Fleet Captain escrita por Cherrybomb


Capítulo 16
Capítulo 16 - Embarcada


Notas iniciais do capítulo

Mais rápido que ligeiro para compensar aquele capítulo horrível '-'



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Shannon estava tão apressado que mal tive tempo de me despedir do velho Moisés ou de Luna. Os dois perguntaram se nós não gostaríamos de ficar mais um pouco e Luna poderia adiantar o jantar – eram por volta das cinco da tarde quando acordei – mas Shannon negou e agradeceu com singelo carinho. Nesse pequeno tempo em que Shannon conversou com o Moisés, Luna me emprestou um vestido rosa claro de algodão duro e que pinicava, mas sem duvidas era bem melhor do que o que eu vestia naquele momento. Depois de uns dez minutos eu e Shannon já estávamos caminhando pelo píer até onde o nau estaria ancorado. Aproveitei que estamos a sós e tratei de esclarecer uma coisa que estava me matando.

- Shannon? – Minha voz estava falha pelo medo – O que você disse ao Capitão?

- A verdade. – Ele deu de ombros e eu parei de caminhar.

- A verdade...? – Meu coração batia rápido e descompensado enquanto meus olhos tratavam de criar lágrimas.

- Ei. – Ele parou a minha frente e segurou minha mão. – Não precisa ter medo dele. Jared é uma pessoa muito compreensível, você verá. Ele me pareceu um tanto quanto raivoso quando falei sobre sua verdadeira identidade, mas tenho que admitir a forma como ele ficou quando falei que seu pai foi atrás de você... Sinceramente pensei que ele iria ter uma parada cardíaca. – Ele riu, coisa que eu não fui capaz de fazer.

- Ele realmente me deixou ir?

- Claro que sim. Como eu lhe disse, ele é um homem excepcional e um líder incontestável. – Sua voz tinha um tipo de veneração que eu não compreendi.

- Certo. – Foi tudo que eu disse e com muito esforço voltei a caminhar ainda com as pernas bambas.

            Caminhamos mas alguns metros até chegarmos há ponta do píer e enquanto o sol se punha vi a largos metros de distancia um enorme barco. Meu coração parou.

- Eles foram embora...? – Era meio uma afirmação meio uma pergunta, isso fez Shannon rir. Notei que parecia extremamente engraçada para ele.

- Não, Cecile. O barco não pode ficar ancorado aqui perto, é muito raso.

- Oh. – Corei fortemente. É claro que ele estava a uma certa distancia se não ficaria encalhado.

            Fiz uma careta e repeti varias vezes a mim mesma que deveria parar de me assustar tão fácil com as coisas, assim acabaria tento um troço. Shannon se abaixou e segurou uma grossa corda na mão, que puxou com uma habilidade natural, coisa que eu seria incapaz de fazer sem suar bicas.

- Suba. – Ele disse e olhei pra baixo so então notando o pequeno bote que balançava graças ao movimento do mar.

            Shannon me estendeu uma mão, que eu segurei sem rodeios, tinha certeza que nunca conseguiria subir em um negocio desses sem ajuda. Logo que me acomodei ele entrou, com muito mais facilidade do que eu, e pegou os remos que ficavam aos lados da pequena embarcação. Até ofereci ajuda, mas ele recusou. Dei de ombros e me encostei com cuidado na borda do bote.

            Jared sabia a verdade sobre mim, a verdade mesmo, Não so o que Shannon contou mais todo o resto que ele não sabia, e mesmo assim ele havia permitido que eu fosse com ele. Por um segundo pensei que ali teria dedo de Merli, mas logo descartei a idéia. Ela devia me odiar completamente nesse momento, o que eu fiz com ela não tinha perdão. Não que eu a culpasse, se fosse o contrario eu também estaria com um ódio mortal dela. Alguém que sempre esteve ao meu lado, que sempre me defendeu me protegeu e então eu faço uma coisa dessas. Suspirei tentando desfazer o nó que se formou em minha garganta. Eu tinha quase certeza de que Merli estava lá dentro e tentava pensar com que cara iria olhá-la quando Shannon me chamou a atenção.

- Estamos quase chegando. Eu queria te pedir uma coisa. – Ele fez uma careta como se odiasse o que iria fazer.

- Qualquer coisa. – Respondi com sinceridade. Ele podia realmente me pedir qualquer coisa.

- No navio existem apenas homens, muitos homens, e eles não são como os cavalheiros que você esta acostumada a lidar. – Outra careta. – So queria que você ignorasse as piadinhas e olhadelas que ele com certeza irão lhe dar. Eu pedi para Jared implantar uma ordem sobre isso ser proibido, mas ele disse que não se importava.

- Tudo bem. – Tentei sorri, mas meu coração se apertou em saber que Jared não se importava que eu fosse praticamente bolinada com os olhos.

- Fique calma Cecile. Tudo irá se acertar.

Eu acenti e juro que tentei acreditar, mas minha mente não parava de mirabolar o que Jared iria fazer comigo. Algumas idéias eram horríveis, outras nem tão más e outras ótimas, rapidamente a imagem de Jared me imprensando na parede enquanto eu passava a mão pelas costas largas, depois pelo abdômen e depois... Balancei a cabeça tentando afastar o pensamento. Esse tempo com as meninas da Madame Tricot definitivamente não me fizeram bem.

- Shannon! – Uma voz masculina um tanto aguda o chamou de longe.

- Jeremy! – Ele gritou de volta e então riu.

            Olhei para trás para ver quem era o tal Jeremy, mas tudo o que consegui enxergar foi brilhantes cabelos loiros – poucos tons mais escuros que o meu – balançando ao vento. O bote bateu na grande carcaça do nau e logo uma escada de cordas foi jogada bem perto da minha cabeça. Olhei para Shannon um tanto desesperada e ele me deu um sorriso confiante.

- Você primeiro, eu te ajudo. – Ele apontou para corda e depois de hesitar uns poucos segundos segurei a corda e tentei encaixar meu pé de forma correta para começar a subida.

            Foi tão obvio que eu fui lerda que quando minhas mãos alcançaram a borda da embarcação o tal Jeremy me deu um puxão que fez com que eu soltasse um gritinho e ele risse. Logo que coloquei meus pés no chão de madeira quase cai dura no chão.

            Estavam ali mais ou menos quinze homens, suas expressões eram diferentes uma das outras. Uns, a grande maioria, me olhava como se pudesse me ver nua e suas expressões eram de puro desejo; outra pequena parte me olhava com algum interesse, mas suas expressões eram mais puxadas para o ditado “so tem tu vai tu mesmo”; o resto bufou decepcionado. Para todas as opções eu corei.

- O que estão olhando? – A voz de Shannon era brutal e de puro comando. Alguns homens viraram o rosto instintivamente e outros continuaram olhando, mas assim que Shannon colocou a mão na minha cintura eles saíram de lá e foram tomar alguma ocupação.

- Ignore-os, por favor, isso não vai durar muito tempo.

Não prestei muita atenção no que ele falou porque meus olhos estavam percorrendo desesperadamente a embarcação à procura dos olhos azuis que eu tanto temia e tanto desejava ver. Depois de uma pequena inspeção notei que ele não estava ali e suspirei, so restava saber se fora de alívio ou decepção.

- Trazendo rabo de saia para o navio, Shannon? – Ela a voz aguda de Jeremy. – O que ela te fez, hem?

- Cala a boca. – Ouvi um pequeno baque e virei a tempo de ver Shannon acertar um leve soco na barriga do homem loiro. Ele percebeu que eu estava olhando e sorriu.

- Sou Jeremy, totalmente ao seu dispor Princesa. – Ele deu uma piscadela e segurou minha mão depositando um pequeno beijo ali, o que me fez rir.

- Cecile. – Respondi por fim e ele deu um sorriso sedutor.

            Jeremy era um homem bonito. Cabelos lisos e loiros que batiam um pouco abaixo dos ombros, boca um pouco irregular – lábios finos em cima e grossos em baixo – mas que mesmo assim eram de um certo charme, maxilar quadrado e um nariz que tinha resquícios de perfeição, mas agora era um tanto torto. Ele notou que eu o analisava e gargalhou.

- Mais uma que cai nos encantos do Mestre J. É isso aí. – Ele falou fazendo um movimento entranho com o corpo que me fez rir. Shannon deu outro soco em seu estomago, mas dessa vez me pareceu ser mais forte.

- Eu pensei que tivesse lhe pedido de tomar conta pra que isso não acontecesse. – Ele apontou com o queixo em direção aos homens que quando eu olhei desviaram o rosto para outra direção qualquer. Algo me disse que eles haviam me observado esse tempo todo o que me fez corar, mas dessa vez de raiva.

- Eu tentei juro que tentei. – Jeremy encolhei os ombros de leve. – Mas o Capitão viu o que estava fazendo e disse que não deveria dar ordens para ninguém e que eles reagissem como quisessem desde que não atacassem a moça.

- O que ele quer com isso afinal? Constrange-la ao máximo irá fazê-lo sentir que tipo de prazer secreto. – Shannon fez uma careta e eu abaixei a cabeça.

            Era compreensível que Jared não ligasse pra mim ou que estivesse com certa raiva, mas pelo nível de cavalheirismo que ele me mostrou poderia muito bem pedir para que eles não me olhassem daquele jeito. Tentei me concentrar na conversa de Shannon e Jeremy que haviam tomado rumos mais agradáveis, mas não tive muita sorte. Estava quase a interrompendo quando um grito agudo que eu conheceria em qualquer lugar me fez tremer.

- Cecile! – Sem duvidas era Merli. Não tive coragem de virar para encará-la. Sua voz não era como eu esperava, um tom de raiva, mas ate mesmo no maior poço de dor Merli podia soar feliz. – Ai meu Deus é você mesmo!

            Ainda sem coragem para me virar senti pequenas mãos me puxando e me apertando forte. Não consegui resistir ao abraço de Merli então me virei e afundei o rosto no seu ombro. Assim que senti seus braços gentis e preocupados em volta de mim lágrimas se formaram em meus olhos.

- Oh, Merli. – Disse entre os soluços. – Eu sinto tanto.

- Querida. – Ela murmurou e me afastou o suficiente para poder me olhar nos olhos. – Você não tem pelo que se desculpar, ta tudo bem.

- Não. Eu sou uma idiota, não tinha que te falar aquelas coisas, você não merecia e...

- Olha pra mim Cecile. – Ela se afastou mais e segurou meus ombros com as mãos. – Você estava passando por um momento difícil e eu não a culpo, sinceramente teria feito o mesmo.

- Sei. – Fiz uma careta que a fez dar aquela risada escandalosa que eu tanto adoro.

- De verdade. – Seu tom foi tão falso que não pude deixar de ri. A abracei mais uma vez e suspirei de alivio.

- Obrigada.

- Não há de que, irmã de alma. – Eu já estava com olhos transbordando de novo quando a risada de Jeremy ecoou por todo o local.

- Sinceramente o que foi isso? Foi mil vezes pior do que um livro de Ben Jonson.  – Outra risada e so então notei que todo mundo estava nos observando. Assim que me dei conta estavam todos rindo o que me fez tremer de raiva.

- O que? – Merli falou por mim. – Nunca viram uma reconciliação não? Vai dizer que você não derrubou uma lágrima, Afonso! – Um homem de pele castanha e cabelos cacheados parou de rir na hora o que so fez todos aumentarem as gargalhadas.

            Merli me olhou e deu uma piscadinha. Esperamos ali por mais um minuto enquanto todos os passaram a soltar piadas com o tal Afonso ela puxou minha mão e me levou para outro lado do convés. Não tive idéia de onde ela estava me levando ate ver uma porta baixa e estreita que estava fincada na parede. Ela puxou uma pequena chave que tinha pendurada no pescoço e passou pela simples fechadura escancarando a porta e me emburrando gentilmente para dentro.

            A porta dava para um quarto minúsculo, quase tão pequeno quanto o de Luna, so que muito mais sofisticado. As paredes eram da metade para baixo brancas com desenhos em um tom dourado e da metade para cima de um tom vermelho clássico que mesmo com a semelhança, não tinha nada haver com a parede de Madame Tricot. No canto havia uma cama simples que fazia contraste com uma mesa bem equipada com mapas e vários instrumentos que nunca vi na vida; no canto, um pouco perdida havia uma penteadeira com vários cosméticos e algumas escovas.

- Bonito, não? É meu e de Tomo. – Merli sorriu corando de leve. O que me fez sorrir.

- Você esta muito feliz. – Não foi uma pergunta, mas mesmo assim ela acentiu.

- Claro que estou. Tomo é tudo que eu poderia querer e um pouco mais.

- Fico muito feliz por isso, acredite. – Eu realmente estava feliz por ela, mas algo me diz que ela percebeu o tom de infelicidade em minha voz.

- Ele ficou furioso depois que Shannon falou com ele. – Disse por fim e eu entendi o que ela quis falar.

- Você ouviu a conversa?

- Não, na verdade eu nem sabia que se tratava de você. Eu fico boa parte do tempo aqui dentro. Alguns dos rapazes como Jeremy, Steban, Julian e o Anão são civilizados e eu arriscaria, até cortesões; mas a grande maioria é uma vergonha. – Ela fez uma careta e eu ri de leve.

- Ele estava mesmo furioso?

- Sim. Dizia coisas completamente sem sentido e xingava quem aparecia na sua frente.

Ouvi Jeremy dizer que nunca o viu assim.

- Sinto muito que ele tenha ficado desse jeito, não foi minha intenção.

- Eu sei. – Merli afagou meu ombro e fez uma careta. – Esse tecido é horrível ate mesmo pro meu nível. – Minha vez de fazer uma careta.

- Eu sei.

- Momento de garotas? – Eu ri e dei de ombros. Eu precisava me distrair e virar a boneca de Merli seria uma coisa que levaria um longo tempo.

-X-

- Perfeita! – Merli disse por fim e eu suspirei aliviada. – Você tem que se olhar no espelho, Ceci.

- Confio em você. – Ela resmungou alguma coisa que eu não dei muita importância.

            Acho que havia passado mais de duas horas com Merli puxando e penteando meus cabelos, me maquiando, me vestindo e tudo mais. Admito que em alguns momentos isso tirou todas as coisas da minha cabeça e que ate me divertiu, mas a maioria do tempo meus pensamentos não conseguiram deixar Jared e me perguntei onde ele estaria. Quando Merli abriu a boca para começar um bom sermão alguém bateu na porta e eu suprimi a vontade de gritar aleluia.

- Pode entrar. – Merli falou um pouco chateada de ter sido impedida. Quando a porta de abriu a figura de Tomo surgiu e Merli logo tratou de se pendurar no pescoço dele para um longo beijo. Desviei o olhar para qualquer coisa que tivesse na parede.

- Cecile. – Tomo falou finalmente e eu olhei. Ele sorria daquela forma divertida e eu sorri de volta.

- É bom vê-lo, Tomo. – Senti alguma hesitação em seus modos. Deduzi que ele estivesse irritado comigo pelo que havia falado para Merli. Rapidamente me senti uma idiota por isso. Um silêncio um tanto constrangedor de estendeu e, pela segunda vez no dia, fui salva pelo bater em uma porta.

- Entre. – Disse Merli parecendo tão agradecida quanto eu pela intervenção.

            A porta se abriu e a imagem de Shannon fez com que eu me levantasse e sorrisse, ele me olhou e sua boca abriu levemente, mas ele tratou logo de fechá-la e sua expressão estava fria.

- Tenho um recado pra você. – Ele falou seco ainda olhando pra mim. Fiquei paralisada por um segundo e me perguntei se ele estava assim por causa da presença de Tomo, porém alguma coisa na minha cabeça dizia que Shannon não era homem de fazer essas coisas. O encarei confusa.

- Que recado?

- Do Capitão. – Ele praticamente cuspiu as palavras e acho que deveria me preocupar com isso, mas minha mente estava a mil com a idéia de Jared querer falar comigo.

- Diga.

- Ele quer vê-la mais tarde.

- Me ver? Para que? – Minha voz tremia de tanta felicidade. Ele queria me ver.

- Não me pergunte apenas vim lhe dar o recado. – Ele deu de ombros e fechou a porta num estrondo. Mesmo com toda a felicidade dentro de mim uma grande pontada de preocupação me atingiu, porque Shannon parecia tão irritado comigo?

- Ceci. – Merli me chamou a atenção e a encarei ainda com o rosto franzido. – Acho que o jantar esta sendo servido. Você quer um pouco? – Senti minha barriga roncar então assenti e ela saiu com Tomo porta afora.

            Eles voltaram pouco depois com três tigelas grandes de macarrão. Merli e Tomo se sentaram na cama e eu no banquinho da penteadeira. Eles conversavam algumas coisas banais como que o cardápio de hoje não era o normal e que tivera sorte de chegar num dia de comida tão boa, mas minha cabeça não processava tudo. Eu murmurava alguns uhuns e ria quando eles pareciam rir, mas apenas isso.

            Minha cabeça estava dividida entre o que Jared queria comigo e o porquê de Shannon parecer tão irritado comigo. Eu precisava resolver um desses impasses antes que ficasse louca, então resolvi começar pelo mais fácil, ou não. Interrompi a conversa deles pedindo licença e dizendo que era melhor eu ir logo ver o que Jared queria comigo, porém minhas esperanças foram logo abaixo quando Tomo disse que ele mandaria alguém avisar quando fosse para eu ir ate ele. Terminei de comer e mesmo sabendo que estava morta de fome recusei o pedido de segundo prato; eles saíram e Merli disse que talvez demorassem um pouco porque a segunda rodada era basicamente uma batalha. Assim que fiquei sozinha comecei a ofegar lentamente. Não sei quanto tempo eu conseguiria fica sem vê-lo, era uma necessidade. Eu não queria, eu precisava checar se ele estava realmente com raiva de mim, se ele estava verdadeiramente chateado. Acho que se passaram boas meia hora e nada dos dois voltarem, isso me fez perguntar que horas eram. Algo me disse que passavam das dez, as pessoas não pareciam dormir cedo aqui, acho. Suspirei e depois de esperar mais dez minutos levantei-me em um rompante. Minha necessidade era maior do que minha vergonha eu iria ver Jared, e ia ser agora!

            Abri a porta lentamente olhando de um lado para o outro checando se havia alguém, assim que notei que todas as vozes estavam vindo da parte frontal do navio suspirei aliviada e sai do quarto rapidamente. Quando se tem um pai que trabalha com navios, caravelas e naus você aprende algumas coisas básicas, e após analisar por alguns segundos eu tinha certeza de que esse era um dos modelos de meu pai. Olhei em volta e segui para a esquerda torcendo para que eu estivesse certa, e assim que vi a porta de porte normal e entalhes de cobre tive certeza que tinha acertado em cheio onde era o quarto de Jared.

            Uma luz turva vinha de dentro, indicando claramente que ele estaca dentro do quarto. Respirei e inspirei algumas vezes tentando me acalmar. Meu coração estava acelerado e minha cabeça girava um pouco por causa da adrenalina que me atingira. E se ele me odiasse? E se ele risse de mim? E se me tratasse mal? Essas perguntas rodaram na minha cabeça e eu me perguntei se queria realmente vê-lo. Após pensar por uns pouco minutos decidi que não era uma boa idéia aparecer sem avisar. Balancei a cabeça e tentei lutar com a parte de mim que queria que eu batesse logo na maldita porta e encarasse a verdade. Quando me virei para ir embora ouvi um grito.

            Era obvio que se tratava se um grito feminino, mas estava um pouco retorcido pela sua veracidade, era quase que animalesco. Voltei a encarar a porta de olhos arregalados, hesitei por um momento até que outro grito veio e quando me dei por mim já estava com a mão na maçaneta e escancarando a porta.

            Assim que conseguir focalizar na imagem que estava na minha frente fiquei paralisada. Jared estava deitado na cama, completamente nu e com o cabelo totalmente desgrenhado, encima dele, sentada bem naquele lugar estava uma mulher igualmente nua e de longos cabelos castanhos. Os dois me olharam de olhos arregalados e tenho certeza que minha expressão era um reflexo da deles. Não tive certeza de como era o rosto da mulher porque estava completamente focalizada no de Jared e meu coração pareceu parar e voltar a bater ao mesmo tempo. Ele sorriu debochado e malicioso.

- Gostaria de participar, Cecile? – A mulher então gargalhou alto e me olhou com uma sobrancelha erguida como se estivesse aprovando o convite e aguardando minha resposta.

            A única coisa que fiz foi fechar a porta e sair correndo o mais rápido que podia ate o quarto de Merli e Tomo. Acho que esbarrei em algum dos dois enquanto abria a porta do quarto mas não me importei, apenas fechei a porta o mais alto que pude e deslizei pela parede ate encostar no chão e me acabar em lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Cara eu preciso dizer uma coisa, e ignorem por favor.
Carol minha querida, risada maléfica e convite para surubinha são totalmente a sua cara.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK-'
Okay, botando fim nesse momento alok, o que acharam hem?
Surtaram um pouquinho com o Jared safadênho? Hem? Hem?
Preciso dizer estava com essa ideia na cabeça a semanas e finalmente consegui encaixa-la na fic.
E o Jeremy gatinho, heem? Nada mal (6). Qualquer semelhança entre ele e o Axl Rose na versão younge não é mera coincidência -q.
Espero que gostem, comentem e quem puder mande uma recomendação. Sei que fiquei um bom tempo sem postar mas saibam que essa fic é uma das coisas que me mais trazem alegria *-*
Beijuus, Cherry



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