Abstration... escrita por Lady Leticya Snape


Capítulo 24
24. Fim de semana a dois


Notas iniciais do capítulo

Florzinhas ta ai mais um para você espero que gostem!
não deu para responder os reviews então respondo depois bjus!



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­24.Fim de semana a dois

Alec’s pov.

 

Continuamos ali na banheira, ela encostada em mim de olhos fechados enquanto eu apreciava os finos raios de sol que batiam em sua pele mandando milhões de reflexos pelo banheiro, ter ela assim era realmente a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo, era algo novo para mim, algo que ainda me fazia pensar se era real, se de alguma forma ao fechar dos olhos não iria sumir.

Desde a viagem de Forks que eu havia pensado em fazer algo especial com ela, e seria bem melhor agora que pelo visto éramos namorados... NAMORADOS! Não acredito que eu me esqueci de fazer tudo formalmente! Eu deveria ter comprado ao menos um anel, Como eu sou disperso, eu teria que compensar isso.

Ela ainda permanecia imóvel enquanto minha mão acariciava seu corpo, espero que ela fique mais um tempo assim, porque com certeza eu preciso de algo especial para hoje, me lembrei de Jane e levantei da banheira:

—Amor, aonde você vai? – ela me olhava calma. Apenas sorri

—Vou falar com a Jane, já volto! – dei um beijo nela e vesti um dos roupões que estavam dispostos ma bancada do banheiro, prestei atenção para ver se ouvia algo no corredor, mas estava tudo calmo então na minha melhor velocidade literalmente voei pelo corredor e entrei no quarto da Jane de olhos fechados, vai que ela esta trocando de roupa?

—Bom dia para você também Alec! E pode abrir os olhos eu não estou trocando de roupa agora você... – ela deu uma olhada no roupão e nos meus cabelos bagunçados, e eu sorri amarelo

—Er... isso não vem ao caso, a verdade e que eu preciso da sua ajuda para surpreender a Suzane e pedi-la em namoro. – O olhar dela se iluminou e ela desligou a musica que vinha do computador

—Mas e claro que eu aceito! Então quais são seus planos? – ela sorria se endireitando em uma cadeira verde, me sentei em sua cama sem nenhuma idéia, afinal era a primeira vez que eu tinha uma namorada, portando experiência? Zero!

—Não faço a mínima idéia Jane... eu quero fazer algo romântico sabe, algo que ela não se esqueça. – ela sorriu

—E Alec... você foi realmente fisgado, tenho que confessar que nem Heidi teve todo esse poder de persuasão – eu fiz uma careta sarcástica e ela me mostrou língua

—Jane e serio! Se não for me ajudar eu vou pedir para o Felix – me levantei e contei ate três enquanto ia ate a porta exatamente no três ela me chamou como eu esperava e eu tentei esconder meu riso de satisfação

—Tudo bem, mas só porque a Suzane e a cunhada perfeita. – sorri com a afirmação e ela começou a abrir vários sites especializados em luas de mel, ate que encontramos um perfeito

—Eu acho que já sei qual o destino perfeito! – ela clicou em uma barrinha do site que dizia “Serra Gaucha Brasileira”

—No Brasil Jane? Lá e o maior calor, o sol e de rachar!

—Ai Alec deixa de ser tapado, a gente nem sente calor – ela continuava absorta no site, e eu rolei os olhos

—Jane acho que você não entendeu, o problema e que NOS brilhamos igual purpurina no sol, o que seria algo bem estranho não e? – ela sorriu presunçosa

—E claro que eu sei, por isso acabei de fechar contrato com o dono de um chalé nas montanhas, com uma montanha só para vocês durante uma semana no que parece ser  o inverno mais frio no Brasil. – ela sorria satisfeita, pensando bem ate que seria uma ótima idéia, afinal Suzane e brasileira e iria adorar voltar e passar um tempo lá.

Pedi para que a Jane arrumasse tudo para hoje e me telefonasse assim que conseguisse passagens para o Rio, sai do quarto e fui para o meu.

Entrei e não vi a Suzane, ela deveria estar no banheiro, cheguei e a abracei por trás arrancando um lindo sorriso de seus lábios.

Suzane’s pov

 

O Alec já havia saído a mais ou menos meia hora com o pretexto de falar com a Jane e a água da banheira já estava ficando fria, não que fizesse diferença, mas eu realmente já estava de molho a um bom tempo, me levantei e peguei  o roupão que estava disposto na bancada do banheiro me enrolando Procurei por algo para desembaraçar o cabelo e encontrei uma escova dourada com as iniciais “A.C” dei de ombros e escovei os longos fios embaraçados deixando-os escorrer por minhas costas e encharcar levemente o roupão, hoje eu não teria pressa para nada, meu corpo parecia querer absorver cada segundo desse dia  perfeito.

Ouvi o barulho da porta do quarto se abrindo e pude ver pelo espelho o Alec vindo em minha direção sorrindo e me abraçando:

—sentiu minha falta? – sua voz sussurrou no meu ouvido me passando um choque elétrico por cada terminação do meu corpo e eu sorri me virando para ele e espalmando minhas mãos em seu peitoral enquanto o olhava nos olhos:

—Claro que senti você sumiu! –fiz um biquinho e ele me deu um selinho

—Você verá que foi por uma boa causa . – colei nossos lábios e o beijei novamente

—Amor, e melhor você se arrumar temos algumas compras a fazer lembra? – sorri com o lembrete

—E eu lembro – dei mais um selinho e me desprendi dos seus braços – estou indo, volto em dez minutos .

Ele me deu mais um beijo e eu tratei de me mandar rápido se não quisesse que a minha coragem fosse sozinha e eu ficasse ali com ele o resto do dia, cheguei no meu quarto e fui ate o closet procurar uma roupa, coloquei uma calça legue preta e um mini vestido cinza com lacinhos por cima arrematei com uma jaqueta de coura e botons que era curtinha como um bolero, dispensei os saltos e calcei uma sapatilha cinza, passei pelos cosméticos e dessa vez resolvi borrifar um dos perfumes, o nome era “Amor Amor” da Cacharrel e o cheiro dele com a minha pele ficou muito bom, peguei a bolsa e o celular e fui novamente ao quarto do Alec.

Ele não estava lá e nesse exato momento meu celular tocou, o visor mostrava “Alec”. Atendi

—Alec?

—Amor já estou na garagem vem! – desliguei o telefone e desci ate a garagem estagnando na entrada da mesma.

O meu delírio estava bem na minha frente, um Alec com os cabelos casualmente bagunçados, com uma camisa cor chumbo que delineava seus músculos, uma calça jeans preta e um tênis branco e uma jaqueta super sexy  e completando encostado em uma Suzuki preta, para piorar a situação ele sorria.

—Vem amor -ele me jogou um capacete e eu fiquei meio boba, o que fez ele mesmo colocar o capacete em mim

—Esta tudo bem Suzane? – eu me limitei em negar com a cabeça, porque era claro que eu não ia dizer que aquela visão tinha me feito babar literalmente e com certeza cada vez que eu pensar nele assim minha concentração irá fugir, dispersei esses pensamentos e montei na moto agarrando ferozmente sua cintura enquanto ele levava a moto a 180 por hora.

Não preciso nem dizer que levamos apenas alguns minutos para estar no centro de Volterra, descemos no estacionamento de um shopping e ele nos conduziu ate uma loja de roupas para inverno enquanto segurava protetoramente minha cintura ao menos olhar masculino, e quer saber? Eu estava adorando!

Não entendi muito bem as roupas de frio, mas foi uma tarde super divertida e tenho que dizer a verdade,  Alec era o primeiro “homem” que não se irritava e nem se cansava ao me ver experimentar quinze peças seguidas, ele apenas me olhava, o chato era que ele aprovava todas e quando eu resolvi fazer biquinho por isso ele me disse que simplesmente qualquer coisa caia bem em mim, eu poderia estar ate pelada que ele não ligaria para nada, quer dizer nesse momento o seu olhar ficou bem sugestivo de que ele “ligaria” sim.

Terminada a tarde de compras fomos novamente para casa, desci da moto e retirei o capacete balançando os cabelos bagunçados pelo vento

—Vamos subir amor?  - ele já me abraçava por trás e com a outra mão segurava as sacolas de compras

—Vamos – sorri e senti minhas pernas saírem do chão enquanto ele me pegava no colo e nos levava para o seu quarto, ele fechou a porto largou as sacolas na entrada e deitou comigo na cama me trazendo para os seus braços:

—Tenho uma surpresa para você- ele disse e começou a deslizar levemente o dedo por minha face

—hum... qual é? – fechei os olhos e apenas senti seu carinho

—Que tal se formos para o Brasil? – me levantei de imediato e o fitei com os olhos arregalados

—Mentira? Você está falando serio? – ele desfez a cara preocupada  e sorriu da minha reação estaparfudia

—E, achei que merecíamos esse tempo fora daqui. – eu sorri e o abracei eufórica

—Mas e claro que sim! Já tem data prevista? – ele sorriu travesso

—Er... tem eu meio que já comprei as passagens – ele sorriu amarelo e eu especulei

—Para quando?

—Hoje a noite, nosso vôo sai as onze! – fiquei de boca aberta

—Nossa, com as comprar que fizemos eu esperava os Alpes Suíços. – ele gargalhou e me aconchegou no colo.

—O lugar em que vamos vai precisar você vai ver! – nos beijamos mais um pouco e logo já eram oito da noite, peguei minhas sacolas e fui para o meu quarto fazer minha mala. Enquanto pegava as coisas do closet e das sacolas e colocava na mala comecei a pensar na minha antiga vida, eu finalmente estaria voltando ao meu país, mas como meus pais estariam?  Será que sentiam minha falta? Um aperto no coração tomou o lugar da felicidade que eu sentia e foi assim, sentada no chão e soluçando com o rosto enterrado na cama que o Alec que encontrou, ele nem fez nenhuma pergunta apenas me puxou para seu colo:

—Amor, se não quiser ir eu entendo, ainda e muito recente para você – a dor na voz dele me cortou mais ainda, agora não era só mais eu, era eu e ele, eu sentia que ele me amava e não era legal da minha parte ficar trazendo a tona minhas chateações principalmente depois de um dia tão maravilhoso como o que tivemos, então eu acalmei um pouco meus soluços e meneei a cabeça negativamente o abraçando:

—Não amor está tudo bem, essa viagem irá ser ótima- forcei um sorri que pelo visto não surtiu muito efeito, mas fez com que ele pegasse minhas malas e na minha mão e se mexesse até a garagem onde o carro da Jane estava com o porta malas e as portas abertas, ele colocou as malas lá e eu entrei fechando a porta, seguimos para o aeroporto de Florença logo depois da calorosa despedida da Jane.

Em todo o caminho ele segurava a minha mão, essa era uma das coisas que me fazia amar cada vez mais o Alec, esse jeito dele de me fazer sentir protegida e segura, no aeroporto foi a mesma coisa ele me abraçou pela cintura e carregou as malas com a outra mão, apesar de ter força para carregar tantas malas quanto ele, ele sempre se mostrava um perfeito cavalheiro.

Depois de horas no avião, muito bem preenchidas com amassos, abraços carinhos e palavras românticas >.< nos finalmente fizemos conexão em Lisboa às quatro da manhã e pegamos finalmente o avião para o Rio.

Quando o avião foi pousando eu pude ver o sol brilhante, as pessoas falando português, os cheiros brasileiros, e toda a saudade que eu via sentindo desapareceu, Alec pareceu perceber e nos conduziu pela sombra ate uma Mercedes preta com vidros escurerrímos, que foi nos conduzindo para fora do Rio, e das ruas movimentadas, então eu perguntei em italiano mesmo:

—Amor para onde estamos indo? –ele sorriu e selou nossos lábios

—Para a serra gaúcha, mais precisamente na parte italiana que não e muito movimentada. – me contentei e repousei a cabeça no seu ombro até chegarmos em uma estrada de terra que se mostrava cada vez mais inclinada e que nos levou até uma parte isolada das montanhas aonde um chalezinho lindo nos esperava, nos descemos do carro em segurança, pois as nuvens espessas encobriam o sol, o motorista se foi e o chão embaixo dos meus pés também, nem pude protestar ele já me carregava com malas e tudo chalé a dentro.

Ele parou me deu um beijo e abriu a porta me mostrando a visão mais confortável que eu já tive, o chalé era lindo tinha uma cor amarelada e laranja, uma cama ao fundo enorme a parecia confortável, uma hidromassagem mais afastada e uma super lareira no meio, do qual já trepidava o fogo na lenha, era tudo perfeito e o calor do quarto contrastava com o dia chuvoso que se seguia lá fora.

Eu fiquei espantada com tudo e me senti sendo carregada novamente, desta vez para a cama e ouvi a voz sexy e rouca que me dava arrepios

—E então o que achou? – me virei e fitei seus olhos brilhando como de uma criança

—E simplesmente perfeito amor! – o abracei – eu te amo! – ele retribuiu o abraço e ficou por cima.

—Eu também te amo! Que tal se estreássemos nosso quarto novo? – ele sorria malicioso e eu me entreguei completamente a mais um beijo ardente, essa semana seria incrível, e pelo visto os nossos beijos tão quentes como o fogo que crepitava na lareira.

 


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
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xoxoxoxox