A desgraça está me acompanhando só pode ser! Meus pais não me aparecem na porta da sala! Por que isso acontece só com euzinha aqui? Por que?!

- Shelsy?! – Ela não estava preocupada, ela estava furiosa! Me proteja Senhor...

Ela veio até nós com os braços cruzados, e pediu para Embry sair, meu pai esperava na porta, eu fitava o chão, não sei se tenho coragem de encarar minha mãe agora

- Por que não me contou filha? – Perguntou com uma voz mais calma, sentou-se ao meu lado na maca e puxou meu rosto para encara-la

- Por que eu não sei, mas não foi nada demais mãe

- Qualquer coisa que você e sua irmã façam é tudo para mim – Essa aí me pegou – Vocês e seu pai são tudo na minha vida, eu não suportaria se...

- Ta bom mãe, você quer me fazer chorar – A interrompi – Desculpa não ter contado, prometo que da próxima vez vai ser a primeira a saber – A abracei de lado e ela me envolveu

- Ta bom, eu te desculpo – Embry veio perto de nós – Pode ficar com seu namorado, eu só queria saber se você estava bem

- Ele não é meu namorado mãe! – Ainda...

- Vou fingir que acredito – Ela saiu dando lugar aos braços quentes de Embry – Te vejo em casa

- Bom deu tudo certo no final – Me apertou mais um pouquinho

- Quem disse que ainda é o final?

- É verdade, nem começamos ainda – Ficou em pé a minha frente – Vamos dar uma volta? – Disse mais animado

- Claro

Saímos da escola, eu mancava um pouco, mas ele acompanhava sem reclamar meu ritmo. Estávamos indo até uma das praias de mãos dadas, quem vê pensa outra coisa, mas sempre fomos muito amigos. Caminhávamos a beira da praia em silencio, até que começou a chuviscar, sabe é que raramente chove aqui

- Eu adoro andar na chuva – Abri os braços enquanto as gotas de chuva escorriam

- Você vai ficar doente – Disse

- Não ligo

- Mas eu ligo – Me puxou para ficar de frente a ele, levantei meu olhar até encontrar o seu

Fui me aproximando até nossos corpos estarem colados, suas mãos apertaram em minha cintura, minhas mãos foram subindo de seus braços fortes até se entrelaçarem em envolta de sua nuca, fui trazendo-o até mim até que nossos lábios se encontraram. Nem os trovões e relâmpagos nos separava, apenas interrompemos para nosso bendito ar

- Vou fugir com você mais vezes da escola – Disse ofegante com um leve sorriso nos lábios

- Você só estará me fazendo um favor – Retribui com outro sorriso

O resto da minha tarde passei com Embry, ele realmente agora estava começando a mexer comigo. E eu estava feliz, até eu chegar em casa

- Que algazarra é esta? – Eram só colchonetes espalhados pela sala e um monte de meninas de pijamas esparramadas no sofá assistindo filme

- Minhas colegas

- A mamãe e o papai deixaram Letícia? – Até hoje eles não me deixaram fazer uma

- Claro que não – É o que eu imaginava – Mas os Cullens os chamaram para uma emergência, e quando ela chegar aqui não vai ter coragem de expulsa-las – Então eu expulso! Fez a dancinha da vitória(?) e foi até a cozinha. Alguem bateu na porta

- Laura?

- Posso ficar aqui hoje? – Ela perguntou, toda a sua maquiagem borrada pela chuva

- Claro entra – A algazarra está completa

A levei para meu quarto e entreguei roupas secas para ela tomar um banho, e fui tomar um banho no banheiro da Letícia. Depois que estávamos prontas nos sentamos na cama, ela estava deprimidinha

- O que acontece Laura? – Ela deitou a cabeça em meu colo

- Eu não gosto de ficar em casa sozinha, chorando, parecendo uma condenada

- Mas que coisa, esse menino já está me estressando -  A levantei – Não fica triste não, amanhã vamos atrás de um outro pretendente pra você, um que te mereça e que te ame de verdade

- Obrigado amiga

- Vamos nos divertir ta legal – Passei delicadamente a mão no caminho em que as lágrimas deixaram – Chega de lágrimas por hoje

Desci e preparei uma pipoca, vamos assistir qualquer filme que esteja passando na televisão menos os de romance. Subi de volta ao quarto e liguei a televisão, nos ajeitamos com umas almofadas no chão e começamos a assistir um filme de terror, O Chamado, ai que horror! Aquela menina feia Samara, eu sei que não é verdade mas fiquei com um certo, medo. Laura dormiu, peguei um colchão a empurrei para cima dele e a cobri, desci para a cozinha beber alguma coisa.

Voltei para meu quarto e peguei no sono, foi um pouco complicado porque todas as vezes em que fechava os olhos uma imagem daquela coisa me vinha na mente

(...)

Estava de olhos fechados, mas alguém ficava chamando meu nome e colocava uma mão gelada em meu ombro

- Vai dormir Laura – Empurrei a mão

- Eu não sou a Laura, eu sou a Samara! – Falou com uma voz meio rouca

- A vai tomar no seu c... – Abri os olhos pra ver, era a Samara mesmo! – AAAAAAAH! – Meu grito ecoou na casa, e me escondi embaixo da cama e eu vi o pé da Samara, eu conheço essas unhas! – Laura sua filha de uma galinha despenada! – Fui sair as pressas de baixo da cama e bati a cabeça – Você me paga!

- Foi demais essa em Letícia – Ela e a Leeh comemoraram

- Vocês quase me mataram do coração suas ingratas! – Coloquei a mão no peito meu coração estava disparado

- Isso é pelo King Kong – Letícia falou vitoriosa e saiu do quarto

- E você fez por que Laura? – A parte da Letícia já foi explicada

- Só por diversão

- Vai ter volta escutou Laura – Ameacei-a – E como vocês fizeram?

- Passei um pozinho e fingi uns machucados sei lá o que ela tem no rosto com o lápis preto – Lavou o rosto – Genial não acha?

- Muito genial – Puxei uma cadeira perto da janela e fiquei observando a chuva cair

- Eu posso dormir tranqüila? Sem sustos? – Ela perguntou se deitando no colchão

- Pode ficar tranqüila, eu não sou vingativa – Imagine se fosse

Fiquei um tempão na janela, e peguei a Laura no flagra, ela é sonâmbula, e se levantou e foi deitar-se na minha cama. Abracei meus joelhos e voltei a prestar atenção na chuva, que me lembrava eu e Embry na praia, eu acho, que estou gostando de verdade dele, ele mexe comigo, aos pouquinhos eu fui pegando no sono

(...)

Acordei com uma dor no pescoço óbvio dormi toda torta na cadeira, com a Laura na minha cama de novo, ainda bem que dormi na cadeira. Me vesti acordei a rainha das gracinhas e desci para tomar café, ainda bem que minha mãe já tinha chegado

- Oi mãe, oi pai – Beijei os dois na bochecha, ué não tinha café hoje?

- Shelsy, você pode trazer sua irmã aqui e também a Laura – Minha mãe disse séria, aí tem coisa!

Trouxe as duas meio que guiando elas pois ainda estavam na fase pós sono(?), sentamos todas na mesa esperando o discurso

- Talvez essa notícia seja boa, ou ruim. Isso vai depender de cada uma de vocês – Falou séria

- Mais um primo? – Perguntei para tirar o clima tenso

- É sério Shelsy – Ta bom, parei...