Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 7
7 - It's my life


Notas iniciais do capítulo

demorou um pouco mas aqui estou =)

ps. para quem nao tem o costume de ler as notas finais, dá uma olhada hoje tá? por favor.



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Capítulo 7

Better stand tall when they're calling you out

Don't bend, don't break, baby, don't back down

It's my life, it's now or never

I ain't gonna live forever

I just want to live while I'm alive

It’s my life – Bon Jovi

Como Royce e Stacy já tinham se despedido de Ella assim que souberam da alta, no final das contas eu teria que ficar sozinha com meus dois filhos do mesmo jeito e, claro, eu não conseguiria trabalhar.

Além de tudo, agora eu estava preocupada com Jasper e Alice e o bem-estar de cada um deles. A separação, ainda mais depois de quase cinco anos juntos, era muito difícil e machucava muito - e eu sabia muito bem daquilo.

Royce e eu fomos casados por oito anos – eu tinha vinte anos quando engravidei de Travis e esse foi o motivo da união, na realidade -, mas eu não conseguia dizer se aquilo poderia realmente ser chamado de casamento. Royce, até então meu marido, e eu, trabalhávamos o dia todo e Travis e Ella ficavam com uma babá. Pela noite, estávamos cansados demais para nos comportarmos como uma família de verdade e, bem, Royce e eu raramente nos comportávamos como marido e mulher, se é que você me entende.

Acho que era por causa disso que ambos tínhamos nossos casos fora do casamento – não vou negar que também fui infiel a ele, mas pensei que nunca iria perdoá-lo por ter me trocado por causa de uma de suas amantes.

-É hora de ir, Rosalie. - ele me disse na noite em que me deixou. – Não há mais o que fazer.

Nesse dia eu não fiquei com o coração partido, como certamente deveria ter ficado se tudo aquilo que chamávamos de casamento fosse real, não apenas uma fachada. Na época eu me senti usada, como se nada tivesse valido a pena. Mas agora eu olho para trás e vejo que nada daquilo valeu a pena mesmo. Quer dizer, foi dessa relação conturbada da qual resultou em meus dois filhos, as duas razões pelas quais eu acordo todos os dias desde então, apesar de quase nunca demonstrar isso.

-Travis, Ella, venham comer! – eu os chamei. Não que eu soubesse cozinhar, de forma alguma. Tinha apenas esquentado no micro-ondas a comida que a babá fizera no dia anterior e arrumado a mesa.

Emmett POV

Fora um dia relativamente cheio no hospital e a noite não deveria ser diferente. Hoje era dia do meu plantão e eu já estava exausto só de pensar que não iria ter a chance de dormir esta noite.

-Ei Emm... Vai ficar hoje? – ouvi alguém me chamando e reconheci a voz de meu amigo, Edward, que estava atrás de mim.

-Sim. – respondi dando de ombros. – E você?

-Também. Vou ficar no pronto-socorro... – ele foi interrompido pelo apito de seu bipe no bolso. – Pelo jeito a noite vai ser longa.

-Pelo menos Bella estará aqui também. – eu ri, fazendo menção à sua esposa, uma enfermeira do hospital.

-É. E ela vai me matar... Hoje é dia do nosso aniversário. – ele coçou a cabeça. – Tenho que ir... Até mais, Emm.

-Até depois. – ele se virou e chamou o elevador, que chegou rapidamente logo em seguida. –Ah, e parabéns! – eu gritei.

-Obrigado! – ele gritou de volta, já dentro do elevador. Nós rimos.

Algo começou a vibrar no bolso do meu jaleco. Meu celular. Abri o visor e lá estava ela, como sempre. Julie chamando.

-Oi mãe. – eu a cumprimentei e de repente me lembrei do por que de ela estar ligando hoje.

-Emmett, não vai chegar nunca? Já se passa das oito. – ela cobrou.

-Não... Eu sinto muito, mãe. Não vai dar para eu chegar a tempo. – mais um daqueles jantares em família que ela insistia em fazer pelo menos uma vez por mês. Ela bufou do outro lado da linha.

-Fazer o quê. – ela não iria parar por ali. Se fosse, já teria desligado sem mais delongas. O que Julie Jenkins McCarty estaria aprontando dessa vez? – Escuta filho...

-Mãe, me desculpe por interromper, mas eu estou trabalhando agora. Não dá pra gente se falar mais tarde? – eu a interrompi.

-Não. – curta e grossa. Tão típico da minha mãe. – Olha, eu não sei qual será a próxima vez que você estará disponível para falar com a sua mãe, então é melhor escutar agora.

Apesar de suas palavras duras, ela não estava sendo rígida. Estava, na verdade, se fazendo de coitada. Mordi o lábio inferior para não rir.

-Tudo bem. – usei meu tom profissional assim que vi o cirurgião-chefe passar. Carlisle Cullen, o pai de Edward. Ele não iria gostar de saber que eu estava falando com minha mãe no horário de trabalho. – Mas seja rápida, por favor. Meu plantão começa em dois minutos. – constatei ao olhar meu relógio de pulso.

-Ótimo. O que eu tenho pra falar é mesmo bem rápido. – ela continuou. – Na verdade é uma intimação. Vou dar um jantar para o pessoal da empresa e você vai vir.

-Empresa? – aquilo me chocou. A empresa da família Hale, da família da mãe de Ella, Rosalie. Aquela mulher mexera comigo de uma forma inexplicável. Vê-la chorar no quarto àquela hora partira meu coração de uma forma que eu não consegui entender... Eu apenas sentia que estava conectado a ela de algum jeito.

-É, a empresa onde eu trabalho... Eu vou me aposentar e quero que todos se lembrem de mim. – foi como se eu pudesse vê-la sorrindo do outro lado da linha. – É uma intimação, não esqueça. Você vem.

-Sim. – não era uma pergunta, mas eu respondi do mesmo jeito. De qualquer forma, eu queria ver Rosalie de novo. – Quando?

- Amanhã. No dia do seu aniversário. – ela riu. – Você pode ver isso como uma festa, se quiser.

Revirei os olhos.

-Eu vou estar aí, mãe. – olhei o relógio mais uma vez. - Agora eu tenho que desligar.

-Tudo bem. – ela suspirou. – Bom trabalho, Emmett. Eu amo você.

-Eu também amo você. – declarei. – Um beijo.

E então eu finalmente fui trabalhar. Estava com uma estranha sensação de dever cumprido, apesar de nem ter começado a fazer nada ainda. Seguindo para o PS, lembrei-me da linda loira que estivera aqui horas atrás. Alta e escultural, do tipo que fazia todo cara perder o fôlego, com cabelos dourados e ondulados que lhe pendiam na cintura. A filha dela, a pequena Ella, era como se fosse sua miniatura. Um amor de criança, assim como seu outro filho, que era a cara daquele pai dele. Bem, o garoto era difícil de lidar, mas eu tinha certeza que era uma boa pessoa.

Rosalie era uma mulher linda e mãe de dois filhos - era quase impossível imaginar que ela tinha idade para ser mãe de um moleque que parecia ter uns nove ou dez anos – e estranhamente eu não parara de pensar nela desde que a vira.


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Notas finais do capítulo

pra quem está lendo aqui agora, meu muito obrigada, de coração mesmo, por ter tido a paciência fazer o que eu pedi HAUIS. eu sei que pode nao ser legal, mas é importante.primeiro, eu gostaria de agradecer pela companhia de vocês nesse final de ano. foi inigualável, foi umas das melhores coisas que já aconteceram comigo, de verdade. é bom DEMAIS saber que as pessoas gostam das coisas que eu faço. segundo, um pedido de desculpas por nao ter postado antes e, é claro, por nao ter desejado um feliz natal para vocês; haha, mas enfim, feliz natal. antes tarde do que nunca.. espero que tenha sido um dia tão bom para vocês quanto foi para mim :D e por último, obviamente, quero desejar a vocês uma OTIMA virada de ano, que 2011 seja muuuuuito melhor que 2010 pra todo mundo, em todos os sentidos (:mil beijos e obrigada por tudo, sophie