-Ou no caso da maioria quem são suas mães. - disse Thalia, estressada. Aparentemente ela era feminista.

-Athena, Zeus e Hécade. Combinação estranha. - disse Nico com um meio sorriso no rosto.

-Vocês devem eu e as meninas um explicação. - disse Ron. Ele parecia um pouco assustado com o fato de estar pairando um raio em sua cabeça. Imediatamente ele me lembrou o Harry...

Nossa. Viajei agora.

Espera, tinha uma coisa diferente neles... 

Não, não eram os símbolos holográficos girando na cabeça deles. 

Eu não já não tinha falado que olhos da Mione, do Ron e da Ginny tavam mudando  de cor? Então, agora eles tinham mudado TOTALMENTE de cor. A Hermione tava quase(eu disse QUASE) igual a MIM! Vê se pode?

A Ginny tava assustadoramente igual a Thalia, só faltava pintar o cabelo de preto agir que nem gótica. Se começasse a agir que nem ela ia ser o fim do mundo.

Vocês devem estar pensando por que eu não gosto da Thalia. É que eu simplesmente não fui com a cara dela. Entenderam?

-Vamos começar explicando quem somos nós. - disse Percy - Eu sou Percy Jackson, filho de Poseidon, o Nico é filho de Hades. A Annabeth é filha de Athena, o que quer disser que ela é SUPER nerd.

-Ô Cabeça de Alga, eu to ouvindo. -  disse Annabeth ultrajada atrás dele.

-Eu só falei isso pra poder simplificar as coisas, Corujinha.

-Aham, sei...

-Tá bom, voltando. - ele se virou pra mim - Você, é irmã da corujinha e a sua amiga morena também. 

-Mas a Annabeth é minha prima!

-Prima pelo lado MORTAL.

Ele já estava se virando quando pareceu se lembrar de alguma coisa e disse:

-Se eu fosse você não compraria briga com a Thalia, não. Ela é uma Caçadora, ou seja: é boa de briga e imortal.

-Imortal? - imediatamente pensei nas Horcruxes do Voldemort. - o que ela fez?

-Ela desistiu de namorar, pura e simplesmente. Agora ela é uma das Caçadoras de Ártemis, a deusa da caça. Você sabe quem é essa, não?

Fiz que sim com a cabeça.

-Outro detalhe. Ela é filha de Zeus.

Ele se virou para conversar com o Nico.

Era muita coisa pra minha cabeça. Hermione era minha irmã, Annabeth também. A única coisa que parecia normal na minha vida era que eu era uma bruxa e o meu namorado também.

Minha mãe era uma deusa. Meu pai tinha morrido, ela não tinha feito nada. Nada.

Aquilo ficava ecoando na minha cabeça de um jeito irritante, mas insistente.

Lagrimas insistentes começaram cair insistentes pelo meu rosto. Limpei elas na hora. Chorar naquele momento seria estranho.

-Então nós temos que ir? Sair do castelo? - perguntou a voz sonhadora de Luna.

Sair do castelo? Não. Definitivamente não.

 -Mas e os treinos de Quadribol? - perguntou Ron.

-E os N.I.E.M.’s? - perguntou Hermione.

Imediatamente uma coisa me veio a mente.

-Hermione, você anotou pra mim o que os professores passaram nas aulas? - eu queria tirar a atenção deles do assunto “deuses gregos”.

-Sim, claro. Eu fiz as minhas e copiei pra você. - respondeu ela gentilmente.

Ron olhou pra ela com o olhar de cãozinho pidão.

-Por que você faz as anotações pra ela e pra mim não?

-Quantas vezes eu e a Lyra já terminamos, revisamos ou fizemos os seus deveres e os do Harry?

-Não muitas que eu me lembre.

Nem eu nem Ginny não pudemos deixar uma risada escapar. Ele é muito cara de pau! Já tinha muito tempo que eu tinha perdido a conta de quantas noites tinha passado em claro fazendo ou simplesmente corrigindo os erros dos deveres dele e do Harry.

-Cof, cof - Ginny tossiu dramaticamente.

-Vamos interromper isso um pouco? - disse Nico - Ou vocês querem parar em um leito de hospital que nem a Lyra? Nós temos que sair do castelo. 

-Como sairemos daqui, Bafo de Cadáver? - perguntou Thalia.

-Simples, Cara de Pinheiro. Senhora O’Leary.

-Senhora O’Leary? - perguntaram todos.

-Quem é Senhora O’Leary? - perguntei.

Percy sorriu.

-Uma amiga. - disse ele.

Annabeth arrastou Hermione, Ginny e eu até a Torre da Grifinória para pegarmos as nossas coisas.

-Hermione... - perguntei enquanto empurrava todas as vestes, livros, penas e pergaminhos dentro do meu malão - você ainda tem a sua bolsa de contas?

-Tenho, por que? - respondeu ela confusa. 

-Eu tive uma ideia.

Imediatamente ela compreendeu.

Por mais que aquela bolsa não devia pesar, mas parecia que tinha uma tonelada de coisas lá dentro. 

O pior que tinha mesmo.

Os malões de todo mundo estavam lá dentro. Tudo estava lá dentro. Menos o Bichento, que a Mione carregava no colo, e a minha coruja, que estava empoleirada no meu ombro.

Sim, eu tenho uma coruja. Problemas? Ironicamente o nome dela era Athena, o nome da minha mãe.

Eles falaram que tínhamos que nos encontrar na orla da Floresta Proibida.

Tudo estava indo bem, já tava no local que tínhamos combinado. Até eu encontrar o Harry.

-Ei Lyra! - disse ele. Parecia que tinha acabado de sair do campo de Quadribol. Estava com as vestes rubras da Grifinória e com a Firebolt apoiada em seu ombro.

-Oi Harry... - coloquei Athena no ombro de Ginny e gesticulei para me deixassem sozinha com ele. 

Ele parecia tão feliz, como nunca tinha estado desde que o conheci. A sua cicatriz não doía a meses. Ele estava finalmente em paz. Sem Voldemort, Comensais...

Ele reparou na minha expressão. Seu sorriso se desfez.

-O que foi? - perguntou preocupado.

-Nada. - olhei por trás do meu ombro. Gelei. Tinha um cão maior do que o me atacara e todos estavam a sua volta. Percy fazia um carinho entre as orelhas do bicho. - Eu tenho que ir. Tenho que, hãn, treinar Quadribol. Tive um horário livre hoje.

Eu minto muito mal. Estava com a bolsa de contas na minha mão, minha coruja estava empoleirada no meu ombro a 1 minuto atrás e eu queria que ele acreditasse que eu estava indo treinar Quadribol?!

Sério, eu tenho problemas.

-Lyra! Vamos! - berrou alguém atrás de mim.

-”Vamos” aonde? - perguntou Harry, tentando olhar atrás de mim.

Tentei bloquear a sua visão.

Alguém me puxou pela gola da minha roupa. Fui puxada pra trás com a velocidade de um foguete.

Tudo parecia ocorrer em câmera lenta. 

Harry ficou surpreso por alguns segundos mas depois correu em minha direção e segurou a minha mão. Ele estava decidido a me puxar de volta ou ser levado junto comigo.

Ai tudo escureceu. 

Não, eu não fiquei inconsciente. Foi como se a luz tivesse sido sugado do ambiente, o efeito de um desiluminador.

Eu e Harry desabamos encima de um calçamento. Estava confusa, minha visão era turva. Eu podia jurar que vi um taxi amarelo. Estranho, só tem taxis amarelos em New York.

Me levantei. A minha frente estava o edifício Empire Stade Building.

Eu estava em New York.

- Isso. Não. É. Possível... - eu e Harry dissemos.

-É sim. Por viagem das sombras é. - disse uma voz feminina ao nosso lado.

-Annabeth... - disse Thalia, revirando a sua mochila. - Estou sem dracmas. omo vamos pegar o taxi?

-Os EUA mudaram a sua moeda corrente? O que são dracmas? - perguntou Ron.

-A moeda corrente do Olimpo. - disse Nico, apontando para o Empire Stade - Que é bem ali, 600º andar.

-Você ta brincando, não é? - perguntaram Hermione, Ron, Ginny e Luna.

Harry se meteu no meio da conversa:

-Alguém pode me explicar o que está acontecendo?

-Quem trouxe o mortal? - Thalia olhou pra mim. - Ah! Mas é claro.

Isso foi a gota d’agua. Tive que me segurar para não dar um soco nela.

Meu rosto ficou vermelho com o esforço.

-Tá como vamos ao acampamento? - perguntou Nico.

Eu tive uma ideia.

-Qual é o endereço? - perguntei.

Entramos no 1º beco que achamos. Qual quer trouxa(ou mortal, não sei como chama-los mais) que nos visse, se internaria no hospício.

Estávamos todos de mãos dadas uns aos outros.

Mentalizei o endereço. 

Senti o puxão familiar no estomago e estávamos a caminho do tal acampamento.