Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 1
Capítulo 1- Um pouco sobre mim


Notas iniciais do capítulo

Aê gente!Primeira fic.Antes que comecem a ler, tem umas coisas a serem consideradas:
1- Essa história se passa antes do Cobra Starship lançar esse último albúm, "Hot Mess" e antes do The Academy is lançar "Fast Times a Barrignton High".
2- A escola Barrington High originalmente se localiza em Illinois, mas na história ira ser em Los Angeles.
Acho que por enquanto só. Ah, outro aviso: essa história é a maior viagem! kkk
Espero que gostem *falo demais*.



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  Chamo-me Diana Perez e tenho 17 anos. Nasci no Brasil, no estado do Pará, na cidade de Belém, para ser mais precisa. Não é um lugar ruim. É  até bom. O problema é que eu sentia que  não me encaixava naquele lugar. As músicas, a culinária e outras coisas de lá nunca me agradaram muito. Na verdade, me sentia diferente. Do jeito que estou contando parece até aquelas cidades provincianas em que aquele que pensa diferente não é aceito. Mas é exatamente o contrário. Acho que o problema era eu.

  Antes de tudo, eu vou contar um pouco sobre mim.

  Minha aparência é a seguinte: morena, olhos grandes e pretos. Cabelo cacheado que vai até o meio das costas quando está molhado e fica até os ombros quando está seco. Tenho estatura mediana e não sou nem magra e nem mais fofinha. Minha mãe diz que isso é bom porque acabo ficando com curvas e tenho onde apertar. Não ligo muito quando ela diz isso. Ela fala também que eu tenho a típica beleza carioca: cintura fina, seios pequenos e quadris grandes. Não sei se isso é verdade e não tenho coragem de perguntar para o meu pai, afinal, ele é o carioca. Minha aparência física é um dos motivos que me fazia sentir diferente, mas não era o principal. Na verdade, eu nem sabia qual era o principal.

  Minha mãe, Carmen, nasceu no Amazonas e se mudou para o Pará porque parte de sua família já morava lá. Começou a trabalhar em um dos shoppings que havia lá e foi lá que conheceu meu pai. Meu pai, William, nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou para minha cidade por causa do trabalho. Ele sempre dizia que não gostava de lá. Mas quando eu perguntava por que ele não voltava para o Rio (O Rio estado, porque a família dele se mudou para um interior na zona oeste quando ele era jovem. Prefiro não citar o nome da cidade.), ele sempre respondia:

  - Minha filha, você não entende. Eu já acostumei com esse lugar. Não ia valer a pena voltar para aquele fim de mundo. Prefiro ficar aqui. - era assim que ele se referia ao interior em que morava. Sempre achei um exagero chamar o lugar assim, porque não era tão ruim. É que o ato de exagerar e dramatizar sempre que puder era da natureza da família do meu pai. Minha mãe dizia que eu havia herdado isso.

Porém, eu nunca ficava satisfeita com a resposta e insistia:

  -Mas pai, por que o senhor não gosta da sua cidade?-sabia que ele ficava irritado quando eu ou minha mãe nos referíamos ao lugar como a cidade dele. A minha mãe adorava ver ele irritado, por isso ficava me incentivando a fazer isso. O amor dos dois era meio bandido.

  -Ô cabeção, já disse que não nasci naquele lugar. Eu sou carioca da gema. -ele falava como um adolescente, e quando fazia isso, exagerava no sotaque arrastado que ele já havia perdido fazia anos. Ele sempre dizia isso e eu não sabia muito bem o que ele queria dizer com “da gema”. Quando era menor, tinha vontade de perguntar se ele tinha nascido de um ovo, mas sempre achei que não era uma boa ideia. Ele podia pensar que eu estava chamando a mãe dele de galinha, e eu realmente não queria isso. Quanto ao apelido, eu era mesmo cabeçuda, só que cresci, meu corpo ficou proporcional à cabeça (é estranho, eu sei, mas é verdade) e perdi esse apelido. Graças aos céus!

  Depois de dizer isso, meu pai terminava a conversa ali. Minha mãe me incentivava a continuar, mas eu sabia que deveria parar por que depois sobraria para mim. 

  Anos depois nasceu meu irmão, e, no mesmo ano, meus pais se separaram. Na época, eu estava com 7 anos e não entendia o porquê da separação. Com o passar dos anos percebi que era melhor assim. Eles brigavam feito crianças quando estavam juntos e separados pareciam melhores amigos. Não dá para entender aqueles dois.

  Com 13 anos, ganhei uma guitarra (uma Yamaha RGX 121 Z, vermelha!) e comecei a fazer aulas para aprender a tocá-la. Música sempre foi minha paixão (e logo depois vem Matemática e Física). Com 15 anos, entrei em uma banda chamada “Diamond Girls”, formada apenas pelas minhas BFF’S: Drica no vocal, Máh na bateria, Boo Boo no teclado e Jumi no baixo. Eu fiquei como backing vocal e, como já era de se esperar, guitarrista. Nós estávamos sem criatividade para criar um nome para banda, então nos inspiramos na música “The Ballad of Big Poppa and Diamond Girl” do Cobra Starship. Nós adoramos aquela banda e aquela música é demais.

  Nós conhecemos a banda no que chamávamos de “sessões de sábado”. Naquele fim de semana, eu havia oferecido a minha casa para ser o cinema, a Drica traria a pipoca, a Máh; os doces, a Jumi; o refrigerante e a Bruna (esqueci de dizer o nome verdadeiro da Boo Boo) o filme. Ela trouxe “Serpentes a bordo” para assistirmos.

  Dias depois, a Boo Boo apareceu dizendo que o filme tinha uma trilha legal e que havia até um clipe. Nós, que estávamos ensaiando na casa da Máh, corremos para o computador dela para assistir o clipe. Quando terminou, a Boo Boo falou:

  -Gente, alguém além de mim achou o garoto do cabelão um gato?- todas olharam para ela com os olhos arregalados. Ela era a mais quieta e a mais certinha de todas nós. Apesar do comentário não ter nada de mais, isso não era típico dela. Todas riram e concordaram, exceto a Drica:

  - Fala sério!Vocês não viram a olhada gay que ele deu para o grandão com cara de latino?- esse tipo de comentário era típico dela, por isso não ficamos surpresas, mas ainda assim, rimos muito. –É sério gente! Não que eu esteja insinuando alguma coisa, é que só não vai pegar bem para ele. - ok, como se ela se importasse.

  E assim que era minha vida: com a minha família não tão normal, para não dizer louca,  sempre me apoiando a seguir carreira artística,  (exceto meu pai, mas depois eu explico melhor), com a companhia das minhas amigas, que também não são normais,  e a escola, que estava tomando grande parte do meu tempo, ensino médio é o inferno!

  E agora, com 17 anos, meu pai conheceu alguém.

  Eu nunca fui contra meus pais namorarem outras pessoas depois do divórcio, pelo contrário, eu até incentivava eles a saírem mais. O problema, então, não era meu pai estar namorando.

  O problema era quem ele estava namorando.


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Notas finais do capítulo

Para quem quiser ouvir as musicas citadas no capítulo tá aí os links
Snakes on a plane:http://www.youtube.com/watch?v=A1wMyKQ6jUg&feature=related (seguro)
The Ballad of Big Poppa and Diamond Girl:http://www.4shared.com/audio/YjJ6PuRj/Cobra_Starship_-_The_Ballad_of.htm (seguro também)
Gente, reviews são boas para um autor, principalmente para aqueles que estão começando, como eu. Críticas e opiniões são bem vindas, sempre.



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