Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 22
Capítulo 20 - O bravo Visconde




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Capitulo 20 – O Bravo Visconde

“Diga ao seu fantasma que quero vê-lo no terraço leste. Á meia noite. Ass: Visconde”

Bella corria os olhos pela carta, sem saber o que fazer. A única coisa de que tinha certeza, era que o Visconde conseguia ser muito mais audacioso do que imaginava. Certamente, o casamento com Victoria não adiantaria muita coisa, afinal, sua obsessão por sua pessoa tornou-se um perigo para aquele que ela mais amava. Apurada, pegou sua capa e saiu às pressas do teatro. Desceu as escadas atrás dos palcos e foi ao estábulo, pegando o cavalo negro que sempre estivera por lá.

Sua capa negra e o pelo negro e brilhante do cavalo, misturavam-se com a atmosfera escura das noites sombrias da cidade Luz. Em menos de duas horas, o fantasma deveria travar um duelo com James.

Conforme foi subindo a colina, vislumbrou o reflexo da lua branca no Sena, sentiu a brisa noturna acariciar friamente seu rosto e sentiu seu coração querer saltar pela boca. Quando já estava bem longe das vistas da população, ergueu a cabeça e cavalgou mais rapidamente.

(...)

- Senhor Jasper, tens visita. – Gerárd disse ao conde.

- Quem é a essa hora? - Jasper perguntou.

- Eu. – Bella entrou, sem nem tirar a capa.

- Lady Swan, boa noite. – Jasper cumprimentou-a.

- Não temos tempo para formalidades, Conde. Onde está seu irmão?

- Em seu quarto. Gerárd, chame-o, por favor. – Jasper pediu.

Bella ficou sentada na beirada do sofá, com as mãos fechadas em punhos, segurando fortemente a carta que viera do Visconde. Mesmo com as perguntas de Jasper, não soltou uma palavra sequer, até que Edward chegasse.

- Bella... O que houve?

- James. – ela sibilou, entregando a carta para ele.

Alguns segundos depois de ler, Edward murmurou:

- Cretino! Visconde palerma! – Ele dizia. – James saberá que terá espectadores se me enfrentar num duelo. As pessoas vão saber. Aquele terraço é o que as pessoas tem acesso!

- O que faremos, Edward? James enlouqueceu!

- Jasper? – Edward encarou o irmão por alguns instantes...

- Tudo bem. Melhor irmos então.

Gerárd, ciente do grau da situação, já havia mandado selar três cavalos. Alguns minutos depois, os Condes e o Barão Emmett subiram em seus cavalos e saíram do chatêau, seguidos por Bella. Não perdendo tempo, Edward olhou de soslaio e vislumbrou sua futura Condessa altiva, cavalgando lindamente. Mas ainda sim, ele não tinha certeza de que no final de tudo ela iria aceitá-lo. O medo tomou-lhe conta por alguns instantes.

(...)

Depois que despistou alguns guardas, Bella pôde sair de seu camarim, onde Alice e Rosalie a esperavam. Alice tremia feito vara verde, ansiosa que só ela. Madame Renée entrou no camarim, apressada, fazendo murmures para si.

- O Visconde já está lá. – Ela apressou-se.

- Oh mon dieu! – Alice exclamava.

- Se você está assim, imagine eu, Alice. Imagine que meu coração parece querer saltar do peito. – Bella resmungou.

- Vamos, até parece que não sabem de quem se trata. James é um ansioso e se gaba por qualquer coisa. – Rosalie falou. – Ele está gozando de uma vitória que não possui. E nem possuirá.

- Rosalie está certa. Não sejam pessimistas. Melhor subirmos. – Renée abriu a porta do camarim para as três, saindo logo atrás delas.

Havia um público considerável naquela noite. Muitos dos bailarinos e bailarinas do opera estavam presentes, afirmando que o Visconde e todo o seu caráter astuto, venceria o fantasma e que o próprio não passava de um aproveitador. Mas havia algo que o Visconde ainda não sabia. Algo que o Fantasma havia planejado.

- Parece que seu fantasma não irá aparecer esta noite, mademoiselle Swan.

- Ele virá. E você sairá com o ego ferido, monsieur Visconde, que não terá coragem de colocar os pés à minha frente novamente. – Isabella alfinetou.

- Sua relação com esse Fantôme prejudica a nossa fama. – Disse alguma das bailarinas.

- Ou talvez a senhorita prejudique a fama deste teatro. – Rosalie estreitou os olhos. – E talvez seja exatamente por isso que a senhorita sempre esteja na última fileira do coro, como figurante.

- Quem disse tal coisa? Uma cortesã do Moulin Rouge?

- Não. Quem disse isso foi a futura Baronessa McCarty, ex Dama Vermelha, Bailarina do Opera Populaire, Coadjuvante... E não uma bailarina do coro. – Alice defendeu a amiga.

- Está vendo, Lady Swan? Está vendo a fama que seu Fantasma dá ao nosso teatro? Está vendo todo o estrago que ele faz em nossas vidas? – James encarou Isabella.

Furtivamente, uma figura escura surgia por detrás de onde Isabella estava. A figura deu um passo à frente e depois enlaçou Isabella Swan. Havia um florete em sua cintura. Bella assustou-se com o toque, porém, não recuou.

- Então vossa excelência diz que minha doce bailarina não faz um bom trabalho, cantando com a voz que eu lhe dei? – O Fantasma sibilou vagarosamente. – Queres dizer que ela também faz parte de um estrago?

- Talvez ela devesse ficar no coro.

- Talvez monsieur Visconde devesse manter sua língua bifurcada atrás dos dentes.

Dizendo isso, o fantasma avançou sobre o Visconde. Em passes eretos, um perfeito esgrimista, mantendo sua fina espada alinhada ao corpo, ele atacava o Visconde, que se defendia com habilidade. As lâminas se chocavam com tanta freqüência, que podiam ser vistas faíscas deixando-as. Elas chocavam-se tanto, que era possível sentir a fúria dos dois inimigos se enfrentavam.

James tinha plena consciência de que se perdesse, perderia também seu status naquele teatro, perderia qualquer consideração que Bella ainda tinha por ele e, poderia perder sua união com a Baronesa de Barbarac. O Visconde fervilhava de raiva e ódio. Não existia mais nada que pudesse florescer em seu coração, não existia espaço para outra coisa, senão sua obsessão por Isabella Swan.

Já Edward, plenamente encarnado como o misterioso monsieur Fantôme, empunhava seu florete habilmente, mas tão habilmente, que O Visconde fora ferido em uma das mãos. Mas isso não o impossibilitou de continuar aquele duelo, em sua cabeça, o final do duelo seria somente quando sua espada estivesse transpassando o coração daquele bastardo infeliz, como ele costumava chamar o Fantasma.

O coração de Bella palpitava de ansiedade, principalmente quando seus olhos começaram a perceber que o Visconde se aproximava mais e mais do Fantasma. Num momento de deslize do Visconde, Edward encostara a ponta de seu florete na garganta no Visconde.

Todos encararam a cena perplexos.

- Se fizer mais um movimento, manchará de vermelho o terraço do meu teatro. – Disse o Fantasma. – Retire-se, monsieur Viconde, não está em condições de continuar este duelo, uma vez que sou mais habilidoso que vossa senhoria na arte da esgrima.

- Como se-

- James! Cale-se! – Isabella exclamou. – Vá embora. Volte aqui quando tiver condições e quando for necessário.

- O teatro já está sendo administrado pelos dois bons senhores, o patrono deve apenas comparecer às apresentações. Vá antes que eu lhe arranque o coração, Visconde.

Mal sabiam eles que aquelas palavras podiam ter um significado puramente verdadeiro. Ao ouvir aqueles lábios proferirem a ameaça, James levantou-se e desceu a escada cambaleante. A pequena platéia desceu rapidamente, após receber um olhar desaprovador do Fantasma.

- Você está bem? – Bella perguntou singelamente ao olhar para o Fantasma.

Ele apenas apertou sua mão em torno da cintura dela e a beijou. Bella, ao pousar sua mão sobre a cintura dele, constatou que ali brotava um filete de sangue.

- Oh meu Deus... – Ela olhou para sua mão, manchada de vermelho. – Você está ferido, Edward. – Ela disse o nome quase como um sussurro.

- Nós vamos cuidar dele, Bella. Não se preocupe, foi só um arranhão. – Emmett interveio. – Vamos, Edward.

- Não se preocupe, amanhã estarei novo em folha. – Ele sorriu e despediu-se com um beijo.


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Notas finais do capítulo

E ae? Gostaram? O Visconde levou mais uma coça.. hihi... Well, comentem bastante :D

Porque logo mais eu volto para postar outro.

Beijinhos



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