Hidden escrita por jduarte


Capítulo 31
Enjaulada


Notas iniciais do capítulo

Tá muito pequeno, mas não me julgue.
Beijooos.
Ju!



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   Bernardo pareceu engolir seco.

- Isso é golpe baixo. – sussurrou ele.

- E? – Norbert disse cruzando os braços em cima do peito, e ficando com as feições de “o” cara.

   Apesar de que não era “o” cara, e sim mais um guardinha fardado que poderia ser o meu futuro cunhado. E devo acrescentar esse pensamento não me era atraente.

   Ficamos ali parados feitos uns idiotas.

- Ok. Eu vou, mas antes você tem que prometer uma coisa. – disse Bernardo. Norbert ficou esperando feito um idiota.

- O que?

- Terá que cuidar de Camila e Rubens, caso contrário, eu não vou trazer a K9 não sei das quantas.

   Meu sangue começou a borbulhar em minhas veias, e minha cabeça parecia explodir com tanta informação de uma só vez. Bernardo era irmão de Norbert, que me odiava, e eu amava Bernardo, que queria que Norbert cuidasse de nós enquanto estava fora, caçando quem quer que fosse essa K94F3-2. Isso está mais confuso do que cardápio infantil em restaurante!

   Eu e Norbert ficamos tão chocados, que exclamamos ao mesmo tempo:

- É o que?

- É isso mesmo. Se não, nada feito! – avisou.

- Isso é ridículo, Bernardo. Quer mesmo nos deixar com um monstro? Se for assim, prefiro ficar na solitária. – murmurei irritada e gesticulando com as mãos a todo o momento. Quando terminei meu mini discurso, cruzei os braços e joguei o corpo até ele ficar rente a parede.

   Bernardo bufou e segurou meus ombros, enquanto Norbert ficava com a boca aberta, e berrava:

- Porque, realmente, eu sou o maníaco do parque, ou um lobisomem!

- Cale a maldita boca, Norbert! – respondeu Bernardo dando um murro na parede atrás de mim.

   Congelei. Ele nunca fora tão rude.

- Desculpe. – disse ele tirando a mão do buraco que se formara ali, e apoiando a em cima do buraco. Ele apoiou a testa na minha se curvando um pouco por causa da minha baixa altura, e com a outra mão acariciou meus cabelos.

   Eu quase poderia sentir o que ele sentia. Tudo o que passamos, poderia ser destruído em segundos se eu tentasse fugir com meu irmão. Mas, se ficássemos, seriamos os próximos da lista de execuções. E isso não seria legal!

- Desculpe? Sério? – perguntou Norbert. – Você tem um prazo para cumprir a sua promessa, ou eu juro por Deus que denuncio você pra empresa. Ouviu? – ameaçou.

- Isso é só um bando de palavras, seu creti... – minha boca foi tapada pela mão de Bernardo antes que eu terminasse de falar.

   Ele ficou olhando para mim tão de perto, que nossos narizes podiam se tocar, e ao mesmo tempo tão distante, que ele precisaria de óculos para ver de que cor eram meus olhos.

- Tudo bem. Até quando? – perguntou Bernardo ainda olhando-me com seus olhos profundamente verdes.

- Semana que vêm. Sem adiantamentos.

- Ok. – respondeu ele. Quando Bernardo terminou de falar, ele beijou sua mão que estava minha boca, e sussurrou: - Prometo que quando eu voltar, faço isso sem a mão.

   Ele me olhou.

   E saiu andando sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

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