A Luz dos Olhos Teus escrita por Sochim


Capítulo 18
Capítulo dezoito


Notas iniciais do capítulo

Surpresa!!! Capítulo novo. Konohamaru. Hanabi. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11993/chapter/18

Descobrir que Udon estava de partida para Londres foi um choque para Konohamaru. Seu melhor amigo morando há milhares de quilômetros dele era algo difícil de acreditar, ainda mais de aceitar. Não queria que aquilo acontecesse, mas o que podia fazer? Não podia pedir que Udon deixasse sua mãe sozinha, ainda mais sabendo que eles eram tudo um para o outro. Eles eram uma família e tudo o que queriam era continuar juntos. Que direito Konohamaru tinha de sequer desejar que quisessem algo diferente? Ele também escolheria a própria família se tivessem lhe dado essa chance.

A sensação de impotência o estava deixando irritado e a pouca concentração que tentava manter para fazer os exercícios de matemática agora praticamente não existia. Largou a lapiseira sobre a mesa, recostou-se na cadeira e colocou as mãos no rosto, apertando os olhos. Estava cansado. Tinha passado a noite na casa de Udon, conversaram até tarde, jogaram no videogame e, mesmo depois do pai de Moegi tê-la buscado, pegaram o telefone e continuaram importunando-a madrugada a dentro. Ela teria ficado com eles, porém, por mais que o pai dela estivesse acostumado com os dois, não confiava tanto assim em Konohamaru e Udon a ponto de deixar a filha passar a noite com eles. Bem, era uma preocupação boba, já que Moegi era como uma irmã para eles…

Irmã. Konohamaru testou a palavra. Era isso que Moegi era para ele? Era assim que verdadeiramente se sentia a respeito dela? Irmãos não se beijam do jeito que eles tinham se beijado. Konohamaru estava procurando o mais fundo que podia qualquer sentimento que se parecesse com aquele que tinha por Moegi e, por mais que tentasse negar a verdade, tudo o que tinha encontrado até agora serviu apenas para constatar que o que sentia por ela era a mesma coisa que sentia por Udon e Naruto. Ela era parte de sua família. Uma família que ele tentava reconstruir desde que perdera os pais naquele acidente de carro.

As lembranças ainda estavam frescas em sua memória, muito embora a maior parte recortada por lapsos de absoluto branco. Lembrava-se do carro vindo em alta velocidade na contra mão. Disseram-lhe que o motorista estava bêbado. Lembrava-se da sensação que o abateu quando o carro começou a capotar, embora a imagem não estivesse clara em sua mente. Estava consciente quando o tiraram das ferragens, seu olhar fixo na ferragem distorcida, esperando para ouvir que seus pais seriam os próximos. Uma parte dele esperava que pudessem voltar para casa ainda naquele dia. Depois, só se lembrava de estar no hospital. Não sabia como seu tio Asuma lhe deu a notícia sobre a morte de seus pais. Não conseguia se lembrar. Era estranho querer lembrar-se de uma coisa dessas e não se preocupar com outras lembranças mais agradáveis de sua infância. Mas Konohamaru não conseguia evitar. Sempre que pensava nisso, sua mente seguia sempre o mesmo caminho.

Udon, Moegi e Naruto, eles eram seus irmãos. Iruka era o mais próximo de um pai que tiha. Asuma era seu tio, mas estava tentando começar sua própria família, na qual Konohamaru não se encaixava. Talvez fosse esse o motivo de não conseguir pensar em Moegi de nenhuma outra maneira que não como sua amiga, sua melhor amiga. Já tinha perdido uma família e não podia correr o risco de perder outra. Era a coisa mais preciosa que possuía e não esperaria até que ela estivesse prestes a se despedaçar para reconhecer isso.

— Eu não vou fazer esses exercícios sozinha.

A voz de Hanabi Hyuuga o chamou de volta à realidade, à sala de aula e à atividade de matemática na qual eles dois estavam presos pelas próximas duas semanas. Liberou as mãos, deixando-as descansar por um momento na mesa e olhou para Hanabi. Ela estava com aquela expressão arrogante e desgostosa de sempre, mas havia algo novo, que ele nunca tinha visto. Talvez já estivesse lá antes ou talvez nunca tivesse parado para realmente observá-la. Bem, tinha observado tempo suficiente para saber que era uma garotinha mimada, fútil, arrogante e desgraçadamente linda. Porém, sentada ao lado dele estava uma garota com uma expressão fechada, numa mistura de sua arrogância nata e indissociável, e… o que era?

Hanabi parou subitamente de escrever para encará-lo, mudando sua expressão para uma realmente irritada.

— Você me ouviu? – disse, com a voz zangada. – Vai me ajudar ou vai ficar ai com essa cara de idiota?

— Provavelmente as duas coisas. – Respondeu, sorrindo sem conseguir se conter. – Só perdi a concentração por um momento.

Hanabi o encarou por um momento, depois lançou um olhar desconfiado para a folha de resposta no caderno dele.

— Quantas você fez até agora?

O tom levemente alarmado dela fez Konohamaru olhar para o caderno. Ele riu.

— Três. E você?

— Nove! – Hanabi agora estava nervosa. – Você disse que era bom em matemática!

— Disse? – Konohamaru continuava rindo.

— Do que você...? – Hanabi engoliu o que quer que estivesse prestes a perguntar e fechou os olhos, como quem procura por paciência. – Escuta, isso aqui não vai dar certo.

— Relaxa, Hyuuga. Eu sou bom em matemática, só não estou num bom dia para fazer contas.

— Eu e você. Esse trabalho. Não vai dar certo. – Hanabi balançava a cabeça.

— Hyuuga.

— Vou falar com o professor e pedir para mudar de dupla. Ou para me deixar fazer isso sozinha.

— Caramba! – Konohamaru perdeu a vontade de rir, jogando-se novamente contra o encosto da cadeira. – Como você consegue ser tão fresca? O professor nos deu três aulas para terminar essa bosta. Eu estou fazendo a droga dos exercícios certos. Eu só… - parou.

O que diria para ela? Por que se importaria em dizer qualquer cosia? Além do mais, Hanabi estava certa, aquilo não daria certo. Ele e Hanabi não conseguiam coexistir pacificamente, como poderiam sequer trabalhar juntos? Ela estava certa, mas tinha uma coisa que o incomodava ainda mais do que a simples presença de Hanabi. Normalmente, não gostava se ser considerado incapaz de fazer algo. Sentia-se desafiado a conseguir aquilo. Hanabi achava que ele não era capaz de realizar aquele simples trabalho. E, o que era ainda pior, ele próprio tinha acabado de se declarar incapaz de conviver com aquela garota. Agora, não era uma questão de provar aos outros do que ele era capaz, como também de mostrar a si mesmo.

Respirou fundo, tentando empurrar para longe os sentimentos ruins que vinham à tona quando ouvia a voz de Hanabi, quando a via mesmo que à distância, ou quando sentia o cheiro de ser perfume doce e suave. Ignorou as lembranças de todas as vezes em que ela lhe dirigira a palavra. Podia fazer isso.

— Desculpa, está bem? Eu não estou num bom dia. Eu vou apenas me sentar aqui, agora, e fazer a minha parte no trabalho. Se você ainda quiser falar com o professor tudo bem. Mas… eu só quero terminar isso tanto quanto você. Sem complicações.

Hanabi o encarava. Sua expressão séria e avaliativa. Ela estaria considerando o que ele disse ou apenas tentando perceber se havia algum sinal de sarcasmo nas palavras dele, para depois jogar tudo de volta em sua cara? Havia sarcasmo naquelas palavras? Konohamaru achava que não, pelo menos não pretendera isso, o que seria um avanço em relação ao tipo de comunicação que eles tinham estabelecido desde o primeiro dia. De repente, continuar encarando-a começou a incomodá-lo, então focou os olhos no papel, pegou a lapiseira e se pôs a reler o enunciado do exercício 4. Antes que a questão começasse a fazer sentido, Hanabi falou.

— Você não é o único que tem problemas. Faça a sua parte e eu faço a minha e acabaremos isso logo.

Konohamaru apenas balançou a cabeça, ciente do olhar dela ainda sobre ele.

Você não é o único que tem problemas. Aquelas palavras grudaram em sua mente de tal forma que ele precisou reler o enunciado três vezes antes de começar a fazer as contas.

Tuy e Katisu eram muito diferentes entre si, mas parecidos demais com Udon para Konohamaru conseguir afastar a onda de pensamentos confusos que vinham atormentando-o. Mesmo assim, deixou-se ficar na companhia deles, que tornavam sua experiência no Colégio Satélite pelo menos um pouco mais parecido com o que costumava ser no colégio antigo, ao lado de seus amigos-irmãos. Não podia dizer que algum deles conseguisse suprir a falta que sentia de Moegi e seu mau humor onipresente, pois eles não tinham nem a beleza rebelde dela, nem a delicadeza que ela tentava esconder embaixo da atitude independente. Mas às vezes Tuy e Katisu discutiam e podiam levar qualquer discussão por horas a fio, exatamente como Udon e Moegi. Como sempre, Konohamaru não se importava em ser excluído da conversa. Apenas sentava lá e assistia, rindo o mais discretamente que podia, para não distrair ninguém. Era divertido até.

No entanto, naquele momento o pensamento de Konohamaru estava muito longe dali. Pensamentos em sua família antiga, sua família nova, na família de Udon, em Moegi e, sentia raiva de si mesmo por isso, em Hanabi. A garota que representava um teste para sua paciência, teste no qual constantemente falhava. Como Udon aguentava as provocações de Moegi? Invejava a calma, a paciência e a profunda serenidade com a qual Udon lidava com as constantes reclamações de Moegi. Claro, nem sempre ele ouvia tudo calado e passivo, mas demorava mais tempo para perder o autocontrole. Comparado com ele, Konohamaru parecia descontrolado, precisando respirar uma, duas, três vezes antes de conseguir falar com Hanabi sem ironia, irritação ou algum tipo de provocação.

Às vezes, Konohamaru pensava em pedir a Udon alguma dica sobre como lidar com essa garota, mas por algum motivo sabia que era melhor mantê-los à distância um do outro, como em duas dimensões paralelas, para nunca se encontrarem. Não queria que seus dois mundos colidissem.

Irritado demais consigo mesmo, Konohamaru tentou focar sua atenção nos dois amigos sentados com ele na mesa do refeitório, mas àquela altura era tarde demais para tentar acompanhar o assunto. Aliás, era tarde demais para acompanhar qualquer coisa que estivesse acontecendo ao seu redor. Subitamente, o barulho dos alunos no pátio aberto, o ruído das vozes de Tuy e Katisu, a comida, o local que tinham escolhido para ficar, tudo o que o rodeava invadiu sua consciência, exigindo sua atenção. Porém, era coisa demais, sentimentos demais, pensamentos demais. Ele não estava dando conta de tudo aquilo. Levantou-se sem dar explicação, porém os garotos estavam tão entretidos nos argumentos que apenas lhe lançaram um olhar curioso e depois continuaram como se nada tivesse acontecido. Konohamaru largou a bandeja sobre uma lixeira e saiu na direção do corredor. Queria ficar sozinho, longe de tudo por algumas horas. Seu primeiro impulso era o de fugir do colégio, pular os muros e matar aula. Mas o Colégio Satélite não era como os colégios no seu lado da cidade. Ali a segurança dos alunos era algo levado a sério. Ali estudavam filhos de pessoas muito importantes, políticos, empresários. Seus colegas eram herdeiros de grandes fortunas. Não, ele próprio era herdeiro de mais dinheiro do que poderia contar, mesmo assim não se encaixava naquele lugar.

Konohamaru parou de andar quando alcançou seu armário. Não sabia o que o tinha impulsionado até ali, nem o que faria agora. Parou na frente do armário, olhando para ele com um tipo de curiosidade desconfiada. Encostou-se na parede oposta, ao lado de uma janela grande que dava para o belo jardim dos fundos, mas nem aquela visão o distraiu agora.

Expulsão. Era disso que precisava. Asuma podia tentar força-lo a frequentar o Colégio Satélite, mas não poderia forçar o colégio a aceita-lo.

Quando deu por si, já tinha dado o primeiro soco no armário, o som ecoando pelo corredor. Socou mais uma vez e uma outra…

— Para com isso! Para com isso! – alguém gritou à sua esquerda. – Você perdeu a cabeça de vez? Qual é o seu problema, Sarutobi?

Sarutobi. Só tinha uma pessoa que dizia essa palavra com aquele tom de desprezo e superioridade. Tudo bem, não era apenas uma pessoa, mas com certeza apenas uma garota.

— Sai daqui. – Disse simplesmente, mas ela não saiu. – Sai daqui, Hyuuga.

— Não saio. O que você pensa que está fazendo? – Hanabi se aproximava, o rosto transbordando desaprovação. – Isso é patrimônio do colégio, não um saco de areia para você descontar sua raiva.

— Sai. Daqui. – Konohamaru disse pausadamente, dessa vez encarando-a com frieza.

— Já disse que não saio. – Hanabi cruzou os braços na frente do corpo. – Você devia ser expulso por isso.

— Bom, então me deixa continuar. Livro você da minha presença e me livro desse colégio. Tudo o que você precisa fazer é sair daqui.

A expressão de Hanabi mudou sutilmente. Novamente Konohamaru se sentiu sendo avaliado. O que, naquele momento, só ajudou a aumentar sua raiva.

— O que você está olhando, Hyuuga? – Aproximou-se dela lentamente. – O que há para pensar? Você não me suporta desde que eu cheguei e eu nem sei porquê. Não importa. Estou aqui oferecendo a oportunidade de você se livrar de mim.

Hanabi deu um passo para trás.

— Não seja idiota. O máximo que vai conseguir com isso será um armário quebrado que nunca será consertado enquanto você estiver estudando aqui, e uma semana de suspensão.

— Posso me esforçar mais se…

— Eu sair daqui. Eu já entendi. Você pode não gostar daqui, Konohamaru, é um direito seu. Mas eu gosto e não vou permitir que quebre o patrimônio da escola por causa de uma crise de raiva. Ainda mais por algo que não vai dar o resultado que você quer.

— Então me faz um favor. Vá até a sala do diretor e conta o que eu fiz. Inventa alguma coisa. Qualquer coisa. Ajude-me a ir para bem longe da sua vista e nunca mais voltar.

Os olhos claros de Hanabi estavam fixos nos dele. Era possível ver sua surpresa com a situação, sua mente trabalhando para entender o que estava acontecendo. Konohamaru não pensou a respeito quando deu um passo a frente, registrando brevemente o fato dela não ter recuado dessa vez.

— O que você vai fazer, Hanabi?

Ela não respondeu, mas algo mudou na maneira como o olhava.

— Tudo bem – disse. – Se é isso que você quer. Vá e soque seu armário. Desconte a sua raiva. Eu não vou impedir.

— Você não conseguiria me impedir mesmo que quisesse. – Konohamaru riu com deboche, porém não fez nenhum movimento para se afastar dela ou virar-se para o armário.

— Você é um idiota, sabia? Deixar seus problemas influenciarem a maneira como você lida com as coisas ao seu redor. Primeiro na aula, agora isso. Não sei qual é a sua desculpa, mas tem muita gente por aí que também tem problemas e não sai socando armários ou destruindo coisas que pertencem a outras pessoas. Soque seu armário na sua casa, se estiver com vontade. Mas aqui não é sua casa…

— Nisso nós dois concordamos, Hyuuga. – Foi a vez de Konohamaru dar um passo para trás. A proximidade com aquela garota nunca lhe fez bem, ao mesmo tempo em que nunca esteve tão perto. – Meu lugar é onde eu fui criado, o colégio onde estudei minha vida inteira, ao lado dos meus amigos. Eu nunca quis vir para cá. Nunca quis conhecer você da mesma maneira que você preferia nunca saber da minha existência. Acho que estaríamos os dois melhores se fosse assim. Eu fui jogado aqui contra a minha vontade, forçado a ficar, forçado a aturar a futilidade de vocês, a sua hostilidade sem motivo. Eu estou curioso, Hanabi. Em que eu incomodo tanto você? O que eu te fiz?

A pergunta era justa. O que Konohamaru fez para que ela não gostasse dele. Na verdade, era muito mais uma questão do que as outras pessoas tinham feito desde que ele chegou, do que algo que tivesse vindo dele. Pelo menos no começo. Depois, as provocações, as discussões, e agora a agressividade e o comportamento sem sentido. Mas essa não era a resposta mais honesta. O que Konohamaru fez para irrita-la aconteceu apenas depois dela já acha-lo insuportável. E lá estava a resposta que ela jamais daria. Sua confissão de culpa.

Porém, antes que ela respondesse, Konohamaru afastou-se ainda mais, deixando-a aliviada. A proximidade de Konohamaru naquele estado de ânimo estava perturbando-a. Hanabi observou enquanto ele sentava no chão, encostado ao ferro torto do armário socado. Ele dobrou as pernas e esticou os braços sobre o joelho, focando o olhar para a parede em frente.

— Esquece isso – ele falou num tom mais baixo e calmo. – Sai daqui, Hyuuga.

Ela permaneceu calada. Qual era o problema dele afinal.

— Prometo que não vou mais socar nada no seu precioso colégio.

Por um momento, Hanabi não conseguiu decidir se deveria se afastar ou ficar. A aparência de Konohamaru era de tal abandono e solidão que não conseguiu se manter impassível diante daquilo.

— Tudo bem, Konohamaru – falou, aproximando-se de onde ele estava sentado no chão. – Eu admito que fui injusta com você. Eu te julguei sem conhecer e medi minhas ações a partir disso. Eu peço desculpas.

Era impossível que a surpresa no rosto dele ficasse mais evidente. Para dizer a verdade, nem a própria Hanabi acreditava que tinha acabado de dizer aquelas palavras. Pedir desculpas não era uma coisa que costumava fazer. Muito menos para alguém que não suportava. Principalmente por esse alguém ser Konohamaru Sarutobi..

— Desculpas aceitas. – Ele disse, mas sua expressão era de alguém desconfiado. – E agora?

— Agora nada. – Ela deu de ombros. – O que eu pensava sobre você antes não era justo, porque eu não o conhecia. Ainda não gosto de você, mas agora tenho todas as vezes em que você foi um idiota, depois que te conheci, para justificar minha aversão a sua pessoa.

Konohamaru sorriu. Hanabi não sabia como reagir a isso, mas optou por sorrir também.

— Podemos continuar não suportando um ao outro com um pouco mais de civilidade? – Ele perguntou, estendendo a mão direita para ela, como para selar um acordo.

— Civilidade e respeito. – Hanabi apertou a mão dele. – Se você conseguir se controlar o suficiente para isso. – Disse, já virando-se para sair e caminhando para longe dele.

Pronto, estava feito. O primeiro passo numa direção a qual Hanabi não sabia onde daria. De alguma forma, sentia que era a coisa certa a fazer. Ou talvez fossem as lembranças de sua mãe que afloraram na noite anterior que tornara possível enfrentar um Konohamaru que, aparentemente, não era tão estranho às dores que ela própria sentia. A tristeza que tinha visto nos olhos dele na sala de aula, agora tinha se transformado em raiva.

Era estranho, mas ela e Konohamaru tinham algo em comum. Algo que lhes dava tristeza, frustração, raiva e solidão.

Isso era algo que ela podia entender.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar. É muito difícil se sentir motivada a escrever se não tem comentário. Bom, de resto, espero que tenham realmente gostado. Até qualquer dia. :D