Fleet Captain escrita por Cherrybomb


Capítulo 14
Capítulo 14 - Nova escapada


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que devia ter uma boa desculpa para ter ficado tanto tempo sem postar mas sinceramente não tenho.
Apenas estava sem nenhuma ideia e acreditem isso me matou por dentro porque essa é uma das fics que mais me dão prazer em escrever, mas graças a deus eu tive um incide muito louco e conseguir escrever esse dois capítulos que estou postando como um so para me redimir. Enfim, espero realmente que leiam e comentem. Tenho um convite/pedido lá em baixo.
Creditos e agradecimentos a:
*LarissaC por me dar a ideia do pai da Cecile e pela recomendação; *--*
*BellaLetoJonas por (existir)tentar me dar uma luz; *--*
*Luna Salvatore pela primeira e lindissima recomendação. Juro que vou retribuir com um presente especial pra você *--*
— Enjoy.



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- Quem fez isso com você? – Seu tom era raivoso.
- Ninguém. – Sussurrei um tanto desesperada. 
Depois de tudo o que aconteceu com Shannon eu havia esquecido das marcas que aquele que chamava de pai fez em mim.
- Não minta para mim Hannah. – Ele disse tentando ser suave, mas seu tom estava mais para irritado.
- Porque não? – Falei me enrolando no lençol da cama e ficando de pé. – Porque te devo satisfações?
Shannon não respondeu. Ele apenas me encarou com os olhos semi serrados e acho que ele estava se perguntando o mesmo. O silêncio permaneceu por mais alguns segundos, nenhum dos dois se mexeu eu continuava em pé e ele me encarando, ele foi o primeiro a sair desse transe. Shannon simplesmente ergueu o queixo e me olhou com um olhar de superioridade que doeu lá dentro. Era o típico olhar que um homem daria a uma meretriz.
- So queria ajudar. – Falou de forma rude.
Nada disse, não porque não tinha o que falar, o que era verdade já que estava magoada demais pra isso, mas porque alguém bateu forte na porta fazendo com que eu praticamente desse um pulo de susto. Continuaram batendo na porta mais algumas vezes ate que Shannon suspirou, levantou-se e colocou rapidamente a calça branca (não antes que eu pudesse reparar que ele possuía, vamos dizer uma bela retaguarda) e caminhou em direção a porta.
- O que... – Ele tentou dizer, mas Madame Tricot invadiu o quarto de forma quase desesperada. Ela arfava e estava com os olhos verdes um tanto arregalados.
- Hannah você precisa ir embora e tem que ser agora. – Disse com a voz tremula. Nesse momento meu coração parou.
- Ir embora? Porque? O que eu fiz? – Tentei olhar para Shannon para pedir uma ajuda, talvez ele dissesse que eu fiz algo certo, mas notei que ele estava ocupado demais colocando algo de cor marrom em um daqueles horríveis canecos.
- Não querida. Você não fez nada de errado é so que... Ele esta aqui. – Ela sussurrou essa ultima parte. Minha respiração ficou acelerada e se meu coração havia parado agora ele batia mais rápido do que o passo de um cavalo.
- Você quer dizer... – Não precisei terminar ela balançou a cabeça assentindo rapidamente. 
Não. Ele não podia estar aqui, como ele havia me achado? Rapidamente a imagem de Anne passou por minha cabeça, porém logo desapareceu, ela não faria isso comigo esse fato era uma das poucas certezas que eu tinha na minha vida neste momento.
- Querida. – Disse Madame Tricot – Eu sei que você deve estar abalada e terrivelmente cansada depois de tudo que passou hoje, mas você tem que fugir. E agora!
- Mas o que ele esta fazendo aqui? Eu não entendo. – Balancei a cabeça tentando organizar meus pensamentos.
- O que você acha? Ele disse que queria ver se “A Maldita” tinha mesmo cumprido a promessa. – Trinquei os dentes para segurar as lagrimas.
Como eu fui burra! Era obvio que depois de toda aquela cena de “eu prefiro ser mulher da vida a me casar com aquele crápula” ele sabia que eu estaria aqui. 
- Ramona... – Eu não sabia ao certo o que falar.
Acho que suplicar para ela me esconder talvez ou algo do gênero, mas eu sabia que seria arriscado para ela. Se ele suspeitasse que ela estava me escondendo destruiria esse lugar e faria sabe-se lá o que com as meninas e elas não mereciam esse destino.
- Oh, meu bem. – Ela disse e me abraçou. – Eu sinto muito, mas você terá que ir. Sabe que se fosse por mim você seria uma das minhas meninas, uma das mais especiais so pela sua coragem de fazer o que fez. – Ela sorriu de forma maternal.
- Sei disso. – Sussurrei. – So deixe eu me vestir e irei embora. 
- Temos um cavalo nos fundos e Flora esta preparando uma bolsa para você levar. – Seus olhos estavam a um passo de transbordar e sua voz tremula. Apenas assenti e baixei a cabeça.
Madame Tricot, ou Ramona para as meninas, era uma mulher especial. Aos olhos dos outros ela era uma cafetã, uma mulher suja que se aproveitava de mulheres sujas, mas estavam todos errados. Ramona é uma das melhores pessoas que já vi em minha vida, e pelo pouco que convive aqui percebi que ela é quase como uma mãe para essas meninas e mulheres. Elas eram uma família, uma família que eu não tinha o direito de estragar, que eu não tinha o direito de violar como a minha me violou. So percebi que estava chorando quando um soluço que poderia ser considerado escandaloso de tão alto saiu.
- Hannah. – Senti uma mão quente em meu ombro. A voz de Shannon estava de uma solidariedade que me deu vontade de bater nele, porque solidariedade para mim era sinônimo de pena.
- O que? – Respondi entre as lagrimas.
Ele ficou em silencio e então eu o encarei. Ao contrario do que eu pensei que iria encontrar em seu rosto, pura pena da coitada meretriz, ele estava com uma expressão irritada e um pouco compreensiva.
- É ele? O homem que esta aqui é o mesmo que te fez isso? – Shannon apontou para minha barriga.
- Sim. – Foi tudo o que respondi. Sentei-me lentamente na beirada da cama para tentar recobrar o ar que mal entrava nos meus pulmões por causa do choro exagerado.
- Eu vou dar cabo dele, e vai ser agora. – Shannon caminhou ate a porta e quando estava com a mão na maçaneta eu percebi o que ele tinha falado.
- NÃO. – gritei e ele me encarou sem entender. Levantei-me e fui ate seu lado. – Ele é um dos homens mais poderosos desse lugar, Shannon. Ele com certeza não veio sozinho. Meu pai não é burro. – Assim que terminei a frase mordi a língua. 
Idiota, imbecil, animal! Era isso que eu era um animal! Ele piscou algumas vezes e falou um pouco em choque.
- Seu pai? Espere, seu pai fez isso? – Ele estava com os olhos arregalados. Suspirei e coloquei as mãos na cabeça. Parecia que havia um enorme sino dentro dela que teimava em tocar a cada pequeno segundo. – Hannah, me responda. 
- Apenas... Não vá ate lá, ok? – Foi tudo o que conseguir falar. Mais lagrimas vieram e meus joelhos fraquejaram e so não cai porque Shannon estava perto o bastante para me segurar.
- Hannah! Você esta bem? Pelo amor de Deus me responda. 
- Pare de me chamar assim. – Falei entre os soluços. – Esse não é o meu maldito nome.
Afastei-me dele e sentei na cama fechando os olhos e respirando fundo tentando me controlar. 
- Quem é você? – Perguntou ele colocando uma mão no meu ombro.
- E importa? – Grunhi. – O que importa é que ele esta lá em baixo fazendo sabe-se o que com as meninas enquanto eu estou aqui. – Foi nesse momento que eu despertei. 
Em um flash me pus ereta e sai catando aquilo que Flora chamava de roupa e me vesti o mais rápido que podia.
- Ha... Seja lá qual for seu nome, espere. – Shannon segurou meu braço. Juro que nem o vi se aproximar. – Você não vai conseguir muita coisa fugindo sozinha daqui.
- Não tenho escolha. – Falei tentando me soltar do seu aperto. Em minha cabeça passou a imagem das meninas tentando barrar os capangas de meu pai, elas eram tão delicadas que seria um... tentei não pensar na palavra massacre e então balancei a cabeça.
- Você tem sim. – Eu o encarei em duvida e vi em seu rosto uma certeza desconcertante. – Venha comigo.
- Com você? Para onde? – Meus olhos piscaram algumas vezes e por alguma razão eu me senti lisonjeada pelo convite que ele me fez. Eu devia mesmo ser muito boa de cama.
- Eu não sou daqui. Trabalho na marinha e ajudo a comandar um dos navios da frota da Marinha. Essa é a minha última noite aqui, se nós arrumarmos um jeito de lhe tirar daqui você estará livre. Poderá recomeçar fora da França. 
Não sei direito qual a minha expressão, mas por dentro eu estava catatônica. Ele havia me convidado, para fugir com ele? Para um navio da Frota Francesa? Então as palavras de Flora me vieram à cabeça: Ele é um importante da Frota marinha e depois Imediato do Capitão. 
Capitão. Essa palavra ecoou em minha cabeça. Shannon era amigo, ou algo assim suponho, de Jared. Meu coração se apertou e eu fiquei com nojo de mim quando me lembrei de seus olhos azuis em chama pelo que eu havia falado a ele e a Merli. Pobre Merli que sempre me apoiou e esteve ao meu lado e faria de tudo por mim, minha irmã de alma. Ela também estaria nesse navio pelo que Jared insinuou, e pode parecer presunção, mas tenho certeza que sem mim naquela casa Merli sem duvidas ela iria embora.
- E então? – Encarei Shannon que estava um pouco sem jeito esperando uma resposta. 
Ele parecia surpreso com alguma coisa. Talvez a audácia dele em convidar uma qualquer para um navio da frota. Perguntei-me qual seria a reação se Jared se me visse lá, talvez ele me perdoasse ou talvez me odiasse. Balancei a cabeça apagando a imagem dos olhos raivosos se Jared me encarando. Quer saber? Com Jared ou não ele estava certo, eu poderia recomeçar e essa era a melhor opção.
- Sim. – Falei um pouco incerta. Ele sorriu e abriu a boca para falar algo, mas no exato momento a porta abriu-se em um rompante. Não podia ser.
- Olá querida. – Disse meu pai com os olhos pegando fogo.
Meu corpo simplesmente congelou. Ele estava lá parado na porta com um capanga de cada lado sorrindo como se fosse o capeta. 
- Sentiu saudades? – Ele perguntou dando uma daquelas gargalhadas de trovão.
Nesse momento senti nojo de já ter amado esse homem. Revolta por te-lo admirado. Vergonha por ter o seu sangue. Minhas mãos involuntariamente se fecharam em punho e eu dei um passo em direção a ele, mas antes que eu pudesse continuar Shannon se pôs em minha frente e eu não precisava olhar o seu rosto para saber que estava vermelho de raiva.
- Deixe-a em paz. – Shannon grunhiu de forma quase animalesca, o que combinava perfeitamente com sua posição, um pouco abaixada, as pernas um tanto abertas e a cabeça erguida. Aquilo sem duvida me assustou.
- Mas quem é você? – Papai perguntou como se so agora tivesse percebido a presença de Shannon. 
- Alguém que irá matá-lo se não deixá-la em paz. – Novamente grunhindo, so que dessa vez estava mais para a fúria de um homem do que a de um animal. Meu pai olhou para Shannon e depois para mim e soltou um urro de fúria.
- O que vocês fizeram? O que ela lhe prometeu se você a protegesse, hem? – Ele falou olhando diretamente para Shannon e em seguida para mim. – MENINA MALDITA! 
Esse pareceu ser a gota d’água para Shannon. Ele correu em direção ao meu pai e lhe deu um soco no nariz fazendo com que ele desse um grito fino e caísse no chão com a mão no nariz. 
Provavelmente tinha quebrado, senti um orgulho enorme de Shannon e assim que estava me preparando para dar uma risada um dos capangas, o que usava colete azul, o segurou por trás e o outro, que tinha um lenço vermelho no pescoço, se pôs em sua frente erguendo o braço para dar um belo soco em meu protetor. Mas bem na hora Shannon usou o capanga de colete como apoio e levantou as pernas dando um chute certeiro no peito do de lenço, o maldito caiu no chão e parecia esta inconsciente. O outro que ainda o segurava e parecia estar com uma fúria imensa começou a apertar Shannon mais forte, mas ele balançou os braços conseguindo se soltar dando logo em seguida uma cotovelada e uma joelhada fazendo com que o capanga de lenço caísse no chão, mas isso não foi o suficiente. O com o lenço veio em minha direção ficando ereto em um movimento rápido e em outro mais rápido ainda suas mãos estavam ao redor do meu pescoço. Não tive tempo nem de sentir suas mãos em contado com a minha pele por que Shannon o puxou pela camisa e deu-lhe uma cabeçada fazendo com que o capanga caísse no chão de olhos fechados.
- Você esta bem? – Perguntou Shannon com a voz falha por causa da respiração acelerada.
- Se eu estou bem? Você massacrou dois homens enormes enquanto eu ficava olhando e então você pergunta se eu estou bem? – Ele deu um sorriso rápido. 
- Temos que ir. Depois de ver o seu pai aposto que lá em baixo tem mais uns 10 desses. – Falou apontando para os homens inconscientes no chão. Shannon segurou minha mão e quando estávamos nos virando para sair do quarto, Flora chegou aos berros no quarto. Assim que me viu ela veio correndo e me agarrou.
- Você esta bem? Pelo amor de Deus porque você demorou tanto a descer, Cecile? Nos tentamos distraí-lo mas... 
- Flora, eu estou bem. – Disse segurando suas mãos e dando um pequeno sorriso. Não era verdade, obviamente. Mas com Shannon eu me senti mais segura, como se houvesse uma luz no fim do túnel. Ela olhou ao redor e se espantou com os homens desacordados.
- O que aconteceu aqui? – Abri a boca para explicar, mas Shannon não deixou. 
- Não importa, o que interessa é que eles não vão ficar assim para sempre. Cecile – ele me olhou incerto como se quisesse que eu confirmasse que esse era meu nome, eu assenti. – nos temos que ir embora e tem que ser agora mesmo. 
- Claro. – Disse e olhei para Flora. Ela nos olhava sem entender nada. 
- Cecile o que...?
- Flora, acho que você notou que não posso explicar agora. Eu vou com Shannon e saiba que eu vou ficar bem. – Falei rapidamente dando-lhe um abraço logo em seguida. Ela estava com os olhos marejados e abriu a boca para responder, mas meu querido pai segurou o meu tornozelo nessa hora me fazendo quase cair. Quase porque ele soltou praticamente de imediatamente por conta so belo chute que Flora acertou em sua costela. 
- Velho dos infernos! – Ela falou com a voz de dar arrepio e então começou uma sessão de chutes e cuspidas em meu pai. Olhei aquilo um pouco horrorizada. Ele estava lá estendido no chão com as mãos no rosto tentando se defender da bota pontiaguda de minha amiga. Algo dentro de mim quis rir e por pouco eu não o fiz.
- Vamos embora. – Disse Shannon me puxando pela mão. Quando estávamos no meio do corredor ouvi a voz estridente de Flora gritar algo como “Mande notícias” e logo depois soltar uma maléfica gargalhada.
Assim que passamos o corredor vermelho e a escada de caracol encontramos Ramona com a boca ensangüentada e o corpo um pouco curvado parecendo se esconder atrás da parede. - O que... – Tentei perguntar. Mas assim que nos viu ela soltou um grito e caminhou até nós o mais rápido que seu estado permitia. Ela me seu um rápido abraço e então segurou na minha mão livre e nos guiou para outro corredor que eu não havia reparado que existia quando estava conhecendo o lugar. Ele dava para uma grande cozinha em tom de azul claro assim como o quarto das meninas. 
- La fora esta o cavalo e a bolsa que lhe prometi. Tome cuidado Cecile. – Ela falou com algumas lagrimas caindo.
- Ela vai comigo Ramona. – Shannon falou rápido e seco. Ele estava com as feições preocupadas. Estava obviamente querendo sair dalí o mais rápido possível.
- Vai? – Ela olhou para mim um pouco surpresa. Eu sorri fracamente. – Ótimo! Então vão. – Ela disse e logo tratou de nos empurrar para uma estreita porta de madeira que dava para um quintal que pelo que a pouca luz do nublado amanhecer deixava ver era florido. O cavalo estava amarrado numa arvore a uns 50 metros de distancia.
- Adeus. – Foi so o que tive tempo de dizer enquanto Shannon me puxava pela mão me fazendo praticamente correr para alcançar seu passo. Ele rapidamente desamarrou o cavalo da arvore e me entregou a bolsa que coloquei nas costas. Enquanto subia no cavalo, Ramona gritou o mesmo apelo que Flora havia feito. Respondi com um sorriso que não tenho certeza se ela viu.
- Segure-se. – Disse Shannon e quando assim o fiz ele fez com que o cavalo saísse em disparada.  Apertei forte sua cintura e coloquei a cabeça em seu ombro. Notei então que ele ainda estava sem camisa e eu com aquela pequena roupa. Não sabia o quanto iríamos cavalgar então rezei para que na bolsa houvesse ao menos um cobertor. Mas pelo que reparei de Ramona e seu jeito mãe de ser, com certeza havia um. Suspirei e fechei os olhos. Estava exausta ate demais para sentir frio. Essa era minha segunda escapada em menos de 12 horas, soltei uma risadinha involuntária.
- Shann? – Falei e foi sua vez de rir.
- Sim. – Ele respondeu de forma doce transparecendo estar claramente mais calmo.
- Obrigada. - Não há o que agradecer. – E então cavalgamos em silencio por um bom tempo, tempo o suficiente para o sol já ter nascido por completo.
Quando paramos percebi que estávamos obviamente no lado norte do porto de Dunquerque, dei graças a Deus que fosse do lado oposto de onde eu morava. Shann (eu havia gostado desse apelido e ele pareceu não se incomodar) me estendeu a mão para me ajudar a descer do cavalo e assim que botei meus pés descalços no chão meu queixo começou a tremer de frio. Minhas mãos estavam dormentes e percebi que os lábios de Shannon estavam roxos. Eu tinha que fugir logo no outono mesmo. Suspirei.
- Vou procurar o Capitão. – Ele disse com a voz tremula pelo frio. – Enquanto isso esconda-se no celeiro. Nada esquenta melhor que um bom feno para esquentar. – Seus lábios tentaram dar um sorriso, mas tremiam de mais para parecer um. Ele deu as costas e foi em direção ao enorme píer onde estava um dos muitos navios da Frota. 
Nesse momento me lembrei da bolsa. Coloquei-a no chão e assim que abri avistei exatamente o que eu queria.
- Shannon. – Falei alto, ele não estava tão longe então escutou. Ele voltou um pouco mais rápido do que o necessário.
- Sim. – Falou incerto. Ele me olhava com os olhos de uma preocupação cega que me assustou. Estendi para ele o lençol de algodão que estava na bolsa.
- Pode ficar. – Ele disse sorrindo fraquinho e se virando, mas eu o segurei pelo braço.
- Não. Eu sei que você esta com frio.
- Você também. – Ele retrucou. Suspirei pesadamente.
- É o mínimo que eu posso fazer Shannon. Por favor, fique. – Ele parecia estar tentado a aceitar, mas eu pude ver em seus olhos que ele achava errado pegar um cobertor de uma pessoa que parecia tão destruída pelo frio como eu. Dei um sorriso confiante. – Além do mais eu tenho o feno. – Ele sorriu envergonhado, pegou o coberto e saiu andando rapidamente.
Assim que ele se virou meu sorriso desapareceu e eu partir rapidamente para o celeiro. De inicio – para meu desespero – não encontrei nenhum feno, so muitas e muitas caixas e barris, porém depois de caminha alguns metros, achei algumas fileiras de feno compactado. Suspirei aliviada. So tive coragem para desmanchar quatro cubos daqueles e então me enterrei embaixo do feno. A sensação não era bem o que esperava. Pinicava mais do que esquentava, mas já era alguma coisa. Fechei os olhos e quando que estava quase dormindo ouvi uma voz que me fez sentar de ato. Era a voz dele, a única voz que mesmo depois de tudo que aconteceu me deixava sem ar e fazia meu coração bater de forma descompensada. Era a voz de Jared, e ela estava muito irritada.






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Notas finais do capítulo

Só eu imaginei o "Oh, oh, oh, oh, oh,ooh" de Night of Hunter na hora que o Shannon baixou o sarrafo nos filodaputa? RARA *--* (Provavelmente vocs perceberam que eu meio que plagiei a cena de Hurricane, mas deixa queto. lalala')
— Enfim, o pedido que mencionei lá em cima é o seguinte. Eu pensei, pensei e pensei e cheguei a (obvia e) brilhante conclusão de que preciso de uma Beta.
Porém a Beta que eu quero não seria para corrigir o texto ou essas coisinhas que ninguém gosta (e eu acho que é obrigação do escritor, mas enfim)eu queria uma Beta para me ajudar a construir a historia. Se juntar comigo e absolver as ideias que vocês deixam nos reviews, me da puxões, ponta pés, muros (-q) para que eu acorde para a vida e não demore para postar e claro iria rolar muitos spoilers básicos :B
Já escrevi demais então é isso, quem estiver interessado em betar a historia envia uma MP ou fala nos reviews mesmo (:. Postarei quarta ou quinta não sei direito porq vou buscar a nossa querida Ramona Cullen no aeroporto *-------------*
Beijuus, Cherry.



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