Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Cinco: Vinda


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, está ai mais um capitulo.
A quem está lendo, muito obrigada, mesmo os leitores fantasmas.
Beijos



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Capítulo Vinte e Cinco: Vinda

Avançamos no mesmo momento. David ao primeiro momento tentou fazer o mesmo do que com Sebastian, uma seqüência de chutes, mas não deu certo, puxei sua perna, fazendo-o cai na areia, ele girou no próprio eixo arrancando minhas mãos dele, parou e desferiu um soco em meu estomago, certeiro.

Curvei-me um pouco e deu um salto para longe, levantei o rosto para o rosto sorridente.

—Vamos Saray. Como dizem ou homens, perdeu a manha? — Mostrei meus dentes e avancei, subindo pela seu dorso largo, enrolei minhas pernas em seu pescoço; costa a costa, coloquei minhas mãos na areia fria e puxei ele para traz, fazendo-o cair de peito, fiquei de costas.

—Anjos caem, Demônios são perdoados. Mas está para nascer o dia vai ganhar de mim, David. —Citei, ele correu em minha direção, mostrando suas habilidades lendárias do Anjo do Peito de Aço; meu corpo começava arder, de uma forma agradável, o aquecimento do exercício estava me fortalecendo, meu corpo começava a voltar a sua forma normal, pela minha visão panorâmica eu podia vê meu brilho esverdeado, ainda que pequeno, cintilava a minha volta, me sentia mais forte, mais ágil.

Sebastian mantinha os olhos vidrados nos nossos movimentos, observando a forma com que os nossos punhos e encontravam e o jogo de perna que fazíamos; era como uma dança, se não acompanhasse desde o começo não entenderia como começou os olhos vermelhos escuros brilhavam de animação, gravando tudo que podia. David achou uma brecha, passou meu braço por meu pescoço, e segurou meu esquerdo atrás das costas, me prendendo contra o peito, me mexi mas não deu certo.

Ele tinha me pegado, mas eu tinha minhas asas. Não eram tão fortes e resistentes quanto as dele, mas eram mais longas; agitei-as, sentindo que o peso extra me causaria dor depois, mais eu não ia perder, não queria, o Duelo mal tinha começado.

Começamos a subir.

—Está me subestimando, Saray. —Disse David pesando mais seu corpo, tentando em fazer cair, mas estava enganado se  cogitava a idéia de um Mergulho, seria obvio demais, e perigoso para mim, a resistência as sãs de aço do anjo era mais forte que as minhas, poderiam muito bem o segurara no ar enquanto eu caia.

—Nunca faria isso. —Apertei os olhos e forcei mais minhas asas subirem, suportando o meu e o peso dele, não conseguiria chegar tão alto, mas o suficiente.

Cai.

Girando em meu eixo, senti os dedos largos e bronzeados me apertando, ele não ia me soltar, mas eu não queria que ele o fizesse, meu plano era justamente isso, eu sabia que David era persistente demais par desistir de um ataque que ele ia como infalível, isso também era sua fraqueza, por varias vezes nas Batalhas ele saia com algumas escoriações por orgulho ou tentando executar um mesmo ataque varias vezes, mas suas habilidades em corpo-a-corpo era superiores demais para isso se tornar um problema serio.

Estávamos a meio metro do mar quando ele em soltou, escondi minhas asas e mergulhei, nadando por baixo da superfície até o mais perto da areia, ele parado, tentando ver onde eu estava, me impulsionei na água nadando com calma, alongando meus músculos enquanto o sal, delicadamente, raspava minha pele, quando senti que ele estava longe o bastante para conseguir chegar ao beira, pulei para fora d’água e abri minhas asas, elas batiam mais fortes, sentia o vento passando por entre as minhas plumas, flutuei em cima da areia, respirando o ar salgado do mar.

—Sa-Say? —Girei meu rosto na direção da voz de Justin, parado perto da escadaria da casa, seus olhos castanhos estavam arregalados, fixados nas minhas plumas.

—Justin? O que faz aqui?... —David acertou minhas costas, giramos na areia, ele ria, mas eu estava um pouco assustada. O que Justin fazia aqui? E como ele achou a casa de Micaela? Estávamos em Venus Cove, cerca de 3 horas de Los Angeles.

Paramos perto de seus pés, joguei o corpo ofegante risonho de David para o lado, me levantei e examinei Justin mais uma vez, ele me puxou para longe de David ficando na minha frente, tentando em proteger, sorri e apertei seu ombro.

—Não, tudo bem, só estávamos treinando. —Disse, ele se virou o rosto pálido na luz da Lua para mim.

Treinando? Parecia que vocês estavam se matando. —Disse ainda preocupado.

—Acha que Saray nasceu sabendo lutar, humano? Passamos milênios lutando. —Disse se levantando, David não era violento, o contrario era um anjo muito calmo apesar de bom no ataque; mas David sempre achara os humanos um pouco egoístas, tinham tudo o que qualquer criatura poderia querer e ao que parece faziam questão e estarem tristes.

Mas com o tempo que eu estava aqui, aprendei que não exatamente isso, os humanos só não tinham noção do potencial que eles tinham dentro de si, só algo como o amor era capaz de colocar isso para fora, eu tomava Phil assim, do que ele era para o que se transformou era um grande progresso e eu sabia que a credibilidade Ofélia por isso era bem maior que a minha graças ao amor incondicional que tinha por Phil.

 Justin franziu as sobrancelhas e pegou minha mão.

—Como chegou aqui? —Ele ficou ereto e se virou para mim, envergonhado ele passou a mão nos cabelos castanhos.

—Queria ver você, então tentei...

—Rezar. —respondi por ele. Alarguei meu sorriso, ela começava a entender sozinho, e isso facilitava muito que estava vindo em nossa direção, Justin ia ter que ser forte e muito condescendente, não era um raciocino fácil ou simples, implicava todas as regras, limitações e liberdade das qual o Universo tinha sido criado. —Está começando a entender...

Com um meio ele pegou minha outra mãe.

—Eu já tinha lhe dito, não sabe do que sou capaz por você. —Meu rosto quente e meu sorriso suavizou.

—Tudo bem! Todos entrando. David, eu vi um taque seu, por não me mostra? —Micaela empurrou um pouco as costas largas do anjo, ele fechou-as e sorriu para mim logo após se virou par Micaela, respondendo a suas perguntas, Sebastian ficou ali por um instante, depois subiu, sem dar uma única palavra.

Justin franziu o cenho para as costas do hibrido, apertando minhas mãos.

—Justin... — olhando para baixo, ele me puxou para seus braços, encaixando meu rosto em seu ombro esquerdo.

—Não, esqueça, quero ficar com você. Só isso. —Ele sorriu, puxando minha mão pra longe da cada de Micaela.

Estávamos sentados na areia, Justin estava deitado, com a cabeça nas minhas coxas, os olhos fechados, parecia cansado, quase exausto, acariciei seu cabelo, fitando seu rosto agora mais relaxado notei as olheiras a baixo de seus olhos.

—Não anda dormindo. —Afirmei, ele levantou um canto da boca, abrindo os olhos.

—O primeiro show é daqui a 3 dia, Say, estamos trabalhando dobrado. —respondeu erguendo a mão para pegar um cacho. — E parece que o tempo está passando mais lento, pelo menos no tempo que você tem ficado longe.

Suspirei, eu sentia um vazio no peito, mas parecia que o tempo passava rápido demais, graças a minha nova missão eu teria menos tempo para ele e, por mais que fugisse dessa realidade, eu sentia que não demoraria eu teria que voltar para casa.

Tudo indicava isso.

—É, as coisas estão se complicando. — Fechei os olhos, sentindo seu olhar inquisidor no meu rosto, mordi o lábio.

—O que quer dizer, Say? —Não respondi, com medo do que poderia acontecer, ele segurou minhas duas mãos juntas beijando a lateral das mesmas.

—Desculpe...

—Por favor, Say. Não quero perder você, faço qualquer coisa, me deixe ajudar. Sei que não está tudo bem, me deixe ajudar.

Eu não podia mais de esconder as coisas, tinha que falar tudo e também explicar os limites que eu tinha que manter o que podia acontecer a ele e a mim se passássemos deles.

—Certo, Justin. Você vai ficar a par de tudo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
Bjs



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