A Viagem escrita por kiryuu_ichiru


Capítulo 38
Capítulo 38




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- Sim, mas eu a evito. Brauni está sendo um ótimo segurança para mim, não deixando ninguém se aproximar. – Georg respondeu.

- Seu porra, você roubou meu guarda costas para você?! – Bill falou rindo.

Georg esboçou um belo sorriso. Um que há muitos meses eu não via. Eu não me lembrava de ter visto um sorriso tão radiante no rosto de Georg antes.

- E vocês dois, - Disse Georg  apontando para mim e Bill -  Como ficam? Estão juntos mesmo ou era só emoção de serem resgatados?

Eu corei. Olhei para Bill  e ele não disse nada. Percebi que ele receava dar uma resposta naquele momento.

- Acho que não é hora para revelar isso, Georg. – Tom falou, percebendo que nem eu e nem Bill teríamos coragem de responder à pergunta.

- Sei... – Georg falou, voltando seu olhar para Manoela.

Uma doce enfermeira entrou em nosso quarto repentinamente.

- Senhorita Manoela, vim informar-lhe que amanhã a senhorita já poderá ir embora. Sua alta já está saindo. – a mulher falou.

Manoela deu um sorriso e disse algo muito baixo, que me pareceu uma comemoração.

A mulher percebendo que Bill, Tom, Gustav e eu olhávamos para ela a espera de algo sobre nós, falou.

- Os demais, desculpem, mas ficaram mais expostos ás coisas naquele lugar, é necessário que fiquem algum tempo a mais. Sinto muito.

Logo  ao falar, a mulher saiu, com um semblante embaraçado e com pena por dar uma boa noticia apenas a uma das cinco pessoas que estavam internadas ali.

- Nossa! Mais algum tempo em observação, eles quem nos matar, isso sim! – Tom falou, afundando sua cabeça no travesseiro novamente.

- Talvez eles até estejam tentando nos poupar do stress que será quando sairmos. – Gustav falou, olhando para baixo, não focando em nana, apenas olhando para baixo.

- Que bom que você terá alta amanhã, amor. – Georg falou, esperançoso.

- É. – a menina falou – E saindo daqui vou comprar a primeira passagem para Portugal e voltar para minha casa.

Eu pude perceber uma certa decepção no olhar de Georg ao  ouvir aquelas palavras. Eu sabia que ele pensara que ela ficaria mais algum tempo com ele nos Estados Unidos.

- Georg, você não tem que voltar para a Alemanha? – perguntei, ao ver que o homem estava com um semblante um pouco triste.

- S-Sim, mas... – ele respondeu, pensando no que eu dissera, continuou – eu estava pensando em ficar com vocês aqui até todos terem alta.

- Ora, Georg. Sua família deve estar louca para te ver. E você poderá ir com Manoela para a Europa. Depois de alguns dias podem até sair por Portugal, ou até mesmo pela Alemanha para jantar. – Bill sugeriu, não querendo prender o amigo ali conosco, uma vez que sua vontade era ficar com Manoela.

Georg sentou-se no sofá de frente para as camas onde estávamos e adormeceu rapidamente.

- Fico realmente feliz por você, Manoela. – falei.

- Obrigada, Kate. – a menina respondeu, corada. – Manteremos contato, não?

- Claro que sim. Mas acho que te verei com frequência junto com Georg, estou certa? – respondi.

- Espero que esteja. – ela falou.

O dia seguinte chegou  e Manoela recebeu alta. A menina arrumou suas coisas.

- Vamos, Manu? – Georg apressou-a.

- Vá na frente. Vou me despedir deles. – ela falou.

Georg assim fez. Manoela então chegou na nossa frente, abriu um belo sorriso e começou.

- Obrigada por tudo, Bill, Georg, Tom e, principalmente a você, Kate! Os momentos que passamos ficarão sempre comigo, espero vê-los logo. Peço desculpas a você Bill, por mentir sobre a Kate e peço desculpas a Kate também por inventar coisas sobre você para o Bill e fazer vocês se desentenderem. Eu espero que vocês possam ficar juntos um dia. Desculpem-me por causar a desunião em alguns momentos, mas é que eu estava ficando louca lá. – a menina falou.

Pude perceber que seus olhos estavam marejados.

- Manu, não se preocupe. Momentos ruins todo mundo tem. – falei – Agradeço a você por estar lá conosco.

- Esperamos ver você em breve, querida! – Gustav falou.

- Ficaremos com saudades! – Bill observou – Eu também peço desculpas a você por usá-la como vitima de minha vontade carnal e fazê-la de objeto sexual por uma noite.

Eu pude perceber um desdém e ironia no semblante de Bill. Não, não foi isso. Sua expressão era mais para rancor e desprezo com uma pitada de ironia também. Me deu vontade de rir.

- Nos veremos logo, futura senhora Listing. – Tom falou, dando uma leve piscadela.

A menina sorriu para todos nós e saiu. 

- Ufa. – Bill falou aliviado – aquela menina me deixava um pouco desconfortável.

Tom riu.

- Acho que ela deixava todos nós assim. Mas ela é uma boa menina. Só ficou um pouco perdida quando achamos que Georg havia morrido, só isso. – Tom falou. – Acho que você deveria desculpá-la.

- Eu também acho. – Gustav falou – mas ela pisou na bola com você e com a Kate, vocês é que tem que pesar se vale a pena ou não perdoá-la.

- Eu já a desculpei, Gustav. – retruquei – Ela é uma boa menina, bem no fundo. Apesar do fato de ela ter feito sexo com o Bill antes de mim, eu a perdoo.

Bill corou.

- Acho que não vale a pena guardar rancor. Eu a perdoo também. E se eu não o fizesse, Georg ficaria muito puto, suponho. – Bill falou.

- Mas acho que não seria necessário contar sobre o incidente do sexo para o pobre rapaz, não é? – Tom propôs.

Todos nós concordamos com aquilo. Georg iria querer matar Bill se soubesse. Bill sempre conquistava o coração das meninas antes de qualquer integrante da banda.

Absortos em nossa conversa sobre o incidente e sobre o quão revoltado Georg ficaria se soubesse, o tempo passou rápido. Logo estava no horário do almoço e logo seria o primeiro horário de visitas.

A porta se abriu com a costumeira enfermeira do turno da tarde trazendo-nos comida. A mulher se surpreendeu em não ver a roupa menina ali, mas sorriu satisfeita. Ela parecia gostar quando alguém recebia alta.

Comemos, tomamos nossos banhos, um por um no cubículo de banheiro que tínhamos ali e esperamos que as visitas chegassem.

A porta se abriu. Uma mulher entrou, ela era magra, de olhos claros e cabelos loiros.

- Meu amor! – ela gritou, indo direto para Gustav.


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