You Drive Me Crazy Hhr escrita por hrhbruna


Capítulo 10
Capítulo IX – Defina o Amor


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que não era o fim, e há mais coisas que eu gostaria de passar para vocês ;)Hoje, ultimo capítulo e EPÍLOGO



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Harry estava largado em frente há sua lareira que estava acesa, com uma garrafa de uísque lhe virando goela abaixo. Era hora de ir embora... E voltar a viver da forma que vivia, juntando fortunas de dinheiro, e talvez encontrar outra pessoa que pudesse preencher o buraco que Hermione havia lhe deixado...

Besteira! Ninguém nunca poderia ocupar o lugar de Hermione, porque simplesmente aquela era a mulher mais perfeita que Harry havia conhecido, não existiria nenhuma pessoa que conseguisse ser melhor do que Hermione ou que chegasse aos pés dela! Ao menos para ele! E era assim o amor... O amor era difícil, era inexplicável, era cheio de dor. Mas ele deveria seguir firme e forte lutando, como fez há oito anos... Mesmo que agora, a simples cogitação de deixá-la novamente, doesse mais do que há oito anos atrás, quando foi egoísta e fugiu do assédio da imprensa e largou seus dois melhores amigos.

Harry percebeu que nunca iria merecer o amor de Hermione! Mesmo que fosse recíproco... Harry havia lhe abandonado num momento em que ela precisava, e que procurava pelos pais. Havia lhe abandonado quando há imprensa estava insuportável... Harry havia lhe deixado sozinha porque ele simplesmente, odiava tudo aquilo. Hermione cresceu com isso. Amadureceu. E era adulta... Harry percebeu que era apenas um menino que cresceu demais... Talvez Severus Snape tivesse razão... Era uma réplica exata de seu pai. Mimado, arrogante, impulsivo. Como ele pôde pensar que Hermione faria aquilo?! Por Deus!

- Eu sou mesmo um grande idiota... – Harry resmungou revirando os olhos e abrindo outra garrafa de uísque.

Harry assim que rejeitado por Hermione, fugiu para o conforto de sua casa, que mal havia ficado pronta e Harry deixaria aos cuidados de outra família... Ele não retornaria a Inglaterra tão cedo.

Levantou-se largando a garrafa de uísque no chão e encarou a foto em cima da lareira de Hermione em seus braços... Como ele queria que fosse assim todos os dias. Acordar com Hermione em seus braços. Dormir com ela em seus braços. Ter ela em seus braços não importa o que acontecesse... Mas era como ela havia dito. As pessoas não podem ter tudo... Às vezes temos que apenas aceitar, mesmo que seja duro.

Arrastou-se até seu quarto fazendo questão de olhar cada detalhe de sua casa... Ele não ficaria nem mais um dia naquele lugar! Dizem que a Espanha é maravilhosa... Harry iria ter certeza disso. Madrid lhe aguarde!

Entrou em seu closet e abriu o guarda roupa tirando duas malas e uma mochila. Arrancou suas roupas dos cabides de qualquer forma, abriu as gavetas retirando tudo lá de dentro e os enfiando de qualquer modo dentro de sua mochila. Foi ao banheiro retirando tudo de lá. A partir daquele dia, ele nunca mais iria chorar por Hermione Granger. Ele iria seguir em frente como ela havia feito... Iria amadurecer. Iria criar uma família. Iria desfrutar de sua fortuna, e abusar um pouco de sua fama para conseguir empregos em cargos altos.

Fechou sua mala e fez um feitiço para ela ficar mais leve.

Harry odiava ternos com todas suas forças! E ele novamente havia colocado-os para impressioná-la... Ele era definitivamente um Potter. Uma besta no amor...

Arrancou seu terno e colocou jeans gastos, moletom com capuz e óculos escuros. Pela primeira vez naquele ano, o sol estava forte em Londres.

Agarrou suas malas e desceu com facilidade as escadas e deu de cara com Blaise e Draco com os braços cruzados o encarando.

- Fugir não vai mandar seus sentimentos por ela embora... – Blaise disse com um leve sorriso amigável.

- Talvez... Mas ela me mandou ir embora. Eu devo isso a ela.

- Ela te mandou embora da vida dela, não de Londres. – Draco falou revoltado.

- Ela nunca poderá seguir em frente enquanto eu estiver aqui... Eu não poderei. Como irei explicar para Rony que não posso ir a casa dele porque estou apaixonado pela esposa dele? E ela me mandou ir embora! Eu não posso estragar mais as coisas com ela do que já estraguei.

- Isso é bonito de sua parte Harry... Mas você quer fazer isso? – Draco perguntou se aproximando seguido de Blaise.

- Eu aprendi que nós às vezes temos que fazer coisas que não queremos porque é o melhor... Vocês são incríveis! São meus melhores amigos! Eu lamento estar indo... Mas vocês sabem que nada vai mudar não é? Ano novo, aniversário, férias... Las Vegas está confirmado? – Harry disse brincando no final com um leve sorriso.

- É claro! – Blaise riu e Draco também sorriu.

- Nós queremos o seu bem irmão... – Draco falou com firmeza o olhando. – Se acha que é isso que deve fazer... Então... Tem nosso total apoio.

- Sem falar que você iria fazer mesmo se não gostássemos... – Blaise comentou sacana.

Harry riu e acenou com a cabeça: - Ainda bem que me conhecem.

- Como não? – Draco perguntou sorrindo. – Quer companhia para o aeroporto?

Harry encarou-os e viu sorrisos sinceros... Harry havia errado tanto em sua vida... Mesmo que ele tenha feito tanto bem! Ele errara muito, e seu maior erro era ter pensado apenas em si mesmo. Ele não merecia aqueles amigos incríveis... Mas merda! Eles eram seus irmãos postiços e Harry os amava...

- Com toda certeza. – Harry disse com firmeza e sentiu a mão de Draco em seu ombro e a outra no ombro de Blaise.

Aparataram para o mesmo beco perto do aeroporto de quando Harry havia chego... Blaise pegou a mochila de Harry, enquanto Draco pegava uma das malas e Harry arrastava a de rodinhas. Ambos calados adentraram o aeroporto.

- Para onde vai? – Draco perguntou quando Harry se dirigiu a fila para comprar passagens.

- Madrid. – Harry deu um sorriso malicioso.

- Arriba! – Draco e Blaise falaram juntos enquanto riam.

Harry comprou suas passagens e logo estava na sala de espera, aguardando para a chamada de seu avião.

- Chamada para o vôo 453 com destino há Los Angeles favor ir ao portão 3.

Chamada para o vôo 741 com destino há Milão favor ir ao portão 1.

Chamada para o vôo 897 com destino há Madrid favor ir ao portão 2.

Harry se levantou assim como seus dois amigos e abraçou cada um deles dando fortes tapas nas costas, prometendo escrever para ambos.

- Até logo Harry... Eu espero ao menos. Testa rachada... – Draco brincou no final rindo.

- Até logo Doninha.

- Não some Grifo... – Blaise falou com um sorriso.

- Isso vale pra você também Cobra...

Harry caminhou até o portão com sua mochila e a passagem e o passaporte nas mãos... Era a hora de um novo capítulo para escrever. E dessa vez, um capítulo real, não um que ele ficasse imaginando durante suas noites de insônia enquanto pensava nela...

Harry caminhou em passos firmes até o avião a fim de deixar tudo o que havia feito no passado... Porque passado, era passado. E nada que ele fizesse iria mudar as coisas. Seus dois melhores amigos estavam realmente com raiva dele por estar indo embora... E seus dois antigos melhores amigos, estavam casados agora! Provavelmente curtindo sua festa de casamento.

Harry embarcou no vôo e procurou seu acento na Primeira Classe se largando na poltrona ao lado da janela. Ele iria conseguir seguir em frente! Não importa o quanto fosse doer...

- É a minha vez de crescer... – Harry disse com firmeza para si mesmo. Nunca era tarde demais para mudar...

O avião tomou velocidade e subiu aos céus e Harry ficava olhando Londres sumir de sua vista...

Se Harry havia aprendido algo com tudo isso, era a definição do amor. Há várias formas de amar. Molly Weasley sempre o amou como um filho. Gina sempre iria amá-lo como seu eterno herói. Rony sempre iria amá-lo como um irmão. Todos amor... Todos fáceis, como amar simplesmente porque aquela pessoa era demasiada importante para você. Mas havia a forma de como ele amava Blaise e Draco, por mais que aquilo soasse demasiadamente gay, Harry considerava Draco e Blaise as pessoas mais importantes de sua vida, além é claro, de Pansy! A qual ele tratava como uma irmã... Ambos os três sempre estiveram em sua vida no momento em que ele mais precisou, e o ensinou a esquecer o passado e viver o futuro, por mais que no final, Harry tenha feito besteira como sempre fazia.

E havia Hermione, o jeito mais profundo e intenso que ele conseguia amar alguém... Era amor a qual ele mataria e morreria por ela... Era uma louca, fogosa e luxuriante paixão em que vinha crescendo dentro dele cada dia mais. Harry percebeu que a verdade sobre o amor, não era o quanto você faria pela pessoa, mas sim o quanto você abriria mão para vê-la feliz. Porque era muito fácil fazer! O difícil era abrir mão das coisas porque aquilo significava que ela estaria feliz. E principalmente se abriríamos mão de algo importante para nós...

Harry ter desistido de Hermione foi uma grande demonstração de quão Grifinório ele era: Cavalheiro, leal. E principalmente do quanto ele amava aquela mulher... Harry era capaz de tudo por ela, e ele havia provado aquilo hoje!

Harry definitivamente era mais forte do que pensava...


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Notas finais do capítulo

Então é isso... Vocês me entenderam. O ser humano é programado pra ser egoísta, e Harry desistir de algo que ele amava, simplesmente porque assim Hermione estaria feliz, foi uma grande mostra de amor dele, por ela! E eu quis mostrar que não há apenas Hermione na vida de Harry, que há várias pessoas que se importam com ele, e ele não enxergou, porque estava cego de amor por Hermione. Isso acontece... As vezes você ama tanto uma pessoa, que se esquece do mundo ao redor!