Por  que existir quando sua vida se foi? 

Aqui estou eu embaixo de um temporal, abandonada, carente, eu estou só totalmente e completamente só.  Nunca fui muito exigente ou a namorada "chiclete", na verdade eu era muito confiante no amor dele por mim, e tudo suportava nos dias em que ele estava mal e zangado ou, o dia em que só falava coisas sem noção, o dia em que se achava o máximo. Eu era quieta, a sua simples companhia já era o suficiente para mim, aos poucos não tínhamos mais essa relação, namorada e namorado, simplesmente parecíamos irmãos ou melhores amigos.  Nossas noites de amor e nossos beijos já não tinham mais a mesma intensidade parecia que, ambos, fazíamos isso por obrigação. Ele cansou de tentar de continuar um relacionamento que já não dava mais certo.

Eu pensei que tivéssemos esfriado e que eu já não o amava com a mesma intensidade de antes, realmente eu só achei, porque nada me doeu mais do que quando ele disse que tinha outra e que já não me amava mais que estava cansado do “nos” e queria terminar tudo, ele me amava sim, mas me amava como amiga.

Mais que a mim – Ana Carolina e Maria Gadú

http://www.youtube.com/watch?v=vP9OWYxz4fI

Ouvi dizer que você tá bem que já tem um outro alguém Ele achou outra e pelo seu carinho de amizade resolveu me comunicar, quando ele me contou eu não fiz nada, eu não chorei, eu... sei lá, me senti fria era como se eu tivesse parado, mas quando ele me deu as costas naquele instante soube que não, o que eu senti por ele não era um simples carinho: eu o amava, e muito, sim o amava muito. E o amava a tal ponto de deixá-lo ir, isso me doeu muito, mas o simples olhar brilhante o sorriso estampado em sua cara quando falava dela me reconfortava, a sua felicidade era mais importante que a minha. Ele poderia ser feliz e eu? Bom eu tentaria ser feliz um dia nós alcançamos o que queremos.

Fazia já uma semana que ele havia terminado comigo e eu ainda estava meio “zumbi”, eu tinha saído para comprar umas coisas e começou uma tempestade e acabei indo para de baixo de um toldo de uma lanchonete fechada, estava com frio e nem tinha uma blusa. Eu queria que ele estivesse ali comigo me abraçando e me esquentando embaixo do toldo

Encontrei moedas pelo chão Mas não vi ninguém pra me abraçar me dar a mão...

Ali senti um vazio tão grande e profundo, eu vi que me encontrava sozinha de novo, que já não tinha meu porto seguro, o meu cais, então comecei a chorar, chorei forte e não me importava que alguém visse, eu tinha que me “abrir por pra fora” tinha que me sentir mais leve, depois de um tempo só eu me acalmei e desejei que tudo aquilo fosse um simples sonho, o pior sonho, mas um sonho que eu acordaria e voltaria aos primeiros dias de namoro na época em que nós andávamos juntos e parecíamos às pessoas mais felizes do mundo e não nos importavamos que as pessoas vissem isso. De repente eu vi algo estranho, eu juro que vi o carro dele passar com uma menina ao lado, mas acho que foi apenas ilusão, fruto da minha mente porque, o que ele estaria fazendo por aqui?? Se aquilo fosse verdade ou não, doe da mesma forma, constatar que o meu amor por ele ainda não passou foi doloroso.

Eu chorei sem disfarçar Quando vi seu carro passar Vi todo o amor que em mim ainda não passou

Eu já não sei mais o que fazer, faz uma semana que ele terminou comigo foi antes do inicio das aulas e eu ainda não superei, eu ainda ficava me perguntando com quem ele estava ou como estava, eu ainda não o tinha visto com a tal menina nova, mas ele disse ser da escola e que eu veria ela quando começasse as aulas. Eu argumentei com ele dizendo que poderíamos voltar, mas ele disse que já tinha encontrado A mulher pra ele.

Eu já não sei bem aonde vou Mas agora eu vou. Tentei falar mas você não soube ouvir Tente admitir!

Vivia me perguntando como seria se eu não tivesse deixado nosso namoro cair na mesmice, será que nos ficaríamos bem? Será que ele me aceitaria de volta? Isso eram só hipóteses e eu nunca saberia, me arrependi de não ter lutado mais. Ver apenas o sorriso dele se transformou em meu consolo para viver.

Tentei voltar e pude ver o quanto errei Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

Já tinha parado de chorar, mas ainda sentia as lagrimas a ponto de vir novamente estava meio absorta pensando como seria se eu ainda tivesse algum tipo de chance com o Seth, que nem percebi quando chegou um cara ao meu lado, ele também estava se protegendo da chuva que ainda estava forte, o cara tirou a mochila da cabeça e se virou para mim, e sorriu, sorriu tão lindamente que me perdi em seus lábios puxados para cada canto e seus dentes brancos, olhei em seus olhos para ter uma ampla visão do seu olhar, e ali me perdi seus olhos eram verdes, mas era um verde que tinha vários tons além de "ter" outras cores ali, os olhos dele me prendiam, e eu também não queria "soltar". Eles transmitiam confiança eu fiquei olhando tanto tempo, que meus olhos não queriam nem piscar, felizmente ele me correspondeu na mesma intensidade. Fiquei envergonhada, ele deve ter percebido quanto tempo fiquei olhando para seus olhos, como se o tivesse cantando, mas ele não pareceu se incomodar: - Olá, eu sou Ian, e você?  - Olá, eu sou Joana. Prazer Ian – falei ainda o encarando, encantada com seus olhos. - O prazer é meu, por que estava chorando, uma menina tão linda não tem motivo para chorar tem? – ele foi direto, mas será que estava tão evidente minha crise de choro? Acho que sim afinal ele perguntou né. - Terminei com meu namorado.- Falei baixando a cabeça. Respirei alto. - Hum, quem foi o trouxa que terminou com você?

- Prefiro não falar.- Olhei-o novamente, ele parecia curioso.

- Ok, mas e aí esta afim de outro ou ele esta? 

- Como sabe? - ele arqueou uma sobrancelha e disse 

- Só acredito nesse motivo, ninguém teria outro motivo, na verdade nem acho isso um motivo plausível para ele querer terminar com você - nessa hora passou uma rajada de vento me fazendo tremer dos pés a cabeça, ele percebeu e veio ate mim e pegou em minha mão gelada, a dele estava tão quente era reconfortante a mão dele era tão quentinha que por um tempo também me esquentou, e eu gostei da sensação da mão dele na minha, queria que ele nunca a tivesse soltado, mas ele soltou e disse - Jô, você esta fria, tome cuidado para não ficar doente. Não tem uma blusa? Claro que não se não já estaria com ela, que pergunta Ian. - achei graça dele perguntar e se auto responder, e não segurei o riso, que veio depois por um gemido de frio. 

- Sem problema, a chuva logo passa - nessa hora acho que sei lá São Pedro estava brincando comigo e um trovão ecoou pela noite, e a chuva se intensificou. Ele deu um sorriso e eu não me contive e também sorri.

- Acho que não, você quer minha blusa? - ele fez menção de tirar lá, mas o impedi com minha mão, do toque de nossos corpos me causou choques elétrico pelo meu corpo. Foi mais forte do que da outra vez, bem mais forte

Ele me soltou gentilmente e tirou a blusa e colocou por cima dos meus ombros que eu tentava esquentar com as mãos. Eu me acomodei na sua blusa e vi como ficava grande, principalmente os ombros ele os tinha bem largos. 

- Obrigada, não tinha necessidade, agora você ficara com frio. - ele deu um sorriso, pegou a mochila e de lá tirou um moletom azul com touca, mas antes disso vi que sua blusa branca por baixo do casaco destacava bem seus músculos, muito bonitos por sinal. Ele sorriu como se não ligasse para meu comentário. 

- Sempre ando com uma blusa, mas hoje não sei porque coloquei uma a mais na mochila, acho que descobri - ele sorriu

- Ainda bem se não me sentiria culpada. 

- Então Jô quantos anos você tem? - "Jô" ninguém nunca me chamou de Jô, mas vindo dele saiu tão perfeito e bonito, que eu gostei de como soou. 

- Eu tenho 17 e você? Uns 24? - ele riu

- Não, passou longe. Eu também tenho 17 sou novo na cidade, me mudei ontem começo na escola segunda tomara que sejamos da mesma escola. 

- Não acho difícil, só tem uma escola de ensino médio aqui, cidade pequena, ahh você é o garoto novo. Você é o assunto do colégio essa semana. 

- Isso não é bom, odeio chamar atenção. 

Assim seguimos conversando sobre trivialidades e gostos, a chuva já estava cessando e já poderia ir embora tranqüilamente que a partir daqui já não me molharia tanto. Ele olhou no relógio e se espantou 

- Nossa está tarde minha mãe deve estar preocupada comigo, acho melhor eu ir indo. Bom Jô, espero te ver na escola.  - Eu também, serei bem receptiva e te mostrarei toda a escola e espero conquistar sua amizade. 

- Já conquistou Jô, já conquistou, eu vou indo - ele veio na minha direção, e me deu a intenção de me dar um selinho mas acho que desistiu e me deu um beijo no canto do lábio quase na boca, foi de propósito. Eu corei. 

- Ate logo, Ian. - ele saiu e abriu um guarda chuva, e não foi embora e ficou comigo? Isso fez um sorriso escapar sem querer dos meus lábios. Ele gostou da minha companhia. Acho que seremos bons amigos. Amigos. E já percebi que poderia ser feliz e o mais rápido possível sem o Seth, ainda sim o amava, mas a companhia de Ian me fez o esquecer durante algum tempo, ele seria um bom curativo, alguém para me ajudar, a esquecer-lo.  Eu esperava que o Seth e que a Bree fossem felizes, mas ainda desejava mais que eu fosse feliz. E acho que seria

------------ X ------------- 

Passei todo fim de semana em casa, ansiosa e com medo. Ansiosa por rever o Ian, e com medo, não sei qual será minha reação ao ver o Seth. 

O tão esperado dia chegou. 

Eu me levantei e fiquei na porta do guarda roupa vendo que roupa pegaria, Joana o que é isso? Você nunca foi de se preocupar com a aparência, afinal não tem muito que se fazer com a sua inexistência de beleza. Eu tomei meu banho e deixei pra depois a minha incrível “missão” de roupas, tomei o banho e ideia de roupas estava pior ainda, kkk.  Acabei por decidir, depois de meia hora, por uma calça jeans Skinny, uma blusa "podrinha" branca com flores e um keds azul marinho, por qual eu era apaixonada, e não largava a mão dele. 

Eu me despedi de minha mãe já que meu pai morava com minha madrasta, e minha meia irmã, eu os amava muito todos eram ótimos para comigo. Minha mãe já nem tinha mais namorado desistiu há alguns anos. Não sei o porquê. 

Entrei no carro super ansiosa mas mesmo assim fui tranqüilamente pra escola. Hoje era o dia de rever o Ian estava animada, admito estava muito animada, mas a dor do final do meu relacionamento com Seth ainda era grande.  Quando cheguei à escola procurei pelos casais com quem andava Barbara e Jared e Ana e Bruno eles eram meus melhor amigos, e quando namorava com o Seth só andávamos juntos, agora já não sei como será, mas antes disso eu via algo que me deixou com uma reação inesperada.  Eu o vi, vi Ian e as piranhas populares da escola, Giovanna, Jasmine e suas discípulas, a Taina, Carol, e Mandy das quais eu só via e mantinha o mínimo de contato possível. Estavam todas envolta dele, o secando e puxando papo, elas pareciam super interessadas, ele já se mostrava indiferente, com elas. 

Nossos olhares se encontraram e ele abriu um imenso sorriso e eu por reflexo também, parecia que eu só o vi ali e existia apenas nós no meio do pátio, ele saiu do meio delas e veio na minha direção, deixando elas ao vento e com cara de ódio mortal sobre mim. Ele estava vestindo uma camisa azul, com os 3 primeiros botões abertos, uma calça jeans e um sapatênis.  Ele chegou perto de mim e eu ia dar um beijo no rosto mas ele me puxou para um abraço, apertado e gostoso, foi especial esse abraço sabe? Era evidente a diferença de altura e de nossos corpos e quando ele me abraçou, não sei, em primeiro momento eu me assustei, com essa atitude repentina dele, e meus braços não retribuíram, mas quando eu percebi que ele não tinha a intenção de me soltar e nem se envergonhou de nos abraçarmos em publico, porque o Seth não gostava de afetos em publico, retribui e o apertei forte como se o quisesse esmagar e nunca mais o soltar, o calor que emanava do seu corpo, era incrível era reconfortante e todo meu medo pelo Seth já tinha esvaído, os braços dele ao meu redor eram grandes e davam voltas ele apoiou o queixo na minha cabeça e lá ficamos meio agarrados durante um tempo ate que ele sussurrou em meu ouvido, ainda me abraçando: 

- Obrigado, já não agüentava mais elas atrás de mim, como disse antes odeio chamar...

- Atenção - eu completei, e ele riu - imagina você deveria amar elas são as populares, eu sou a parte inferior da camada escolar. - ele riu me deu um beijo estalado na bochecha, que formigou por um tempo e por fim soltou meu corpo, sem seu aconchego parecia vazio como se faltasse alguma coisa, eu me senti desprotegida e não queria que ele me soltasse nunca. Ele me olhou nos olhos e disse:

- Sempre gostei de pessoas necessitadas, mas olhe em volta acho que agora estou chamando muito mais atenção que antes, haha - eu olhei em volta e vi todos nos encarando, eu corei e encontrei o olhar do Seth, ele me olhava com um misto de raiva e ciúmes. Não, ciúmes não ,ele esta ótimo com a Bree, eu acho.

- O que foi isso? Me chamou de pobre e carente? - ele arqueou a sobrancelha e eu concordei - ok, carente talvez um pouco, haha  O sinal bateu e eu entrei e ainda não tinha visto meus amigos, então eu veria alguns nas aulas e todos no almoço. Entrei com o Ian na secretaria e lhe mostrei tudo, pegamos o horário dele e vi que só tínhamos duas aulas juntos, a terceira que era Historia e Espanhol minhas matérias favoritas, a primeira que era a minha única com o Seth, Química. Ele foi pra aula dele e eu fui enfrentar o que mais temia: o olhar dele sobre mim. Eu entrei na sala e fui para meu lugar adivinha aonde, do lado do Seth, ele ainda não havia chegado isso significava mais tempo para eu me preparar até falar com ele, foi eu pensar nisso e ele entra na sala como se estivesse com muita, muita raiva, se sentou do meu lado e falou grosseiramente:

_ Mal terminamos e você já tem outro?  Como é essa historia? Quer dizer que eu tenho chifres?

- Para de botar problemas, eu nunca te traí, mas exatamente uma semana depois do dia que terminamos começou o temporal, se lembra? – ele assentiu - ... Então eu sai para sei lá... Arejar a cabeça... - não ia falar que voltei ao lugar que ele me deixou - ... E acabei por pegar uma chuva, e entrei embaixo do toldo e o encontrei e lá ficamos até a chuva cessar e acabamos por pegar uma amizade, foi só isso relax. - incrível mais não me doeu falar nada, foi normal como se contasse que acordei e tomei café, estranho, mas bom.

- Melhor, mesmo não quero ficar como chifrudo, eu apesar de não gostar mais de você ainda sim te respeitei e só fiquei com a Bree depois.

- Ok, mas agora eu quero aprender então, por favor, não fale mais comigo - o professor tinha acabado de entrar, depois disso ele não me dirigiu mais a palavra.  Quando a aula acabou ele nem se despediu, eu também não liguei. Enfrentar Seth não foi tão ruim quanto pensei, acho que exagerei um pouco.

Eu sai da sala, e fui para minha próxima aula que era, Biologia, ahh eu amo Biologia. A aula foi ótimas aproveitei bastante mais admito estar meio absorta pensando na minha próxima aula com Ian, o sinal bateu e eu fui, o mais lento que pude, estava nervosa, não sei porque nunca me senti assim, encontrei Ian na porta da sala, com um sorriso lindo e encantador,o primeiro lugar que olhei foram seus olhos, parecia que nunca me cansaria de olhar para eles.

- Oi - ele falou, com um sorriso lindo

- Oi, vamos? - os alunos ainda não haviam chegado por completo então teríamos um tempinho para conversar, ele assentiu e entramos, nos sentamos no meio da sala para não ficar nem no fundo e levantar suspeitas ou nem muito na frente para o professor olhar diretamente pra nos.

- E ai esta gostando da escola? Não é nada como NY, mas eu gosto daqui, cidade pequena mais gostosa de morar - ele havia me contado da onde era, NY o sonho de consumo de qualquer um.

- Estou amando, ainda não vi nenhum ponto falho. Alem do mais tive uma ótima, “guia”, haha - eu corei com o comentário dele, e olhei pra frente e percebi que o professor já havia chegado. Algo me dizia que ele seria um ótimo ponto de apoio pra mim, com ele eu sei que poderia passar por tudo.

- Guia? Gostei, haha. Quer sair depois da escola, nos temos o costume de ir ao bar do Dock, ele é super legal e tem dois temas anos 50 e 80 depende do lado por qual entra, acho super divertido eu costumo ir lá, você que ir? – ele sorriu e aceitou, eu resolvi parar a conversa por ali, queria saber bem a matéria já que não ia muito bem nela,  Ian parecia já ter visto a matéria, ele fazia umas caretas e ressaltava coisas que nem tinha no livro o que me deixou intrigada será que éramos tão atrasados? Eu ri baixinho, ele pareceu perceber e me olhou intrigado dei um olhar de “deixa pra la”.

As aulas transcorreram tranquilamente, minha aula de Espanhol com o Ian, foi normal nem nos falamos já que eu prestava muita atenção, não sei Espanhol era minha paixão acho que só perdia para Alemão e Francês, que não tínhamos na escola, mas eu acabei por aprender fora. Graças ao bom Deus não encontrei mais Seth nem sua namorada pelos corredores, não queria um olhar de raiva e ver a felicidade transbordando deles.

Depois das aulas esperei Ian do lado de fora, não nos víamos desde o almoço nossa ultima aula foi antes, o que me lembrou o que aconteceu por lá.

Flash Black on

Estávamos eu e Ian numa mesa sozinhos conversando, ele me contava suas historias da época de NY e eu contava as que vivi aqui, ele ainda não sabia quem era meu ex e também não fazia questão de falar pra ele, estávamos num papo legal ele me contava sobre um dia em que se perdeu num passeio da escola, ele era pequeno e começou a chorar na rua:

- ... Então quando percebi que já não via mais ninguém da minha sala, me pus a chorar, chorei muito e forte, então uma velhinha me ajudou e me... - ele parou no meio da frase para ver para onde eu olhava fixamente ele olhou para trás, e deu de ombros, era Giovanna ela estava vindo para nossa mesa, o motivo? Nem imagino, pensei irônica. Ela estava no melhor estilo “vagaba”, short curto mostrando à bunda e uma bata com o decote gigante, a blusa era maior que o short, e uma sandália alta de tiras. Ridícula. Ela chegou à mesa e se apoiou para mostrar o seios para o Ian, como se precisasse daquela bata dela, Senhor! Ele pareceu não ligar, o que a irritou ate a hora em que ela o chamou:

- Ianzinho! - Ianzinho? Ianzinho? Não sei se estou certa, mas acho que ele acabou de,  falar que odeia ser chamado de Ianzinho, porque sempre implicavam com ele. Aquilo me subiu sangue até a cabeça e me deixou, louca, Puta da vida acho que seria mais apropriado. Ele olhou para ela com certo ar de asco.

- Por favor, não me chame de Ianzinho, mas o que você quer Giovanna? - ele falou meio ríspido o que me assustou Ian não parecia ser uma pessoa ríspida com ninguém, pelo jeito ela realmente ultrapassou todos os tipos de limites de paciência.

- Nada queria te convidar para sairmos no sábado que tal? Eu gostei de você e sei que daríamos um ótimo casal. – ah ai ela quer acabar com o meu resto, praticamente inexistente, de paciência só pode, acho que ela nunca se toca de quando ela não é desejada?

- Obrigada, mas eu terei que recusar seu convite. Sábado eu já irei sair com uma pessoa, e todos os fins de semana eu saio com ela então nem tenta, me desculpe – ele não parecia arrependido na verdade parecia bem feliz. Mas agora quem será essa pessoa? Não sei quem é mais já não gostei dela. Dito isso ela foi embora e não nos atazanou mais, o sinal tocou e nos fomos para nossas salas. Mas sempre fiquei me perguntando quem era a tal pessoa. Deixei de lado para tentar prestar atenção um pouco nas próximas aulas.

Flash Black off

Eu estava lá sorrindo por causa do “fora” da Giovanna, quando o vejo sorrindo vindo na minha direção, ele chegou e me deu mais um daqueles abraços de urso que eu amo e não gosto de soltar, mas uma hora acaba né? Ele me soltou e disse:

- Hum, melancia? – não entendi... Melancia... ahh melancia meu perfume é de melancia. Acho que ele gostou

- Você gosta? É meu perfume.

- Eu amo melancia. Mas acho que achei um significado a mais para gostar tanto, haha – o que foi isso? Uma indireta? Tomara que sim porque eu dei um sorriso tímido, e ele um gigante.

- Hum... - queria mudar o assunto então falei - e ai vamos? Que lado você quer? Anos 50 ou 80? Eu particularmente gosto dos dois. - se bem que não queria ir, nos 80 porque era o favorito do Seth e não queria ver-lo por lá se não seria uma briga entre olhares, e eu só queria aproveitar meu amigo.

- Você escolhe.

- Ok, vamos no 50. Façamos assim então... Você vai na sua moto me seguindo pode ser?

- Hum, eu posso te levar até em casa e você me leva de lá eu não quero ir de moto pode ser? – fiquei surpresa com a proposta dele, mas gostei seria mais tempo com ele então esta valendo. Ele foi em direção a moto, colocou a mochila na parte de trás, e colocou o capacete, e foi, eu entrei no carro e o segui, tratei de prestar bastante atenção aonde era eu conheci aquele lugar era no mesmo condomínio que o do Seth, não era longe do meu, mas mesmo assim isso me deixou desconfortável, a idéia de possivelmente ver o Seth por aqui me deixo meio apreensiva.

Ele entrou e eu fui atrás como acompanhante, eu vi ele indo para trás, atrás era onde ficavam as casas mais luxuosas, Ai Senhor acho que ele é podre de rico! Pensei e dei um sorriso meio triste afinal se era tão rico porque ficaria com alguém como eu? Ele por fim parou numa casa, ops! Casa não numa mansão, porque chamar aquilo de casa seria covardia com ele e seria um xingamento com a própria casa serio, eu não estou exagerando a casa era linda, isso só por fora

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A casa era linda, era pintada meio que de preto por fora com muitos detalhes, ta bom vamos admitir que queira uma casa daquela pra mim. Nem se comparava com a do Seth, a casa dele obviamente era maior que a minha, já que eu sou a única pobre na historia né. Aquela casa deixava a minha como se fosse a casa do caseiro.

Respirei fundo, e desci do carro, ele ja estava a minha espera na frente da casa com um sorriso gigante, um lindo sorriso:

-\t     Valeu, por vir. Bom essa é minha casa, vamos entrar ? Eu ainda vou trocar de

roupa e avisar minha mãe, se importa? – eu neguei com a cabeça, nunca que eu negaria eu estava mais era louca para ver a casa por dentro. Ele pegou minha mão e uma corrente passou por meu corpo, a mão dele era quente.

Entramos na casa e ele largou a mochila no sofa, e soltou minha mão e seguiu andando. Como eu o tinha “perdido” me pus a ver a sala, era bem ampla, tinha varios sofa e uma mesa de centro, tudo me parecia com aquele toque rustico mas sem perder a modernidade, tinha sofas listrados no azul que dava um toque muito sofisticado a sala.

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Acho que ele percebeu que me “largou” e voltou, com um sorriso maroto no rosto, como se achassase graça de eu não ter o seguido. Ele pegou minha mão de novo e disse :

-\t     Terei que te levar na mãozinha é?- ele sorria divertido, como se falasse com uma criança, ele me guiou ate uma escada que havia e subiu comigo, acho que ele estava me levando ao seu quarto, eu contrai- relaxa, eu não vou abusar de você quem acha que sou ? - e o sorriso de criança continuava no rosto dele. Eu amava aquele sorriso, parecia que o mundo  parava e só eu e ele estavamos ali.

-\t     Me desculpe  –  abaixei a cabeça envergonhada.

-Shiuuu, magina, acho que esqueci de te dizer para me seguir.  Minha mãe não esta em casa então vou ligar pra ela tudo bem? – eu assenti – então deixa eu te mostrar meu quarto, eu vou tomar so uma ducha, sinto que preciso fazer isso, haha, ah so pra constar eu amo tomar banho então sempre tomo alguns, haha –e eu ri, ele era meu oposto eu DETESTAVA tomar banho ô coisa chata, se bem que tinha vezes que o banho era relaxante, sabe? Eu ficava horas la imersa nos meus pensamentos e devaneios .

-O Ok, eu te espero. – foi quando ele abriu uma das “milhares” portas que tinha na casa, eu vi, o quarto mais espetacular e que sei la, concerteza era bem maior que a minha sala e a cozinha juntos da minha casa. – OMG, esse seu quarto da quase toda a minha casa, Ian. – ele riu, ah esse menino só ri pelo amor de Deus.

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Era em cores meio escuras tinha um sofa, e uma estante repleta de livros, me deu ate inveja dele nesse momento, tinha um computador, parecia ate mesmo uma casa anexada, tinha uma parede que aberta que dava onde tinha uma cama e uma porta que eu imaginei ser a do banheiro, tinha dois criados mudos, e mais estantes com livros e Cds. Ahh tinha um frigobar, não ele tinha um frigobar eu mal tinha uma geladeira e ele tem uma de sobra ai senhor eu só me meto em furada ainda não sei o que o faço aqui. Tinha cortinas num tom que combinava com o quarto alem de uma mesa com um notebook fechado

- Acostume-se minha melhor amiga tem que conhecer toda a casa, viu? E meu quarto em New York era bem maior. Só pra consastar na sua conta de uma casa, aqui temos duas salas, uma area de lazer, 5 quartos, o meu da minha irmã meus pais e mais dois de hospedes. Temos uma sala de diversão minha preferida por sinal, tem tambem a piscina la fora um dia te levo pra conhecer, hum tem a cozinha claro, e o quarto de empregados. – ele me guiou ate dentro do quarto e me indidou o sofá, eu sentei, ele se virou e disse:

- Senta aê, que eu tomo um banho rapidinho, se quiser tem uns livros e pode ligar a Tv, use o computador, fique a vontade a casa, e o quarto, haha, são todos seus, eu já volto - ele entrou numa porta que eu nem tinha visto e imaginei ser o closeth já que saiu de la com umas roupas, antes de entrar no banheiro me deu uma piscadinha, eu achei graça e ri, ele entrou no banheiro e trancou a porta, eu me levantei e decidi dar uma olhada no computador, há tempos não olhava meus emails, eu cheguei me sentei e quando fui ver tinha senha, como eu queria muito usar o computador, eu fui na porta do banheiro e gritei pela senha:

- IAN, IAN A SENHA DO COMPUTADOR, EU NÃO SEI.

- ESPERA AE QUE EU PONHO. – ele gritou e saiu do banheiro só de toalha, cobrindo a parte de baixo, molhando todo o quarto, esse menino comeu titica de galinha? Só pode. Mas não fiz desfeita dei uma bela olhada, e né que ele tinha um porte muito bom, não ganhava do Seth mas era medio, nem forte nem fraco de mais, era na medida, tinha sim la seus gominhos e que gominhos, era muito bonito só me reprendi para não olhar mais para baixo acho que daria muito na cara, ele já tinha percebido porque deu uma risad e falou, corando, ai ele cora que lindo - Oi, desculpa eu mudei a senha antes era uma muito dificil coloquei uma mais facil, ai você sempre se lembra dela. Agora ela ficou como: Mais que a mim, você me disse ser sua musica favorita de uma artista brasileira que no mesmo dia eu procurei e adorei, muito boa as duas por sinal, eu como tambem gosto coloquei, deixa eu voltar pro banho. – ele saiu apressado e eu la.

Eu fiquei em choque como ele era delicado de se lembrar disso, na verdade cada dia eu tenho uma musica favorita no dia em que nos conhecemos, era essa era tão bonita, era brasileira eu peguei a tradução e vi que falava tudo que eu sentia então eu falei quando me perguntou. Era da Ana Carolina com a Maria Gadú as minhas divas brasilerias, alem das que já se foram. Eu fiquei tão pasma com o que ele fez que não falei nada, só fiquei la pasma por ele ainda lembrar disso. Então um sorriso se formou, fiquei super mega-blaster feliz, ele se lembrou, ai como ele  é fofo. Então resolvi entrar, me sentei abri no meu email, e já entrou direto no dele, eu juro que foi sem querer, mas eu não resiti e dei uma olhada nas mensagens tinha, e uma me chamou atenção essa já estava respondida.

Enviada por: Alicia

Para: Ian

Assunto: Novidades?

E ai Ian, tudo bom? Quanto tempo, novidades, alguma paixãozinha? Ou esta pra pegar todas? Me fala ae, as coisa.

Besos

Da sempre sua Alicia

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Enviada por: Ian

Para: Alicia

Assunto: RE: Novidades?

Muitas,Ali, muitas.

Me mudei vim pra uma cidadizinho do interior bonita, mas pequena, nada comparado a NY ou Milan onde você esta. Eu achei otimas pessoas aqui, já tenho uma super amiga, ela sofre muito sabe? Mas eu realmente gosto dela. Tambem sinto sua falta, muita por sinal espero que quando voltar agente marque de se ver. Você sabe que sempre será o amor da minha vida né? Se não sabia ficou sabendo, você foi amelhor coisa que me aconteceu, e sabes que fiquei muito trsite quando você foi pra Europa chorei durante meses, minha mãe ate pensou em me dar uma passagem pra ai, mas eu não queria eu tinha que viver sem você.

Sinto sua falta

XOXO

Quando terminei lagrimas, estavam nos meus olhos, eu fiquei tão triste dele já ter encontrado a mulher da vida dele, eu ainda estava na minha busca , só não sei o que mais me cheteou foi isso ou foi ele estar apaixonado, por algum motivo eu pensava que ainda tinha chances com ele, mas pelo que vi, ele só me vê como amiga, e é assim que eu o verei daqui pra frente meu Melhor amigo. Eu comecei a chorar, quando vejo uma figura apenas de claça jeans enxugando os cabelos e com duas blusas nas mãos. Ele largou tudo e veio ate mim e me abraçou, isso só me fez chorar mais, o braço quante dele a minha volta, eu imaginava isso caso um dia ficassemos juntos. Ele me virou pra si e olhou nos meus olhos e vi tristezaa neles, tambem como se sofresse comigo, isso era reação de um melhor amigo? Eu não sei mais ali eu o abraçei mais e disse:

- Me desculpa, desculpa mesmo.....- por não poder gostar menos, gostar de mais, e como algo mais que um melhor amigo, eu realmente sinto muito, eu prefiro, que fiquemos amigos, a perder você para essa paixão inutil, completei mentalmente.

- Pelo que? Você não me fez nada. Não fique assim. – ele me olhou nos olhos e eu fiquei la grudada olhando pra ele, de repente sem mais nem menos eu me vi olhando para os labios dele e desejei poder beija-lo, eu fui me aproximando ate sentir o halito dele, que cheirava a menta, nos fomos nos aproximando ate eu sentir seus labios roçarem nos meus, e ai meu celular toca me trazendo de volta a realidade. O que eu eu ia fazer? Beija meu melhor amigo? Eu realmente estou doida.

Eu me levantei, sem olhar para ele, que tambem se dirigia mais uma vez ao closeth, e atendi o telefone, era minha mãe eu tinha esquecido de avisar que ia sair, eu falei que ia sair e ficou tudo bem, desliguei e me virei para ver-lo ele já estava com uma camiseta azul, muito bonita por sinal, ele colocava uma jaqueta. Ele se virou pra mim e disse, meio nervoso:

- Vamos, já estou pronto. – eu assenti e ele pegou minha mão me deu um beijo na bochecha e nos saimos.