Save You escrita por larah16


Capítulo 4
Final


Notas iniciais do capítulo

aaaaahhhhhh...
eu recebi uma recomendaçãoooo!!!!!!!! Nem acreditei!! E é claro, tinha que ser a minha best pra me fazer chorar quando eu li...que lindoo migaa!! Muito obrigada!! Eu adorei suas palavras!!


Que tal depois de lerem o capítulo, darem sua recomendação? Não custa nada gente..se vocês gostam da fic, recomendem por favor!!

Boa leitura!!



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Uma semana depois...

Parei de andar com meus amigos, e dedicava a maior parte do meu tempo livre para ficar com Jamie. Dávamos voltas no gramado da escola, lanchávamos juntos no refeitório, assistia as aulas ao lado dela. Era tudo o que eu queria. Isso só me aproximava cada vez mais dela.

Minha mãe tinha enchido o meu saco depois de saber que eu só andava com ela. Me passou o maior sermão, mas eu lhe garanti que com ela era diferente. Eu não iria magoá-la, eu não seria capaz de fazer isso.

Meus amigos ficaram com raiva de mim. Diziam que eu estava com ela só para irritá-los e que não voltariam a falar comigo até eu acabar com essa farsa. Eu disse então que eles iriam ficar sem mim, por que enquanto eles não aceitassem que eu estava com a Jamie eu não voltaria a falar com eles.

Tirando essas desavenças, quando eu estava com Jamie tudo era perfeito. Ela, sempre dócil e com aquela fé tamanha que tinha em Deus, me ensinavam coisas que eu nunca fui capaz de aprender em meus 19 anos de vida. Com ela eu aprendi a dar valor na vida. Aprendi a acreditar, mesmo que só um pouco, na existência de um Deus.

- Oi. – falei me aproximando dela.

O cometa ia passar hoje. E nós combinamos de assistir a passagem. O único problema: só iria acontecer às seis horas da manhã. Ela queria passar a noite no lugar onde estava o telescópio e eu iria com ela.

- O que você falou para o seu pai?

- A verdade. Só te deixei de fora.

- Ahh.

Fomos para o local onde estava o telescópio. Peguei meu cobertor dentro da mochila e estendi no chão.

- Não está pensando que eu vou dormir nesse cobertorzinho aí né.

- Hummm, bem que eu queria mas não. Por isso, eu trouxe mais um, pra você.

- Obrigada.

- Você poderia procurar essa estrela pra mim?

- Claro.

Enquanto ela procurava, peguei minha surpresa que tinha preparado pra ela.

- Posso saber por que estou procurando essa estrela? – disse, ainda procurando.

- Por que eu dei o seu nome pra ela. – mostrei o certificado, e ela olhou admirada. - É oficial. Do Registro Internacional de Estrelas.

- Eu não acredito. – exclamou ela, me abraçando.

Ela me olhou nos olhos e disse.

- Eu te amo.

Era tudo o que esperava ouvir. Há muito tempo. Dei-lhe o beijo mais apaixonado que eu podia. Mostrei todo o amor que eu sentia por ela. Mas eu avancei demais e ela se afastou do beijo singelamente, me restringindo.

Deitamos para esperar o cometa passar. Foi tudo perfeito. Não podia ser diferente estando do lado da mulher que eu amava.

- Posso te perguntar alguma coisa?

- Pode.

- Qual é o seu número dois?

Ela me encarou por um segundo e depois respondeu – Casar na igreja onde minha mãe casou.

- E o um?

- Ver um milagre.

Pensei em suas palavras por um momento e depois adormecemos.

Algum tempo depois...

Estávamos no parque somente vendo as pessoas passarem. Jamie estava calada. Não tinha pronunciado uma só palavra. Seu rosto estava mais pálido do que nunca, e ela parecia fraca. Isso estava começando a me preocupar.

- O que você tem Jamie? Está preocupada com alguma coisa? É a faculdade...o que é?

- Não....não é isso....Landon eu estou doente.

- Ahh, é isso. O que você tem? Eu posso te levar ao médico..

- Não! Landon..escuta. Eu sou doente. Eu tenho leucemia. – quando ela disse isso, minha alma encheu-se de um pesar imenso.

- O quê? Não..você não tem..você tem 18 anos, é perfeita.

- Eu descobri a doença à dois anos, mas eu parei de reagir aos tratamentos. Estava tudo bem, eu já tinha aceitado e depois você apareceu!

- E quando você pretendia me contar?

- Eu não queria que ninguém soubesse..não agüentaria os olhares de piedade de todo mundo todos os dias. Eu queria viver minha vida normalmente até quando eu conseguisse.

- E quanto à mim? Você ia me deixar sem saber, até você parar em um hospital?

- Eu não queria que você ficasse comigo com pena, Landon. Principalmente você!

Passei as mãos pelo cabelo, frustrado. Ela saiu correndo de repente, e eu não ousei segui-la. Ainda estava em estado de choque. O sangue escapou do meu rosto e algumas lembranças vieram à tona, me fazendo compreender parte dos enigmas de Jamie Sullivan. Foi como se o tempo tivesse parado e eu compreendesse tudo o que tinha acontecido entre nós.

Entendi porque ela não queria que eu me apaixonasse por ela, porque ela estava prestes a morrer. Compreendi porque ela não pensava na faculdade, por que não sabia se ia sobreviver até lá. Entendi por que seu pai ficava tão aflito com minhas constantes idas à casa dela por que cada vez eu me aproximava demais dela e isso a faria sofrer depois. E entendi porque a chamava de meu anjo.

Tudo fazia sentido agora, mas ao mesmo tempo não fazia sentido nenhum. A Jamie, a minha Jamie tinha leucemia...e estava prestes a morrer. A única coisa que eu não compreendia era como que eu nunca havia percebido que ela estava doente. Nessa última semana ela não comia direito, mal tocava em sua comida. E meu abraço já dava uma volta inteira em seu frágil corpo.

Que droga! Não! Isso não pode estar acontecendo. Alguém me diz que eu estou em um pesadelo, por favor. Alguém me belisque. Alguém me acorde desse pesadelo terrível e me diga que está tudo bem.

A dor me consumia por dentro e eu não conseguia pensar. Estava sentado no banco em que ela tinha acabado de estar. Chorei. Chorei como nunca havia chorado na vida, e de tal modo que homem algum já chorara antes.

Nem sei como cheguei em casa. Minha mãe não estava, era bom. Assim eu não teria que explicar um assunto que nem eu sabia direito. Fui para o meu quarto e adormeci rapidamente. Depois de tantas emoções eu estava exausto.

No dia seguinte acordei bem cedo pela manhã, e fui até a florista da cidade. Comprei um buquê de rosas e fui visitar minha amada. Fui conferir se tudo aquilo era verdade ou não passava de um sonho.

Toquei a campainha e quem abriu a porta foi seu pai. Ele me olhou e me deixou entrar depois de um tempo. Sentei no sofá mesmo sem ele convidar. Estava exausto e nem sabia como estava minha aparência.

- Você está horrível, garoto.

- Imagino. Cadê ela?

- Está no quarto. Daqui a pouco ela vai descer.. Landon, você gosta mesmo da minha filha?

- Não. Eu não gosto dela. Eu a amo, e nada nem ninguém vai me separar dela. Nem mesmo essa doença.

- Os médicos disseram que ela tinha poucos meses de vida.

- E há quanto tempo foi isso?

- Há seis meses atrás.

Arfei. Por isso ela estava tão doente. Era de admirar que ela tivesse agüentado todos esses meses. As lágrimas já enchiam meus olhos, nublando minha visão.

- Não tínhamos percebido. A doença avançava, mas ela se sentia bem e depois, quando o corpo já não consegue lutar, a pessoa começa a se sentir mal.

Ouvi passos lentos se aproximarem. Olhei para trás e levantei assim que a vi. Ela estava com um vestido simples, o que fez com que eu notasse o quanto ela estava magra. Ela sorriu e me abraçou.

- Achei que você não iria querer me ver mais.

- Isso seria impossível. Vamos lá para fora?

Sentamos no banco do lado de fora da casa dela. Peguei em sua mão, e estava gelada. Acariciei para ver se esquentava um pouco. Ela se aninhou perto de mim, e só então percebi que ela estava com frio. Tirei a minha blusa e coloquei por cima dela.

- Obrigada.

- Não tem problema. Olha, me desculpe pelo jeito que agi com você ontem.

- Está tudo bem. Eu te entendo.

- É só que...foi muito pra minha cabeça. Eu não acredito que você está assim, e... – não consegui completar. As lágrimas já caiam silenciosamente por meu rosto.

- Landon, eu sei que Deus tem outros planos para mim. Se não for da vontade dele que eu fique mais tempo aqui, que seja. Eu já aceitei isso. – ela falava, sua voz não passando de um sussurro.

- Mas eu não aceito! Não quando eu acabei de ter você. Isso não é justo. Me diga que você vai lutar Jamie, por favor. Me diga que não vai desistir.

- Não posso Landon...

- Pode sim. Confie em si mesma. Tenha vontade de viver! – falei, exasperado.

Nunca ninguém que fosse próximo a mim tinha morrido. Eu não tinha vivido essa situação para aprender a passar por ela agora. Por isso eu estava com medo. Não apenas  por ela, mas por mim também. O medo, porém, me fez lembrar de outra coisa. Percebi que nem sequer a conhecera quando era mais saudável.

- Preciso entrar, está frio aqui fora.

Ela se levantou lentamente, e eu vi o quanto ela estava debilitada. Ela tomou um longo fôlego e se dirigiu à porta. No mesmo instante eu já estava de pé ao seu lado. Seus passos lentos e seu corpo magro. Isso me fazia em pedaços. Ver o quanto ela sofria e não poder fazer nada. Eu queria ao menos falar alguma coisa, mas nada que me vinha à cabeça adiantaria.

Música: http://www.youtube.com/watch?v=ScfQDcFYUvQ

Simple Plan – Save you (tradução)

Tomo um fôlego
Eu vou me controlar
Só mais um passo
Até alcançar a porta
Você nunca saberá o jeito
Que me faz em pedaços
por dentro para te ver
Eu queria poder
te dizer alguma coisa
pra fazer tudo ir embora

(Refrão)

Às vezes
Eu queria poder te salvar
E tem tantas coisas
que eu quero que você saiba
Eu não vou desistir
até acabar
Se isso te levar pra sempre
Eu quero que você saiba

Quando eu ouço sua voz
Se afogando em sussurros
Você é apenas pele e ossos
Não há nada mais para levar
E não importa o que eu faça
Eu não posso te fazer se sentir melhor
Se ao menos
Eu pudesse encontrar a resposta
Pra me ajudar a entender

Refrão

Que se você cair
tropeçar
eu te levantarei
do chão
Se você perder fé em você
Eu te darei força pra sair dessa
Me fale que você não vai desistir
Porque eu estarei esperando
Se você cair
Você sabe
Eu estarei lá por você

Se ao menos eu pudesse
encontrar a resposta
Pra fazer isso ir embora

Refrão

Ela abriu a porta devagar e eu vi seu pai sentado no sofá, com uma expressão cansada. Percebi o quanto ele deve sofrer por vê-la nesse estado todo dia.

- Pai.... – ouvi Jamie sussurrar e depois arfou.

Depois disso tudo correu muito rápido. Jamie caiu para trás e eu a segurei em meus braços. Seu pai levantou correndo e começou a gritar seu nome.

- Jamie! Jamie!

- Liga pra algum hospital. Avisa que estamos levando ela para lá! – gritei para que ele voltasse à sua consciência.

Ele pegou o telefone e ligou para o hospital. Peguei Jamie no colo e a levei até o carro. Ela era tão leve que nem dava para sentir seu peso. Liguei o motor do carro enquanto o pai dela se sentava no banco do passageiro.

Arranquei até o hospital e rapidamente chegamos. Peguei a Jamie novamente no colo e alguns médicos já a aguardavam na sala de emergência. Coloquei ela na maca e sussurrei em seu ouvido.

- Resista, meu amor. Resista. Eu vou te salvar. Eu te amo.

E ela se foi. Assim que ela desapareceu me virei para seu pai.

- Fica calmo. Eu vou atrás de ajuda. Qualquer notícia me liga, por favor.

Saí em disparada atrás da única pessoa que poderia me ajudar. Naquele momento eu não liguei se estávamos brigados ou não, eu só conseguia pensar na minha Jamie. Ultrapassei todos os limites de velocidade até chegar ao extremo norte da cidade. Bem afastado, vivia uma pessoa que um dia já fez parte da minha vida.

- Pai! Pai, abra a porta, por favor! – gritei socando a porta.

Ouvi ruídos atrás da porta e depois um farfalhar de chaves. Meu pai abriu a porta num puxão e me olhou com lágrimas nos olhos.

- Landon! Meu filho.

- Não pai, não tenho tempo para isso. Não agora. É a minha namorada. Ela está doente. Ela tem câncer. Será que você poderia me ajudar?

- Mas, Landon isso é muito grave...eu...eu não sei se posso ajudar. Não é a minha área, eu sou cardiologista..

- Esquece...eu sei que você não me ajudaria. – falei levantando os braços e voltando para o carro.

- Landon, espera. Será que você poderia esperar?

- Esperar para quê? Você não vai me ajudar. Enquanto eu estou aqui batendo papo furado, a mulher da minha vida está morrendo no hospital! – gritei.

Voltei para o carro, e dirigi devagar. A inutilidade me atingindo em cheio. Não conseguia enxergar nada, estava cego pelas lágrimas que nublavam minha visão. Eu me sentia um nada, eu não era capaz de fazer nada para mudar o que estava acontecendo. Simplesmente havia me perdido no meio de uma estrada que não tem volta. Ah!..como eu queria ter conhecido- a antes. Ou que ela jamais tivesse essa doença. Porque que isso tinha acontecido comigo?

Eu sei que tinha cometido meus erros. Será que isso era para que eu pudesse pagá-los? Eu nunca fui um cara certinho, mas eu estava mudando. Mas eu não podia apagar o que já havia feito. E agora eu estava por um fio, caindo em um precipício. Eu gritava, mas ninguém podia me ouvir. Estou definhando, sumindo aos poucos, enquanto a minha amada roubava o pouco de sentido na vida que eu encontrara. Estou cansado dessa vida. E não resistiria se a perdesse.

Música: http://www.youtube.com/watch?v=ZQ7oqmikZDQ

Simple Plan – Untitled (tradução)
Eu abro meus olhos
Eu tento enxergar, mas eu estou cego
Pela luz branca
Não lembro como
Não lembro o por quê
Estou aqui esta noite
Eu não posso suportar a dor
Eu não posso fazê-la ir embora
Não, eu não posso suportar a dor.

(refrão)

Como pôde acontecer isso comigo?
Eu cometi os meus erros
Não tenho para onde fugir
A noite continua
Enquanto sumo aos poucos
Estou cansado desta vida
Eu só quero gritar
Como pôde acontecer isso comigo?

Todos gritam
Eu tento emitir um som
Mas ninguém me ouve
Estou caindo em um precipício
Estou por um fio
Eu quero recomeçar de novo
Assim eu tento agarrar-me
À um tempo em que nada importava
Eu não posso explicar o que aconteceu
E não posso apagar as coisas que eu fiz
Não, eu não posso

(refrão 2x)

[...]

Não fui para a escola na manhã seguinte. Passei toda a manhã na sala onde agora Jamie dormia profundamente. Os médicos disseram não poder fazer nada por ela, e que até meu pai havia chamado um amigo dele de Miami para vir examiná-la. Mas ele disse que ainda não tinham cura para a doença. Que o câncer era inevitável e fatal.

Eu tentava me controlar, mas por dentro eu estava em pedaços. Com ela, Jamie estava levando todo o meu ser. Ela era a minha existência, eu não conseguiria viver sem ela. Por isso, comecei a fazer a única coisa que ainda me dava esperanças. Uma coisa que ela sempre me ensinou a ter. E agora era nessa única chama de esperança que eu me agarrava com todas as minhas forças. A fé.

Comecei a rezar por um milagre.

Eu lia sempre no jornal sobre isso. Pessoas recuperando o uso das pernas após dizerem que não voltaria a andar, ou sobreviver de um acidente terrível quando já não tinham esperanças. Me agarrei à essa esperança como nunca.

- Landon? – ouvi ela sussurrar.

Levantei depressa e me sentei na cadeira ao seu lado.

- Oi. Como você se sente?

- Estou melhor. Quero te dar isso. – falou apontando os livros em cima da mesinha.

Peguei-os e olhei. Um era uma bíblia. E o outro, um caderno de anotações, eu acho.

- Esse era o caderno da minha mãe. Ela costumava escrever algumas frases, ou passagens de livros que ela lia.

- Ah, é? Vamos ver então o que diz nessa página marcada. – abri na página que continha um papel marcando. E comecei a ler em voz alta.

- “O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes...o amor não se ufana, não se ensoberbece. O amor não é rude nem egoísta, não se exaspera; não se irrita, não suspeita o mal; não se alegra com a injustiça mas rejubila com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – li e ela me acompanhou.

Era a perfeita descrição da sua verdadeira essência.

- Sabe o que eu descobri hoje?

- Não. O que? – respondi.

- Que talvez Deus tenha um plano maior para mim do que eu mesma tenho. Como se você tivesse sido enviado para mim por que estou doente, para me ajudar a passar por isso. Você é o meu anjo.

- Eu gostaria que pudesse fazer um milagre. Assim, eu curaria você e você realizaria o seu número um.

- Eu já realizei meu número um. Você é um milagre, Landon. Deus realizou um milagre em você através de mim. Para que você se tornasse uma pessoa melhor.

[...]

Depois de três dias, Jamie saiu do hospital. À pedido dela. Ela disse que não queria passar seus últimos dias deitada em uma sala de hospital. Eu e seu pai a levamos para casa e desde isso uma semana se passara. Uma semana. Esperei pelo milagre, mas não aconteceu.

Jamie estava tomando comprimidos para aliviar a dor. Mas a medida que o tempo passava o número de medicamentos aumentava a medida que as dores ficavam mais fortes. A leucemia é uma doença que segue seu curso através de todo o corpo da pessoa. O coração continua a bater até a doença o dominar implacavelmente.

Mas a doença enfraquecia-lhe também o resto do corpo, consumindo os músculos. Ela perdera quase três quilos essa semana, e até andar já era uma tarefa difícil, pois não suportava as dores. Passávamos algum tempo lendo a bíblia. E em cada trecho eu não podia deixar de chorar quando se tratava de algo semelhante à ela.

Ela fazia visitas regulares ao hospital. E em uma dessas visitas, ficou em observação durante a noite, e eu como sempre fiquei junto com ela. Ela havia adormecido. Peguei a bíblia e abri em uma página ao acaso. Havia uma passagem sublinhada. Li.

“Não digo isto com quem manda, mas para provar; comparando-a à dos outros, a sinceridade do vosso amor.”

Aquilo me trouxe as lágrimas novamente e no momento em que ia começar a chorar, o seu significado tornou-se subitamente claro. Deus tinha, finalmente, respondido à minha pergunta, e de repente, eu soube o que fazer.

Adentrei a casa de Jamie sem bater na porta. O pai dela estava sentado em seu escritório de cabeça baixa e com vários papéis à sua volta. Ele olhou para mim com os olhos inchados.

- Eu gostaria de ficar sozinho, se não se importa.

- Por favor. Eu preciso falar com você, se não fosse tão importante eu não incomodaria.

Conversei com o reverendo sobre meus planos. Ele ficara bastante chocado, mas concordou de bom grado. Se era pelo bem da sua filha ela faria tal sacrifício.

No dia seguinte fui ao hospital. Encontrei Jamie ainda dormindo. Sentei ao seu lado na cama e fiquei alisando seu cabelo até ela acordar.

- Bom dia, meu amor.

- Bom dia. – ela abriu seu sorriso mais espetacular.

- Você me ama?

- Sim – respondeu ela, sorrindo.

- Quer que eu seja feliz?

- Claro que quero.

- Então me faz um favor?

- Se eu puder.

Sorri ternamente, e ela retribuiu apertando minha mão de leve como se confiasse em mim e no que estava prestes a fazer. Inclinei-me para mais perto dela e respirei fundo. Foram então, estas palavras que saíram de dentro de mim. – Casas comigo?


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Notas finais do capítulo

Ahhh genteee...o último capítuloo..
Depois desse só tem mais o Epílogo...eu espero que vocês gostem!! Eu fiz essa história com muito carinho. Agora espero recebr a recompensa..cadê os reviews minha gente??
kkkk

*Beijos*



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