à biblioteca encontrando o cartão, as chaves e um pequeno pedaço de papel onde dizia:

Distancio-me deles para não entristecê-los com minha dor.

Onde estão seus pais?  (Edward)

A sua distancia é que os entristece. Já parou para pensar que estar no meio deles pode diminuir um pouco sua dor.

Meus pais estão mortos. (Bella)

       Saiu da biblioteca enfiando o papel embaixo da porta de Edward vendo-o desaparecer do chão no mesmo momento, ele pegou o papel lendo cuidadosamente, se assustou ao saber que Bella era órfão, se questionou o motivo dela ser tão feliz se a vida tirou praticamente tudo dela, dobrou o papel colocando no bolso indo almoçar, encontrou Laura terminando de organizar os pratos na mesa.

− Cadê as meninas? – Edward perguntou.

− Estão se arrumando, já vão descer. – Laura respondeu percebendo uma emoção diferente na voz de Edward.

Os sorrisos de Elisabeth denunciaram sua chegada, a menina entrou na sala toda graciosa, vestia um vestido azul, seus longos cabelos estavam soltos.

− Como estou Laura. – Elisabeth perguntou balançando a saia de seu vestido.

− Você está muito linda. – Laura disse se divertindo com a animação da menina.

Edward se encantou ao ver sua filha tão radiante, não deixou de notar o quanto ela estava cada dia mais parecida com ele, à cor do cabelo, os olhos, a pele pálida até o jeito de falar.

− Você esta uma princesa. − Edward disse se deslocando até sua filha depositando um beijo no topo de sua cabeça.

Laura ficou pasma, há muito tempo não via um gesto de carinho entre pai e filha.

− Bella você esta linda. – Elisabeth gritou chamando a atenção de seu pai e de Laura para a porta.

        Ela vestia um vestido estampado na altura dos joelhos, calçava botas de cano médio que combinava com seu casaco marrom, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo no alto da cabeça destacando seu rosto, o olho de Edward passeou por todo corpo da garota antes de virar as costas e voltar ao seu lugar à mesa.

        Edward passou o dia andando a cavalo pela fazenda, não conseguiu ficar em casa, o silencio era perturbador, alguns meses atrás era reconfortante, mais naquele momento era doloroso.

Bella, Elisabeth e Alice, caminharam a tarde inteira saindo e entrando de lojas. No final da tarde exaustas foram para casa de Esme. Ao entrar na sala Bella se perdeu em meio às fotografias, nelas aparecia um Edward completamente diferente. Alice percebendo a curiosidade da garota levou-a ao antigo quarto do irmão, ela adentrou o lugar que parecia intacto por muito tempo. Ali havia mais fotos, uma em especial chamou sua atenção, ele estava sorrindo, seus cabelos estava curto, barba feita, sentiu uma sensação estranha, se assustou ao perceber que sentia falta de sua presença.

− Ele era assim antes de Júlia morrer. – Alice disse sentando na cama, convidando Bella a sentar com ela. Júlia era filha da governanta aqui de casa, eles cresceram juntos fazendo juras de amor um ao outro, Edward nunca teve outra mulher além dela. Sua vida se resumia a ela, quando ele completou dezoito anos eles se casaram, então se mudaram para a fazenda, com um ano de casados ela engravidou de Beth, dois anos depois Júlia adoeceu.

− Qual era a doença dela. – Bella perguntou curiosa.

− Câncer. – Edward sofreu muito quando descobriu que nada podia ser feito, a doença estava muito avançada, passava dias e noites na beirada da cama dela, foi assim até sua morte. Beth tinha apenas três anos. Um dia depois de sua morte Edward se transformou no que ele é hoje. Tínhamos esperança que com o tempo ele se conformaria, mas não aconteceu, nunca mais vimos um sorriso sair de seus lábios, quando estamos por perto se afasta.

− Ele tem quantos anos.

− Vinte seis. – Alice disse.

Bella pegou a fotografia em suas mãos olhando-a por longos minutos, Alice observava como os olhos dela brilhavam ao olhar a foto.

− Acho melhor eu ir já esta escurecendo, não quero que Edward fique bravo. – Bella disse percebendo que era a primeira vez que dizia o nome de seu patrão.

− Não se preocupe minha mãe ligou avisando que vocês chegariam tarde.

        Já passava das sete da noite quando Bella saiu de San Ângelo, dirigiu de volta com a imagem de Edward na mente, enquanto isso na fazenda ele se pegava olhando a estrada de minuto em minuto, quando a moça chegou estava com a porta da garagem aberta esperando-a, ao vê-la descer da camionete com Elisabeth dormindo em seus braços a paz voltou ao seu coração.

− Vou levá-la para cama. – Bella disse entrando na casa, ao voltar encontrou Edward carregando as sacolas pra dentro.

− Onde posso colocar isso?                                                                                  

− No quarto de Beth.

Ele subiu as escadas soltando as sacolas com cuidado em canto do quarto, a menina dormia profundamente.

− Ela se divertiu muito. – Bella disse chamando a atenção de Edward que a olhou por alguns segundos antes de sair do quarto.

        Edward fugiu para seu quarto correndo para o banheiro onde tomou um banho frio, estava confuso com as emoções que tomava seu corpo quando estava perto de Bella, ela sentia a mesma confusão, não conseguia tira-lo de sua mente, a imagem dele na foto ficou cravada em sua cabeça, seus olhos verdes parecem que olhavam direto pra ela tocando sua alma, ambos ficaram no chuveiro por quase uma hora, suas ações eram extremamente parecidas, eles se encontravam ansiosos, queriam estar perto um do outro mais não conseguia, uma força maior fazia um deles sair correndo desnorteados.

     Bella vestiu seu pijama e foi para a biblioteca encontrando o que tanta ansiava.

Fale-me de sua família. (Edward)

Minha mãe (Renée) morreu no dia que nasci deixando meu pai (Charlie) arrasado e com uma filha para criar, ele era um chefe de policia e se viu completamente enrolado sem saber o que fazer para conciliar o trabalho e uma filha pequena, mas fez isso muito bem, cresci em um lar cheio de amor, nunca senti falta de uma mãe, pois o amor de meu pai era o suficiente. Quando ele morreu me senti sem chão, desprotegida e desamparada, só que suas palavras nunca saiam de minha mente, ele sempre dizia que minha felicidade era o motivo de sua felicidade. Fui morar em um sitio que fica aqui perto com o meu tio Billy e minha tia Suzy, o primeiro ano ali foi difícil, sentia muito a falta dele. Com o tempo refleti que ele não iria gostar de me ver triste, então coloquei um sorriso no rosto e comecei a viver, claro que ainda sinto a falta dele, principalmente no meu aniversário e no natal, estas datas ele nunca trabalhava, ficávamos juntos o dia inteiro, a noite ele deixava um pequeno embrulho em cima de minha cama, isto tinha muito significado pra mim, não era o presente em si, e sim o significado que estes objetos tinham, eu amo música e livros e ele sabia disso muito bem, meus presentes era sempre um desses objetos acompanhado de um bilhete cheio de carinho. Vou amá-lo para sempre e fazer de tudo para estar sempre feliz. (Bella)

       

        Edward entrou na biblioteca encontrando Bella dormindo apoiada na mesa, puxou o papel com cuidado para não acorda-la, sentou no sofá atrás dela e começou a ler, sentiu vontade de abraçá-la e dizer que sentia muito. Sua força só amentou a admiração que ele sentia por ela, ficou ali sentado olhando-a dormir, adormecendo durante o processo.

        Na manhã seguinte Bella acordou assustada com seu corpo dolorido, um suspiro fez com que ela girasse seu corpo encontrando Edward dormindo no sofá, não acreditava no que estava vendo, um pequeno sorriso escapou de seus lábios quando percebeu que ele estava abraçado com o bilhete dela, não conseguia parar de olhá-lo. − como este homem é lindo − sussurrou pegando uma manta que cobria as costas do sofá jogando sobre ele. Assim que saiu Edward abriu os olhos. – Como ela pode me achar lindo com este cabelo grande e barba mal feita – Murmurou para si mesmo.

− Aquele homem esta fazendo uma bagunça na minha cabeça − Bella pensou.

− Sempre que esta por perto adormeço profundamente, não entendo o porquê dela se preocupar comigo − Edward questionou.

Bella descia as escadas indo para a cozinha quando uma voz conhecida a chamou.

− Isabella!

− Sim. – Ela respondeu encontrando Edward parado no alto da escada.

− Se quiser ir visitar seus tios este final de semana está liberada, pode usar minha camionete.

− Isso seria muito bom.

− Domingo abrimos os presentes de natal, Elisabeth e Alice com certeza vão gostar que esteja presente.

− Vou esperar sua mãe chegar.

− Não se preocupe, pode ir, aproveite o dia de natal com sua família, eu cuido de Elisabeth, vou ensiná-la a andar a cavalo hoje. – Edward disse surpreendendo Bella.

− Vou arrumar minhas coisas então. – Bella disse olhando-o nos olhos, havia algo diferente nele, ele parecia mais a vontade em sua presença. Ela também se sentia bem mais tranqüila.

       A caminho do sitio de seus tios Bella percebeu que havia um pequeno embrulho no painel da camionete nomeado a ela, alcançou o pacote abrindo-o, era um cd de George Straits, abriu a capa encontrando uma pequena escrita, “Feliz Natal”, lagrimas molharam sua face, emoções tão estranhas se apossaram de seu coração. Na Raio de Sol os funcionários pararam para ver Edward passeando com sua filha a cavalo, sua família chegou a fazenda não encontrando ninguém.

− Cadê o povo desta casa. – Emmet falou abraçando Laura.

− Bella foi visitar seus tios, Edward e Beth estão passeando a cavalo.

− O que? – Todos perguntaram em uníssono.

− Edward acordou hoje inspirado, emprestou sua camionete de novo a Bella, liberando-a para visitar sua família, depois selou dois cavalos e saiu com sua filha. Vocês tinham que ver o brilho que ele tinha no olhar, algo mudou dentro dele. – Laura disse emocionada.

− Isto é maravilhoso. – Carlisle falou abraçando Esme que chorava de emoção.

Jacob veio encontrar Bella apertando-a em um abraço, ela retribuiu com ternura.

− Achei que tinha se esquecido de nós.

− Eu nunca esqueceria minha família tio Billy.

− Que bom que você veio minha filha. – Suzy disse beijando Bella.

− Tá bonitona em prima. – Lea disse também beijando Bella.

       O dia passou rápido, à noite Bella entregou os presentes que comprou para seus tios e seus primos deixando-os muito felizes.

Na Raio de sol Edward surpreendeu mais uma vez sua família descendo para a ceia, não conversou muito mais percebeu que sua presença fez muito bem a eles, também se sentiu melhor estando ali, lembrou-se do que Bella escreveu, sentindo que a casa fica vazia quando ela não está.

− Esta casa sem a Bella pode estar cheia que parece vazia. – Alice disse parecendo adivinhar os pensamentos de Edward.

− É verdade, sinto falta dela. – Elisabeth disse.

      Bella tentava sorrir mais se sentia triste, a noite de natal era uma das noites mais difíceis para ela depois que seu pai morreu.

− Você esta gostando do trabalho filha? – Billy perguntou tentando distrair Bella.

− Sim, muito.

− E como são os Cullens? – Léa perguntou curiosa.

− Eles são maravilhosos.

− E o Edward? – Jacob perguntou.

− O que tem ele?

− Como ele trata você?

− Ele é um homem muito calado e triste, conversa comigo só o necessário.

− Ele ainda é bonitão. – Léa perguntou.

− Sim, ele é.

− Nos costumávamos conversar antes de sua esposa morrer, corríamos a cavalo por esses campos quando éramos adolescentes. – Jacob falou pensativo.

− Vocês eram amigos? – Bella perguntou remexendo sua comida com o garfo.

− Sim!

− O que vocês costumavam conversar?

− Ele falava o tempo todo da namorada Júlia, dizia que logo iria se casar, eu o achava louco por querer se amarrar tão jovem.

− Sua irmã Alice me disse que ele a amava muito, que ela foi à única mulher em sua vida. – Bella disse tendo um vislumbre dos olhos verdes esmeralda de Edward.

       Enquanto isso na casa dos Cullens ele ouvia sua família relembrando momentos bons e se desculpando pelas coisas ruins que aconteceram no decorrer do ano.

− A melhor coisa que aconteceu na minha vida este ano foi ser promovido, e devo um pedido de desculpa a minha Rose por ter estado tão estressado durante a espera para esta promoção. – Emmet disse abraçando sua esposa.

− A melhor coisa que aconteceu em minha vida este ano foi ficar noiva de Jásper e não me lembro de nada que deva desculpar. – Alice disse pulando no colo de seu noivo.

− A melhor coisa que aconteceu na minha vida e na de Esme este ano é Edward esta aqui com sua família e não temos um pedido de desculpa. – Carlisle disse abraçando Esme.

− Pra mim a melhor coisa que aconteceu na minha vida este ano foi a Bella. – Elisabeth disse emocionando a todos, inclusive Edward.

− Pra mim foi terminar a faculdade. − Rosali disse.

− Não tenho nada importante a falar, desde que minha Júlia morreu venho tentando sobreviver a cada novo ano, quanto aos pedidos de desculpa tenho muito a dizer. Perdoem-me por ter estado tanto tempo distante de vocês, sei que sofreram e adiaram muitos planos em suas vidas por minha causa, prometo estar mais presente daqui para frente. – Edward terminou de falar e saiu da sala indo para a biblioteca, ninguém o seguiu, sabiam que nesses momentos ele preferia ficar sozinho, lá um soluço de dor saiu de seu peito e lagrimas banharam seu rosto, uma dor profunda parecia rasgar sua alma. As lembranças de Júlia invadiram seus pensamentos fazendo-o desabar no chão, a saudade tocava seu corpo como facas afiadas, naquele momento Edward fez algo que a muito não fazia, pediu a Deus forças e em meio a oração ele adormeceu no chão gelado da biblioteca.

        Na manhã de domingo Bella se despediu de sua família e partiu cedo para a Raio de Sol, ainda era cedo quando chegou, os Cullens ainda dormiam, passou na cozinha cumprimentado Laura e foi direto para biblioteca, ao entrar se assustou ao ver Edward, correu até ele se jogando no chão ao seu lado.

− Sr. Cullen. – Bella chamou pegando sua mão, sentindo-a gelada.

       Edward abriu os olhos devagar a fintando por alguns minutos antes de puxá-la pela cintura e se aconchegar em seu colo, Bella sentiu suas lágrima molharem sua calça e ouvia pequenos soluços sair de seu peito, ficou sem ação por um tempo antes de enfiar as mãos em seus cabelos tentando dar a ele um pouco de consolo, seu toque pareceu acalmá-lo, pois aos poucos os soluços foram cessando.

− Sr. Venha, vou te levar para cama, ele se levantou com dificuldade, apoiando-se em Bella seguindo para o quarto. Lá ela tirou suas botas jogando um edredom por cima dele antes de caminhar para fora.

− Bella. – Edward chamou.

− Sim.

− Fique! 

        Caminhou de volta sentando na cama, observou seu patrão se arrastar puxando-a para seus braços obrigando-a deitar ao seu lado. Sensações estranhas tomaram conta de seu corpo quando Edward a aconchegou em seu peito afundando sua cabeça em seus cabelos, Bella permaneceu imóvel por alguns instantes mesmo sendo uma situação constrangedora ela não se sentia mal de estarem ali. Suas mãos que a muito estavam imóveis começavam a ficar dormentes, movimentou os dedos trazendo-os até o rosto de Edward acariciando com cuidado. Logo o corpo rígido de Edward relaxou, suas mãos que apertava firme a cintura de Bella se afrouxaram, sua respiração se tornou branda. Devagar Bella se livrou dos braços de seu patrão saindo apressada para seu quarto onde se jogou em sua cama absorvendo tudo que havia acontecido.

***

O dia estava claro, uma leve brisa tocava a pele de Edward fazendo-o sorrir, o cheiro das flores do campo tomava conta do ar, uma alegria inexplicável tomava conta de seu coração, a dor ali não existia era como se ele nunca a houvesse experimentado, uma ansiedade tomava conta de seu ser, estava à espera de alguém mais não sabia quem era. A única coisa que tinha certeza era que esta pessoa era especial, não precisou esperar muito para descobrir o ser responsável pelo seu atual estado de espirito, ela vinha correndo em sua direção com um sorriso que o fez fraquejar de emoção, seus braços automaticamente a acolheu em um abraço, o cheiro de seu cabelo e pele inundou suas narinas fazendo-o estremecer, seus grandes olhos azuis encontraram os dele que a observava fascinado, não se contendo buscou seus lábios com desejo.

***

       Com o coração acelerado Edward acordou com o gosto dos lábios de Bella ainda em sua boca, sentou-se na cama levando as duas mãos a cabeça afundando seus dedos em seus cabelos, voltou o olhar para o relógio se assustando ao perceber que já passava das sete da noite, se levantou rápido indo para o chuveiro. Enquanto isso sua família e Bella abriam seus presentes sem esperança de vê-lo aparecer, apesar dos sorrisos havia uma tensão no ar, Esme tentava disfarçar mais estava nítido em sua face o desapontamento. Bella tinha certeza que ele viria, não sabia explicar o porquê, mais de alguma forma sabia, seus olhos se iluminaram ao avistar Edward entrando na sala, não podendo deixar de reparar o quanto ele estava diferente, vestia um jeans preto, camiseta azul clara, calçava tênis e não usava chapéu, nunca havia visto ele tão informal, parou na porta com as mãos no bolso observando o ambiente.

− Boa Noite! – Ele disse chamando a atenção de todos que o olharam surpresos.

− Boa noite, todos falaram em um coro.

        Ninguém falou nada, todos tentaram ser o mais natural possível, Bella continuava fintando Edward, fascinada. Ele se moveu finalmente se sentando em uma poltrona ao lado de sua mãe que não disfarçou o sorriso de felicidade, Carlisle estendeu o braço tocando o ombro do filho que retribuiu com um toque carinhoso.

− Minha vez de abrir meus presentes. – Beth disse deixando Bella nervosa, ela comprou um presente para a menina em nome de Edward, agora temia que isto pudesse deixa-lo chateado, com o coração batendo freneticamente viu Beth se jogar nos braços de seu pai, seus bracinhos envolvendo seu pescoço com ternura, ele ficou congelado sem saber o que fazer, lançou um olhar amedrontado para Bella que sorriu percebendo a confusão no rosto de Edward, ela fechou as mãos em punhos fazendo gesto de força para ele que imediatamente envolveu sua filhinha com os braços a apertando-a em um abraço carinhoso.

− Obrigado papai, eu amei o presente.

− Fico feliz que você tenha gostado. – Edward disse, fazendo Bella respirar aliviada.

   Via-se a emoção nítida nos olhos de todos os presentes, Esme chorava desenfreadamente sendo abraçada por seu marido, Alice sorria emocionada trocando alguma confidencia ao olhar nos olhos de seu noivo, Rosali e Emmet sorriam largamente.

       Tudo que aconteceu fez renascer dentro de Edward algo novo, ele sentia uma sensação aconchegante e reconfortante, sentia-se feliz em estar ali no meio de sua família. “É assustador perceber que este momento não seria tão perfeito sem a presença de Bella, não consigo mais ver minha família reunida sem ela” − Edward pensou.

O presente era dois livros “O Pequeno Príncipe” e “Peter Pan”, Edward olhou para Bella agradecendo com um olhar, ela por sua vez sorriu largamente.

− Edward, só falta você abrir os seus presentes. – Alice disse entregando-lhe uma grande caixa embrulhada com papel laminando dourado, ele desatou a fita verde que envolvia o embrulho se surpreendendo com o conteúdo da caixa, uma grande moldura que carregava uma fotografia de Bella e Elisabeth juntas.

− Espero que goste papai, tia Alice me ajudou a escolher a moldura, a foto fui eu que escolhi.

− Gostei muito minha princesa, obrigado.

         Com os presentes todos entregues todos se dirigiram a sala de jantar, o assunto principal na mesa era o casamento de Alice, Edward observava tudo feliz, ele não demonstrava com sorrisos mais podia se perceber pelo seu olhar, seus olhos iam e viam de sua irmã para Bella que conversava animadamente com Bethe e Carlisle. Ele sentia uma vontade imensa de conversar com ela, perguntar como foi seu natal, se gostou do presente, Bella também estava ansiosa por estar a sós com ele, tinha curiosidade em saber como seria depois de tudo que aconteceu naquela manhã, sentia que algo estava diferente, algo dentro dela havia mudado, não conseguia mais disfarçar seu olhar, Esme e Alice logo perceberam os olhares que eles trocavam.

− Vou me recolher. – Bella disse se levantando. – Obrigado a todos por me proporcionarem um natal tão maravilhoso.

− Querida não precisa agradecer, nos te devemos muito, você surgiu em nossas vidas como um anjo, tocou nossos corações de uma forma extraordinária iluminando nossas almas, resgatando a esperança que há muito tempo deixou nossa casa. – Esta noite maravilhosa só foi possível graças a você. – Esme disse abraçando Bella carinhosamente.

         Edward saiu logo depois de Bella, subindo para seu quarto onde ainda podia sentir o cheiro dela em seu travesseiro. Bella deitou em sua cama sentindo se tão tranquila, seu coração não doía, pelo contrário, ele batia feliz, o sorriso do seu pai veio em sua mente reconfortando-a ainda mais, fechou os olhos na esperança que o sono logo chegasse, mais as lembranças de Edward apertando-a em seus braços não saia da cabeça dela. Horas se passaram, seu corpo estava cansado, sua cabeça girava, desistindo se levantou resolvendo ir para o jardim, todos dormiam, a casa estava escura, o tempo lá fora estava agradável, a noite estava silenciosa, ouvia-se só o cantar dos insetos, caminhou em direção aos balanços como sempre faz todas as noites que perde o sono.

É maravilhoso como você consegue falar diretamente ao meu coração

Sem dizer uma única palavra, você consegue iluminar a escuridão.

Tente como eu nunca vou conseguir explicar

O que eu ouço quando você não diz nada.

         Bella parou abruptamente ao ouvir a canção que vinha de algum lugar a sua frente, logo reconheceu a melodia “When You Say Nothing At All” de Ronan Keating. Acelerou os passos encontrando Edward sentado em um balanço de olhos fechados cantando repetidas vezes o primeiro estrofe da música, ele balançava lentamente, depois de vários minutos parada respirou fundou sentando  no balanço vazio ao lado dele, sua presença logo foi notada pois ele girou a cabeça olhando-a com naturalidade como se já a esperasse, Bella desviou o olhar fintando a escuridão a sua frente, logo impulsionou o corpo começando a balançar.

− Obrigado! Edward falou.

− Por nada! Bella disse entendendo o porquê do agradecimento.

        Longos minutos se passaram até que Bella olhou Edward de novo, ele estava com os olhos fechados de novo curtindo o momento, não havia dor em sua feição, pelo contrário emanava paz, nos seis meses que se entrara ali nunca havia visto-o tão sereno, sentiu uma imensa vontade de toca-lo, afagar seu cabelo, sentir a textura de sua pele de novo, Edward abriu os olhos fazendo com que Bella acordasse de seu devaneio.

− Isabella o que te trouxe a minha casa? – Edward perguntou.

− Eu precisava trabalhar. Ela falou simplesmente.

− Porque você ficou mesmo sabendo dos problemas que enfrentaria? Sua necessidade de trabalhar era tão grande que a fez tomar para si responsabilidades tão grandes e dolorosas?

− Eu não pensei que enfrentaria grandes problemas e sim que lidaria com pessoas que compartilhavam de uma dor intensa, quanto às responsabilidades, não acho que sejam dolorosas, pelo contrário, gosto de ajudar sua família, estar no meio deles me faz sentir amada.

− Você é surpreendente em seu jeito de lidar com as pessoas, no seu modo de viver e agir, nunca conheci ninguém assim, me pego te analisando sempre que estou em sua presença. – Edward falou fixando seu olhar em Bella, deixando-a sem graça.

         O silêncio mais uma vez se fez presente entre eles que permaneceram alguns segundos olhando um nos olhos do outro antes de voltarem suas atenções para o nada.

− É melhor entrarmos está ficando tarde. – Edward disse se levantando.

        Caminharam calados em direção a casa, da janela de seu quarto Esme e Carlisle observavam os dois, tinham esperança que seu filho pudesse voltar ser feliz com Bella, sabiam que não seria fácil já que a muito tempo perceberam que Edward afasta tudo e todos que o traz um pouco de felicidade, temiam que Bella não aguentasse e desistisse dele, uma vez que também perceberam que ela já o ama.

− Deixei algo para você na mesa da biblioteca. – Bella falou subindo as escadas – Espero que goste.

− Bella! – Edward chamou. – Não vá, fique mais um pouco.

         Bella parou na porta do quarto voltando seu rosto para ele, tentou encontrar palavras para falar alguma coisa na tentativa de disfarçar seu embaraço, não tendo sucesso fez seu caminho de volta seguindo Edward até a biblioteca sentou-se em uma das cadeiras observando-o abrir a pequena caixa que estava em cima da mesa, sua expressão era indecifrável causando nela um misto de ansiedade e medo, os olhos deles se votaram para ela assim que descobriu o conteúdo da caixa, em um ato que a surpreendeu muito ele levou os fones do i-pod ao ouvido.  Bella tentou imaginar que tipos de sentimentos passavam em seu coração ouvindo as canções que selecionei especialmente para ele, a primeira canção era “Angel” de David Archuleta. O olhar de Edward nunca deixou o de Bella assim ela pode perceber as mudanças no seu comportamento através das rugas que se formavam em sua testa, derrepente foi pega de surpresa ao ver um pequeno sorriso nos seus lábios iluminando seu rosto, mal podia acreditar que seu pequeno gesto de alguma forma o agradou, um pouca confusa sorriu de volta, emoções variadas tomou conta de seu corpo, antes que pudesse reagir ao acontecimento, Edward saiu quase correndo da biblioteca deixando-a atônita procurando por algo que pudesse ter feito errado.

        Edward entrou em seu quarto fechando a porta atrás dele, seu corpo reagia como se algo o perseguisse, seu coração batia apertado enquanto ele andava de um lado para o outro diversas vezes, tentando entender os sentimentos estranhos que dominavam seu ser. − Eu sorri para ela, naturalmente, simplesmente fluiu como a muito não acontecia, e ela por sua vez retribuiu provocando em mim sensações nunca sentidas, me fazendo fugir como um louco. Edward sentiu uma pontada de remorso por ter deixado Bella sozinha, tendo ele mesmo pedido para ela ficar. Sua frustação se acalmou ao ouvir passos no corredor, deduziu que seria ela, tendo certeza ao ouvir a porta de seu quarto sendo fechada. Escreveu um bilhete agradecendo pelo presente colocando em baixo da porta de seu quarto se afastando o mais rápido possível com a esperança que Bella não se encontrasse triste ou magoada. Voltou ao seu quarto se jogando na cama, fechou os olhos e contemplou a imagem de Bella que dominava seus pensamentos, e foi com a lembrança olhar que adormeceu.

Edward acordou no meio da noite saiu da cama e em um impulso foi em direção ao quarto de Bella, seu coração batia em um ritmo alucinante, a adrenalina tomou posse de sua corrente sanguínea, girou a maçaneta da porta entrando sem excitar, ela dormia tranquilamente, seus longos cabelos estavam espalhados em seu travesseiro, seu rosto estava sereno, com apenas dois passos estava próximo a sua cama, com as costas da mão acariciou seu rosto amenizando um pouco a vontade que estava de toca-la, mas ele queria mais, seus lábios ansiavam os dela com um desejo incontrolável, sem pensar muito a beijou extraordinariamente ela retribuiu, seus lábios se abriram recebendo os dele, desejo e luxuria se apossaram de seu corpo despertando uma necessidade  de apertar Bella em seus braços, sentiu o calor de seu corpo, e em segundos rolavam na cama, seus lábios ficavam cada vez mais urgentes querendo mais, o fino tecido da camisola de Bella permitia que Edward sentisse cada linha do corpo dela.

− Edward! Ele abriu os olhos fintando sua mãe que o olhava curiosa.

− Oi mãe. - Edward falou tentando disfarçar sua frustação e surpresa.

− Estamos indo embora, vou levar Elisabeth para que Bella descanse um pouco, amanhã mande James ir busca-la, tudo bem para você?

− Claro que sim. Bella deve estar cansada. – Edward falou se lembrando de que já era tarde quando a ouviu voltar para seu quarto. Esme beijou seu filho saindo com um meio sorriso nos lábios. Confuso ele tentou lembrar se falou alguma errada, mais foi invão, pois todos os seus sentidos estavam ligados em seu sonho, olhou no relógio em cima do criado mudo e ainda não era nem sete da manhã, tentou voltar a dormir, sendo impossível se levantou calçou um par de tênis saindo para uma caminhada. A manhã estava escura e gelada, apressou seus passos até estar correndo, a brisa fria soprava tocando seu rosto sentia um prazer inexplicável nesta pequena ação. A muito não fazia isso desde que se casou com a Júlia, ela não gostava muito de fazer exercícios físicos, aumentou a velocidade dos passos finalmente chegando ao lugar onde queria estar. No centro da fazenda há um campo verde cheio de arvores, no meio delas tinha uma especial, era a mais alta de todas, todas as vezes que se sente triste e confuso passa longas horas sentado em baixo dela. Diminuiu seus passos absorvendo o ar puro que entrava pelas suas narinas, contemplou a paisagem que parecia sorrir para ele. “Bella iria gostar daqui”, pensou parando abruptamente ao vê-la sentada embaixo de sua árvore. Estava sentada com as pernas cruzadas em estilo indiano, seus longos cabelos balançavam ao ritmo do vento, ele queria poder correr de volta para casa, porém seu corpo e sua mente não concordavam com isso, caminhou devagar tentando não fazer barulho se sentando ao lado dela sentindo a fragrância de sua pele misturada com a da natureza, seus olhos se abriram assustados encontrando os dele.

− Desculpe! Eu não queria te assustar.

− Não se desculpe, estou bem.

− Você encontrou meu esconderijo. – Edward disse olhando o horizonte.

− Isto aqui é fantástico. – Bella falou.

− Você vem sempre aqui? – Edward perguntou.

− Quase todas as manhãs.

Bella fintou Edward que olhava o céu nublado, ela estava admirada com o quanto ele ficava a vontade e sereno ao seu lado.

− De nada. – Bella falou olhando Edward que se voltou imediatamente questionando-a.

− Pelo que?

− O bilhete!

− Me desculpe por saído daquela forma, não sei o que deu em mim.

− Tudo bem, não se preocupe com isso. Espero que tenha gostado do presente.

− Gostei, muito. – Ele disse tirando o aparelho do bolso e mostrando a ela.

         Bella sorriu e ele retribuiu com alegria, os corações de ambos inflaram o dele porque não havia nada que o agradasse mais do que vê-la sorrir, o dela por ter a honra de ser a primeira a vê-lo sorrir tão abertamente depois de tanto tempo.  A chuva começou a cair em pingos grossos fazendo com que Bella e Edward se levantassem e corressem juntos rumo a casa.

− Não aguento mais, já estamos encharcados mesmo, não adianta mais correr da chuva. – Edward disse parando e segurando os joelhos.

− Você tem razão. – Bella disse também parando.

         Chegaram à fazenda conversando amigavelmente, em seus olhos havia um brilho novo não deixando de ser reparado por James que descansava dentro da camionete e por Laura que observava a cena incrédula. Os dois jovens entraram na casa indo para seus quartos. Horas depois Bella desceu para almoçar já encontrando Edward a mesa, ele a recebeu com um sorriso que logo foi notado por Laura que entrava na sala de jantar com uma travessa de arroz.

− Onde você vai almoçar. – Laura perguntou lembrando que Bella nunca almoçou na sala de jantar quando Elisabeth não estava.

− Ela vai almoçar comigo Laura, pode colocar mais um prato na mesa. – Edward disse pedindo que Bella se sentasse.

Laura saiu não podendo deixar de ligar para Esme contando as novidades.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem deste capitulo. Deixem comentário por favor! Me desculpem se tiver algum erro de portugues, pontuação e formatação é que sou nova nesta coisa de posts. Obrigado pelos comentário passados, fico feliz em saber que estão gostando! Beijos