Loucura em Família escrita por AnaBarrooos


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Gente,, espero que gostem.
Boa leitura. =D



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- Quem é você? – Eu não podia deixar essa estranha chegar assim perto de mim!

                Ela encarou-me incredulamente e então uma lágrima brotou nos olhos delas, deixando-me aflito e angustiado.

                Quem era essa mulher é porque eu me sentia mal por ela está chorando?

*********************************************************************

                - Meu querido – ela começou a falar em meio ao choro – Você não se lembra de mim, querido?

                - Não – o que mais eu poderia falar, eu só falei a verdade, mas ela se desesperou e desabou a chorar... – Ei, moça, não fique assim, me diga, quem é a senhora? – a angustia me tomava por completa – Moça, por favor, não chore. – droga, quem era ela? Não queria vê-la assim. – Desculpe moça.

                Quando eu pensava que não podia piorar uma moça loira, e muito bonita por sinal, entrou no quarto. Quem era ela e por que ele fez meu coração saltar pela boca? Ela parecia uma deusa grega, linda magra, cabelos claros e compridos indo até sua cintura finíssima. Ela vestida uma regata branca colada no corpo com um colete jeans por cima e uma calça jeans.

                - Oi, Emm, como se sente, bebê? – bebê? Por que ela ta me chamando assim e que intimidade é essa? Não que eu não queira ter intimidade com ela, alias era o que eu mais queria era ter uma intimidade muito grande com ela.

                - Ela é quem? – perguntei para moça que estava do meu lado.

                - Rose, minha enteada – Ela me respondeu e depois virou para a tal de Rose gostosa – Ele não se lembra de nada, querida.

                - Nadinha mesmo? – A loira gostosa perguntou insistentemente.

                - Não, eu sei que vocês duas não são estranhas para mim, só que não me lembro da onde conheço nenhuma de vocês, na verdade eu vi tantos rostos enquanto eu estava inconsciente, mas não me lembro de ninguém. É estranho, eu nem sabia qual era meu nome.

                - Bom isso já era meio que previsível, você levou uma bela porrada...

                - Porrada? – que porrada foi essa? Não consegui conter a minha curiosidade e acabei interrompendo a moça mais velha.

                - Você, seu irmão mais velho e outra enteada minha sofreram um terrível acidente. Um caminhão tombou na estrada que vocês estavam.

                - Ah, isso explica eu estar me  sentindo moído. 

Três dias depois

PDV Edward.

                Graças a Deus eu tive alta, não agüentava mais ficar nesse quarto branco, mas assim que eu sair deste hospital a minha vida não vai voltar a ser a mesma, o que vou fazer agora? Paralítico, eu? O garoto que sempre gostou de esportes, ficou preso em uma  cadeira de rodas? Difícil de acreditar! E a Bella? Será que ela ainda ia me querer, mesmo que fosse pela metade? E por falar em Bella? Como ela esta?

                Ninguém me falava nada. Esse silêncio me matava, será que algo muito ruim aconteceu com...? Não Edward para de ser tão pessimista, eu esta bem, eu sei que esta... eu quero que ela esteja bem, eu preciso ver o sorriso dela. Não quero que a minha ultime lembrança dela seja a batida do carro.

                - Este animado, querido? – Mãe perguntou tentando parecer um pouco animada, mas isso não me enganou nada.

                - Animado, para que? – Eu não queria descontar a minha frustração, mas era quase que inevitável. – Pra sair em uma cadeira de rodas? Sai de casa andando com as minhas próprias pernas e eu volto em uma cadeira de rodas invalido, por que eu estaria animado para isso?

                - Querido, o medico disse que a sua condição era temporária e que precisa somente da sua determinação. – ai eles realmente creditam nisso? É por que eles não estão na minha situação. Falar é fácil demais, agir é difícil.

                - Mãe determinação não faz milagre.

                A conversa encerou-se por ali mesmo. Nem mais um palavra, caminhamos até o carro com um enfermeiro do meu lado. Só o que me faltava agora, até para subir em um carro eu preciso que alguém me carregue. E agora? O que eu vou fazer da minha vida?

                - Quero ver a Bella! – eu disse depois de estarmos a caminho de casa.

                - Edward, nós já falamos um milhão de vezes...

                - Então nós vamos falar um milhão e uma de vezes por que eu quero ver a Bella, eu preciso vê-la...

                - Não vou fazer o que você quer, sou sua mãe e quero só o seu bem...

                - Bem...? Se quiser o meu bem por que eu não posso ver a Bella?

                - Edward a nossa conversa acaba por aqui...

                - Não, não acaba não. Eu vou falar quantas vezes até vocês me ouvirem...!

                - CALA JÁ A SUA BOCA MOCINHO! VOCÊ NÃO ESTA FALANDO COM OS SEUS AMIGOS, SOU SUA MÃE E EXIJO UM PINGO DE RESPEITO.

                Afundei-me no banco do carro, não houve nem uma tentativa se quer de puxar alguma conversa. O único barulho existente no carro era o do som e a nossa respiração.

                Se ela pensa que irei ficar aqui sem fazer absolutamente nada para ver a Bella, ela irá quebrar a cara. Puxei uma coisa da mãe sou extremamente irritante e persuasivo quando quero, principalmente quando se trata da minha família.

                Por se tratar de gente que eu conheço tão bem fica fácil manipular algumas coisas para me favorecerem, principalmente manipular o Emm que tem a mente de uma criança de cinco anos.

                A tarde passou bem mais devagar do que eu esperava, os segundo pareciam minutos e as horas nada mais do que uma eternidade sem fim. Enquanto eu ziguezagueava entre os canais da SKY consultava o relógio sempre que possível, e nada, não houve mudança.  E para piorar não havia programa nenhum que preste: séries velhas, filmes mais antigos que a minha avó, programas humorísticos sem graça nenhuma e jornais que só mostravam tragédias e atrocidades cada vez maior que me causa náuseas só de pensar que a raça humana é perversa.

                Resolvi fazer uma coisa que eu sei que a Bella faz: descarregar tudo em seu diário.

                Procurei pela casa toda um caderno que desse para mim descarregar e achei depois de certo tempo de procura, sabe é difícil, ou melhor dizendo, é impossível procurar coisas que estão nas prateleiras lá em cima se você é um invalido.

                Fui para o quarto de hospedes que ficavam no andar de baixo, usei toda minha força para erguer meu corpo e o elevar para a cama, esse tipo de atividade estava cansando-me mais rápido do que imaginei. Coloquei um travesseiro sobre a minha perna e depositei o “diário” em meu colo, comecei a escrever:

                Querido diário,

                Sabe quando você vê uma pessoa com alguma dificuldade e acha que aquilo nunca irá acontecer com você, mas aí o destino resolve fazer com que você “pague a própria língua”? Pois é, essa é minha situação! Uma situação que muitos me dizem que é temporária, mas será que realmente é só por um tempo? Muitos paralíticos não voltam a ter uma vida igual a que tinham antes.

                E o pior de tudo é que eu tenho mais medo, não de tudo que eu irei passar caso eu queira voltar a andar, mas sim, da reação da Bella quando se deparar com o meu estado de inutilidade. Em um dia sai com ela para o supermercado andando normalmente e alguns dias depois estou entrevado em uma cadeira de rodas, dependendo da boa vontade de muita gente, que fica falando para eu não ficar assim, que logo tudo isso vai passar! Será que eles pensam que eu sou um idiota?

                Eu não agüento o olhar da minha mãe com piedade de mim, como se eu quisesse que os outros ao meu redor sentissem pena de mim! Esse olhar me dá repulsa, faz-me sentir mais inferior do que já estou.

                E agora?

                O que eu vou fazer eu não sei, mas uma coisa eu tenho certeza eu quero ver a Bella, eu preciso ver a Bella e eu vou vê-la. Preciso olhar nos olhos dela, e ver que tudo esta bem. Só assim, eu ficarei tranquilo, por que de todos os meus problemas esse é o que me afligem no momento.

                A imagem dela indo de encontro ao vidro do carro no momento da batida me assombra nos meus pesadelos durante todas as noites. Ela é tão frágil, não suportaria se algo lhe acontecesse. Ela é um anjo para mim.

               

                Parei de escrever quando as minhas lagrimas começaram a manchar o caderno com gotas grossas me deixando sem enxergar nada só sentindo o encharcar os meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Mereço reviews?
Deixem-me bem inspirada, por favor!
Bjinhus, amores



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