Love The Way You Lie escrita por belaledok, Li_VA


Capítulo 14
Capitulo 12, Parte II – Selo


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Jujuba_lov e Fraan-Salvatore, pelas recomendações. E obrigada a todas as minhas leitoras por me acompanharem até o fim. São leitoras como vocês todas que nos incentivam a continuar nossas histórias. Por favor leiam as notas finais e eu vou explicar o por que da demora.



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Anteriormente, em Love The Way You Lie...

Eu iria adorar ter uma professora como você no jardim de infância. – Jeremy falou brincalhão e eu ri.

–Essa não é a primeira vez que eu ouço isso. – falei olhando acusadoramente para o Damon e nós rimos. De repente, eu piso em falso e quase caio. Minha sorte foi que Bonnie me segurou rapidamente. Logo em seguida ela olhou assustada pra mim. – O que foi? – perguntei

–Eu sinto algo vindo de você... Uma grande energia... Mas eu não consigo identificar o que é. É como se uma barreira me impedisse de identificar isso... Isso é bem estranho. – Ela falou se afastando de mim como se eu fosse anormal.

–--

–Ainda não descobriu? Estou impressionado! Pensei que fosse mais inteligente!- ele falou e eu olhei pra ele ainda com raiva e indagadora. – Eu sou Klaus, Rebecca! – ele falou com um sorriso no rosto e se aproximou de mim. – Aquele que você teme. – ele sussurrou no meu ouvido me fazendo estremecer de medo. Ele se afastou e ficou me encarando sério.

–O que você quer de mim?- perguntei.

–Bom... – antes que ele pudesse começar a falar, Damon surge na porta do refeitório com uma cara de que vai matar alguém. Se Klaus não fosse o vampiro mais forte de todos os tempos, eu avisaria para ele ter medo e fugir. – Damon! Que surpresa agradável! Veio participar da nossa pequena reunião? – ele perguntou sarcástico.

–--

– Não vai para casa á essa hora não é?? Ainda mais com Klaus a solta. – ele falou preocupado.

–Não sou doida. Não quero ver o Alaric me chamando de novo de “Mia Rebecca”. – ela riu. – É sério. Foi assustador. Eu não sabia o que ele estava falando, mas senti algo estranho quando ele falou aquilo, como se realmente tivesse um significado, como se ele não tivesse falado aquilo só para assustar.

–--

–Não se preocupe. Não sou de guardar mágoas. – falei. Ele continuou calado, me olhando daquele jeito estranho e eu não aguentei e falei logo: - Por que está me olhando assim? – ele pareceu surpreso com a pergunta e olhou em meus olhos.

–Você se parece com alguém que conheci há muito tempo. - ele falou

–Que estranho... Vai ver eu sou descendente dessa pessoa... – falei.

–É... É... Pode ser isso... – ele falou ainda pensativo.

–--

–PAREM OS DOIS!- gritei e os dois pararam e olharam pra mim. – Porcaria Damon! Você não sabe ver o quão estúpido está sendo? Não consegue perceber que essa vai ser uma das atitudes que você vai se arrepender para o resto da sua vida?

–Cale a boca Rebecca! Você já se meteu demais nessa história!- Damon falou se soltando de Stefan e caminhando em minha direção. – Só atrapalha os planos, quase morrendo ou me delatando. – ele falou com ódio pegando em meus ombros. – Toda hora eu tenho que parar, por que a estúpida humana foi sequestrada ou se meteu em perigo. NINGUÉM PRECISA DE VOCÊ AQUI! VOCÊ NÃO SERVE PARA MERDA ALGUMA!!!- ele gritou me sacudindo. Eu o encarei abismada, enquando ele continuava apertando meu ombro.

–--

– JÁ VAI!- gritei mais alto. Corri até a porta e a abri. Um cara estava com a mão direita encostada na soleira da porta e a cabeça abaixada. Ele levantou a cabeça e sorriu.

–Ciao mia Rebecca. – ele falou e um calafrio passou por mim. Então tudo ficou negro.

–--

– Io non le ho detto che ci saremmo incontrati nuovamente? (Eu não disse que nos encontraríamos novamente?)

– Não entendo nada que você diz. – falei olhando pra Klaus com raiva e ele riu.

–--

– DAMON! – gritei desesperada. – SOCORRO!! ELES ME PEGARAM!! – tentei chegar mais perto da porta para começar a fazer barulho, mas tudo aquilo era em vão. O Feitiço nunca ia me deixar fazer barulho. Escutei uma risada má bem atrás da porta em que eu estava perto. Era Katherine.

– Você é mesmo Tola. Pensou que eu ia falar para Damon que você estava aqui? – ela perguntou. – Eu ainda não me esqueci do tapa que eu ganhei. – ela falou e saiu rindo

– Desgraçada!- murmurei com raiva e comecei a chorar, percebendo que ninguém nunca poderia adivinhar com quem eu estava.

–--

–Eu vim te entregar isso. – falei pegando o velho envelope dentro da minha bolsa. Ele pegou o envelope e quando olhou a letra ficou braço de pavor.

–Não pode ser... – Elijah murmurou.

–--

– Não mate ele, por favor, Klaus – Implorei. – Me mate. Me transforme em vampira e me mate. – falei e ele riu como seu eu tivesse contado uma piada. – Não foi para isso que você me capturou? – perguntei. – Como sua vampira reserva?

– Mia Rebecca. Deixe de ser boba. Damon é um inválido. E você não tem nada a ver com essa parte do plano. – ele falou. – Você é uma das peças mais importantes do meu plano. Se duvidar é mais importante que Elena. - ele falou.

–--

– Então quer dizer que ela é a... – ele abriu e fechou a bocas várias vezes sem conseguir pronunciar as palavras. Eu fiz que sim com a cabeça.

– E ela está com Klaus, Elijah.

– Com Klaus? Então precisamos salvar ela. Imagine o que ele pode fazer... O que ele pode fazer com ela... Tenho que ir lá. Agora! - ele falou e eu o parei.

– Seja esperto Elijah. Pense bem. Faça um plano. Por que você é o único que pode salvar ela. – eu falei.

Agora...

–Buon Giorno, mia Rebecca! – Klaus falou abrindo as cortinas. Os raios solares invadiram o quarto, assim que ele fez aquilo e eu acordei de imediato. Parecia que eu tinha dormido por dias.

–Não acredito... Você conseguiu quebrar o selo!- eu falei arregalando meus olhos. –Isso quer dizer que... Elena está morta!- eu falei colocando a mão no rosto, nervosa.

–Isso mesmo. Finalmente eu me sinto como eu mesmo, novamente. – ele falou sorrindo. – E agora, isso quer dizer que finalmente irei usar minha peça chave; você- ele falou apontando pra mim.

–Eu? Por que eu? – perguntei.

–É Klaus, Por que você prendeu Rebecca? – Elijah entrou no quarto com um olhar indagador. Klaus se virou, sorrindo para ele.

–Elijah!!- eu falei arregalando meus olhos. – Você traiu Elena? – eu perguntei espantada.

–Família é mais importante que uma simples e boba humana. – ele falou com um pouco de desprezo, o que me fez ter um frio no estômago. – Mas isso não importa agora. – ele falou e olhou para Klaus, como se esperasse algo. Klaus simplesmente sorriu de lado e começou a falar.

–Esta, que está em sua frente não é uma mera humana. Você está diante da filha de uma das bruxas mais talentosas do mundo e de um dos vampiros originais. Ela é filha de Rosa com você Elijah. Rebecca é sua filha. – ele falou e eu parei estática.

Elijah olhou confuso para Klaus e ficamos rodeados por um silêncio assustador. De repente eu comecei a rir de tão nervosa, como se aquilo que Klaus tivesse falado foi uma piada.

–Você está brincando não é? –perguntei sorrindo nervosa e ele olhou pra mim sério. Eu me levantei da cama bem rápido. – Isso foi uma piada não foi? – perguntei mais nervosa ainda.

–Non mia Rebecca. Questo è reale.– ele falou e eu suspirei. Lá vinha Klaus com aquela mania idiota de falar em outra língua comigo.

–Eu não entendo essa língua aí!- falei impaciente.

–É Italiano e ele está falando que isso é verdade. – Elijah falou com os olhos distantes, como se vagasse no passado. Eu escancarei minha boca. – Mas... Como? Como isso aconteceu Klaus? – ele perguntou tirando as palavras da minha boca.

–Você conhece Rosa tanto quanto eu, Elijah. Você sabe que ela não iria descansar enquanto tivesse um filho com você. – ele falou. Eu pigarreei:

–Desculpe, mas eu não estou entendendo.

–Não se preocupe. Agora mesmo eu vou explicar tudo pra você. Existiram três bruxos originais; Esther, Branka e Igor. Eram três irmãos que receberam poderes da natureza, para poder controlar e ajudar a mesma. Esther se casou com um jovem camponês, Mikael, nosso pai. – ele falou. – E os outros irmãos, Branka e Igor, apaixonados um pelo outro resolveram se casar. Dessa união nasceu a criatura mais linda, formosa e talentosa, que esse mundo já viu; Rosa, sua mãe. Rosa cresceu unto com a gente e desde sempre gostou de Elijah, mas sua avó já tinha prometido para minha mãe, que ela ia se casar com nosso irmão mais velho, Horst, o que se cumpriu. Rosa teve uma filha com ele antes que meu pobre irmãozinho morresse. Ai então, sua mãe pôde finalmente começar seu romance com Elijah. Mas ele já era um original na época e o sonho de sua mãe era ter um filho com ele. Rosa era filho de dois originais. Não era de se espantar que seus poderes superassem o de qualquer bruxa normal. Então, facilmente, ela fez um feitiço e engravidou de você. Sua mãe escondeu você, para te proteger. Ela sabia que você estaria em perigo se alguém te descobrisse, afinal, você era metade bruxa e metade vampira. Pra que você crescesse “normalmente” ela colocou um selo na sua parte bruxa e na sua parte vampírica. Só que esse selo não conseguia conter sua imortalidade vampírica...

–E por que eu não consigo me lembrar disso tudo? – perguntei com raiva. Aquilo só podia ser obra da imaginação perversa de Klaus mesmo.

–Calma, Calma! Eu já estava chegando nessa parte da história. – ele falou. – Acima de tudo, Rosa tinha medo de Branka, ou melhor, da sua avó. Branka foi a pessoa mais perversa, cruel e sádica que eu já conheci em toda a minha vida. Ela abominava qualquer coisa que quebrasse o curso da natureza, ou seja, você. Quando ela descobriu da sua existência, perseguiu vocês até o fim do mundo e então amaldiçoou você. Ela fez com que seu sangue se tornasse uma espécie de “fonte de poder” para os vampiros; quem beber do seu sangue ganha, aos poucos, poder e assim pode se tornar mais forte até mesmo de um vampiro original. Mas ela não terminou por aí. Sua mãe não criou você apenas porque amava Elijah, mas também porque ela queria achar uma maneira de me matar. Ela sabia que um dia eu quebraria o selo e que a única que poderia me conter seria você. Sua avó percebeu isso logo de cara e por isso prendeu uma parte de mim em você, ou seja, se eu morrer, você morre e vice-versa. – ele falou e mais uma vez minha boca escancarou. Eu estava tonta. Era muita informação para um dia só.

–E como você sabe disso tudo? – Elijah perguntou.

–Rosa conseguiu esconder Rebecca, junto de uma família de bruxos, que cuidaria dela em troca de proteção, até que a verdade fosse revelada. Só que algumas gerações não gostavam muito de Rebecca e quando uma das descendentes dessa família me achou, ela me contou tudo, antes de morrer por causa de algum feitiço que Rosa provavelmente colocou. – ele falou e se voltou para mim, dando novamente aquele sorriso de dar arrepios. – Pensei que eu ia precisar buscar você por toda parte assim que quebrei meu selo, mas assim que botei meus olhos em você, percebi que era a filha da Rosa e por isso te capturei Rebecca. Você é a parte mais preciosa do meu plano. Com o seu sangue, eu e meus híbridos poderemos ficar mais fortes e esse é o meu objetivo. – ele falou.

–Como eu vou saber se isso é verdade mesmo, Klaus? Como eu posso saber se você não está apenas querendo me enganar?

–Você acha mesmo isso Rebecca? E quando o vaso se quebrou no mesmo momento que você estava com raiva? Foi só coincidência? – ele perguntou e eu me calei vindo que ele estava certo. Decido aceitar essa história maluca.

–E minha mãe? O que aconteceu com ela?

–Ela não tinha mais razão de viver, já que Branka tinha lançado um feitiço tão poderoso, que nem mesmo ela pôde quebrar. – ele falou

–Por isso, que ela se isolou até a morte... – Elijah falou com os olhos vagos, provavelmente em alguma lembrança.

–É, É! Mas isso não importa agora, por que finalmente eu vou poder fazer o que eu desejei desde que te vi. – ele falou e numa velocidade vampírica, correu até o meu lado, puxou o meu braço, mordeu o meu pulso e começou a sugar meu sangue. Eu olhava para aquela cena estática, sem saber o que fazer, afinal, no momento Klaus era 10 vezes mais poderoso que eu, já que meu selo ainda estava intacto.

***

Abri a cortina e olhei pela janela. Vi as pessoas caminhando em uma direção, provavelmente estavam se preparando para o evento desse final de semana- o povo ia se reunir para assistir “E o vento levou”. Eu me lembrava disso, pois minha tia era coordenadora do evento.

O que Klaus falou com certeza é verdade; ele não me sequestraria por qualquer outro motivo. Não tenho certeza mais de quem sou eu. Saber que minha vida até hoje foi uma farsa é muito duro. Fechei os olhos e voltei para minha cama, pegando o suco que estava na mesinha ao lado dela.

–Não beba. – Elijah falou e eu olhei para a porta, de onde vinha a voz dele. Ele tinha entrado no meu quarto e eu não tinha nem percebido. – Klaus colocou um sonífero bem potente na sua comida. – ele falou. – Ele quer te nocautear para poder fugir e te prender em um local mais seguro.

Também tinha esse outro problema; saber que eu era filha de um traidor não era muito fácil.

–Por que você está me falando isso? Afinal, a família não é mais importante que uma simples e boba humana? – perguntei sarcástica e ele sorriu.

–Você não entendeu o verdadeiro sentido da frase, Rebecca. – ele falou. – Quando eu falei família, eu não quis dizer Klaus. Quis dizer você. Você é a única pessoa que me importa agora e eu vou te tirar daqui, nem que tenha que desistir da minha vida. – ele falou e eu parei com os olhos arregalados.

–Mas... Você sabia que eu era sua filha antes mesmo de Klaus te contar?

–Sim. – ele falou. – E foi por isso que eu trouxe... – ele falou abrindo a porta e minha tia Vanessa passou por ela.

–Tia Vanessa? – perguntei. Nunca fiquei tão aliviada em ver ela em toda a minha vida. Ela sorriu, correu até mim e me abraçou bem forte.

–Pensei que ia te perder para o idiota do Klaus. Fui tão boba em acreditar que nas mãos de Damon você estava segura... – ela falou e se afastou me olhando seriamente.

–Damon sabe o que eu sou? – perguntei confusa.

–Não. Apenas Klaus, Katherine, Vanessa e eu sabemos. – Elijah falou. – Vou deixar você a sós com sua tia, para poderem conversar direito. – ele falou e saiu pela porta.

–Tia é verdade? – perguntei ainda querendo acreditar que aquilo tudo não passava de uma brincadeira de mau gosto. E ela negou com a cabeça.

–Eu não devia ter te deixado aqui por muito tempo. Desde que percebi a confusão que estava formada nessa cidade. Mas você estava tão feliz... Era a primeira vez em toda minha vida que eu te via tão feliz... Por isso deixei você ficar aqui e então aconteceu o que eu mais temia Klaus te encontrou.

–Não foi sua culpa!- falei.

–Foi sim, Rebecca. Foi minha culpa. Se eu não tivesse te encontrado naquele dia no porão, talvez você pudesse estar a salvo agora. – ela falou e eu olhei para ela com uma cara indagadora. – Rebecca, você está na nossa família há gerações. No início nossos ancestrais tratavam você como uma princesa, mas com o passar do tempo, você começou a ser tratada como um fardo até que um dia, eles te prenderam em um caixão.

–Um caixão de vidro. – falei tendo um flashback bem obscuro, de um velho falando umas palavras estranhas e me colocando dentro de um caixão de vidro.

–Sim. – ela falou sorrindo. – Seu poder já está quebrando os feitiços de memória. Isso é uma boa notícia.

–Mas Klaus falou que o selo ainda estava em mim e que eu não iria poder usar meus poderes... – eu falei

–Você realmente acha que Klaus falaria a verdade se seu selo estivesse aberto? Você é mais poderosa até mesmo que sua mãe. Ele teme a você como uma zebra teme um leão. – ela falou. – Bom, mas continuando a história... Há 27 anos, eu te encontrei em um caixão de vidro no porão da casa do meu avô. Você já estava presa há mais de 1 século e quando te encontrei, parecia uma princesa. Eu era a mais nova e vovô sempre me dava tudo o que eu pedia, por isso assim que eu pedi para tirar você dali, ele obedeceu com muito gosto. Eu te chamava de Branca de neve e você era a minha babá. Com o tempo, eu fui crescendo e você foi mudando de papel na minha vida até que virou minha sobrinha. Claro que durante esses 27 anos, muitas coisas, boas e ruins, aconteceram. Só que não dá tempo de contar toda a história hoje para você. – ela falou.

–Klaus pode chegar a qualquer momento não é? – perguntei e ela fez que sim com a cabeça.

–Eu vim hoje aqui, para te contar o que nós planejamos fazer para te tirar daqui e irei desfazer os feitiços de memória, para você começara a entender tudo melhor. – ela falou. – Claro que você não vai recuperar sua memória de súbito; ela virá pouco a pouco e você deverá ter paciência em relação á isso.

–Vocês vão me tirar daqui hoje?

–Não. Klaus poderia suspeitar do seu pai e matar logo ele. Eu não quero isso; quero que Elijah saia com vida daqui para ele poder te proteger também. – ela falou e eu suspirei. Iria ter que aguentar mais um dia na prisão. – Vamos começar isso logo, antes que Klaus chegue. – ela falou e tocou em minha testa.

Tia Vanessa fechou os olhos e eu comecei a sentir a energia fluir dela para mim. Ela começou a recitar algumas palavras enquanto eu sentia uma dorzinha no lugar que ela tocava. A dorzinha foi aumentando até se tornar insuportável, como uma enxaqueca. Parecia que minha cabeça ia explodir, por isso fechei meus olhos com força, desejando intimamente que aquela dor parasse. Então a dor se tornou mais que insuportável e de repente ela cessou de uma vez.

Quando eu abri os olhos e olhei para ela, imediatamente um clarão veio á minha mente. Eram flashbacks e mais flashbacks como se eu estivesse me lembrando de tudo, tudo a respeito dela.

Flashbacks on

A pequena garotinha olhava pra mim admirada e ao mesmo tempo um pouco assustada.

–Você é a branca de neve? – ela perguntou escondida atrás de um senhor com uma cara bondosa.

–---

–Adivinhaaa!!- Vanessa entrou no quarto, onde eu estava lendo um livro, saltitante. Eu olhei pra ela sorrindo – Adivinha o que aconteceu!!!- ela falou. Parecia ter uns 13 ou 14 anos.

–O que, menina? – perguntei.

–Ele me beijou Becca!! Me beijou!- ela falou se sentando na cama com um a cara de boba.

–---

–Você o que? – perguntei assustada para Vanessa, que parecia agora ter 20 anos. Ela estava com os olhos inchados e com as mãos na cabeça preocupada.

–Eu estraguei minha vida Becca!! Eu estou gravida!!- ela falou – E ele não vai assumir. Eu tenho certeza!! E meus pais? Eles vão me expulsar!!

–Calma! Calma, Nessa! Tudo vai ficar bem! Eu vou ajudar vocês. – falei a abraçando

–---

–Essa é a Lisa. – ela falou no hospital segurando o bebê. Eu sorri e alisei a pequena cabecinha que possuía pequenos fios dourados. – Quer segurar sua afilhada? – ela perguntou e eu sorri fazendo que sim com a cabeça. Assim que ela me passou Lisa, a bebê abriu os olhos e me olhou com admiração.

–---

–Becca você pode cuidar da Lisa pra mim? – Vanessa perguntou. Ela estava toda arrumada, como se fosse sair.

–Claro tia!- eu falei olhando para a pequena garotinha á minha frente, que coloria um desenho. Ela era idêntica a Vanessa.

Flashback off

Foi uma das ultimas lembranças e eu voltei a focar o olhar na minha tia, ou melhor, na minha velha amiga.

–Vanessa? – perguntei e ela sorriu um pouco emocionada.

–Esperei por esse momento há tanto tempo!- ela falou e eu sorri. Nos abraçamos e depois nos olhamos como se não nos víssemos há muito tempo.

–Vanessa. – Elijah falou entrando no quarto – Acho melhor você ir. Klaus já deve estar voltando e ele não pode ver você por perto. – ele falou.

–Ok. – ela falou e olhou pra mim. – Escuta, Rebecca, eu vou te tirar daqui haja o que houver, entendeu? – ela perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. E então ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto, me deixando sozinha com Elijah.

–Você não vai se meter em problemas não? – perguntei. – Quer dizer... Por causa da Katherine. Ela pode contar tudo para Klaus.

–Katherine tem os segredos dela e eu tenho os meus. Além disso eu posso acabar com a vida dela num piscar de olhos. – ele falou e ficamos em silêncio nos encarando. Eu olhava para ele, me perguntando no que eu era parecida com ele, mas não conseguia achar muita coisa... –Você não é parecida comigo. É mais parecida com ela, com certeza! – ele falou como se lesse minha mente e se aproximou de mim, se sentando do meu lado.

–Eu não consigo me lembrar dela. – falei fazendo esforço, mas minha cabeça apenas doía. Quanto mais eu tentava me lembrar de alguma coisa, mais ela doía.

–Vanessa falou que isso demoraria. Entenda, foram anos de feitiços, muitas vezes poderosos. – ele falou. – Mas Você é idêntica a Rosa tanto na aparência, quanto na personalidade. Ela era assim; bonita, inteligente, cuidadosa e amável. Foi a mulher mais linda que eu conheci em toda minha vida e você herdou essa beleza. – ele falou e eu sorri um pouco envergonhada. – Quando eu te vi pela primeira vez, imaginei ser uma descendente dela. – ele falou e eu me lembrei do que acontecera noites atrás na casa do Salvatore, quando ele veio me pedir desculpas. Deveria ser dela que ele falava. - Nunca ia imaginar que você era nossa filha. Então ontem á tarde, Vanessa me entregou um envelope e eu descobri tudo. De início pensei ser mentira, mas logo percebi que os pontos se encaixavam e que nós precisávamos te salvar. Mesmo assim eu ainda me sinto culpado.

–Culpado? Por que culpado? – perguntei confusa.

–Eu tentei te matar e te machuquei feio naquele dia. – ele falou. – Machuquei seriamente minha própria filha. – ele falou – Você deve me odiar por aquela noite. – e então ficamos em silêncio

–Pai... – falei um pouco receosa em chama-lo de pai, mas ele pareceu ter ficado um pouco feliz, já que seus olhos brilharam. –Elena, Damon e Stefan tinham te traído e o senhor tentou apena se vingar, descontando na primeira coisa que você viu. O senhor não sabia que eu era sua filha, por isso não te culpa. E eu não te odeio. - falei pegando na mão dele e sorrindo encorajadora. Ele sorriu com os olhos ainda tristes e ele pegou um embrulho do bolso do paletó.

–Isso é seu. – ele falou – Se eu morrer ou se o plano não der certo, abra isso. SE tudo correr bem, só abra isso depois que estiver longe da prisão de Klaus.

–O senhor vai morrer? – perguntei um pouco assustada. Por mais que Elijah nunca tenha feito parte da minha vida, eu já o considerava como pai.

–Klaus sempre está dez passos á frente de todos em seus planos. Existe uma chance muito grande dele já saber de tudo. Então, eu acho sim que eu posso morrer.- ele falou e eu fiquei triste.

–Mas eu não quero que você morra!- falei ficando triste.

–Rebecca, eu falei para você. Se for necessário, eu darei minha vida para salvar você e nem pensarei duas vezes. Se isso acontecer, por favor, não perca o seu tempo ou interfira. Siga o plano. - ele falou se levantando. – Descanse bem, por que amanhã vai ser um dia cheio. Agora eu preciso ir, pois Klaus já está chegando. – ele falou se despedindo e andou até a porta.

Sem pensar bem, eu me levantei e corri até ele e o abracei bem forte. De início ele ficou confuso e por isso não correspondeu, mas depois de alguns segundos ele me abraçou e deu um beijo na minha cabeça, afetuosamente.

***

Acordei na manhã do dia seguinte. Confesso que não consegui dormir direito, ansiosa para ir embora daquela prisão. Passei a noite inteira revirando na cama, imaginando o que tinha naquele envelope. Assim que levantei da cama, notei um sanduiche e um suco na mesa ao lado. Suspirei. Estava morrendo de fome, mas aquilo provavelmente era alguma armação de Klaus. Sem conseguir resistir, andei até a mesinha e notei que em cima do sanduíche tinha um bilhete. Abri e o li.

“Reponha suas energias.

Elijah”

Sorri e guardei o bilhete no bolso. Peguei o sanduiche e com apetite o devorei. Quando terminei de comer fiquei sentada olhando para a parede e tamborilando os dedos na mesa. Estava nervosa; queria sair de lá o mais rápido o possível, mas pelo visto iria demorar mais um pouquinho. De repente ouço a porta do outro lado se abrir e Katherine falar com muita raiva:

–Por onde você andou? Por que Klaus não está morto? – meus sentidos estavam mais aguçados, desde que eu fui capturada. Provavelmente deveria ser por causa da minha parte vampira.

–Olá Katherine. – escutei a voz de Stefan falar um pouco baixo e eu me levantei de supetão. Será que ele fazia parte do plano? Me aproximei mais da porta para poder escutar melhor a conversa.

–Eu pensei que ele fosse estar morto! Mas ele voltou e voltou com Elijah! O que aconteceu?

–Nós tivemos complicações. – Stefan falou.

–Complicações? –Katherine perguntou sarcástica.

–Não importa. Preciso achar Klaus. – ele falou. – Tem alguma ideia de onde ele possa estar? – ele perguntou e eu escutei a batida de um corpo na parede do lado, como se um dos dois tivesse jogado o outro na parede. Provavelmente Katherine tinha se impacientado com Stefan.

–Shhh! – escutei alguém fazer isso e depois a porta se abrir.

–Klaus, você voltou? – ela falou. – Olha que resolveu aparecer para fazer uma visita.

–Sempre aparece não é? – Klaus perguntou.

–Preciso da sua ajuda, para o meu irmão. – Stefan falou e eu fiquei preocupada. De novo alguma coisa como Damon? Lembrei das palavras de Klaus da noite anterior:

“Mia Rebecca. Deixe de ser boba. Damon é um inválido” – será que o que ele falou tinha alguma coisa a ver com o que Stefan falou?

–Seja o que for terá que esperar. – Klaus falou e eu estremeci com o tom de voz dele. Boa coisa não vinha. – Tenho um compromisso com meu irmão. Isso requer minha atenção imediata. – ele falou e eu fechei os olhos. Klaus sabia. Ele ia matar meu pai agora, e eu não podia fazer nada.

–Entende a importância da família ou não estaria aqui. – ele falou e eu fechei a mão em punho, me segurando para não chorar. – Meu irmão prometeu que eu me reuniria com minha família.

–E assim farei. – Klaus falou de repente e meu pai gritou. Eu escorreguei pela parede e fechei os olhos com algumas lágrimas caindo.

“Se isso acontecer, por favor, não perca o seu tempo ou interfira. Siga o plano.” – lembrei-me das palavras do meu pai e me levantei, enxugando minhas lágrimas e jurando vingança a Klaus por ele ter matado meu pai.

Fui até a mesinha, peguei o embrulho e o abri de uma vez. Dentro dele havia um livro bem velho, um envelope de carta, que tinha o meu nome escrito com a caligrafia de Elijah, e um celular, com um post-it colado nele:

“Mande essa mensagem para Vanessa”

Então eu obedeci e mandei a mensagem, que era uma espécie de código, para Vanessa. Enquanto ela não retornava, voltei a escutar o que se passava do outro lado da porta. Klaus parecia estar torturando Stefan, pois ele urrava toda hora. Eu fiquei bastante preocupada. Stefan estava em uma situação bem perigosa e podia morrer nas mãos de Klaus. Eu queria salvar ele, mas para isso, precisava me salvar primeiro.

–Pode sentir isso? – Klaus sussurrou para Stefan, que urrava. – É a pressão contra o seu coração. Um pequeno movimento e você morre.

–Ele só está tentando ajudar o irmão. – Katherine falou e eu ofeguei. O problema de Damon era mesmo grave.

–As bruxas disseram que você tinha a cura. – ele falou. – Faça um trato. Me dê a cura. – Stefan implorou. Cura? Então Damon deveria estar ferido ou com alguma doença. Antes que eu pudesse pensar mais a respeito do que eles tinham falado, Vanessa retornou a mensagem:

“Vá para a janela.” – e então eu fui até ela. Vanessa estava do outro lado da rua. Ela acenou para mim e enviou outra mensagem – “Consegue abrir ela?”

“Não. O quarto está enfeitiçado, por isso não consigo chegar nem perto da porta, nem perto da janela.” – respondi e olhei para ela.

“Ok. Vou desfazer o feitiço. Tente me ajudar se puder.”- ela mandou.

“Mas como?”

“É só tentar fazer sua energia fluir pelas paredes do quarto, memorizando o que você quer. É a maneira mais simples de fazer um feitiço.”– ela falou e eu coloquei uma das minhas mãos na parede fechando os olhos.

Comecei a fazer o que ela pediu; fazer minha energia fluir pelas paredes. Foi difícil no início, mas logo consegui e então comecei a memorizar o que eu queria: que aquele feitiço se quebrasse. Fui repetindo isso como um mantra na minha cabeça até que eu senti como se uma barreira dentro da parede se quebrasse e percebi que finalmente eu poderia sair dali. Abri os olhos e toquei na janela sorrindo. Abri-a de imediato, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Vanessa:

“Agora o que eu faço?”

“Pule pela janela.”

“Mas como? São dois andares. No mínimo eu vou quebrar as pernas.”

“Rebecca, você é metade vampira. Consegue pular dessa altura, como se estivesse pulando corda. Pule logo antes que Klaus perceba que você está fugindo!” – ela mandou de volta e eu suspirei, me lembrando de Stefan.

“Vanessa, Stefan está aqui, sendo torturado por Klaus. Precisamos salva-lo!”

“Stefan é experiente e ele vai se safar. Você precisa agora se preocupar em fugir e não em ajudar um vampiro.” – ela mandou e eu fechei os olhos. Não queria deixar Stefan nas mãos de Klaus, mas precisava.

Abri os olhos, decidida, guardei o celular no bolso, junto com a carta de Elijah e peguei o livro velho. Segurei ele firme, me ajeitei, subi na janela e olhei para baixo em pânico. Não era uma sensação muito boa, pois a toda hora vinha aquele pensamento chato; Você vai morrer! Saia daí se não você vai morrer! Fechei os olhos, respirei fundo e pulei.

***

–Elijah me deu isso. – falei mostrando a Vanessa o livro velho. – A senhora sabe o que é? – Estávamos dentro do carro dela. Já tínhamos saído da cidade há meia hora e eu não sabia para onde estavam me levando.

–É o grimório da sua mãe. – ela falou. – Ela o escreveu para você e ninguém a não ser você, pode ler o grimório.

–E o que acontece se alguém tentar ler?

–A pessoa morre. Isso já aconteceu com várias pessoas da minha família. – ela falou e eu olhei para baixo um pouco envergonhada. – Não é sua culpa Becca. Existem pessoas que são gananciosas de mais e acabam se dando mal por isso. – ela falou e eu peguei o grimório.

Eu queria ler parra ver se tinha algo de importante nele. Algum detalhe, alguma informação importante. Desamarrei as tiras de couro e o abri. Na primeira página tinha um envelope bem velho, que estava um pouco desgastado. Eu sabia que era uma carta da minha mãe, mas não queria lê-la agora, por isso virei a página e comecei a folhear o grimório. Ele estava todo em italiano e por incrível que pareça eu entendia. O grimório era organizado em várias seções, cada uma com sua especialidade e ele tinha provavelmente mais de quinhentas páginas.

–Mãe, para onde estamos indo? – Lisa perguntou e eu parei para prestar atenção no grimório. Eu também não sabia para onde estávamos indo.

–Para o aeroporto. O voo sai em 15 minutos. Vamos para Itália.

–Itália? Foi lá que eu nasci não foi? – perguntei, ligando os pontos.

–É! Foi lá onde você nasceu. – ela falou - Vamos nos encontrar com uma amiga da sua mãe.

Eu fiquei pensando se ela era uma amiga da minha mãe, provavelmente era imortal e sabia da minha existência. Será que ela era uma original? Balancei a cabeça e voltei a folhear o grimório até que cheguei à seção de Cura e me lembrei do que Stefan tinha falado para Klaus. E eu virei para Vanessa com uma cara indagadora.

–Vanessa aconteceu alguma coisa com o Damon? – perguntei e eu percebi que ela ficou um pouco pálida e que ela desacelerou o carro.

–Por que você está perguntando isso, meu bem? – ela me perguntou disfarçando

–Vanessa, o que aconteceu com ele?- perguntei um pouco irritada. Ela suspirou e falou:

–Rebecca, Damon foi mordido por um lobisomem e está quase morrendo. Elijah me falou isso ontem, quando estávamos repassando o plano antigo. – ela falou.

–E o que a senhora está esperando? Pare o carro! Eu tenho que voltar lá! Tenho que salvar o Damon!- falei irritada.

–Você não pode fazer nada meu bem. Não há nenhum feitiço conhecido capaz de curar isso. – ela falou – Eu sei que isso é doloroso para você, mas Damon não vai sobreviver por muitos dias e eu acho que é melhor ele ir embora sem você se despedir para não sofrer mais.- ela falou e eu encostei a cabeça no vidro do carro.

Então era assim que iria acabar; Damon morto e eu indo para a Itália. A dor maior não era saber que ele ia morrer. Era saber que ele ia morrer com raiva de mim, que eu nunca mais iria ter a oportunidade de olhar naqueles olhos azuis. Olhei para o Grimório para fecha – lo e parei com o que acidentalmente li.

“Cura para Mordida de Lobisomem

O vampiro deve tomar sangue do original híbrido ou sangue da bruxa híbrida. Depois um bruxo deve recitar as seguintes palavras (...)”

Ofeguei e em seguida sorri limpando minhas lágrimas. Murmurei um obrigado para minha mãe, por que eu sabia que ela tinha feito com que eu parasse exatamente naquela página. Ela queria que Damon fosse curado por mim. Fechei o livro e olhei para minha tia decidida.

“Não Damon. Eu não sou inútil”- era a única coisa em que eu conseguia pensar no momento.

***

Correr como um vampiro era a melhor sensação que eu já tinha experimentado em toda aminha vida. Pena que eu não pude aproveitar muito, afinal tinha outros objetivos. Quando eu falei para minha tia, o que tinha lido no Grimório ela imediatamente parou o carro e falou que iria ser mais rápido se eu corresse com minhas próprias pernas. Então eu cheguei em menos de 15 minutos na casa dos Salvatore. Foi outra sensação maravilhosa; a de alívio, pois eu sabia que tinha chegado a tempo.

Parei, respirei fundo e subi as escadas na minha velocidade normal, pensando apenas em salvar Damon. Quando eu cheguei no fim da escada, eu conseguia escutar sua respiração ofegante e a voz de Elena.

–Eu gosto de você agora, do jeito que você é. – ela falou e eu escutei um vampiro se aproximando e acelerei a corrida até o quarto.

Assim que eu cheguei, fiquei estática e quase derrubei o grimório da minha mão. Damon e Elena se beijavam apaixonadamente. Eu fechei os olhos mais uma vez e respirei fundo. Era como se esfaqueassem meu coração repetidas vezes.

“Sempre escolherei você.”- essas palavras que Damon disse para Elena, noites atrás, ficaram martelando na minha mente por alguns segundos até eu escutar a voz dele:

–Obrigado. – ele falou e eu estremeci.

–De nada. – Elena respondeu e eu abri os olhos com um toque leve no meu ombro.

–Tome. – Katherine falou me entregando um vidrinho com sangue dentro. Deduzi ser o sangue de Klaus. Por um momento pensei ter visto pena e compaixão nos olhos dela, mas acho que foi apenas coisa da minha cabeça mesmo, pois logo ela estava me olhando com indiferença. – Isso é trabalho seu. – ela falou e eu notei que os dois pares de olhos se voltaram para a nossa conversa.

–Rebecca... – Damon sussurrou e tossiu.

Meu coração apertou mais uma vez com pena dele, mas eu tinha que me manter firme. Ele tinha feito a escolha dele. Elena se levantou e me olhou assustada e com culpa ao mesmo tempo. Antes mesmo que ela começasse a falar, eu levantei a mão e pedi para ela parar.

–Eu tenho a cura. – falei mostrando o sangue e o grimório da minha mãe. Damon me olhou feliz e com um pouco de esperança.

–O que é? – Elena perguntou

–O sangue de Klaus. – Katherine falou. – É só dar que ele fica bom não é Rebecca?

–Não. – falei. – Precisamos de um encantamento. – eu falei.

–Encantamento? – Katherine e Elena perguntaram assustadas.

–É. O sangue de Klaus é só uma parte dele. Se ele tomar apenas o sangue de Klaus, uma hora ou outra os sintomas vão voltar. – falei confiante. Tinha dado uma olhada no encantamento antes de vir até a casa dos Salvatore. Katherine ofegou, como se tivesse algo de errado.

–O que estão esperando? – Damon perguntou entre tossidas e ofegos. – Vão chamar Bonnie!!

–Não precisa. – eu falei.

–Na? Como assim? – Elena perguntou.

–Parabéns, senhoras e senhores. – Katherine começou formalmente. – Vocês estão diante da única filha de um vampiro original e da bruxa mais poderosa que já existiu.

–Rebecca você é filha de... Klaus? – Elena perguntou assustada.

–De Elijah. – corrigi e os dois olharam para mim assustados. – Mas não vamos perder o tempo com baboseiras - falei, me aproximando da cama.

–Mas isso não é baboseira. Isso é importante... - Elena protestou e calou a boca assim que eu olhei para ela com raiva.

Me sentei do lado do Damon que me olhava com culpa e agradecimento ao mesmo tempo. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas eu o cortei:

–Shhhh!- falei colocando o dedo sobre seus lábios úmidos e quentes, por causa da febre. – Vamos acabar logo com isso não é?

Eu peguei o frasco destampei e coloquei na sua boca, cuidadosamente. Sei que a receita só pedia um dos sangues (O meu ou o de Klaus), mas, para ter certeza, eu ia dar os dois. Abri o grimório, na página marcada e comecei a murmurar a primeira parte do encantamento. Quando Damon terminou de beber o sangue de Klaus, eu coloquei o meu pulso na frente da boca dele e ele me olhou confuso.

–Só morda e beba. – falei.

–Mas...

–A gente não tem o dia inteiro, Damon. – falei

Ele suspirou, mordeu o meu pulso e começou a sugar o meu sangue. Eu continuei a pronunciar o encantamento e fui sentindo a energia entre os nossos corpos fluir juntas até se fundirem em uma só, terminando o encantamento. Ele soltou o meu pulso e ficamos nos encarando. Eu me levantei e me ajeitei para sair, segurando a manga do meu suéter sobre o machucado, mas antes que eu pudesse sair, Damon segurou o meu pulso.

–Não vá.- ele falou. – Fique comigo, por favor, Rebecca. – ele falou. Eu fechei os meus olhos e tentei puxar o meu braço. , sem sucesso, é claro.

–Adeus, Damon. – falei

–Rebecca... Eu...

–Você fez sua escolha, agora me deixe fazer a minha. – falei e ele soltou meu pulso.

Eu saí do quarto correndo, me segurando para não chorar. Quando cheguei aos pés da escada, alguém me segurou. Eu olhei para trás; era Katherine com uma cara imploradora.

–Rebecca, eu se que eu não fui muito legal com você, mas, por favor, faça o encantamento em mim. Klaus me deu apenas o sangue dele e eu não quero morrer. Por favor Rebecca, faça o encantamento.

–Katherine, eu posso não gostar de você, mas eu nunca conseguiria me igualar a você. – falei. – É claro que eu faço o encantamento – falei.

***

Andei pelas ruas, meio que sem rumo. Por mais que eu não quisesse ficar triste, eu tinha ficado. Eu parecia com um zumbi, vagando e cambaleando na escuridão da rua úmida, com a chuva, eu começava a cair. Cruzei meus braços e me encolhi mais.

De repente um carro preto, com os vidros esfumaçados parou do meu lado e a janela se abriu, exibindo a face de Klaus.

–Rebecca. – ele falou e eu olhei em seus olhos. – Quer ajuda? - ele perguntou.

Sem pensar duas vezes, eu abri a porta do carro e entrei. Quando vi quem estava do meu lado, arregalei os meus olhos; nunca pensei que ele poderia mudar de lado.

–Aperte o cinto. Vi ser uma viagem longa. – Stefan falou dando um sorriso com os olhos vazios.




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Notas finais do capítulo

E ai?? Ansiosas para mais???
Valeu a pena a espera??
Eu sei que não, mas me entendam, eu não conseguiria escrever um capitulo assim em menos de um mês. Eu estava um pouco desanimada com a fic e sem muita inspiração, confesso. Então quando mihas aulas voltaram, no final de janeiro, deixei ela de lado totalmente. No final de Fevereiro, quando estava na metade do capitulo, meu computador quebrou e eu não consegui fazer o Backup. Mas eu ainda tinah esperanças, or que ele tinah quebrado no fim de DEzembro, com o mesmo problema, e tinha voltado intacto. Quando meu computador chegou, eu passei mal, por que eu perdi TUDO. É muito ruim ter que voltar a estaca zero. Eu não queria mais saber de nada. Pensei até em desstir de esver a fanfic, mas em abril, de uma hora para outra, minha inspiração voltou com tudo e eu escrevi esse capítulo. SEi que não está muiiito bom, mas eu espero que tenham gostado de pelo menos alguma coisa.
Agora, deixando o drama pra lá...
O que vcs acham que vai acontecer com Rebecca???? Muahahahahaha!! Algumas meninas acertaram, quando falaram que ela era filha do Elijah (Eu fiquei com raiva, por que queria que fosse surpresa, mas tudo bem).
Damon merece mais uma chance??
Bom...
Quinta feira eu vou postar o prefacio da 2º temporada (Sem falta) e espero Sábado postar o primeiro capítulo.
Beijinhoss e Até Quinta.
Bells
[09/05/12] Eu já comecei a postar a segunda temporada, nesse Link:
https://www.fanfiction.com.br/historia/221869/Love_The_Way_You_Lie_2_Temporada
Beijinhos
Beeells