Perigosamente Perto escrita por May_Harukinha


Capítulo 4
Segundo relance: A caverna


Notas iniciais do capítulo

Observação da Autora IV: Esse capítulo refere-se a primeira parte da música, que fala sobre vontade de pedir desculpas, porém, pouco tempo para fazer isso.



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Já passava do meio-dia. O sol na região de Kanto estava escaldante, eu tirei minha camisa roxa e arregacei a manga da camisa preta, mas mesmo assim, o sol parecia estar me cozinhando dentro daquela roupa. O céu não tinha uma nuvem sequer, muito pelo contrário, estava azul como aquamarine. O sol sobre minha cabeça estava me deixando sonolento e completamente fora de ar. Então, o Roselia me chamou a atenção para uma pequena caverna, que estava ao lado de um belo lago. Eu me apressei até o lago e peguei um bocado de água com as mãos, jogando-a em meu rosto, que estava suado. Depois, enchi meu cantil e entrei na caverna, para sair daquele calor infernal. Dentro da caverna, fazia um friozinho gostoso, que era excelente para refrescar o corpo. Eu peguei alguns lanches que eu havia preparado no Centro Pokémon a uns dias atrás e comi alguns. Estava faminto e cansado. Então, eu peguei um saco de dormir que estava dentro da minha mochila, estendi-o no chão e me deitei, procurando cochilar um pouco.

Assim que me deitei, acabei adormecendo. Eu estava morto de cansaço e precisava de um bom descanço. Mas não queria dormir muito, por isso, me encarreguei de deixar meu despertador programado para tocar dentro de uma hora e meia. Durante um tempo, tudo ficou escuro como a noite. Então, subitamente, uma imagem começou e se formar em minha mente. Lá estava eu, correndo por um campo florido, com uma garota meiga e de aproximadamente dez anos. Quando a imagem aproximou-se, pude ver que era minha doce May, que estava quase adormecida, mas ainda com uma expressão de dor em seu rosto. Já cansado de carregá-la, eu a coloquei no chão cuidadosamente, deixando-a sobre um imenso colchão de flores. Me sentei ao lado dela, despencando como uma pedra e passei a olhar atentamente para ela.

-Caramba, você é bastante pesada para uma garotinha!

Mas ela não disse nada. Eu achei que talvez estivesse com muita dor pra dizer qualquer coisa, então, me aproximei mais dela e pude perceber que ela havia adormecido. O jeito como ela dormia era bastante angelical. Eu estava completamente hipnotizado por aquele rostinho de anjo. Então, fui aos poucos aproximando meu rosto do dela, chegando a encostar nossos narizes um no outro. Ainda hesitei durante um tempo, pois estava com medo de que ela acordasse, mas percebi que estava em sono profundo, então aproximei nossos lábios um do outro, dando-lhe um beijo demorado e carinhoso. Depois de alguns minutos, senti pequenas gotas d'água sobre minha cabeça. Parei de beijá-la e olhei para o céu, percebendo que começava a cair uma chuva forte. Eu peguei-a cuidadosamente e a coloquei em minhas costas, correndo pelo campo a procura de algum lugar onde pudessemos nos abrigar. Logo, vi ao longe uma caverna, que tinha sua entrada encoberta por muitas plantas. Eu corri o mais rápido que pude e entrei rapidamente na caverna.

Lá dentro, havia muitas folhas secas, que devem ter sido levadas por algum pokémon durante o inverno, para formar uma cama. Eu as juntei e coloquei a May deitada sobre elas, para que ela não pegasse friagem. Depois, tirei o sapato e a meia dela e comecei a passar um remédio caseiro feito pela minha mãe, que é excelente para torções e dores. Ela estava tremendo de frio, pois havia pegado mais chuva do que eu, pois estava nas minhas costas. Eu tirei da mochila um cobertor novinho em folha e coloquei sobre ela, para que parasse de tremer. E assim, passaram-se horas e horas. Eu cuidei dela como nunca havia cuidado de nenhuma garota antes. Já chegando perto das 19h, eu estava exausto. Eu tive forças apenas para juntar algumas folhas que estavam no chão e formar uma cama de folhas e desabar sobre ela, caindo em um sono profundo. Não me lembro de mais nada desde que adormeci, mas lembro que quando acordei, já raiava o sol de um novo dia, que penetrou pelos meus olhos, fazendo-me acordar rapidamente. Eu dei um longo bocejo e olhei para o meu lado. Mas a única coisa que vi foi um pequeno envelope azul, com um grande "Obrigada!" escrito bem na frente. Abri-o rapidamente, mas com cuidado para não rasgá-lo e pude ver um pequeno bilhete com os seguintes dizeres:

"Obrigada por tomar conta de mim. Nunca me esquecerei disso. Agora, preciso ir, meus amigos devem estar me procurando. Obrigada por tudo mesmo.

Beijos,

May"

-Poxa, ela nem sequer me esperou acordar para que eu a levasse até os amigos dela. Bem, o que importa é que pelo menos ela está grata pela minha ajuda. Mas mesmo assim, eu poderia ter pedido des...

TRIIM!

O som do despertador soou alto como uma bomba. Eu me levantei assustado e ainda com os sentidos meio embaralhados, pude perceber que estava em uma caverna e que do lado de fora, caía uma chuva pesada e grossa.

-Igualzinho àquele dia- pensei em voz alta- Aquele dia foi um ótimo dia. E nunca vou me esquecer do quanto ela era delicada enquanto dormia. Só lamento não ter pedido desculpas por ter chamado-a de feia. Só lamento que eu não possa ter dito a ela o quanto ela é LINDA!

Continua...


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