Depois do Fim - Susana Pevensie escrita por Leela_Cullen


Capítulo 8
Capítulo 8 - Nunca Mais. Susana Pevensie


Notas iniciais do capítulo

Deesculpa a deemoraa ;*



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'Isso nunca daria certo ...'

Eu nunca havia ido para a parte mais alta da cidade. Percebi, enquanto ele dirigia seu carro que as casas, ao nosso lado, eram cada vez maiores. Não demoramos muito ao chegar e como imaginei, a casa de Benjamin era digna de um rei.

Sua casa era atemporal, graciosa, e devia ter uns cem anos. Era pintada de um branco desbotado e tinha três andares. Era retangular e proporcional. As janelas e as portas faziam parte da estrutura original ou eram uma restauração perfeita. Sobretudo ao olha-la eu lembrava das pinturas das mansões do século XIV.

- Ual - susurrei enquanto saíamos do carro.

- É linda, não é ? Fico bestificado toda vez que a vejo - disse Benjamin pegando minha mão.

- Quantas pessoas moram aqui ? - perguntei pois ao meu ponto de vista ali caberia umas 200 pessoas.

- Eu, minha mãe, meu pai e uns dez empregados - disse ele ao dar de ombros. Caminhamos ate um enorme portão e fomos saudados por um empregado de cabelos grisalhos. Continuamos adentrando à propriedade e de frente à porta uma fonte com um navio nos saudava com um bem-vindo.

No jardim se encontrava um homen e uma mulher de meia-idade, com duas mulheres jovens e belas, com quatro crianças, duas loiras e duas com cabelos tão negros quanto os de Benjamin.

- Anne ? Mary ? O que estão fazendo aqui, irmãs ? - disse Benjamin enquanto nos aproximavamos com um sorriso no rosto. Desentrelacei nossas mãos quando seus parentes nos olharam.

- Ja está nos expulsando, irmãozinho ? - disse uma de suas irmãs. Ela tinha cabelos na cor dos de Benjamin e seus olhos eram de um verde intenso. Seus traços eram exoticos e aparentava ter uns 25,26 anos.

- Por que faria isso, Anne ? - disse Benjamin sorridente ao abraça-la.

- Por esquece sempre de mim, Caspianzinho ? Eu que lhe peguei no colo e lhe dei amor e carinho e mesmo assim ainda fico de escanteio - disse a outra irmã. Essa tinha olhos mel que pareciam mudar conforme o angulo no qual ela se encaixava. Seus traços eram finos e ela aparentava ser um pouco mais velha do que Anne. Provavelmente uns trinta anos.

- Oi, moça-bonita ... Quer essa rosa ? - disse-me um menino loiro com um forte sotaque francês. Ele tinha os olhos de um azul quase tão vibrante quanto o meu e parecia ter uns 7,8 anos - Me chamo Alef, qual é o seu nome ? - perguntou sorridente.

- Susana, Susana Pevensie - disse a ele sorrindo ao pegar a flor.

- Pevensie ? Li uma materia no jornal a alguns meses, e esse sobrenome aparecia cinco vezes na lista, parecia ate uma familia - disse-me a mulher de meia-idade, provavelmente a mãe de Benjamin que agora brincava com as crianças.

- E era ... A minha família - disse a ela tentando sorrir enquanto meus olhos enchiam-se de agua.

- Eu sinto muito, sei como é perder os pais cedo - disse a mulher com um sorriso triste no rosto.

- Sou Henry Witakker e essa é minha esposa Annabeth Witakker - disse o pai de Benjamin sorrindo.

- Susana Pevensie - disse a ele com um meio-sorriso.

- Ela é sua namorada, titio ? - perguntou uma garotinha de cabelos escuros a Benjamin.

- Não, mais um dia será, Katrina - susurrou ele sorrindo ao olhar pra mim.

- Então é a namorada do meu irmão - disse Anne com um sorriso forçado.

- Amiga - disse a ela sorrindo.

- É, acho que o Caspianzinho gosta de você - disse Mary rindo.

- Sabe, Mary nunca gostei que me chamassem assim - disse Benjamin tentando parecer serio.

- É por isso que o chamamos assim, Caspianzinho - disse Anne rindo.

- Vamos dar uma volta, Susana - disse ele me puxando em direção a um rio (ao meu ver) artificial.

- Moça-bonita ! Moça-bonita ! Posso ir com vocês ? Por favor, por favor ! - gritou Alef correndo em nossa direção.

- Venha, Alef - disse Benjamin o oferecendo a mão que o menino negou ja pegando a minha.

- Eu quero a da Su - disse Alef com um sorrisinho maroto.

- Pelo que vejo ja tenho concorrencia - disse Benjamin sorrindo.

- Susana, você quer ser minha namorada ? - perguntou Alef sorrindo de modo encantador.

- Claro - disse a ele sorrindo.

- Viu, tio ? Ela gosta mais de mim do que de você - zombou Alef rindo.

- Não gosta não - disse Benjamin tentando o irritar.

- Gosta sim - retrucou Alef levemente irritado.

- Não gosta não - disse Benjamin o mostrando a lingua.

- Susana ! Diz pra ele que você gosta mais de mim ! - exclamou Alef irritado.

- Eu gosto dos dois igualmente - disse a ele rindo pela discussão tola pelo qual tiveram.

- Viu, baixinho - disse Benjamin me abraçando pelas costas.

- Tira as mãos da minha namorada - disse Alef cruzando os braços.

- Não tiro não, por que ela é minha namorada - disse Benjamin pegando o garoto pelos cancanhares o fazendo ficar de cabeça pra baixo.

- Benjamin não faça isso com ele - pedi a ele o fazendo colocar Alef novamente no chão.

- Viu, titio ? Ela ja me ama - disse Alef abraçando minha perna. Ri e Benjamin me acompanhou.

- Ele tem mais jogo de cintura que você - brinquei rindo enquanto Benjamin me olhava conspirativamente.

- Ah, é ? - disse Benjamin antes de me colocar em seus ombros.

- Me coloque no chão ! - exclamei numa crise de riso.

- Ja que você pediu - disse ele me jogando (delicadamente) no chão ja pulando emcima de mim e me enchendo de cocegas.

- Pare ! Pare ! Por favor ... Estou ... Ficando sem ... Ar - pedi a ele ja me acalmando quando este parou de me fazer cocegas.

Alef saiu correndo quando Mary (provavelmente sua mãe) o chamou. Benjamin saiu de cima de mim e eu me sentei no gramado de sua imensa casa e ele ficou ao meu lado me olhando intensamente.

- O que foi ? - perguntei quando este me deixou sem-graça. Ele, silenciosamente, ajeitou uma mecha de meu cabelo a colocando atras de minha orelha.

- Posso te perguntar algo ? - disse-me Benjamin ainda focado em mim.

- Sim - disse a ele prontamente.

- Seus sentimentos mudaram em relação à mim ? - perguntou me olhando intensamente.

- Sim - disse a ele não reparando inicialmente o que havia falado.

- Sim ? - repetiu sorrindo.

- É, acho que sim - disse a ele saindo de meu transe. Ele me olhava sorrindo. Se aproximou e quando eu ja havia fechado meus olhos para sentir o sabor do beijo de Benjamin quando senti a presença de outra pessoa conosco.

- Caspianzinho, o que está fazendo ? - perguntou Anne nos interrompendo.

- Nada - disse ele mal-humorado tirando a mão de meu rosto.

- Mamãe está te chamando - disse ela e por algum motivo vi que ela me avaliava.

- Vamos comigo, Su - disse Benjamin pegando em minha mão.

- Ela falou para você ir sozinho - disse Anne sorrindo. Benjamin suspirou.

- Eu ja volto - disse ele sorrindo. Continuei sentada na grama e vi que Anne agora se sentava.

- Eu conheço o seu tipo ... Eu sei que não gosta do meu irmão, gosta do que ele tem ... Do prestigío de como ficar perto dele causa - disse ela cinicamente - Eu realmente não sei o que ele viu em você. Uma orfã que não tem aonde cair morta - disse ela rindo estridentemente. Meus olhos marejaram - Ele deve estar com você por pena ... Tem um bom coração - disse ela se levantando - Você não é desde mundo - disse ela apontando para a casa de Benjamin - Você é daquele - disse ela apontando para o lixo não muito longe dali - Vá embora - susurrou antes de sair de perto de mim.

Tentei segurar as lagrimas que quase caíam, mas então elas ja jorravam como uma cachoeira. Eu me sentia completamente humilhada. Mais que isso. Eu me sentia suja. As palavras dela penetraram de uma certa forma em mim que eu comecei a soluçar enquanto me levantava pegando minha bolsa.

Comecei a andar rapidamente em direção a saída, mais ainda parecia devagar. Eu precisava urgentemente sair da-li. Me sentia extremamente desconfortavel, como se ... Como se eu fosse vomitar sangue.

- Susana ! Susana ! - eu escutava Benjamin me gritando o que me fez andar mais rapido.

- Hey - ele me chamou pegando em meu braço - O que foi ? Ah, você está chorando ... - disse ele ainsa segurando meus braços.

- Sim, Benjamin ... Eu estou chorando - disse a ele soltando um riso nervoso.

- Por que ? O que aconteceu ? - perguntou numa voz doce. Fechei os olhos firmemente.

- Nada, eu só preciso ir embora - disse a ele rapidamente.

- Me diga o que houve e depois eu pego o carro - disse ele calmamente. Suspirei.

- Sua irmã, Anne ... Ela me falou coisas horriveis - disse a ele envergonhada.

- Vou pegar a chave do carro - disse ele serio.

- Ben, por favor ... Não fale que eu te falei - disse a ele rapidamente - Só pegue a chave e vamos - disse eu tentando sorrir. Ele apenas assentiu.

Parei de chorar e comecei a me ajeitar. Limpei as lagrimas que ainda sobravam em meu rosto e assoei meu nariz. Não estava causando uma boa impressão para o porteiro.

Benjamin voltou depois de uns minutos com uma expressão furiosa.

- Por isso que eu nunca trago alguem aqui quando elas estão ... Elas nunca gostam de ninguem ! Nem Clark, nem Jhonny ... Sempre não gostam de ninguem - disse Benjamin enquanto o porteiro nos abria o portão.

- Eu falei pra você só pegar a chave - disse a ele enquanto entravamos no carro.

- Me desculpe, Susana, pelo que ela falou ... Anne não pensa direito - disse Benjamin arrancando.

- Ja passou - disse a ele sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Mereeço rewieens ?
Beeijoos ;*