Dean Winchester

Eu estava descansado. Feliz. Satisfeito. E de acordo ao calendário hoje era sábado! Se você estivesse aqui comigo... Coisa que eu sei que você iria adorar, pois eu sou Dean Winchester... Se você estivesse aqui comigo, saberia como é o paraíso, sim, o paraíso. Dormindo? Se eu estou dormindo? Não! Eu sei disso pois eu fiz uma coisa muito idiota ao pegar a frigideira quente com as mãos nuas... Pois é, foi bacon para todo canto. Doeu, mas admito, se não é um sonho... Eu estou satisfeito. Havia acabado de acordar no meu maravilhoso prédio-casa. Segui pelo corredor saindo de meu quarto... Daí foi como uma explosão de LUZ CÓSMICA! COMIDA, muita comida DE GRAÇA! A mesa da sala de estar estava repleta de PUDIM! Eu simplesmente AMO pudim. Tinha também Waffles, panquecas, pães frescos, uma floresta de frutas. Suco de uva, de maracujá e de limão, tudo bem gelado. E para fechar com chave de ouro de restaurante cinco estrelas.... TAM TAM TAM TAM! Um bolo de chocolate com a calda escorrendo pela bandeija de prata que reluzia lindamente por conta dos feixes de luz que escapavam pela persiana... Tudo tãaao mágico!

Fui saltitando no meu maior estilo Village People. Não sabia o que atacar primeiro, então peguei um prato, o prato de pudim inteiro... Umas panquecas, o jarro de suco de maracujá e fui pro sofá. Sentei de frente para TV LCD... Eu procuraria o controle, mas ele estava arrumadinho na estante. Só pode ter sido o Sam que fez isso. De muitas coisas, uma... Ou ele me ama muito porque eu sou o irmão lindo dele. Ou ele quer me manter longe de alguma coisa interessante para que eu não possa destruir. Ou ele quer me engordar e me fazer andar rolando. Ou ele tá tendo um encontro e não quer que e... Ah para! Isso está totalmente fora de cogitação, acho que a comida fez efeito. Continuando, ou ele quer... Ah sei lá! Vou ver pelo lado bom e acreditar que é porque eu sou o irmão lindo dele... Agora vamos ao que interessa... COMER!

Sam Winchester

Havia acabado de chegar no camarim. O dia estava realmente estressante. Dean não voltou pra casa ontem a noite. Deixou uma bagunça terrível na cozinha e só os deuses sabem onde ele está agora. Não me imagino sem ele hoje no programa pois hoje o Castiel passara aqui e isso eu tenho certeza de que não dara certo.

— Que patético

Levei um susto, mas optei em olhar mais a frente. Como eu pensava; era Castiel.

— O que foi ? — Perguntei.

Castiel olhou fixamente para a direita. Eu teria olhado também, mas estava ocupado tentando entender o do porque ele estava com um gato preto nos braços.

Ele pareceu notar e sorriu.

— Ah, isso é para o Dean. — Ele deitou o gato em cima de um... Não... Ele deitou o gato em cima do Dean-desaparecido-atrazado que na verdade era um Dean-achado-largado-pontual. Olhei abismado. Como não o tinha notado ali antes? Ele estava jogado em uma poltrona giratória com a cabeça inclinada para o lado com a boca aberta... Dava quase para distinguir aquilo como um sorriso. O sonho deveria ser bom.

Olhei para o Castiel

— Mas porque um gato?

— Nada. Vim visita-los, resolvi trazer um presente. Um mascote para vocês. — Respondeu Castiel indiferente.

— Aham — Concordei irônico — Certamente você se lembrou que o Dean tem um certo traumas de gatos depois do incidente um dia...

— Queria dar um presente à vocês que me agradace também. — Castiel deu de ombros.

Suspirei enquanto colocava minha mochila na mesa de centro.

— Pensei que você fosse o pontual...

— E eu sou... Eu acho. Dean chega sempre atrazado, mas acho que ele caiu no sono ontem a noite. Por isso chegou primeiro. Porque ele nem saiu daqui.

— Faz sentido. — Concordou Castiel — Agora se não se importa... Posso acorda-lo?

Olhei para o gato preto lambendo as patas no colo de Dean.

— Deve.

Castiel chegou perto de Dean e empurrou a cadeira, que por causa das rodinhas foi bem longe em direção a parede. No impacto o gato quase pulou do colo de Dean mas...

— O PRATO DE PUDIM! — Dean agarrou o gato que miou e se esperneou com as garras pra fora. Dean quando viu a sua realidade encarou o gato — AAAAAAAAAAAAAH!

Não era de se duvidar que Dean levantaria assustado e jogaria o gato longe como se fosse uma barata.

Castiel sorriu satisfeito. Bom, eu como um bom irmão não pude deixar de TENTAR segurar o riso.

— Mas que droga é essa ? — Dean me olhou. Ele se virou para puxar a cadeira e deu de cara com o Castiel — Mas que diabos!

— Não — Disse Castiel calmo — Apenas um anjo.

Dean apontou o indicador para Castiel.

— Olha aqui seu periquito bancado de anjo! Se você pensa que isso vai ficar assim esta muito, mas muito enganado ouviu bem? — Gritou Dean

— Calma Dean... Foi só uma...

— Foi só uma o que ?! — Gritou ele antes que eu terminasse a frase. — Só uma brincadeira? Acha que perder um banquete de coisas gostosas em seu próprio apartamento é uma brincadeira? Deixar cair um prato de pudim no chão também é brincadeira agora Sam? Hein?

— Dean, não estamos no apartamento e muito menos tem banquete ou pudim por aqui. — Contei a ele.

Ele encarou o camarim com desdém e fechou as mãos em punho furioso e saiu do camarim batendo o pé.

Castiel pegou o gato e o colocou na cadeira.

— Bom Sam, cuide bem do gatinho. Ele sera útil.Vejo você em breve.

Castiel sumiu e eu fui me arrumar.

Alex Russo

Lá estava eu no meu emprego mais duradouro... Já estava ali duas semanas, e pode crer... Isso é muita coisa. Continuando a jornada de Alex no mundo paranóico... Jornada de Alex, é gostei dessa ia dar um bom filme ainda mais com o meu nome e... Ah deixa pra lá... Lá vem o Dean... E parece que a margarida não foi regada hoje, porque tá com uma cara de cravo com espinhos tão grande que tenho medo de olhar.

Eu estava na mesa de refeições... Que podia se chamar, mesa light, ou mesa tropical, ou mesa inútil, pois só tinha frutas. Nada de Hamburguer, coca-cola nem batata frita. Nada de coisas altamente gordurosas e gostosas que todo ser humano deveria apreciar. Peguei uma maçã e fiquei brincando com ela enquanto o senhor cravo sem a rosa parou de frente pra mesa.

— Eaí, qual é a boa? — Perguntei jogando a maçã pro alto repetidamente.

— Boa? Pergunte qual é a péssima, aí eu poderei responder. — Falou ele.

Dean pegou uma maçã e pôs no bolso do sobretudo que usava. Pegou outra e colocou no bolso interno. O cacho de uvas ele preferiu ficar segurando e os morangos iam direto guela abaixo.

— Ér... Quer conversar? — Perguntei.

Ele parou de mastigar os morangos e me olhou

— Quero.

— Que bom. Vou chamar alguém...

— Ué... Pra que?

— Pra conversar com você ué. — Falei deixando mais claro.

— Pensei que você iria conversar comigo.

— Ah não — Discordei rindo — Isso cansa demais. E também eu não gosto muito de ouvir os outros falando porque no final tem sempre uma pergunta que eu não sei responder pois não prestei atenção em nada do que a pessoa disse.

Ele deu de ombros e se abaixou... Afastou a toalha comprida da mesa e lá embaixo retirou um prato com algo que eu sabia muito bem o que era... Cachorro quente!

— Ér, pensando bem — Falei — Vou fazer uma exceção hoje. Sabe como é né... Estou bondosa hoje, afinal hoje é segunda o dia mais feliz de toda a semana! Uhul!

Ele me olhou desconfiado mas assentiu.

— Agora eu vou comer... Depois a gente conversa. — Ele ia saindo.

Mas é claro, eu não ia deixar que um cachorro quente fosse embora assim tão fácil.

— Ah não! Pode voltando agora... Me da esse cachorro quente logo, pronto falei!

— Você quer o meu cachorro quente?

— Seu nada!

— É sim! Eu pedi pro Mark comprar com o MEU dinheiro pra hoje de manhã.

— Sinto muito se foi com o seu dinheiro.... A questão é que ele estava nesta mesa!

— E daí?

— E daí que esta escrito “ Comida grátis para funcionários e apresentadores”

— Eu sou um apresentador!

— E eu sou uma... uma... A sei lá... Eu trabalho aqui e sou mais nova com mais fome e com mais necessidade de comer besteiras do que você.

Ele me olhou abismado

— Não!

Avancei pra cima do prato de cachorro quente dele e a tragédia aconteceu aí.

Nós dois caímos e o cachorro quente radical vôou como um míssel para cima do terno de ninguém menos do que Chuck Bass... Como eu sabia que era ele? Muito simples... Eu leio a Gossip Girl, e se tem algo que é inconfundivel é aquele olhar super sedutor e aquela cara de ódio que ele tinha nesse exato momento... Fora aquela voz grave magnífica que estava mais grave ainda enquanto ele tentava parecer calmo estando absolutamente neurótico.

— Ops

Eu e Dean levantamos e olhamos pra ele desajeitadamente

— Agradeçam pelo Arthur não ter ido embora ainda...

— Quem diabos é Arthur? — Perguntou Dean.

— Meu chofer... Agora se me dão licença, tenho que me trocar. — Ele se virou.

Ele só parou ao ver que Blair Waldorf entrava nesse exato momento. Nem preciso dizer que os dois adoram humilhar os outros por causa das suas roupas perfeitas e que incrivelmente sempre combinam.

— O que houve com você? — Perguntou ela fazendo uma careta ao olhar a mancha no terno do Chuck.

— Ahn — Ele nos olhou — Fui bem recebido no estúdio, apenas.

— Tudo bem. Arthur ainda está la fora. Quando chegar lá peça para Serena se apressar, tenho que mostrar algo a ela.

Antes que ele fosse embora ela o beijou e nos olhou dos pés a cabeça e sorriu de forma forçada.

— Ahn, vocês devem ser os faxineiros. — Olhei pra cara dela — Devem saber onde eu e meus amigos vamos ficar até o programa começar.

— Faxineiros né... Olha só... — Eu ia dizer umas verdades, mas o Dean me empurrou pra trás.

Ele ajeitou o cabelo deu um sorriso e começou a falar asneiras:

— Sou Dean Winchester... Pra você... Sou qualquer coisa.

Blair franziu o cenho, mas logo sorriu.

— Tudo bem... Se é assim... Para mim você é um maníaco indecente que deveria estar trabalhando... Agora... não vamos nos precipitar, talvez você seja útil... Aonde ficaremos?

Eu tive que rir da cara broxante que o Dean fez, mas ele não desistiu e foi mostrar o quarto.

Sai dali antes que a limpeza realmente sobrasse para mim. O cachorro quente não me interessava mais estatelado ali no chão.