Depois de colocar as malas no carro, que graças a Deus estava na garagem da casa dos meus pais, lembrei que meu pai tinha dito que a habilitação estava no porta-luvas. O medo me bateu, para onde eu iria?Como eu sairia de casa despercebida pelos outros?O que eu diria se eles descobrissem?E a tia Alice coitada, levaria a culpa com certeza. Sem dar tempo para que esses pensamentos me assombrassem leguei o motor do carro e saí da garagem, respirei fundo e disse para mim mesma:

-Seja o que Deus quiser.

E parece que Deus estava ao meu favor, porque consegui sair de casa despercebida pelos outros,e comecei a pensar no meio do caminho para o aeroporto para onde eu iria.Para a Itália?Oh, não!Com certeza não!Eu queria relaxar e colocar os pensamentos em ordem, e não me estressar com as maluquices de Aro,e a psicopata por tortura da Jane.Itália:Descartado da Lista.Alaska,Espanha,Inglaterra,Tóquio,Paris?Não,minha família tinha amigos por todos os cantos.Espera aí,espera aí,a Grécia me parece um bom lugar “Renesmee,mas Vladimir e Stefan não moram lá?”Sim,mas eles tem coisas mais importantes para se preocupar do que crianças em fuga, não é mesmo?Bom eu espero que eles tenham coisas mais importantes para fazer, se não eu estou ferrada!

Mas eu não tinha mais tempo para pensar, pois tinha acabado de chegar ao aeroporto e provavelmente a essa hora minha família já tinha descoberto meu sumiço,e eu estava me sentindo uma assassina em fuga,fui em direção a recepção em busca de informação, e cerca de 20 minutos depois já estava embarcando em um avião.Sentei em uma poltrona da primeira classe e fiquei pensando,qual será que foi a reação da minha família ao descobrir meu paradeiro?A minha consciência pesou por um segundo ao imaginar os rostos aflitos de cada um,mas sorri ao imaginar minha tia Rose tentando matar o Jacob pelo que ele fez comigo,tia Rose independente do que eu fizesse me defenderia sempre,eu sentiria falta disso...eu sentiria falta de todos...E com esses pensamentos adormeci.

Quando acordei olhei para fora e vi que os primeiros raios de sol ameaçavam sair, era lindo olhar o amanhecer pela janela de um avião. Mas eu tinha a impressão que tinha sido despertada por uma voz:

-Atenção passageiros, apertem seus cintos porque vamos aterrissar em Atenas a qualquer instante.-Então essa era a bendita voz que tinha me acordado!Despreguicei-me e fiz o que a voz tinha mandado.

Desci do avião e peguei minhas malas, respirei fundo, e notei que eu ainda tinha que arrumar um hotel para ficar, peguei um táxi, e pedi para que ele me deixasse no hotel mais próximo, a minha sorte era que eu sabia falar grego,não era uma língua difícil de ser falada como todos imaginavam,só era diferente.

Consegui uma suíte na primeira tentativa, essa temporada não era muito procurada pelos turistas, então os quartos estavam completamente vazios. A mulher da recepção chamou alguém para me ajudar com as malas,quando cheguei no quarto fui tomar um banho e trocar de roupa pois ainda estava com a roupa e o cabelo da festa,o que estava atraindo muito a atenção das pessoas,tomei um banho de água gelada para despertar,decidi que ia caçar em seguida pois não tinha bebido um golezinho sequer de sangue na festa,e como meu surto de crescimento tinha acabado eu estava bebendo mais sangue ultimamente.

Abri as malas para encontrar roupas confortáveis para caçar e encontrei meu Iphone que tinha ganhado na festa e o meu velho notebook,acabei por decidir vestir uma calça skinny,uma blusa de uma manga só soltinha e uma sapatilha preta,pulei da janela, afinal seria estranho voltar da caçada e passar na recepção com as roupas todas sujas de sangue.Havia acabado de amanhecer então as coisas estavam tranquilas pelas ruas de Atenas,era uma bela cidade e o dia estava ensolarado,e apesar de a minha pele não brilhar tanto a luz do sol,eu tentava evitar o máximo os raios solares.

Demorou um pouco mas eu achei uma floresta,não era tão grande como a de Forks mas tinha alguns animais,depois de tomar o último gole de sangue do cervo notei uma fragrância adocicada no ar,congelei,era um cheiro de vampiro,e ele tinha estado nesse exato lugar que eu pisava a pouco tempo,e o pior de tudo não era isso,ele ou ela não era qualquer vampiro,era um Volturi.Qual?Eu não sabia responder estava uma confusão de cheiro no dia que vi eles há 7 anos atrás,e estavam todos de capas,era impossível dar um nome.Mas um Volturi era um Volturi de qualquer jeito eu seria morta se me aproximasse demais de um,eu decidi seguir o cheiro do vampiro mesmo sabendo que poderia me dar de cara com alguém da guarda a qualquer momento.

Andei por um tempo pela floresta e o cheiro cada vez ia ficando mais forte e mais forte,até que eu me deparei com uma clareira,lá havia diversas fogueiras e o cheiro de vampiro queimado estava por todo lado,eu poderia dizer que foram pelo menos 12 vampiros mortos pelo número de fogueiras.Eu não consigo explicar,talvez seja pelo cheiro muito forte de incenso que estava no ar,mas eu não consegui sentir o cheiro de um vampiro aproximando e muito menos consegui ouvir os passos,eu só sei que,só me dei pela presença do vampiro quando o mesmo sussurrou no meu ouvido com um fraco sotaque italiano.

-Procurando alguém senhorita Cullen?