Fleet Captain escrita por Cherrybomb


Capítulo 1
Capítulo 1 - Murmúrios


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic do 30STM, quero dedicar a minha amiga Echelon Bellaletojonas, sem ela eu nunca teria me apaixonado pelo nosso Jerry e muito menos pela banda.
Bells, a historia é para você *-*



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O rebuliço no cais era total. Todos falavam da chegada do Capitão Leto, comandante da frota de navios da marinha francesa. Os murmúrios eram extremamente irritantes e além de tudo a movimentação para transformar o porto sujo e fedido de Dunquerque em um lugar ligeiramente apresentável era agonizante e de um esforço totalmente desnecessário.

Não tenho nada contra esse homem, o tal Capitão, mas acho uma idiotice da parte das pessoas dessa medíocre cidade tentar impressioná-lo. Era totalmente óbvio que ele nunca mais pisaria nesse local em sua vida. Mas não, o acolhedor povo de Dunquerque tem que mostrar o seu valor e seu respeito sobre o heróico Capitão Leto!  Ate parece, não entendo porque tanto alvoroço. Tudo bem que ele venceu as Guerras territoriais do Sul, mas era apenas sua obrigação.

- Senhorita Morsson? – A voz rude e severa do Sr. Topinson me fez corda de meus devaneios. O olhei um pouco perdida. – Chegou a sua vez senhorita, o que vai querer? – Oh, verdade, estava tão perdida em minha irritação que nem percebi que havia chegado a minha vez de ser atendida no único Armazém da região.

- Dois quilos de farinha inglesa, uma lingüiça italiana, uma barra de chocolate belga e 500 gramas de açúcar. Ah, por favor, tenha cuidado para que dessa vez ela seja pesada corretamente. Papai ficou furioso porque da ultima vez que ele comprou aqui no seu armazém vieram cinco gramas a menos que o pedido.

Assim que mencionei o nome de papai o Sr. Topinson engoliu em seco.

Eu era uma das filhas de Pierre Morsson, o milionário local temido por seu pulso firme e seu castigo encima de quem não o obedecesse ou respeitasse. Eu tinha pena dessas pessoas, papai da porta da luxuosa mansão para dentro era uma pessoa extremamente carinhosa e dócil, que fazia qualquer coisa para agradar as filhas e seu herdeiro.

Em minha casa eram três garotas e um menino. Simone é a mais velha, está noiva de um rico comerciante Inglês que se derreteu por seus encantos, não que eu o culpe, Simone era realmente uma mulher linda, linda como uma rosa. Na flor de seus 18 anos encantava qualquer uma com seu jeito delicado e seus lindos cabelos castanhos.

A irmã do meio era a Anne, esta para nascer no mundo pessoa mais dócil e gentil que ela. Anne tinha 17 anos de vida, era ruiva de cachos grossos, linda como um jasmim, choviam pretendentes encima dela, mas papai sempre os chutava para fora de casa; ele respeitava o sonho de ser uma Freira Carmelita de sua filha, tanto é que daqui a duas semanas ela partira para o convento.

Sou a filha mais nova, a tulipa da família Morsson, Cecile. Tenho 16 anos e mamãe já possui planos de casamento para mim. Não que me importe, as garotas aqui geralmente casam aos 13, 14 anos de idade. Na verdade já havia passado da hora a tempos, so que mamãe queria que aproveitássemos a nossa juventude com molecagens e diversão, não com responsabilidades e filhos como ela, que casou-se aos 14 anos.

E por ultimo, meu encapetado e querido irmão Josef, ele seria o grande herdeiro da construtora marítima dos Morsson, mas para isso precisaria crescer um pouco mais, possui apenas 8 anos de idade. Mas isso não era problema, papai era forte como um touro e viveria por mais muitos anos. Isso também funcionava para mamãe, ela possuí 32 anos, doze anos mas nova que papai. Sorri, eu tinha uma família considerada perfeita, e era sem duvidas.

Sr. Topinson virou-se com alguns pacotes a mão.

- Aqui esta Senhorita Morrison. – Ele colocou os pacotes encima do balcão velho de madeira. – E diga a seu pai que coloquei as três gramas que faltaram nessa encomenda.

Ele deu um sorriso nervoso, fazendo com que seu bigode tremesse. Ergui uma sobrancelha e cruzei os braços.

- Eu direi Senhor Topinson, mas o senhor espera mesmo que uma dama leve todo esse peso? – Sorri delicadamente. Sim, eu poderia levar os pacotes, mas mamãe assim que me visse carregando-os reclamaria comigo provavelmente dizendo algo como “ Menina, homens não gostam de mulheres brutas.” ou então “ Isso é trabalho de escravo Cecile, onde já se viu uma dama carregando peso?!” e como eu queria evitar esse tipo de coisa não iria carregar nada.

- Er, desculpe Senhorita Morrison é que a senhorita sempre leva então pensei que não se importaria de levar hoje.

- Levava Senhor Topinson, mas não levo mais, então trate de mandar um de seus empregados entregar essa mercadoria intacta em minha casa. – Fiz uma pequena referencia com a cabeça e virei às costas para ir embora.

- Por favor senhorita, so mas essa vez. Meus empregados estão ocupados limpando a baia. - Bufei, que homem mais chato!

- Olhe aqui Senhor Topinson. – Ele se surpreendeu com meu tom totalmente irritado. – Trate de mandar um de seus homens agora mesmo levar essa mercadoria, ou meu pai ira ter uma conversinha com o senhor sobre como se trata uma cliente, e ainda por cima uma cliente dama! – Ele arregalou os olhos.

- C-claro, irei mandar agora mesmo. – Sorri fiz uma nova referencia e sai daquele lugar imundo.

Não era comum uma garota ir fazer as compras do mercado, mas eu não me importava. Era o único lugar fora dos muros da mansão que eu podia ir. Meus pais – principalmente Mamãe – não queriam que eu me misturasse com os pobres. Revirei os olhos, que besteira da parte deles, não via nada demais em falar um “oi” ou um “bom dia” para alguém de porte social mais baixo que o meu, mas para eles isso era importante, então não discutia.

O caminho do Armazém até minha casa era curto então ia a pé. O sol cinzento típico da região do norte da França estava me fazendo suar, não gostava disso. Se não bastasse os vestidos pesados e os metros de tecido ainda existia o sol e o mormaço.   

Caminhei poucos minutos, não daria mais de cinco, e avistei os enormes portões negros da Mansão Morsson e logo em seguida escutei a risada estridente e alegre de Josef.

- Cecile! – Josef gritou assim que me viu e eu sorri para ele. – Onde estão as compras? Você trouxe meu chocolate belga? Diz que sim, por favor! – Ele balançava minha saia e eu revirei os olhos.

- Pare com isso Josef! – Mamãe apareceu com sua escrava pessoal à tira colo. Luri era uma negra já de idade, suas feições eram cansadas, mas um sorriso nunca saia de seus lábios. Ela era amiga de mamãe desde sempre, foi sua babá e assim que se casou Mamãe a trouxe para casa como sua negra de companhia.

- Deixe-o Mamãe, já estou acostumada. – Ele sorriu e eu comecei a fazer cócegas nele que se contorceu e caiu no chão rindo.

- Cecile. – Mamãe falou revirando os olhos. – Pelo que vejo aprendeu a lição e não trouxe as compras. Muito bem.

- Claro, afinal sou uma dama. – Sorri.

Um grito me chamou atenção e olhei para trás, avistando Merli, minha escrava. Quem a olhava não podia dizer que ela era uma das muitas filhas de Luri. Merli era quase tão branca quanto eu, suas vestes eram iguais a uma garota de classe media e seus cabelos eram arrumados como tal, eu fazia questão que ela fosse tratada como uma pessoa normal. Merli estava muito afobada, agitando as mãos da forma do código que nos tínhamos desde quando éramos pequenas, eu sabia na hora que pela forma que ela agitava as mãos alguma novidade estava por vir. Pedi licença a minha mãe e fui para o seu lado.

- O que aconteceu? – Perguntei curiosa.

– O Capitão Leto e o Astrônomo da frota vão se hospedar na sua casa. – Merli soltou um gritinho típico dela. Arregalei os olhos.

- Como é que é?


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Notas finais do capítulo

Bem, este é o primeiro capítulo -obvio- e sei que esta um pouco monótono, mas esse foi mais para apresentar os personagens da parte da Cecile.
Então por favor comentem, estou com medo de ter escrito besteira então... reviews?



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