9. Despertando?

Suzane’s POV

              Fiquei ali meio que tentando ignorar Roberto, enquanto futilmente ele falava sobre algumas coisas do treinamento que sinceramente eu não queria ouvir, pensei sobre a noite passada, e em onde ele estaria agora, ate que  Roberto pigarreou

-Desculpe, mas a quanto tempo você e vampira? Porque parece bem controlada, porém ainda sinto cheiro de sangue em você.

Aquilo me pegou de surpresa, eu deveria contar para ele que por algum acaso do destino Aro resolveu me manter aqui depois da minha transformação ter sido completa? Ou eu estaria abusando da sorte? Como nunca se sabe resolvi não abusar

-Há alguns meses... Então Aro decidiu que eu ficaria

Ele sorriu do meu jeito desconfiado

-Você parece bem Nova.... Tinha o que quando foi transformada? 17, 18 anos?

Eu sorri

-Não, eu tinha... Quer dizer tenho 16, e acho que vou ter eternamente...

Soltei um suspiro resignado

-Para uma adolescente de 16 anos você e muito

E antes do termino da frase  o instrutor mal humorado nos mandou treinar, como não havia como protestar e o meu professor particular não estava aqui para fazer valer suas vontades eu fui, ate que não era muito chato e como e não me cansava mesmo não tínhamos que parar, e o melhor eu não ficava suada e nem fedendo suor... ECA!

 Ponto a favor dos vampiros nessa parte,

Treinamos a manhã e a tarde toda, então quando eram umas 4 horas o instrutor nos liberou, para o alivio da minha mente que não agüentava mais aqueles movimentos repetitivos, o bom de ser um vampiro e que você aprende tudo instantaneamente e o chato de ser um Volturi e que eles te tratam como humanos na hora de aprender algo, quando ia subindo as escadas ouvi a voz de Roberto

-Suzane, naquela hora o que eu ia dizer que você e muito inteligente e bonita para ter só 16 anos!

Dizendo isso ele deu uma piscadinha e me arrancou um sorriso, ele me retribuiu o sorriso e eu fui para meu quarto.

Fui para o banheiro deixando uma trilha de roupas atrás de mim... Mas o que importa quando se e um vampiro você tem a eternidade.... Para tudo!

Alec’s POV

  Já havia tomado meu banho e cuidado dos afazeres diários, Heidi estaria chegando em breve trazendo os novos “turistas”, não gostava muito dessa técnica do Aro... Mas ele não gostava que cassássemos na região, então tínhamos que viajar ate Montepulciano ou outra currutelazinha para caçar o que e bem chato quando se esta seco de sede.

  Como não havia mais nada para fazer, eu resolvi ir ate a biblioteca subterrânea  e folhear alguma coisa, andei pelas prateleiras perfeitamente limpas, uma mania particular dos Volturi’s e resolvi por um clássico, Romeu e Julieta? Um pouco meloso... Quem sabe Razão e sensibilidade? E esse e menos doce, eu acho...

Sentei-me em uma das poltronas e comecei a ler, me concentrei,e parece que mal havia começado já estava na ultima pagina, isso era um saco, mas uma ultima frase no final do livro chamou minha atenção

“Porém, Elinor e Mariane, principalmente Mariane percebeu que não havia nada melhor para curar um coração ferido do que uma amizade, a amizade e o bálsamo que nos faz esquecer a dor de um amor, ou mesmo um sentimento revoltoso como o de Elinor, a amizade pode ser a base de um amor ou mesmo que o sentimento não evolua aquele espaço especial esse amigo sempre ocupara.”      

Fechei o livro e meditei naquela frase, o que seria uma amizade? Já li tantas vezes sobre isso, já vi tantos filmes, tantas interpretações diferentes e eu não conseguia distinguir o que Suzane era para mim, amizade seria como a minha e do Felix ou mesmo minha e Heidi, mas quando penso na Suzane e diferente, como se a palavra amizade não fosse o suficiente para classificar e ao mesmo tempo era algo novo, eu nunca havia sentido uma relação assim com ninguém,  eu não sei como descrever as sensações que tive ontem a noite, o toque dela causa muito mais do que um simples frison,  ele me causa... não tenho palavras

Tive que interromper minha meditação porque o Felix sentava ao meu lado requerendo atenção

-Lendo romance?

Olhei distraidamente para o livro em minha frente e sorri amarelo

-Coisa de quem não tem nada para fazer- e fechei o livro bruscamente colocando-o na mesa

Ele sorriu e se ajeitou na poltrona

-O que foi? Teve algum problema com o Aro? Você esta preocupado?

Eu tentei limpar minhas feições não queria que ele visse fraqueza em mim, eu sempre fui o intocável, nunca tive fraquezas eu não podia me dar ao luxo de tratá-lo como confidente, ou poderia?

-Felix, o que você sabe sobre mulher?

Ele gargalhou como se eu estivesse dizendo um disparato.

-Ora Ora Alec! Interessado em mulheres???

-Só responde Felix!

Ele tentou suprimir o riso

-Tudo bem, quando eu fui transformado a minha época não era a mais liberal, porém eu já tinha idade para “conhecer as mulheres”- ele fez aspas com os dedos-

Eu abaixei minha cabeça entre as mãos, tentando criar coragem para falar sobre aquilo com ele

-A coisa parece ser seria, pode perguntar não vou falar para ninguém eu sei que ta rolando algo entre você e a vampirinha gostosinha.

Automaticamente eu rosnei para ele, foi quase involuntariamente e ele levantou as mãos sorrindo como se rendendo

-Foi mal, vou tentar dosar as palavras da próxima!

-Não, você tem razão eu sinto algo por ela, mas eu não sei como... eu só...

Parei incapaz de falar sobre algo que eu não conhecia

-Olha Alec sempre soube que um dia assim chegaria apesar de você ter sido transformado bem cedo seu intelecto continuou evoluindo, então e natural que se apaixone por alguém, quer dizer...-ele segurava o riso- essa foi a adolescência mais longa que eu já vi, mas pense pelo lado positivo agora que você descobriu o melhor presente que tem no mundo pode finalmente usufruir.

Ele deu uma piscadinha no final

- e acho que você tem razão, mas eu sinto um impulsso incontrolável perto dela, não sei mais o que eu faço.

-Você beija.

-Como?

Ele sorriu

-Como? Cara você e homem ou gay? Não porque ate gay sabe beijar se a gata te da tesão você só tem que colar sua boca na dela.

Eu continuei pensando nas infinitas  formas que eu poderia beijá-la o que eu acho que levou um pouco mais de tempo do que eu planejava porque fui interrompido por uma explicação sobre tesão da parte do meu mais novo professor confidente ou eu deveria dizer sexólogo

-Tesão Alec  e isso ai duro nas suas calças enquanto você pensa nela.

-Faça-me o favor Felix eu não

-Antes de falar que você não esta duro olhe para baixo

Foi quando eu percebi o volume nas minhas calças e quando me dei conta da pulsação latejante na extremidade do meu órgão.

-Isso nunca tinha acontecido, isso e coisa de garotos de 18 anos

Eu estava espantado era a primeira vez em séculos e talvez da minha vida que eu via essa parte do meu corpo assim

-Pois e, bem vindo a puberdade, vê se não assusta a vampirinha ela e novinha e apesar do corpão de gostosa,

Outro rosnado involuntário

-Fui

Ele saiu em disparada deixando o eco de suas gargalhadas pela sala, e eu resolvi ir para o banheiro, testar pela primeira vez na vida o que os adolescentes fazem a puberdade quase toda, descascar a banana, nossa que nome mais ridículo.