0o0o0o0o0o inocencia recuperada 0o0o0o0o0o0o

Eu acordei e estava sozinha na cama, com certeza o inuyasha já foi para sei lá onde, eu acho que vou perguntar para a sango aonde ele vai todo santo dia, afinal, um cara não pode e... ah é, taishou records, ele com certeza vai para lá, aff, um rico se fingindo de pobre.

É o sujo falando do mau lavado.

Pior, eu suspiro e me viro, o cheiro dele ta no travesseiro, é... é tão bom, ele perfume... é igual ao que o meu pai usava, Conexion do boticario, eu acho que era esse o nome, esse sem duvida é o melhor perfume masculino que eu acho, e... é dele, arregalei os olhos, tudo veio em flash na minha mente, as lembranças de ontem e... oh! my cherry! O que eu QUASE fui fazer ontem????? Eu... eu simplesmente não podia ter me deixado levar pela situação, pelo céus, diga meu Deus, diga que eu NÃO estou apaixonada, eu resolvi para de me preocupar com essas coisas, afinal, não aconteceu nada não é??? Um simples e cruel... nada... não aconteceu...

Nada...

Que droga! Eu me levanto e vou até o banheiro, coloco as mãos na pia e me abaixo a cabeça, por céus, que pensamentos são esses logo de manhã? Porque... por céus por que eu queria que tivesse acontecido? Eu olho para a minha imagem no espelho, não posso admitir, tenho problemas maiores, por céus, naraku me ACHOU! Eu escovo os dentes e troco de roupa antes de descer, logo eu vejo a sango na cozinha, é melhor eu ajudar em algo.

“hunf” eu olho para trás, essa voz, me é familiar, eu vejo que tem alguém subindo as escadas, PADRECITO! Eu começo a correr e subir as escadas, eu tropeço e vejo o meu joelho doer um pouco, ótimo, mais um machucado para a coleção, não importa, eu volto a subir e paro em frente a porta do quarto do inuyasha, ela não está completamente fechada como eu deixei, está com uma brecha... eu... devo ir?

Olho para a porta e sinto meu coração bater mais rápido.

Tum...tum...

Quer saber? Que se dane, eu abro a porta violentamente e dou um passo porém eu passo... quando sinto algo na minha nuca.

“ kagome, não é?” essa voz... KIKYOU!

“kikyou?” ouvi uma risada...isso é... uma arma.

“quanto tempo não é? Eu realmente não consegui acreditar que o inuyasha havia arrumado outra garota, naraku quase me matou quando soube que perderia essa vantagem, principalmente para você queridinha.”eu gelei...naraku? ela...ela estava unida ao naraku, EU SABIA! Ai, kagome pattys saíam da área se você quiser sobreviver...mas eu sabia.

“eu não to entendendo... eu não tenho nada com o inuyasha.” Kikyou deu uma risada.

“ claro... ninguém tem, aquele idiota não sabe valorizar as coisas que tem e as perde, mas o titulo vale queridinha... sabia que eu teria toda a ajuda do mundo se eu fosse a garota do inuyasha?” eu senti ela parar de apertar a arma na minha nuca, mas ainda deixa-la lá.

“mas então você resolve se esconder logo aqui e tentar acabar com o naraku, acha que ele não sabe de nada? O saque no banco, o celular, e é claro... imagine os estragos que ele pode fazer sendo amiguinho do sesshoumaru e... do pai do inuyasha.” Eu arregalei os olhos.

“ sesshoumaru não vai ajudar o naraku.” Kikyou deu uma pequena risada de novo.

“ querida... ele pode até não ajudar... mas atrapalhar é que ele não vai... e se puder... peça para sua amiguinha parar de ahn... fuçar na vida do naraku... ele não gosta muito que as pessoas se intrometam em sua vida particular e... não acho que ele vá ser bonzinho” ela guardou a arma em algum lugar( estou de costas hello) e se afastou de mim, mas... eu ainda não entendi.

“ por que... me quer fora do seu caminho se eu nunca te fiz nada kikyou?” ela me olhou séria.

“ não importa.” Eu me aproximei.

“por que quer ficar com o inuyasha... se você o traiu?” ela me olhou séria, eu vi ... tristeza(?) nos olhos dela, e ela falou.

“ EU NUNCA TRAÍ O INUYASHA.” Eu recuei dois passos e ela ficou séria de novo e falou. “ dê o recado ao seu amigo.” E saiu, eu simplesmente caí - tenho uma sorte simplesmente desgraçada) há quase dois centímetros da cama( por que não caí logo na cama?) eu passo a mão no rosto e tomo uma decisão(obvia) do que fazer.

“ tenho que falar com a sango.” eu me levanto, abro a porta e saio correndo até a cozinha que é o lugar que a sango está desde que... bem, desde que eu sei que ela está lá.

Grande resposta

Cala a boca!

Eu cheguei até a sango cansada.

“sango!” ela se virou assustada, droga! Ela nunca vai deixar de usar essas roupas sem graças? Por que ela não usa roupas como as minhas ou como as que eu coloquei nela ontem, hein????ah! deixa pra lá.

“ o que foi kagome? O que aconteceu?” eu me aproximei e falei.

“ kikyou estava aqui.” Ela arregalou os olhos.

“ c-como? É... é impossível os... c-co... o que ela fez com você?” a kikyou? Fazer algo comigo? Imagine, é claro, ela é um anjo de candura, meu pai do céu, não importa chama a policia, a interpool, a SWAT alguma coisa!

“ além de me apontar uma arma e me ameaçar não muita coisa.” Eu respiro fundo e me lembro... eu não tinha que chamar os bombeiros?

Não... eu tinha certeza que era a carrocinha.

AAAAAAAHHH! Eu to pirando.

Inuyasha.

Ah! É claro! Pela primeira vez na vida eu agradeço a minha consciência.

“ sango, avisa aos garotos que eu vou ligar para o inuyasha!” eu saí correndo para o quarto do inuyasha pegando aquele celular pôde de dar dó e discando o número dele com dedos trêmulos.

“alô.” Eu deixei lágrimas caírem ao ouvir a voz dele, mas ao ouvir ele falar outro alô eu resolvi falar algo.

“inuyasha, vem pra cá por favor.” Ele deve ter percebido a minha voz tremida por que ele falou.

“ kagome o que aconteceu?” eu não conseguia falar nada, nenhum som saía da minha boca, eu comecei a chorar pro causa disso, tudo preso na minha garganta mas não saía, só saia o choro.

“kagome eu estou indo para aí se acalma tudo bem? Pede para a sango um copo d´água com açúcar que eu estou chegando o.k?” eu só assenti mesmo que ele não fosse ver eu o fiz, estou morrendo de medo, angustia, eu só pude dizer uma coisa antes dele desligar.

“ eu preciso de você agora.” Eu vi que ele não desligou como eu previ e falou.

“ eu já estou chegando” não sei o por que mas parecia que não era bem ISSO que eu queria ouvir, mas tudo bem, eu desliguei e limpei as lágrimas, por céus eu me lembrei do meu pai, da minha mãe, do naraku, deixei mais algumas lágrimas caírem e então eu me lembrei de algo.... HANNAH! Eu peguei o celular e disquei o número dela, logo ela atendeu, eu só deixei ela falar um alô e falei.

“ sabe muito bem aonde estou morando e por favor venha para cá agora e seja discreta, use um disfarce por favor, não quero te perder também, agora.” Eu esperei e ouvi.

“ loura de olhos escuros usando roupas de mendiga está bom para você?” eu não pude deixar de rir.

“ certo, venha logo hannah.” Eu ouvi um risinho dela no celular e ela disse.

“ então abra a porta.” Eu enruguei a testa, como assim? Eu me levantei e abri a porta, arregalei os olhos.

“ pediu ajuda kagome?” SIM! A sango estava do lado dela sorrindo e foi ela que falou isso e não a hannah, falando nela ela tirou uns óculos escuros ridículos e quebrados ( que eu não ousaria nem chegar perto) e sorriu.

“ invadiram minha casa, antes que pergunte sim eu já havia deletado todo e qualquer dado importante e impresso e passado para o meu prendrive, e antes que me pergunte de novo é obvio que eu sabia aonde você estava e antes que me pergunte de novo não eu não estou com saco para perguntas e sango obrigada por ter me deixado entrar.” Sango sorriu e disse

“ se você quer ajudar a kagome, pode contar comigo para o que quiser.” Eu realmente queria ter perguntado tudo aquilo para a hannah, nunca te deu raiva quando você conhece uma pessoa tão bem que ela sabe o que você vai perguntar? Hein? pois neste momento me deu, da hannah, eu olhei para a sango e falei.

“ o inuyasha já ta vindo e mandou você me dar uma água com açúcar além de que... você deixa qualquer um que diga ser meu amigo entrar aqui desse jeito sango?” ela riu.

“ claro que não kagome, mas é que essa garota me falou que era sua amiga, eu fiquei desconfiada e ela falou que sabia que você estava aqui e que de um jeito ou de outro entraria.” E? que foi? To curiosa! “ então eu desconfiei mas, só que ela me olhou e falou que era a única pessoa que você tinha agora, se eu não deixasse ela entrar, eu podia ter certeza que ela entraria e que ainda me mandaria para a prisão, eu acabei deixando.”

Suspirei, tudo bem, pelo menos a hannah é conhecida, só que a segurança daqui precisa ser reforçada, pensei que o inuyasha tivesse falado com o pessoal, por céus o que está acontecendo aqui?

“ sango pode nos dar licença por um minuto?” pediu a lohanna, sango olhou para mim e parecia ter entendido o fato de eu estar simplesmente ... simplesmente... nem eu sei como eu estou! Ela saiu alegando ter que fazer a água com açúcar, logo que ela saiu, hannah tirou a peruca e se sentou do meu lado, ficamos em silêncio por alguns minutos.

“você sente falta dela não?” eu senti meu coração simplesmente desabar, lembrei do meu pai e da minha mãe de novo, da morte deles, eu sentia uma dor no meu coração, eles foram mortos pelo naraku, eu VOU SER morta pelo naraku, o que eu fiz para ele? O que NÓS fizemos a ele? Eu nunca fiz nada de errado senhor, e aquele crápula matou meus pais e quer ME matar, aquele homem que um dia eu chamei de pai, eu senti um nó na minha garganta e comecei a chorar... desesperadamente, eu queria meus pais de volta, eu queria brincar, queria que isso nunca tivesse acontecido, queria nunca te-lo conhecido, eu queria desabafar! Eu olhei para a hannah, por que ela tinha que me lembrar deles de novo? Por que?

“ por que? Por que hannah? O que fizemos de errado para que ele queira nos matar? O que?” ela ficou me olhando.

“ eu nunca fiz nada de errado hannah, meus pais eram as melhores pessoas do mundo e... POR QUE? POR QUE ELE QUER NOS MATAR? por que ele nos matou?” eu não estou morta, mas uma parte de mim foi com meus pais, ela só ficou me olhando.

“ HANNAH ELES VÃO ME MATAR! A KIKYOU ESTÁ DO LADO DELE E ELE VAI ME MATAR! NINGUÉM CONSEGUIRÁ IMPEDI-LO, EU VOU MORRER!” ela ficou me olhando sem saber o que falar eu acho, ou encontrando as palavras certas.

“ NÃO VAI DIZER NADA? TIPO, SE ACALMA KAGOME O HOMEM QUE VOCÊ UM DIA CHAMOU DE PAI NÃO VAI TE MATAR, PORRA! POR MAIS QUE SEJA MENTIRA PELO MENOS VAI ME AJUDAR!” ela continuou calada me olhando.

“ O QUE FOI? PÁRA DE ME OLHAR ASSIM! PÁRA! FALA ALGUMA COISA! BRIGA COMIGO! ME CHAMA DE MIMADA MAS NAÕ ME DEIXA ACHAR QUE VOU MORRER!” ela simplesmente continuou me olhando como se eu não tivesse falado nada.

Eu senti a ira sair um pouco de mim e caí ajoelhada no chão e comecei a chorar, fui até ela e encostei a cabeça nas pernas dela sem nem me importar com a calça suja e surrada que ela usava.

“ eu não agüento mais lohanna, é tão... é horrível pensar que cada minuto pode ser seu ultimo, eu quero morrer, eu quero que isso tudo pare, por que isso não para? POR QUE? EU NÃO AGUENTO MAIS! O NARAKU GANHA FORÇAS A CADA MINUTO E EU PERCO! O NARAKU DESCOBRIU VOCÊ! ELE ME DESCOBRIU! ELE... ELE TEM OS LOBOS DO KOUGA E...” eu olhei para lohanna que apenas me olhava. “ e ele vai me matar... nada pode me ajudar ele... ele vai me matar e eu vou morrer, por mais que eu diga que quero morrer eu não quero, tudo que eu quero é que isso pare e que a minha vida volte ao normal que isso seja somente um pesadelo, um pesadelo que quando eu acordar vai passar, eu... eu só quero que isso acabe.”

Ela continuou me olhando, como? COMO? COMO ALGUÉM PODE SER TÃO FRIO COM OS SENTIMENTOS DOS OUTROS ASSIM?COMO? eu me deitei no chão e comecei a chorar, senti ela pegar minha cabeça e colocar no seu colo, ela havia se sentado no chão, foi aí que eu percebi uma pequena lágrima cair dos olhos (agora) castanhos da lente de contato, e eu voltei a chorar.

“ eu não entendo lohanna.” Eu chorei mais. “ como? Como eu pude um dia chama-lo de pai?” a lohanna ainda não dizia nada apenas me olhava.

“ FALA ALGUMA COISA! EU NÃO AGUENTO MAIS!” ela apenas balançou a cabeça negativamente e ficou me encarando.

“ eu... eu... EU QUERO O INUYASHA AQUI.” Levei minha mão a boca, pelos céus, o que eu acabei de dizer? Lohanna olhou para o chão e suspirou se deitando no chão e se encolhendo ficando com uma posição que geralmente o feto fica na barriga da mãe e falou.

“ então este é o ponto... você o quer aqui.” Eu balancei a cabeça negativamente e falei.

“ NÃO! QUERO DIZER... eu... eu...” voltei a chorar e gritei. “ EU ESTOU CANSADA DISSO!”eu deixei mais lágrimas caírem, eu não agüentei, eu não agüentava, tive que falar tudo isso, por céus eu não consigo entender, eu não consigo, eu sinto sentimentos que não estou conseguindo mais decifrar, deixo as lágrimas caírem, o silencio pairou no ar e eu comecei a chorar silenciosamente me lembrando dos meus pais, do crápula do naraku, do fato de que qualquer minuto pode ser o ultimo, me lembrando do inuyasha.

“ eu gosto de uvas.” A olhei sem acreditar, como assim? O que diabos UVAS TEM HAVER COMIGO? ELA NÃO SE IMPORTA COMIGO? É ISSO? ESSA... POR CÉUS! O QUE ESTOU PENSANDO? LOHANNA É MINHA MELHOR AMIGA... e ela sempre esteve comigo e... uvas?

Flash back

Eu corria no meio da chuva naquela fazendo, lohanna está por perto, foi aí que eu a vi, chorando pela morte da mãe embaixo de uma árvore de uva, eu me aproximei e me sentei ao seu lado, ela chorava e nem me olhava.

“ o que foi? Veio me dizer para não chorar e todo aquele blá blá blá todo? Se quer isso vá embora!” eu fiquei calada.

“ O QUE FOI? NAÕ ME OUVIU? VÁ EMBORA!” eu continuei calada.

“ O QUE QUER DE MIM? MINHA MÃE MORREU! MEU PAI MORREU! EU SÓ TENHO A MINHA IRMÃZINHA AGORA! SÓ FALTA VOCÊ COMEÇAR A ME HUMILHAR POR SER ORFÃ!” eu ainda estava calada, ela chorava.

“ EU QUERO A MINHA MÃE AQUI!” eu sorri e me levantei enquanto ela chorava e peguei duas uvas, somente duas e entreguei uma a ela, lohanna me olhou confusa e um tanto curiosa com a minha atitude, e eu falei.

“ eu gosto de uvas.” Lohanna voltou a chorar mas logo olhou para a uva e a colocou no coração, me olhou, eu devorava mais uvas, ela sorriu e falou.

“ eu também... também gosto muito de uvas”...

Fim do flash back

Eu sorri fracamente.

“ ele é lindo não? Lindo, inteligente, misterioso, rico, engraçado, carinhoso, grosso as vezes, tenho de admitir mas... com tantas qualidades a gente geralmente esquece dos defeitos sabe?” ela assentiu.

“ quando se está apaixonada é assim.” Eu a olhei e suspirei.

“ eu não posso me apaixonar lohanna, não agora.” Ela sorriu e falou.

“ ninguém manda no coração, ninguém, se mandássemos nós nunca nos apaixonaríamos, kagome entenda que o amor vem de forma inesperada sempre, não tem como prever, inuyasha tem muitos talentos, mas do que você pensa, então sorria, a vida é um filme, viva cada segundo, sei que está com medo, eu também sentia medo quando me via sozinha tendo que cuidar da minha irmã, mas isso me fez forte, por mais que você se apaixone e viva esse amor kagome, lembre-se de que o mais importante é matar naraku.” Eu assenti.

“ e é por isso que eu não quero me apaixonar lohanna, sabe como eu fico, me esqueço do propósito, vou me esquecer e quando me der conta estarei em outra cela no meio do oceano pacifico indo para a África.” Ela riu e falou.

“ inuyasha não parece o tipo de rapaz que esqueceria o propósito, principalmente quando VOCÊ é a vitima, deixe as coisas fluírem kagome, tudo pode ser mais fácil do que você pensa.” Eu sorri e a abracei, começamos a rir, porém eu ouvi um barulho e me levantei, olhei na janela e vi o carro do inuyasha.

“ ele está aqui.” Lohanna se levantou e falou.

“ eu vou embora, tenho que arranjar um lugar para imouto(n/a significa irmã mais nova.)” eu assenti e falei.

“ claro, se aqui tivesse lugar eu pediria para você ficar mas como você vê eu to tendo que dormir no quarto do inuyasha até.” Ela riu.

“ e você nem ta gostando hein?” eu joguei um travesseiro na hannah, e adivinhem? Ela desivou, ela sorriu e me deu um tchau saindo do quarto, eu olhei para o lado e sorri.

“ ela vai voltar em quatro segundos.” Certo, vamos lá.

Um.

Ela está no corredor.

Dois.

Ela se viu no espelho.

Três está correndo de volta.

Quatro.

“ esqueci.” Ela foi até a cama e pegou a peruca e os óculos( QUE EU NÃO VOU ENCOSTAR NUNCA NA MINHA VIDA!) e sorriu.

“ tchau káh.” Eu sorri, conversar com a hannah geralmente me deixa melhor, hoje não foi diferente, ela tem um jeito certo de me deixar melhor, de repente a porta foi aberta, eu olhei para a pessoa e meus olhos se arregalaram.

“ sesshoumaru?” ele se aproximou e falou( frio para variar)

“ kikyou esteve aqui não esteve?” eu assenti e falei.

“ você é aliado do naraku não é?” ele me olhou menos frio.

“o que ainda faz aqui? Pensei que quisesse distancia do seu padrasto.” É verdade, eu queria e ainda quero distancia do meu padrasto mas... mas naraku cria forças a cada minuto, e está querendo me atacar, quero dizer, já ESTÁ me atacando, eu sei que poderia fugir mas... parece até tarde demais, eu não entendo, além de que como naraku está ele poderia me encontrar mais rápido do que dessa vez, então seria somente uma perda de tempo e de aliados... certo?

“ querer não é poder... e não quer dizer que eu conseguiria.” Ele sorriu, to chocada, o sesshoumaru SORRIU?

“ achou que eu não te reconheceria, kagome?” é mesmo... só agora eu percebi, o sesshoumaru me reconheceu, ele chamou o naraku de “ seu padrasto”, eu abaixei o olhar e ouvi.

“kagome, naraku está te atacando subliminarmente.” Eu o olhei confusa e ele continuou “você não está sentindo desespero, medo?” eu assenti. “ isso te deixa vulnerável, te faz ficar fraca, sem saber o que fazer, te deixa um alvo mais fácil para naraku.” Eu limpei algumas lágrimas que ainda caíam e ele se sentou na cama e ficou em silencio, eu sorri fracamente.

“ eu o chamei de pai... eu nunca fiz nada contra ele... por que sesshoumaru? Por que ele quer me matar?”sesshoumaru me olhou com pena e falou

“ em menos de um mês kagome, ele tem que se livrar de você em menos de um mês.” Eu estranhei.

“ por que?” então eu lembrei ele sorriu e falou.

“ por que em menos de um mês... você faz dezoito anos kagome.” Eu sorri fracamente, dezoito anos, eu me sentei ao lado do sesshoumaru e falei.

“ meu primeiro aniversario sem a minha mãe.” Ficamos calados... até que eu ouvi.

“ minha mãe morreu quando eu era pequeno e meu pai trabalhava demais, eu ficava muito sozinho, eu queria brincar com meu pai mas ele não tinha medo, não tinha amigos, eles só queriam meu dinheiro, então eu aprendi a ficar frio e a me isolar, as vezes eu gosto de me lembrar de como eu era... antes de ser o que eu sou... agora.” Eu o olhei e ele continuou.

“ gosto de lembrar daquela inocência de criança, a inocência que eu guardo bem no fundo do meu coração trancada para não ser magoado de novo, a inocência das brincadeiras com a minha mãe, a inocência das brincadeiras de quando meu pai ainda ligava para mim, eu gosto.. dessa inocência.” Eu sorri fracamente.

“ a inocência que nos move, a inocência de acreditar que é amado também, a inocência de acreditar que tudo vai dar certo no fim, é a inocência que nos faz ir até o fim, a inocência de que nada vai dar errado, a inocência de acreditar nas pessoas... como nós acreditamos.”

Sesshoumaru se levantou e me olhou sorrindo.

“ vamos dar uma volta.” Eu sorri e me levantei entrelaçando a minha mão com a dele e falei.

“ vamos.”

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Quando nós descemos vimos o inuyasha, eu fui correndo abraçar ele, inuyasha me deu um beijo na cabeça e falou.

“ você está melhor?” eu assenti. “ que bom, e sobre o que você e o sesshoumaru conversaram?” eu balancei a cabeça negativamente e falei.

“ nós vamos dar uma volta, tudo bem?” ele assentiu e falou.

“tente não ser perseguida ou andar sozinha o.k?” eu assenti e fomos( eu e o sesshoumaru) para o carro dele, ele começou a dirigir e ligou o som, eu arregalei os olhos e o olhei, ele tinha um sorriso no rosto.

“ o que foi? Eu gosto dessa música.” Eu sorri.

“ eu também.” Cara, eu imaginaria o sesshoumaru ouvindo ópera ou sinfonias de Beetthoven mas... eu nunca imaginaria ver algum dia o sesshoumaru ouvindo moondance, nada contra, é uma das minhas músicas preferidas( apesar de ser mais o toque do que a música e ter somente um minuto e cinqüenta segundos, eu amo ela) e realmente a trilha sonora de August Rush é uma das melhores que eu já ouvi, só que... eu nunca imaginaria o sesshoumaru ouvindo isso, sorri, eu olhava as pessoas nas ruas, pais, mães, seus filhos, quando me dei conta uma lágrima caía pela lateral da minha face, e uma lembrança vinha na minha mente.

Flash back

Eu estava sentada chorando embaixo da mesa, todas aquelas pessoas ali, chorando, dizendo que ele foi para um lugar melhor, eu não quero saber! Eu o quero AQUI! COMIGO! Deixei mais lágrimas caírem, de repente eu vi o pano da mesa levantar e apertei os olhos e ouvi.

“ você deve ser... kagome-san, estou certa?” eu assenti, aquela mulher era linda, possuía longos cabelos chocolates e uma franja separada, uma para um lado e outra para o outro, ela sorria docemente para mim e se escondeu embaixo da mesa como eu, então eu percebi, ela não estava vestida de preto, mas sim usando uma calça folgada e uma regata meio suja rosa, as unhas não estavam feitas e ela usava um tênis surrado.

“ seu pai era um bom homem kagome-san, eu o conhecia, costumávamos a conversar bastante, nos conhecemos um dia na praça, ele me falou de você, falou que você era um anjinho, e agora vejo que ele estava certo.” Eu funguei, olhei para ela e falei.

“mas o papai foi embora, me deixou, eu e a mamãe.” A mulher abaixou a cabeça e falou.

“ você está sentindo muita falta dele não está?” eu assenti. “Eu também, ele era...” ela me olhou e abriu a boca um pouco, acho que talvez não queria me falar algo ou não sabia o que falar então ela falou . “Um ótimo amigo.” Eu sorri.

“ ele costumava me contar a história da pequena sereia antes de dormir, mamãe não gosta de contar, quem vai me contar agora? Eu não gosto dessas mulheres que trabalham aqui.” Ela sorriu.

“ façamos assim, eu vou vir toda noite escondido te contar a pequena sereia e qualquer outra história que você queira, e até podemos passear juntas, tudo bem?” eu sorri, mesmo triste pelo papai eu tinha achado ela, ela sabia o que eu estava sentindo, mamãe não, mamãe eu amava, mas a mamãe não estava tão triste quanto eu ou a minha nova amiga... parecia até que ela nem gostava mais dele, a minha amiga sorriu.

“que tal sairmos agora? Sua mãe deve estar preocupada.” Eu fiz que não.

“ ela não ta, ela nunca ta.” Ela sorriu.

“ ela está, você é que não ver, vamos, ainda tem uns docinhos na mesa, é melhor comer logo antes que alguém pegue.” Eu ri e disse.

“ tudo bem.” Nós saímos e eu a olhei melhor, ela era simplesmente linda e sabia se vestir, mesmo que a roupa fosse suja ou feia ficava linda nela, ela olhou para o lado e viu minha mãe.

“eu já vou, prometo que venho hoje kagome-chan.” Ela me deu um beijo no bochecha e me abraçou, eu a abracei, me senti tão confortável naquele abraço, só papai me abraçava daquele jeito então nós nos separamos e ela se virou, eu fui atrás dela e perguntei.

“ qual o seu nome?” ela sorriu e falou.

“ Izayoi..até mais tarde... kagome-chan.” Então ela se foi, e como ela prometeu ela veio... veio até que um dia ela não veio mais... Minha outra mãe parou de me ver... E eu voltei pra debaixo daquela mesa... Até o dia... Em que fui puxada para fora (1) e vi minha mãe ser morta.”

fim do flash back

a viagem demorou mais um pouco, nós almoçamos Mc Donald´s, eu nunca imaginaria que o sesshoumaru era tão engraçado.

“ eu não acredito, ketchup na minha calça.” Eu olhei, tinha uma mancha vermelha bem na perna dele quase no joelho.

“ meu Deus, como você conseguiu?” ele riu e balançou a cabeça negativamente, eu peguei um guardanapo e limpei para ele, mas ainda estava vermelho.

“ meu pai eu to todo sujo!” era verdade, a mão dele tava toda cheia de ketchup, o braço, é que o pacotinho espocou na mão dele ele então sorriu travesso e eu falei.

“ não sesshoumaru... NÃO!” DROGA! Tarde demais, ó cruel vida, nem a minha velocidade de supergirl(ainda com isso?) pôde me salvar das mãos velozes daquele ser que sujou meu braço TODO de ketchup, eu peguei um pacotinho de mostarda e o abri joguei na minha mão e passei todo pela camisa do sesshoumaru que me olhou sem acreditar, logo riamos e nos sujávamos com ketchup e mostarda, ainda bem que já tínhamos comido, depois a gente viu o estado que estávamos e resolvemos nos limpar no banheiro, eu limpei meu braço e tentei limpar o máximo possível minha blusa das manchas que simplesmente são HORRIVEIS de sair, eu ri ao imaginar o quão difícil para o sesshoumaru deve estar sendo, ele não sujou só os braços, a blusa e o cabelo como também as calças, AH! MEU CABELO! Eu tiro as possíveis manchas de ketchup, lavo minha mão e passo ela molhada no cabelo para tentar ajeita-lo, eu saio do banheiro e dou de cara com o sesshoumaru com uma blusa moletom cinza e a calça social um pouco molhada, eu ri e logo nós saímos, brincávamos, devo dizer que nunca imaginei o sesshy( eu o chamo assim agora) tão engraçado, logo, chegamos ao lugar, eu arregalei os olhos quando eu vi aonde estava, sorri.

“ AÍ SESSHOUMARU, MUITO OBRIGADA!” eu o abracei, ele retribuiu e falou.

“ obrigado você.” Eu o olhei confusa. “ kagome, você me deu um dia com aquela inocência.” Eu sorri e falei

“ então vamos aproveitar, por que o dia ainda não acabou sesshy, o dia ainda não acabou.” Nós nos soltamos e fomos brincar, brincamos de pega-pega( AO INFINITO E ALÉM ups frase errada VELOCIDADE SUPERGIRL!), o lugar aonde estávamos era lindo, era uma praia, uma praia deserta, com coqueiros e bem perto tinha um farol, a água de lá era cristalina e dava para ver os peixinhos pequenininhos, eu joguei água no sesshy que jogou em mim, nós passamos a tarde fazendo isso, quando o sol estava se pondo nós nos deitamos na areia e eu pela primeira vez não liguei se o meu cabelo ficou todo com a areia, não liguei se estava toda molhada, só queria viver aquela inocência, nós nos sentamos para olhar o pôr-do-sol, eu encostei minha cabeça no ombro dele e ele pegou minha mão e ficou arranhando de leve, não foi uma cena como a de namorados( por mais que parecesse) para mim, aquilo era somente uma dia de amigos... que estavam na mesma, que apenas queriam ajuda, dois simples amigos.

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Nós paramos em um posto para abastecer o carro do sesshoumaru, morrendo de sede eu me virei e falei.

“ eu vou comprar as bebidas tudo bem?” ele olhou para os lados e cheirou um pouco o ar e falou.

“ tem certeza?” eu sorri.

“ claro, além de que qualquer coisa você pode me ver e me salvar super-homem.” Ele sorriu e me deu um dinheiro.

“ eu quero uma coca.” Eu assenti e falei.

“ eu já volto.” Eu saí do carro mas parei e me virei e falei pela janela.

“ sesshoumaru?” ele me olhou.

“ obrigada... por tudo, por ser meu amigo, por me mostrar a inocência novamente, muito obrigada.” ele sorriu.

“ eu é que agradeço kagome... eu é que agradeço.” Eu sorri e fui até a loja de conveniência que tem no posto, porém na hora que eu entrei tudo ficou escuro, eu corri para a porta mais ela não abria, eu olhei para os lados de repente eu senti um pano tapando minha boca e meu nariz com um cheiro muito forte, de repente tudo ficou negro, a ultima coisa que eu lembro é de ter visto o sesshoumaru correr na minha direção e ter o braço machucado com uma faca...tudo negro.

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Eu acordei e senti minha cabeça doer muito, abri os olhos lentamente e vi que não sabia aonde estava, fui me sentar e vi minhas mãos amarradas igualmente minhas pernas estavam, me encolhi, aonde diabos eu estava.

“ finalmente, achei que fosse dormir a noite toda...kagome.” eu olhei para cima e arregalei os olhos, senti meu coração bater mais rápido...

“ naraku...”

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