Luna nem sabia em qual casa Harry Potter estava e nem qual era a aparência dele quando o viu pela primeira vez. Na verdade, a primeira vez que a garota o viu, ela nem sabia que ele era Harry Potter, mas ela já simpatizara com ele logo de cara. O menino do segundo ano parecia tímido e era miúdo comparado com o seu amigo ruivo, que era alto e desengonçado, mas parecia simpático, e foi por isso que ela gostou dele.

Alguns dias depois, Ginny Weasley puxaria a manga de seu casaco e apontaria para o garoto grifinório, dizendo que aquele era o Menino-Que-Sobreviveu, o melhor amigo de seu irmão mais velho, o apanhador da Grifinória... Mas, para a menina Lovegood, ele era apenas o menino simpático de olhos verdes.

Anos depois, ela finalmente falaria com Harry, o consideraria seu amigo, participaria de suas aulas da Armada de Dumbledore, convenceria seu pai a publicar uma entrevista com ele n’O Pasquim, lutaria ao seu lado no Ministério, iria com ele a uma festa de Natal, seria seqüestrada por apoiá-lo, seria jogada em uma masmorra junto dele, escaparia com a ajuda dele, lutaria na batalha de Hogwarts, mais uma vez mostrando-se fiel ao garoto, manteria contato com ele, o ajudaria a pedir a mão de Ginny Weasley em casamento, observaria enquanto Harry aceitava a garota ruiva como sua esposa, teria o seu nome dado à filha dele como homenagem, seria sua amiga...

Amiga.

Assim estava bom.

Pelo menos ela o tinha como amigo.

O menino míope e miudinho era seu amigo.

Aquilo estava para lá de bom para Luna Lovegood.

.fim.