Segredos Submersos escrita por lovegood


Capítulo 15
Descobertas nada divertidas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo meio enche linguiça, mas ainda assim extremamente crucial para a história. Dedicado a MariDark, por ter deixado aquela linda recomendação para a fic :DDDD
E a propósito, perdoem-me por minha falta de talento com rimas :(



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Sentei-me na cama, enterrando a cabeça nas mãos em frustração. Minha respiração estava pesada e meu coração ribombava com força em meu peito.

Mesmo que eu já estivesse acordada, pequenos flashes do sonho voltaram a minha mente. O Olimpo, os deuses, Poseidon discutindo com os outros (por minha causa, ainda por cima) e dizendo que iria embora.

Ora, mas Poseidon – meu pai – não poderia estar falando sério, não é? E mesmo que estivesse, ele não poderia estar falando sobre ir realmente embora do Olimpo... talvez ele gostaria de dar um tempo nas coisas, mas provavelmente não partiria para sempre. Não, isso seria impossível. Se ele fosse embora, o mundo poderia entrar em caos e desordem, o equilíbrio de tudo poderia ir às ruínas.

Balancei a cabeça, tentando expulsar os pensamentos ruins. Não adiantava ficar dando uma de pessimista agora. Isso fora apenas um sonho. Um sonho, nada mais do que isso. Sonhos quase nunca eram reais, então não adiantava ficar se preocupando tanto.

Fechei os olhos e suspirei. Olhei para o relógio posicionado na pequena cabeceira ao lado de minha cama. Ainda eram oito horas da noite. Annabeth basicamente me obrigara a ir dormir às cinco, o que significava que eu havia dormido por três longas horas e eu provavelmente não conseguiria voltar a dormir direito a noite. Pelo horário, as pessoas deveriam estar jantando.

Levantei-me e saí do chalé, sem me importar muito com o fato de eu provavelmente estar com cara de acabada.


Ao chegar no pavilhão de refeições, apressei-me e sentei ao lado de Percy na mesa do chalé de Poseidon. Lá também estavam Nico, Thalia, Annabeth, Harry e Ron (pelo visto eles não se importavam em se sentarem na mesa de outro chalé).

– Hermione? – perguntou Annabeth. – Você não tinha ido dormir?

– Não dá pra dormir muito bem às cinco da tarde – respondi, dando de ombros. Ela apenas sorriu.

– Dá se você for do chalé de Hipnos – disse Nico em meio a uma garfada, indicando uma mesa com a cabeça. Eu, Harry e Ron nos viramos para vê-la. Todas as pessoas de lá estavam dormindo, com a cara enterrada na madeira da mesa, os pratos de comida completamente intocados. Um dos meninos estava até com o travesseiro ali. Essa visão me fez bocejar.

– Hermione – chamou Thalia, com o cenho franzido. – Você está bem? Parece meio abatida.

– Não é nada, Thalia – falei. – Sonho ruim, nada de mais.

Todos – quer dizer, com exceção de Ron e Harry – enrijeceram, parecendo tensos. Acho que eu já devo ter comentado como eu tenho que aprender a calar a boca em certos momentos.

– Hã, olha – disse Percy. Percebi que suas pupilas tremiam de leve, como se estivesse nervoso. Não gostava de vê-lo assim. – Acho que não te contamos que os sonhos dos semideuses são geralmente reais, e que você tem sempre que prestar atenção neles porque podem ser avisos muito importantes...

Ele, Thalia e Nico encolheram os ombros, enquanto Annabeth os olhava chocada. A cena seria até engraçada se não estivéssemos em uma situação como essa.

– Vocês não contaram isso a ela? – perguntou, exasperada.

– Acho que nos esquecemos deste pequeno detalhe... – disse Nico, encolhido. Seu tom de voz estava estranhamente agudo. Annabeth bufou de frustração.

– Vocês ao menos contaram a ela sobre a profecia? – voltou a perguntar, desta vez tornando seu olhar para mim. Seus olhos cinzentos eram pesados e meio assustadores. Não respondi nada, mas Annabeth suspirou e voltou a encará-los com as mãos na cintura. Minha cara de “hã?” provavelmente devia ter denunciado a resposta.

– Nós íamos contar, Annie – começou Thalia. – Claro que íamos. Estávamos apenas esperando o momento certo! Não podíamos simplesmente bombardeá-la de informações quando ela havia acabado de descobrir que era uma semideusa!

– Hermione ia saber, de qualquer modo – completou Percy, dando de ombros.

– Hã, com licença. Alguém pode nos explicar o que está acontecendo? – disse Ron, pigarreando e arrancando as palavras de minha boca.

Os quatro voltaram os olhares para nós, como se antes tivessem se esquecido de nossa presença.

– Ah, desculpa – disse Annabeth, passando as mãos pelos cabelos. – Então. É uma coisa complicada. Hermione, o que foi que você exatamente sonhou?

– Bem – comecei a dizer, flexionando os nós dos dedos. – Foi um sonho rápido. Eu... eu estava no Olimpo e os deuses estavam... ahn, bem, eles estavam discutindo.

Engoli em seco, sentindo uma náusea esquisita de nervosismo. Meu estômago parecia se revirar e se contorcer dentro de meu corpo, o que não ajudava muito as coisas. Todos na mesa me encaravam atentamente.

– Sobre? – questionou Percy, ao meu lado. Não conseguia encará-lo de alguma forma, não queria ficar contando essas coisas para eles. Não queria que eles ficassem se preocupando tanto assim comigo. Por baixo da mesa, senti seus dedos afagarem os meus.

– Sobre mim, é claro – respondi. – Zeus estava dizendo a Poseidon que era culpa dele que eu tinha nascido, que ele quebrou um dos acordos mais importantes da história e que tudo entraria em guerra se os bruxos soubessem de minha existência.

Todos na mesa estavam quietos e rígidos. Minhas pernas pareciam tremer, e dei graças aos céus que eu estava sentada, senão meus joelhos teriam provavelmente derretido.

– Só isso? – perguntou Thalia cautelosamente. Balancei a cabeça negativamente, não conseguindo encarar meus amigos nos olhos.

– Poseidon discordou. Disse que eu não tinha culpa. (“E você não tem mesmo!” exclamou Ron) Então Zeus falou que não ficaria ao seu lado caso problemas surgissem. E Poseidon apenas... foi embora.

– Foi embora? – disse Nico, engolindo em seco. Assenti, encarando a mesa. Vi que ele trocou um olhar de preocupação com os outros. – Mas... ele não foi mesmo embora, foi?

– Acho que foi – eu disse, minha voz parecendo algo estrangulado. Percy, Thalia, Annabeth e Nico se entreolharam novamente, agora suspirando. Ron e Harry ainda pareciam um tanto confusos, mas ambos também estavam com as sobrancelhas arqueadas, demonstrando preocupação.

– A profecia se realizou – sussurrou Annabeth, enterrando o rosto nas mãos. – As coisas estão piores do que pensávamos

– Será que, por favor – pediu Harry, quase implorando –, vocês podem nos explicar essa coisa de profecia?

Eu e Ron trocamos um olhar preocupado. Harry parecia tenso, e nós sabíamos o porquê. Ainda devia ser difícil para ele pensar em todos esses negócios de sonhos ruins e profecias, devido a tudo que já tinha passado nos últimos anos.

– Bem – disse Annabeth. – Vocês sabem que aqui no Acampamento temos o Oráculo, não? – Apenas assentimos. – Então. De tempos em tempos, alguns semideuses são escolhidos para participar de missões... sabe, para derrotar monstros, essas coisas. Antes dos heróis saírem para realizá-las, o Oráculo faz uma profecia que irá acontecer no decorrer dela.

Eu, Harry e Ron automaticamente nos inclinamos um pouco para frente, curiosos.

– No caso de Percy, Nico e Thalia – continuou –, eles estavam em uma missão importantíssima quando foram buscar vocês em Hogwarts. E, obviamente, antes de irem até lá para pegá-los, uma profecia foi feita.

– Você quer dizer; a profecia que, de acordo com vocês, é a que acabou de se realizar? – perguntou Ron. Annabeth assentiu sombriamente.

– E qual é essa profecia? – falei. Annabeth hesitou por um momento, e olhou para Nico, Thalia e Percy, que apenas concordaram com a cabeça.

Um oceano os filhos dos Três Grandes terão de atravessar/ E três jovens terão de resgatar/ Um deles terá o poder de perceber/ Se o exílio de um dos Deuses irá ou não acontecer – recitou ela. Minha mão automaticamente cobriu minha boca, para controlar o choque.

– Ah não – grunhi. – Por favor, não me diga que...

– Poseidon foi exilado pelos outros? – ouvi a voz de Thalia completar minha frase. – Infelizmente, achamos que sim. Estávamos em dúvida sobre os dois últimos versos e quando eles aconteceriam, mas agora, depois de seu sonho... – Sua voz morreu.

– Temos que falar com Quíron – disse Percy de repente, e senti seus dedos apertarem mais os meus.

– Agora? – perguntou Nico, com seus olhos negros arregalados.

– Sim, agora – respondeu Annabeth. – Não podemos perder tempo... as coisas estão realmente bem piores do que pensávamos. Claro que ainda seria horrível se o pai de Hermione fosse outro deus que fosse também exilado, mas agora nós estamos falando de Poseidon, que é um dos Três Grandes!

– O equilíbrio do Olimpo se perderia completamente sem ele – disse Thalia. Os outros apenas assentiram, e eu senti uma espécie de buraco se abrir no lugar onde deveria estar meu estômago. Isso tudo estava acontecendo por minha causa. Não queria que o mundo olimpiano entrasse em colapso por culpa minha. – Meu pai sabe como ser um babaca, honestamente.

Um trovão rugiu ao longe, mas dessa vez ninguém riu ou fez gracinhas. Thalia apenas revirou os olhos e balbuciou algo que não pude compreender.

Nos levantamos rapidamente da mesa, e saímos do pavilhão apressados, correndo em direção a Casa Grande, mas não antes de eles jogarem os restos de comida na fogueira como oferenda.


Ao chegarmos na Casa Grande, encontramos Quíron com o Sr. D. Não achava que seria muito fácil falar sobre a profecia e o sonho na frente dele. Quando costumava ler contos de mitologia grega, na época em que minha vida era mais normal, imaginava um homem imponente mas ao mesmo tempo gentil como Dioniso, não um reclamão de camisa havaiana que só sabia beber Coca Diet.

– Quíron, precisamos falar com você – disse Annabeth rapidamente ao entrarmos no lugar, com urgência, dispensando qualquer tipo de cumprimento.

– O que houve? – perguntou o centauro com as sobrancelhas arqueadas, em sinal de preocupação.

– A profecia – respondeu ela. Seus olhos cinzas pareciam ainda mais carregados agora. – Ela se completou.

As feições de Quíron mudaram. Ao ouvir as palavras de Annabeth, sua expressão passou de dúvida para incredulidade. Ele pigarreou por um segundo, aparentemente nervoso.

– Por acaso algum dos deuses...? – questionou ele, sem completar a frase. Todos nós assentimos ao mesmo tempo.

– Sim. Poseidon – disse Annabeth, séria. Quíron suspirou e passou a mão pela barba.

– Não pensava que as coisas teriam uma gravidade assim tão grande – comentou ele, após alguns minutos de silêncio.

– Sabemos disso – disse Percy.

– Mas o que nós podemos fazer? – eu disse, minha voz saindo com dificuldade de minha garganta. Não podia evitar sentir uma coisa estranha no meu peito, como se eu fosse a culpada de toda aquela confusão. Queria ajudar de algum modo, já que pelo visto eu só soube atrapalhar até agora. Não podia ficar sendo o fardo para sempre.

– Se quiser saber de minha opinião, srta. Ginger... – disse Sr. D do canto da sala.

– Granger – corrigi-o automaticamente. Ele deu um tapinha no ar, mostrando indiferença enquanto tomava um longo gole de seu refrigerante.

– Tanto faz – falou. – Se quiser saber de minha opinião, bruxinha, acho que vocês deveriam tentar convencer os deuses que esse tal exílio de Poseidon é uma má ideia.

– Não seria melhor tentar convencer apenas Zeus, ao invés de todos eles? – perguntei, cruzando os braços. – Quer dizer, no meu sonho, eles não pareciam muito felizes com as decisões que Zeus tomou.

O Sr. D não respondeu minha pergunta. Ao invés disso, me direcionou outra pergunta.

– Mesmo que eles não gostassem das decisões tomadas por Zeus, por acaso eles concordaram com elas? – Fiz que sim com a cabeça. – Então. É por isso que vocês têm que convencer a todos eles. Zeus é basicamente o líder. Não gosta de ser contrariado, e é por isso que rola tantas brigas no Olimpo. Porque muitos o contrariam quando não estão satisfeitos. Zeus é muito orgulhoso, todos são. E se eles concordaram com tais decisões, significa que de algum modo estão apoiando-o. Se não concordassem, teriam ficado ao lado de Poseidon. Presumo que, em seu sonho, nenhum deles ficou ao lado de seu pai, não é?

Concordei com a cabeça, engolindo a bile que subira por minha garganta seca.

– Se algum dos deuses tivesse apoiado meu pai – falei, mordendo o lábio inferior. – Creio que ele não estaria exilado do Olimpo como agora.

Um sorriso nasceu no canto da boca de Dioniso, ao mesmo tempo que ele levava a lata de Coca Diet em direção aos lábios.

– Exatamente.

– Sr. D tem razão – disse Quíron. – Se Poseidon não estiver presente, tudo pode ir às ruínas. As águas enlouqueceriam se ele não as controlasse, teríamos basicamente um terremoto por dia se ele não estivesse por perto.

– O mundo entraria em caos sem a força de Poseidon – completou o Sr. D, animando completamente o clima. – Iria ser aos poucos, claro, mas é óbvio que o mundo acabaria bem mais rápido sem ele.

– Obrigado pelas maravilhosas notícias – Ron atreveu-se a falar, com a voz um tanto esganiçada. Sr. D sorriu com um certo escárnio.

– Ok, ok – interrompeu Thalia. – Deixando todo o desastre que aconteceria de lado, o que então devemos fazer? Ir até o Olimpo e tentar convencer os deuses a trazer Poseidon de volta?

– Basicamente – disse Sr. D, tomando outro gole de sua lata. – Isto é, antes que o planeta comece a entrar em caos. Ou antes que a tal Suprema Corte e o Conselho dos Bruxos descubram, porque aí sim estaríamos todos ferr...

– Sr. D – repreendeu Quíron, olhando-o de soslaio. – Pare de falar por um segundo. Você não está ajudando muito nas coisas.

– Estou falando apenas a verdade – replicou o deus do vinho, mas logo depois aquietou-se.

– Então – Quíron retomou a palavra –, sim, Thalia, vocês terão que ir ao Olimpo e convencer os deuses que precisam de Poseidon de volta.

– Esta seria uma outra missão? – perguntou Nico.

– Esta não seria uma missão – nosso instrutor corrigiu. – Esta é uma outra missão. Annabeth, pode ir e chamar Rachel, por favor? Acho que precisamos de uma outra profecia para esta nova tarefa.

Annabeth assentiu, parecendo abatida por um segundo, para depois sair da Casa Grande.

Assim que ela saiu, um silêncio estranho e desconfortável pairou no ar, como uma nuvem de chuva. Sentei-me em uma cadeira, colocando meus cotovelos em minhas coxas e voltando a enfiar meu rosto entre meus dedos. Senti Harry e Ron se aproximarem de mim, afagando meus ombros e tentando me confortar.

– Não se preocupe, Mione, vai dar tudo certo – disse Harry.

– E quando as coisas que fazemos dá certo? – perguntei frustrada.

– Bem, no começo as coisas que fazemos para salvar o mundo nunca dão certo – comentou Ron, e eu e Harry nos permitimos a rir. – Mas tudo acaba sempre se acertando no final, não é?

– Talvez – falei, e soltei um suspiro pesado. Meus dois melhores amigos deram algumas outras palmadinhas em minhas costas, fazendo-me sorrir por um certo instante. Era incrível como nós três éramos unidos.

Meu sorriso desapareceu ao ver como Percy me encarava do outro lado da sala. Seus braços estavam cruzados, seus olhos azuis estavam duros e pareciam faiscar, enquanto seus lábios repuxavam-se em um sorriso forçado.

Desviei o olhar, sentindo meu rosto esquentar. O clima conseguiu ficar ainda mais pesado por causa disso.

Ainda bem que não demorou muito para Annabeth voltar, agora acompanhada de uma garota ruiva de roupas desleixadas com alguns respingos de tinta neles.

– Hermione, Ron, Harry – disse Annabeth. – Esta é Rachel Elizabeth Dare, nosso Oráculo. Rachel, estes são Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley, os três bruxos lá da Inglaterra.

– Oi – disse ela, acenando. Sorrimos e acenamos de volta. – Muito prazer.

– Igualmente – murmurei em resposta.

– Hã... é você que faz as profecias, então? – perguntou Ron, levemente curioso.

– Sim, sou eu – Rachel sorriu.

– Desculpe-me pela pergunta, mas... – começou Harry, levantando as sobrancelhas. – Como você faz as profecias? Tipo... você tem alguma visão do futuro, algo do gênero?

Rachel encolheu os ombros.

– É complicado explicar. Às vezes o espírito do oráculo pega o meu corpo emprestado por alguns segundos e as palavras simplesmente saem de minha boca. Eu geralmente entro em transe, e quase nunca me lembro corretamente do que senti naquele momento. Mas, tirando a parte do transe, tudo ocorre naturalm...

Rachel não completou a frase; ao invés disto, seu corpo se contorceu para a frente e um lampejo verde iluminou seus olhos, ao mesmo tempo que uma fumaça da mesma cor saía de seus lábios. Eu, Harry e Ron fomos em direção dela, começando a ficar desesperados.

– O que está acontecendo!? – exclamou Ron, inclinando-se para frente afim de tocá-la. Thalia deu um tapa em sua mão, dizendo:

– Não faça isso. O espírito do oráculo acabou de entrar em seu corpo. Ela vai fazer uma profecia.

Rachel contorceu-se ainda mais, a fumaça verde ainda escapando de sua boca. Thalia e Annabeth seguraram-na por trás, para que não caísse no chão. De repente, ela começou a falar, só que sua voz saiu distorcida e fantasmagórica:

Sete jovens em uma jornada irão se arriscar,

Nas mãos do tridente dois mundos terão de se atar

Pela morte, dois irão partir

Para a fúria dos Deuses poderem impedir.

Rachel se silenciou. A fumaça verde se dissipou, bem como aquele lampejo desapareceu de seus olhos, enquanto seu corpo desfalecia nos braços de Annabeth e Thalia. Após alguns minutos, seus olhos voltaram a se abrir, desta vez na cor normal. Ela estava um tanto pálida e parecia estar meio atordoada, como se ainda não tivesse se acostumado a ser o Oráculo.

– Ahn? – perguntou ela, confusa, olhando ao redor e piscando os olhos com força. – O que aconteceu? Eu fiz alguma profecia?

– Fez – disse Annabeth, assentindo. A filha de Atena tornou seu olhar em minha direção, e eu apenas tentei engolir o nó pesado em meu pescoço. – Hermione, Ron, Harry... acho que vocês agora entenderam como Rachel prevê o futuro, não é?

Eu, Harry e Ron apenas assentimos bobamente, chocados demais para dizermos qualquer outra coisa. As palavras que Rachel dissera ainda ecoavam em minha mente. Jornada. Tridente. Dois mundos. Morte. Fúria dos Deuses.

Pelo visto, todos nós estávamos realmente ferrados.





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Notas finais do capítulo

Alguém aí para me fazer feliz com comentários? :D