Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 40
39 - Make it right


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demoraaa, mas aí está o capítulo novo! :)



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Capítulo 39

Fazer isso direito

Maybe I could have shown

Talvez eu pudesse ter mostrado

That I still do care about you

Que eu ainda me importo com você

More than you could know

Mais do que você poderia saber

Don't say it's too late to try

Não diga que é tarde demais para tentar

To make it right

Fazer isso direito

Make it right – Jonas Brothers

-Você está brincando! – Alice gritou. Jasper e eu olhamos feio para ela. Era um hospital, pelo amor de Deus. Alice, então, voltou a falar em um tom muito mais baixo: - Vocês dormiram juntos.

-Eu estou aqui ainda! – Jasper reclamou, interrompendo Alice. Era realmente estranho falar da minha vida sexual com meu irmão ali ao lado.

Minha amiga, no entanto, não estava nem aí.

-... Você tinha que ter deixado um bilhete ou o acordado... – ela continuou e de repente começou a olhar para Jasper com desprezo. – Rose, ele deve pensar que você o abandonou, tipo aqueles homens idiotas que pagam a bebida para as trouxas a noite toda, as levam para a cama e de manhã somem sem nem deixar o café.

Tá, aquilo tinha ficado pessoal demais.

-Alice, isso foi há cinco anos! – Jasper revirou os olhos. Eu sabia que tinha a ver com eles. – E eu já disse pra você que eu tinha descido para a padaria! Você que é louca e não consegue esperar.

-Padaria, né? Sei. – foi a vez dela de rolar os olhos. – Rose, você tem que falar com ele e dizer que está tudo bem.

-Mas está tudo bem. – dei ênfase ao verbo. – Daqui a pouco vou descer para a Pediatria e falar com ele.

-Bom mesmo. – Alice disse em um tom de voz autoritário e, sem mais nem menos, sentou-se no sofá da sala de espera e pegou uma revista para ler.

-Você consegue entender? – Jasper perguntou baixo para que só eu pudesse ouvir e apontou para minha melhor amiga com o queixo. Alice não percebeu; estava folheando a revista como se já quisesse fazer aquilo há tempos.

-Não exatamente. – sorri – Mas eu acho que essa é a sua deixa.

-Como assim? – meu irmão me encarou com os olhos semicerrados.

-Vamos descer para tomar café? – falei em um tom alto o suficiente para Alice me ouvir. Ela elevou os olhos e deu um sorriso mínimo. – Estou morrendo de fome.

-Vamos sim. – ela concordou e colocou a revista de lado - Estou doida para tomar o chocolate quente daqui que tomei no outro dia.

-Por mim tudo bem. – Jasper deu de ombros, sem entender onde eu queria chegar, e seguiu Alice até o elevador. Eu fui atrás deles; tudo parte do plano.

Eu apertei o botão do elevador e fiquei esperando que ele chegasse em silêncio, assim como os dois ao meu lado. Quando isso aconteceu, cheguei a entrar na cabine, mas encenei toda uma situação.

-Ah, vão vocês na frente. – apertei os olhos, fingindo um mal-estar. – Vou ver com alguma enfermeira um remédio para minha dor de cabeça; está insuportável desde ontem.

Não deu nem tempo de ver direito as reações de Alice e Jasper, já que a porta do elevador se fechou, mas eu tinha certeza que meu irmão entendera.

Jasper POV

Rosalie era uma pilantra mesmo. Eu podia apostar a coisa mais valiosa para mim que ela estava mentindo só para que Alice e eu pudéssemos conversar.

Bem, eu não deixaria essa oportunidade escapar dessa vez, pelo menos.

Andei até a outra extremidade do elevador – não que ele fosse gigante – e apertei o botão para que ele parasse.

-O que você está fazendo? – Alice arregalou os olhos. – Isso é um hospital, Jazz. As pessoas precisam do elevador!

Eu sabia que ela estava certa, mas não consegui evitar um sorriso que escapou de meus lábios.

-De que você me chamou? – fiz cara de quem não entendeu. Alice ganhou um tom avermelhado. Eu adorava esse poder que eu tinha de deixá-la envergonhada depois de tantos anos.

-Anda Jasper. – ela tentou parecer irritada. – Coloque isso para funcionar logo.

-Só se você falar comigo agora. – eu impus. Alice fez bico e cruzou os braços, encostando-se ao fundo do elevador. – Nós podemos ficar aqui a manhã toda, se você quiser.

Alice bufou.

-Tudo bem, nós conversamos. – ela concordou. – Mas eu não prometo nada.

-Ótimo. – eu sorri com a sensação da vitória. – Você não precisa.

Pelo canto do olho, vi Alice revirar os olhos.

Agora era comigo.

Royce POV

Ella bocejou; tinha acordado muito cedo só porque eu deixei escapar ontem à noite que sairia para dar uma volta no hospital pela manhã. Travis, no entanto, fizera questão de tomar o lugar da enfermeira (ela ainda estava ali ao lado, dizendo para onde tínhamos que ir) e passou a empurrar a minha cadeira de rodas, às vezes ajudado pela mulher de roupas azuis claras.

Às vezes eu pensava que não merecia tanta consideração do meu garoto... Ele tratava Rosalie tão mal!

-El, quer voltar ao quarto? – perguntei à minha filha. Ela coçava os olhinhos.

-Não. – era teimosa como sua mãe. – Quero ficar aqui com você, papai.

Sorri. Acho que não merecia os filhos que eu tinha.

-Então vem cá. – resolvi ceder ao mimo e coloquei Ella em meu colo. Ela já estava grandinha para aquilo, mas eu não me importava e a enfermeira não fez nenhuma objeção. Minha pequena dormiu instantes depois.

A enfermeira que nos acompanhava riu.

-Vou deixá-la na Pediatria. – ela sorriu. – Vocês dois vão ficar bem sozinhos?

-Claro que sim. – afirmei, tocando de leve na mão de Travis, que ainda estava atrás de mim.

-Podem chamar por mim, qualquer coisa – ela se disponibilizou. – Meu nome é Isabella Swan, não esqueçam.

Eu assenti e ela pegou minha filha do meu colo sem nenhuma dificuldade, levando-a para a ala pediátrica. Travis e eu ficamos em um silêncio momentâneo, até que eu decidi quebrá-lo.

-Por que você não deu um beijo na sua mãe quando ela chegou? – fui direto ao assunto.  Forcei a cadeira a se virar e olhei para Travis. Ele parecia desconcertado. – Você não precisa esconder nada de mim, filho.

Travis me encarou. Por um momento me pareceu mais novo e até mais inocente que Ella.

-Eu não quero que ninguém tome o seu lugar. – ele apertou os olhos, mas não conseguiu evitar que as lágrimas atravessassem o seu rosto. Eu o abracei enquanto ele chorava. Era o máximo que eu conseguia fazer – um motivo pelo qual eu não tinha lutado pela guarda das crianças era que eu simplesmente não sabia o que fazer quando via uma delas aos prantos. E eu detestava ficar de mãos atadas.

-Trav – eu desfiz o abraço quando ele se acalmou um pouco e olhei no fundo de seus olhos. –Ninguém vai tomar o meu lugar. Nunca. Eu sou o seu pai.

-Promete? – eu sorri por causa da ingenuidade do meu garoto. Assenti.

-Claro que prometo. – ele me abraçou novamente. – Está na hora de você começar a se comportar como o homenzinho da casa. Sua mãe precisa de você.

-Eu sei.

Sua voz continha um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*