Bet And Money escrita por AppleOC


Capítulo 1
Negocio fechado.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;*



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Bet & Money

Capitulo 1 – Negocio fechado.

Bella P.D.V

Lá estava eu em minha medíocre vida, em uma chuvosa e medíocre cidade, usando roupas cafonas, tão cafonas que deve fazer minha avó se revirar no caixão. Tudo culpa da minha mãe! Aquela religiosa de carterinha!

Não pense que eu não respeito à religião da minha mãe! Longe disso, respeito eu tenho e muito! Na verdade eu admiro sua devoção e fé, o problema é que ela só me permitia usar certas roupas em Phoenix.

Maquiagem? Eu nem sabia o que era isso até os quinze anos de idade!

É por isso que eu estava usando meias até o meio das pernas, uma saia muita feia que ia até abaixo do joelho, uma camiseta branca que ia até o meu pescoço e um casaquinho marrom ridículo.

O engraçado é que eu havia me mudado há dois meses e ainda usava essas roupas. Não, não é por que Charlie, meu pai, concorda com o gosto de roupa de minha mãe. Simplesmente não tive tempo, entrei no meio do bimestre, tinha que correr atrás da matéria e quando tinha um tempinho, estava cansada demais para ir a Port Angeles.

O bom é que Charlie percebeu o quanto eu odiava as roupas e me sentia desconfortável, tanto que ele me deu dinheiro para comprar roupas novas. E com o dinheiro que eu já tinha, podia comprar um guarda roupa novo! Ok, não vamos exagerar, mas tinha o suficiente para comprar bastante coisas. E amanhã eu ia comprar novas roupas e então daria todas as minhas roupas.

-Hey Isabella, já rezou o suficiente hoje? – Lauren zombou, quando passava ao lado de minha mesa. Estávamos no laboratório esperando a aula de biologia começar.

Revirei os olhos com o comentário. O pessoal da escola tirou a precipitada conclusão de que eu era fanática religiosa, por causa das minhas roupas. Mau eles sabiam que eu era aquele tipo de pessoa que tem um pouco de cada religião em si.

Mas não os culpo por acharem isso, eu também acharia. Quero dizer, meu humor é péssimo de manhã. Sempre acordo atrasada, então não dá tempo de me arrumar direito, sempre prendo meu cabelos em um coque rápido e não passo maquiagem.

No geral eu pareço ser uma garota extremamente religiosa, do tipo que acha que vai ter filho pelo espírito santo. Mas apenas pareço, e como eu nunca liguei para minha fama na escola, nunca esclareci para ninguém a historia toda. Além disso, não tinha amigos para contar toda a historia, então não tinha problema, apenas incomodava um pouco.

Estava concentrada pensando nos tempos em que eu fazia peças de teatro na escola e todos queriam ser meus amigos, ri sem querer. Quem imaginaria que eu teria interpretado a Velma de Chicago para a peça da minha antiga escola?

-Olá – Me virei e dei de cara com meu ilustre parceiro de laboratório, Edward Cullen.

-Oi – Respondi, sabia que o cumprimento era só por educação.

-Eu estava pensando... – Ele começou, mas eu o cortei. Fofoca rola muito nessa escola e eu já sabia o que ele ia falar e o porquê.

-Devia ter vergonha. – Ele me olhou com os olhos meio arregalados. – As pessoas estão olhando, não vai querer ser pego falando com a religiosa filha do chefe Swan. – Ri internamente.

-Eu não tenho vergonha. – Ele disse meio ressentido, sorri em resposta e me virei para frente.

O ouvi respirar fundo, nossa será que eu to tão feia assim? Minha auto-estima quase caiu agora.

Ele passou a mão pelos cabelos deu um sorriso torto e perguntou:

-Er... Quer sair comigo? – Ao menos ele foi direto se enrolasse muito eu iria acabar dormindo. Ergui minha cabeça e dei um sorrisinho falso.

-Não. – Ele me olhou incrédulo, o ego de alguém deve ter se machucado.

-Como assim? Espera... O que? - Ele pareceu desacreditado.

-Eu disse não. – Falei lentamente, ele estreitou os olhos para mim.

-Acho que você não entendeu, eu perguntei se você... – Apontou para mim –... Quer sair comigo? – Apontou para si mesmo.

-Eu entendi. E minha resposta foi não – Respondi olhando para o teto, que divertido!

-Mas... Isso não é possível. – Ele murmurou para si mesmo, mordi o lábio para não rir.

-Edward, Edward, Edward... – Cantarolei. – Eu não sou burra. – Ele me olhou e acho que percebeu o que eu achava sobre ele me convidar para sair, não poderia ter tirado conclusão mais errada.

-Sem zoação, quer sair comigo? – Edward sempre foi um cara legal, mas tinha um defeito: Não recusava um desafio, aposta ou coisas do gênero. Passei o dia inteiro vendo seus amigos me olhando rindo e dele tentando falar comigo sem sucesso, alguma garota sempre atrapalhava.

A primeira tentativa foi logo no começo do dia...

Eu parei na minha vaga de sempre, milagrosamente eu tinha chegado cedo hoje. Bom, se cedo é considerado dez minutos antes, então foi cedo.

Meu Ipod estava no máximo tocando Cha Cha do Spider Problem. Estava andando rapidamente com um monte de livros nos meus braços, por muito pouco eu não esbarro com Edward.

-Wow! – Exclamei equilibrando o mini monte nos meus braços. – Foi por pouc.o – Murmurei aliviada para mim mesma.

Eu olhei para cima e vi Edward mexendo a boca, aparentemente ele falava comigo, estreitei os olhos confusa.

-O que?

Ele repetiu meio nervoso.

-Eu não estou te ouvindo. – Eu falei, o mesmo bufou exaspero. – Eu estou de fone, Edward. Meu volume está no maximo.

Eu não podia tirar os fones por meus braços estavam ocupados! Mas ele só percebeu isso quando eu falei.

Edward se aproximou e tirou um dos meus fones.

-Eu não tinha percebido. – Ele falou sem graça, e eu ergui as sobrancelhas.

-Então o que falou antes? – Perguntei distraída.

-Er... – Ele empacou e eu ergui os olhos novamente, ele me olhava estranho.

-Edward! – Tanya exclamou animada enquanto agarrava o braço dele – Ah! Você... – Quando me viu, dei um sorriso pequeno a líder de torcida escandalosa.

-Eu tenho que ir. – Falei me virando com o sorrisinho colado no meu rosto

A segunda foi muito desastrosa, eu andava no corredor e ele se jogou em cima de mim.

-A! – Eu exclamei ao receber o esbarram dele.

-Meu desculpa – Ele lançou um olhar negro para algum de seus amigos no canto do corredor.

-Tudo bem. – Disse esfregando o ombro e me virando para ir embora.

-Espera! – Ele disse e eu me virei.

-Sim?

-EDDY! – Jessica exclamou animada, me virei imediatamente para ir embora.

A ultima tentativa foi a caminho do almoço...

-Hey... – Ele disse andando do meu lado, o olhei de lado.

-Hum.. – Não fazia idéia do que dizer, o fato de que era a terceira vez que nos falávamos em um dia, era muito estranho.

-Então, eu... – Ele começou a falar, mas foi cortado novamente.

-EDWARD! – Só que dessa vez foi Eric quem o cortou. O japinha me olhou de cima a abaixo como se eu fosse uma mosca e me virei para ir embora imediatamente.

Se eu fosse a garota que pareço ser, inocente e bobinha, teria acreditado que ele tava apaixonado por mim. Até parece! Sou mais inteligente que isso, além do mais sou ótima observadora e, por acaso, a ultima fofoca chegou aos meus ouvidos na hora do almoço, eles fizeram uma aposta sobre mim, era o seguinte:

Edward teria que sair comigo! Isso mesmo, eles queriam que Edward saísse comigo e retirasse meu rotulo de "pura". Em troca ele ganhava uma bolada de quinhentas pratas.

-Bella...? – Quando viu meu silencio, hora de negociar...

– Terá que me dar 45% do que ganhar da aposta – Respondi folheando calmamente meu livro.

-O que...? – Ele perguntou surpreso – Mas... – Edward pausou novamente, seu olhar demonstrava o quão chocado estava. Quem diria que a santinha aqui era uma interesseira? – Eu não sei sobre o que você ta falando. – Ele passou a mão nos cabelos dando uma risada constrangida.

Lancei um olhar cético para ele.

-Então você quer sair comigo por quê...? – Perguntei em tom sarcástico.

-Por que admiro sua... Persistência em ficar virgem. Sua convicção de se manter pura para o casamento. – Ele disse com a testa franzida como se não acreditasse no que tinha acabado de falar. Fala sério! Nem eu acreditava que ele tinha tanta coragem, ponto para o ruivo!

-Virgem? Só depois do casamento? Dá onde tirou isso? – Perguntei confusa, ele apontou para o anel que ganhei da minha mãe quando vim morar em Forks. Era aquele tipo de jóia que passa de geração para geração, sabe? Ela me deu dizendo que eu já era uma mulher e tinha dignidade para usar o tal anel, me senti tão orgulhosa que o uso sempre.

-Anel da pureza, certo? – O fato de eu não ser virgem, só me fez ter vontade de rir dá situação, fofoca não é uma coisa interessante?

-Não é um anel da pureza. – Ele me olhou cético, revirei os olhos – E mesmo que fosse... Você quer sair comigo por que eu optei ser virgem até depois do casamento? – Mordi o lábio para não rir, ele acenou lentamente. – Eu tenho cara de trouxa?

-Claro que não! – Ele parecia meio sem reação, aquela era a conversa mais longa que tivemos. – Não fiz uma aposta, eu jamais mentiria!

-Você está mentido. – Estreitei os olhos para ele e o mesmo bufou derrotado.

-É... Eu to mentindo. – Dei um sorriso vitorioso e passei a prestar atenção na aula. Quando o sino bateu, arrumei minhas coisas e me levantei, mas Edward segurou meu pulso.

-Mas você vai sair comigo? Seja legal e me ajuda a ganhar a aposta. – Ele deu um olhar de cachorro molhado, mordi o lábio para controlar o "sim" que queria sair.

-Vai me dar 45% do que ganhar? – Perguntei cruzando os braços.

-Não. – Pelo menos ele foi sincero em algo...

-Então minha resposta é "não" também. – Dei um sorriso falsamente doce e me virei para sair da sala.

Depois de quase matar Mike Newton com a bola de queimada, ritual conhecido também como minha aula educação física, fui para casa. Como Charlie chegava tarde todos os dias ultimamente (desconfiava que tivesse arranjado um rabo de saia, mas não falei nada até agora) e a casa tinha aquecedor, pude andar por ela só com um camisetão e as meias até o joelho.

Aquelas meias até que iam bem em casa, e meu camisetão velho era bem confortável e batia em minhas coxas, esse era o horário em me sentia mais livre. Era bom ficar sozinha em casa, com poucas roupas, aquecida e preparando algo pra comer. Nessas horas eu pensava que não via a hora de morar sozinha.

Eu ia começar a comer a macarronada que tinha preparado quando a campainha tocou. Meu garfo estava a caminho da minha boca e eu pensava "Qual é? Um pouco de paz não faz mal a ninguém!"

Resmungando baixinho fui andando em direção a porta, estava próxima quando ouvi a campainha tocar quatro vezes seguidas.

-Já vou! – Berrei enquanto girava a chave.

Quase cai mortinha da silva quando vi Edward se ajoelhando na minha frente.

-Por favor, sai comigo!Eu nunca perdi uma aposta na minha vida, seja uma pessoa legal, e ajude um necessitado... - Então ele parou de falar tagarelar e me olhou boquiaberto, o que havia demais com minha roupa? – Ai cacete... – Ele murmurou parecendo que ia ter um ataque do coração a qualquer momento.

-Alôôô! – Abanei minha mão na frente de seu rosto. – Deixe a ladinha e o teatro de lado, o que você fez? Sei que não é o tipo de cara que implora para uma garota, mesmo que seja para uma aposta.

-Meu orgulho é meu pior defeito – Ele suspirou passando a mão pelo cabelo, sabe que ele era bem sexy quando fazia isso? Mordi os lábios, desviando o olhar para o lado.

-O que fez? – Repeti novamente.

-Falei que você tinha dito sim. – Ele respondeu inconformado, não pude deixar de sorrir. O coitado foi domado pelo orgulho e não se conformava, e agora estava chutando o orgulho para o lado ao me implorar algo, contraditório não?

-Cara... Se levanta! – Falei divertida. – Me dê 50% e ta tudo ótimo para mim.

-Hey! Era 45%! – Ele exclamou se levantando revoltado.

-Tenho que cobrar os juros. – Respondi em tom alegre.

-30. – Ele se inclinou em minha direção com os olhos estreitos.

-45. – Me aproximei de seu rosto em desafio.

-40% e eu pago o jantar – Ele retrucou erguendo as sobrancelhas, a perfeita cara de mafioso.

-Feito. – Respondi na hora.

-Ótimo!

-Ótimo!

-Agora, você me puxa pra dentro, ok? – Ele murmurou.

-O que? – Perguntei confusa, ele me olhou mal humorado.

-Quer ou não ganhar o dinheiro? Tem gente nos olhando nesse segundo. – Ele disse entre os dentes.

Agarrei a gola de sua camisa e o puxei para dentro, o idiota aproveitou e me deu um selinho. O empurrei rapidamente para o lado.

– Que merda foi essa? – Fechei a porta e me virei com as mãos na cintura.

-Pensei que não podia falar palavrão – Ele disse não escondendo o sorrisinho sacana.

-Tire esse sorriso torto da cara antes que te soque. – Falei mal humorada enquanto ia para a cozinha.

-Você devia usar mais esse tipo de roupa – Ele disse me seguindo.

-O que quer dizer? – Franzi o cenho, não queria entender aquilo no sentido dulo da palavra, Edward não tinha uma queda por mim.

-Você sabe... – Ele passou a mão no cabelo parecendo sem graça. – A pessoas não a evitariam se usasse algo mais...

-Normal? – Completei e ele abriu um sorriso amarelo. – Você trouxe seus amigos para cá, certo? Por quê?

-Queriam a prova que estávamos ficando. – Ele falou em tom tranqüilo.

-Você sabe que vai acabar machucando alguém uma hora com essas brincadeiras, né? – Falei enquanto dava uma garfada na minha macarronada.

-Eu não faço aposta desse tipo, ok? – Ele ficou na defensiva. – Meu irmão, Emmett, cismou com isso, e é realmente muito irritante.

-Sim, é claro. Agora, por que eu? – Perguntei como se não soubesse a razão.

-Minha irmã escolheu você. – Edward respondeu, senti que havia algo mais ali, mas não questionei.

Caímos no silencio e eu refleti sobre o popular e gostoso Edward Cullen. Eu sempre gostei de observa, não foi difícil identificar o grupo de ouro do colégio:

Era composto pela linda Rose Hale que namorava o engraçado Emmett Cullen, pela alegre Alice Cullen que namorava o inteligente Jasper Whitlock e por ultimo segurando vela (para a alegria de todas as garotas da escola) o charmoso Edward Cullen.

Juntos eles eram a elite do colégio, as estrelas, os que têm a vida que qualquer adolescente quer: Ricos, bonitos e inteligentes. O que matava metade do colégio de raiva é que eles não se metiam nas atividades extracurriculares.

Emmett, por exemplo, recusou varias vezes fazer parte do time de futebol americano. Rose é ótima com saltos e dança, mas nunca quis fazer parte do time da lideres de torcida assim como Alice. Já Jasper recusará entrar no time de química para competições e Edward também recusou o convite para o time de basquete e o de matemática.

Ninguém nunca entendeu por que raios eles recusaram, mas esse fato os fazia ser intocáveis e invejáveis. Logo que bati o olho na mesa deles pensei: "Uma família comum que todos super valorizam" por que era exatamente o que eu via: Aquele tipo de amigos que se pode contar pra tudo, sabe? Uma verdadeira família.

E o que enlouquecia todas as garotas da escola (até as lésbicas, eu aposto!). É que havia um lugar vago naquele lugar vip, a cadeira ao lado de Edward, era o que todas as garotas queriam ser: A namorada dele.

No começo, quando entrei, não entedia por que diabos todas as garotas queriam aquele lugar, por que eu daria tudo para não estar ali. Quero dizer, eles tinham reputação, era o centro das atenções, era tudo o que eu odiava, por quê? Simples! Se eu desse um passo em falso todos no colégio cairiam em cima de mim, eu realmente não os invejo por isso, não poder sair por ai e fazer a louca sem ninguém se importa era tudo o que mais dava valor.

Mas voltando ao tópico grupo vip... Não pense que eles eram antipáticos ou coisa do gênero, eles tinham muitos amigos, cada um tinha um grupo diferente. Eu analisei cuidadosamente a escola na primeira semana e vi que aquele grupo era o que conectava toda a escola. Era tipo: Como a internet está para mundo, os Vips (Hale, Cullens, Whitlock) estão para a escola.

No começo fiquei como uma curiosa observadora, depois que entendi tudo isso me entediou. A rotina era isso: Eles desfilavam pelos corredores conversando casualmente e nem ligavam para as pessoas babando, riam e todos suspirarem, aula, todos fofocando algo sobre eles por que volta e meio fofocavam por mais que fosse noticia velha (cidade pequena é horrível mesmo) e garotas indo atrás de Edward.

Confesso que fiquei muito surpresa quando Edward sentou ao meu lado no laboratório de biologia. Naquele momento tudo o que eu queria era sair correndo, pois sabia que ele era popular. Traduzindo: Iam falar de mim mais do que já falavam, ser filha do xerife da cidade que chegava no meio do bimestre, infelizmente, chamava atenção.

O que me deixou puta da vida no começo era que as pessoas pensavam que a "misteriosa" filha do xerife se juntaria ao grupo vip, já que era bem conhecida. Mas se decepcionaram quando viram minha aparência nada conveniente, eu quase senti pena deles.

-Você não poderia ser educada e oferecer um prato? – Edward perguntou olhando para meu prato, ergui as sobrancelhas enquanto lançava um sorriso de lado.

-Interessado na minha comida, Sr. Cullen. Estou lisonjeada! – Usei meu tom sarcástico, ele revirou os olhos com um sorriso.

-Tem um cheiro bom.

-Então se sirva. – Apontei para a panela. – Não precisa ser tão formal.

-Não vai me cobrar? – Ele brincou.

-Claro que vou. Terá que lavar seu prato. – Retruquei e ele riu.

E como toda garota do colégio eu não era imune a Edward Cullen. Sou realista o bastante para saber que ele não se interessaria por mim. Por isso desisti de qualquer pensamento dele e eu há bastante tempo.

Por que essa é a verdade dura e fria: Ele só estava na minha casa por causa de uma aposta. E ele foi gentil em admitir e vir implorar para eu ajuda-lo, isso sem contar que me daria um pouco da grana. Mas podia sobreviver a isso, eu sempre fui uma sobrevivente da vida mesmo.

-Nossa! Isso ta muito bom. – Ele falou de boca cheia.

-Eu sei que sou ótima na cozinha e também sei que deve estar empolgado por comer algo descente depois de digerir a comida do colégio. Mas será que podia falar depois que engolisse a comida?

-Desculpe, minha mãe morre se souber que fiz algo assim. – Ri imaginando a Sra. Cullen tendo um treco. A mulher é conhecida na cidade por sua calma e generosidade. – Então, como veio parar em Forks?

-Eu matei um cara na minha antiga cidade por que eu recebi um chamado de Deus falando que ele era um demônio. – Respondi o mais séria possível e Edward engasgou na comida.

-Você o que?

-E inclusive devo arrumar minhas coisas agora, por que essa comida que você engoliu está com veneno. – Respondi com um sorriso doce, ele levou a mão à garganta e começou a tossir.

-O que você...? – Sua expressão de pânico foi demais para mim, eu comecei a gargalha.

-Não acredito que você... – Explodi em gargalhadas. – O que acha que eu sou? Uma fanática religiosa pirada?

Ele ficou vermelho, sim, vermelho. De raiva ou vergonha? Excelente pergunta! Eu pessoalmente acho que são os dois, mas não perguntei estava ocupada demais rindo.

-Não tem graça! – Edward resmungou. – Você parece ser mesmo do mal, principalmente com aquela cara que você faz na primeira aula. – Parei de rir bruscamente quando ele começou a rir de sua piada.

-Aquilo se chama mal humor matinal. – Respondi dando uma risada sarcástica. - E você faz a primeira aula comigo? – Franzi o cenho, nunca tinha reparado nele na aula.

-Não é que... Eu sempre passo na sala por causa da minha irmã e sua expressão no rosto chama atenção. – Ele tropeçou nas palavras. – Acho que você é a única garota que não repara em mim no colégio. – Ele parou abruptamente como se tivesse falado algo errado, bem, ele falou algo sem sentido já que eu reparo – Isso soou tão...

-Não se preocupe isso quase soa sendo algo legal, mas eu reparo em você – Falei tranqüila e ele se inclinou na cadeira.

-Sério? – Por que ele parece tão incrédulo? Eu sou uma garota normal!

-Sim, o que foi? Eu não sou cega, ou surda, é impossível ignorar o brilhante e concorrido Edward Cullen. – Falei divertida.

-Você está me deixando sem graça. – Ele respondeu me olhando desacreditado. – Mas eu pensei que você aquele tipo de garota que não se importa com os "conhecidos" da escola.

-Eu não me importo com vocês. De fato, não ligo para o que comem, para o que vestem, ou qualquer coisa que fazem. Mas isso não significa que eu não repare, existem pessoas que simplesmente chamam a atenção. – Respondi dando um pequeno sorriso.

-E isso significa...?

-Que eu não quero estar no seu lugar. Odeio chamar a atenção. – Estremeci teatralmente.

-Mas com as roupas que você usa é meio difícil. – Ele observou. – Aliais... Por que usa aquilo? Sem ofensa, mas claramente seu gosto é diferente. – Ele apontou para as roupas que usava.

Agora que me toquei que usava poucas roupas, ops!

Que se dane!

-Culpa da minha mãe. Eu cometi o erro de deixá-la comprar minhas roupas para Forks, por que na outra cidade o tempo é diferente, como sabe. – Ele acenou com a cabeça. – Então não tive saída a não ser usar aquelas roupas, aqui em casa posso usar minhas roupas velhas por causa do aquecedor. Mas esse problema será resolvido amanhã.

-Amanhã?

-Sim, sairei para comprar roupas novas... – E comecei a tagarelar animadamente.

No fim Edward ficou o resto da tarde conversando comigo, como eu já suspeitava ele era um cara legal. E por mais estranho que isso seja tínhamos algumas coisas em comum. Sinistro, eu sei! Estávamos em uma produtiva discussão sobre quem era mais fofoqueira: Lauren X Jessica, quando meu pai interrompeu.

-Edward? Bella? – Pai quase teve um troço quando viu minhas roupas – O que significa isso?

-O que foi Charlie? – Sra. Cullen perguntou.

-Mãe? – Edward perguntou confuso.

-O que faz aqui filho? – Ela parecia curiosa, e meu pai estava vermelho.

-Pai, respira. – Conhecia meu velho para saber que ele ficava vermelho quando parava de respirar, o que significa que ele estava surpreso.

-Eu só estava conversando com a Bella, já escureceu? – Ele perguntou surpreso. – Espera, o que faz aqui?

-Bom, Charlie foi gentil em me oferecer Bella para ajudar na comida do festival. – Levantei entusiasmada.

-Sério que você conversou com ela, pai? Eu achava que era dá boca pra fora. – Charlie havia comentado sobre isso comigo, mas achei que era só conversa jogada fora.

-Sim, eu estou precisando que alguém me ajude com a comida do festival da cidade. Prepara quitutes exige pessoas que sabem cozinhar, cometi o erro de deixar alguém que não sabia o que fazer ano passado e...

-Metade da cidade passou mal. – Charlie e Edward completaram sobriamente.

-Devo me sentir pressionada? – Perguntei erguendo a sobrancelha.

-Não, você cozinha bem. – Edward respondeu e eu corei com o elogio. – Chefe, eu tenho que pedir permissão para sair com sua filha amanhã? – Edward me lançou um olhar divertido.

-Ela disse sim? – Eu acenei com a cabeça, tudo por dinheiro. Não que fosse um sacrifício sair com Edward, na verdade só tenho que tomar cuidado para não me apaixonar por ele. – Então está tudo bem, e aproveite que amanhã não vou estar em casa. – Controlei a vontade de me dar um tapa na testa, meu pai tinha que me envergonha.

-Você é a Bella? – Esme perguntou animada, animada demais.

-Sim, sou eu. Por quê? – Perguntei confusa, tinha caroço nesse angu.

-Nada não, meus irmãos são tagarelas, só isso. Já ta na nossa hora, mãe. Vamos! – Edward falou rapidamente e em um único fôlego, enquanto empurrava a mãe para fora da casa.

-Tchau. – Charlie falou para o ar. – Então... Vão sair? – Em tom sugestivo. Charlie já foi hippie, então imagina a nossa relação?

Não me pergunte como ele terminou casado com a religiosa Renné.

-Então... Não vai estar aqui amanhã a noite? – Eu retruquei usando o mesmo tom que ele. – Pai, eu sei que você ta me escondendo algo, não precisa falar o que é, ok? Só me diga: Ta feliz?

Ele acenou timidamente, fez um gesto cômico no ar e ficou vermelhinho.

-E você?

-Eu o que? – Franzi o cenho e Charlie revirou os olhos. Sim, eu tinha percebido que ele tinha me perguntado se estava feliz, mas era melhor ignora.

-Vai comprar roupas descentes amanhã? – Eu senti o sacarmos em sua voz, mas ignorei novamente.

-Vou sim, sua filha beata vai se torna normal. – Falei animadamente. – A macarronada está no forno, divertisse com ela e, por favor, não exploda o microondas de novo. – Falei enquanto saída cozinha.

-Eu só fiz uma vez, entendeu? Erra é humano! – Ele exclamou e eu ri em resposta.

Naquela noite fui dormi cedo, já tinha feito tudo que tinha que fazer e estava ansiosa para comprar roupas descentes. Isso sem contar que ia conseguir um dinheiro extra por causa da aposta. E tinha o fato de que seria cozinheira com Esme, quer dizer que ganharia um pouco mais, no fim conclui que foi um bom dia.

Na manhã seguinte eu acordei incrédula, por que isso?

Simples!

Eu sonhado com Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

Hey gente! Aqui estou eu lhes trazendo uma nova historia!
Ela vai ser curtinha! Terá três capitulos!
Então... Eu quero saber o que acharam! Mandem as opiniões! Estou aceitando criticas positivas e construtivas!

Postarei em breve, ok?

Até a proxima!

Maça ;*



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